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entre as palavras, dificultando a compreensão e interpretação da leitura. O aluno N. que se
encontrava no 2º ano do ensino fundamental, apenas copiava do quadro, não lendo nem
compreendendo e/ou interpretando o que estava escrevendo.
O tema escolhido para a intervenção foi “A Mediação por meio de Histórias Infantis”,
pois ao trabalhar diversos gêneros literários infantis, as crianças constroem e reconstroem
significados para as histórias e desenvolvem prazer pela leitura. Com o aluno N.,
trabalhamos as Histórias Infantis a partir dos Contos de Fadas, pois percebemos que o
aluno ficava motivado quando em contato com atividades que estimulassem o seu
imaginário.
Com o aluno C., trabalhamos as Histórias Infantis por meio das “Lendas Brasileiras”. A
escolha desta temática partiu do próprio aluno, o qual nos relatou interessar-se muito sobre
as questões que envolvem as lendas. Dessa forma, buscamos que o aluno produzisse suas
próprias representações acerca das Lendas trabalhadas.
Nosso objetivo foi proporcionar vivências lúdicas no processo de ensino-aprendizagem
por meio das histórias infantis, as quais deveriam promover a imaginação e a criatividade,
desenvolvendo a expressão e a linguagem dos alunos, a fim de favorecer o processo de
construção do conhecimento.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
O que corporifica teoricamente nossa proposta pedagógica são os estudos de Lev
Semenovich Vygotsky (1984), o qual propôs os conceitos de mediação e de Zona de
Desenvolvimento Proximal.
O conceito de mediação refere-se à presença e colaboração de um parceiro mais
experiente no processo educacional. Este parceiro poderá ser o professor, os pais, ou até
mesmo um colega de classe. Vygotsky (1984) afirma que
(...) o aprendizado desperta vários processos internos de desenvolvimento,
que são capazes de operar somente quando a criança interage com
pessoas em seu ambiente e quando em cooperação com seus
companheiros. Uma vez internalizados esses processos tornam-se parte
das aquisições do desenvolvimento independente das crianças.
(VYGOTSKY, 1984, p. 101)
Para o autor, o professor mediador faz-se necessário em um ambiente escolar, pois
lança mão de recursos didáticos, permitindo e estimulando o aluno para uma transcendência
de conhecimentos, favorecendo a sua aprendizagem. Nessa concepção, a aprendizagem
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