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a gestão de creches e os desafios da formação continuada - Educasul

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A GESTÃO DE CRECHES E OS DESAFIOS DA FORMAÇÃO CONTINUADA<br />

Volnei Bispo <strong>de</strong> Almei<strong>da</strong> 1<br />

Adriana Martins Pinheiro Custódio<br />

Resumo: Este texto apresenta uma experiência <strong>de</strong> <strong>formação</strong> continua<strong>da</strong> <strong>de</strong> gestores <strong>da</strong>s<br />

<strong>creches</strong> convenia<strong>da</strong>s à Secretaria <strong>de</strong> Educação do Município <strong>de</strong> São Bernardo do Campo.<br />

Coor<strong>de</strong>na<strong>da</strong> pel<strong>os</strong> Orientadores Pe<strong>da</strong>gógic<strong>os</strong> <strong>da</strong> Seção <strong>de</strong> Atendimento as Enti<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

Convenia<strong>da</strong>s <strong>da</strong> Secretaria <strong>de</strong> Educação, a <strong>formação</strong> com <strong>os</strong> gestores teve início em 2010<br />

com o tema: O papel do gestor na melhoria <strong>da</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> Educação Infantil, on<strong>de</strong> o foco<br />

<strong>da</strong> <strong>formação</strong> foi o papel formador <strong>da</strong> equipe gestora tendo como ponto <strong>de</strong> parti<strong>da</strong> o plano <strong>de</strong><br />

<strong>formação</strong> anual <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> uni<strong>da</strong><strong>de</strong>. Em 2011, com o tema: O olhar do gestor para o Brincar no<br />

currículo <strong>da</strong> Educação Infantil. o foco tem sido olhar d<strong>os</strong> gestores para o Brincar na escola<br />

como eixo <strong>de</strong> trabalho para as áreas do conhecimento, com <strong>os</strong> objetiv<strong>os</strong> <strong>de</strong> aprimorar <strong>os</strong><br />

registr<strong>os</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>volutivas e intervenções realizado pelo gestor e refletir sobre o Brincar como<br />

ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> primordial em qualquer área do conhecimento na educação infantil.<br />

Palavras-chave: Formação <strong>de</strong> gestores <strong>de</strong> creche, papel do formador, quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong><br />

educação infantil<br />

Eixo Temático: Quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> educação, <strong>gestão</strong> e avaliação<br />

1 - O Contexto<br />

São Bernardo do Campo é um município <strong>da</strong> Gran<strong>de</strong> São Paulo, compõe a região do<br />

ABC paulista junto com seis municípi<strong>os</strong> (Santo André, São Caetano do Sul, Mauá, Ribeirão<br />

Pires, Dia<strong>de</strong>ma e Rio Gran<strong>de</strong> <strong>da</strong> Serra), e tem uma população <strong>de</strong> 810.979 habitantes,<br />

conforme estimativas do IBGE (2009).<br />

De acordo com <strong>da</strong>d<strong>os</strong> do Censo Escolar (INEP), em 2010, aproxima<strong>da</strong>mente<br />

191.343 alun<strong>os</strong> estão matriculad<strong>os</strong> nas escolas <strong>de</strong> Educação Básica <strong>de</strong> São Bernardo do<br />

Campo, sendo 75.487 na re<strong>de</strong> municipal, 84.773 na re<strong>de</strong> estadual e 31.083 na re<strong>de</strong><br />

particular. No município, as uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s tanto <strong>de</strong> Educação Infantil, quanto <strong>de</strong> Ensino<br />

Fun<strong>da</strong>mental, são <strong>de</strong>nomina<strong>da</strong>s Escolas Municipais <strong>de</strong> Educação Básica (EMEB). Elas se<br />

compõem <strong>de</strong> 30 uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s que aten<strong>de</strong>m crianças <strong>de</strong> zero a três an<strong>os</strong>, 75 uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s que<br />

aten<strong>de</strong>m crianças <strong>de</strong> 4 e 5 an<strong>os</strong>, 69 uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s que mantém o nível <strong>de</strong> Ensino Fun<strong>da</strong>mental.<br />

Há ain<strong>da</strong> 32 <strong>creches</strong> convenia<strong>da</strong>s com o município. Na re<strong>de</strong> municipal são atendi<strong>da</strong>s: 4.237<br />

crianças em <strong>creches</strong>, 2.595 em pré-escolas, 44.073 em escolas <strong>de</strong> ensino fun<strong>da</strong>mental e<br />

3.965 na EJA (INEP, 2010). No que se refere à educação infantil, cerca <strong>de</strong> 2800 <strong>da</strong>s<br />

crianças estão sendo atendi<strong>da</strong>s em <strong>creches</strong> convenia<strong>da</strong>s.<br />

A supervisão e a orientação técnico-pe<strong>da</strong>gógica <strong>da</strong>s <strong>creches</strong> convenia<strong>da</strong>s ao<br />

município <strong>de</strong> São Bernardo do Campo efetivaram-se <strong>de</strong> diferentes formas ao longo do<br />

tempo. Aqui buscarem<strong>os</strong> <strong>de</strong>linear as características <strong>de</strong>ste trabalho a partir do ano <strong>de</strong> 2009,<br />

1 Orientadores Pe<strong>da</strong>gógic<strong>os</strong> <strong>da</strong> Secretaria <strong>de</strong> Educação <strong>de</strong> São Bernardo do Campo<br />

Email: volnei.almei<strong>da</strong>@saobernardo.sp.gov.br, adriana.custodio@saobernardo.sp.gov.br


Neste ano, assume como Chefe <strong>da</strong> Seção a Orientadora Pe<strong>da</strong>gógica Andrea S. Sujkowski e<br />

foi também um ano <strong>de</strong> mu<strong>da</strong>nça na administração municipal e, por conseguinte na <strong>gestão</strong><br />

<strong>da</strong> Secretaria <strong>de</strong> Educação. Para compor a Seção são chamad<strong>os</strong> 5 Orientadores<br />

Pe<strong>da</strong>gógic<strong>os</strong> aprovad<strong>os</strong> no concurso <strong>de</strong> 2008, ano <strong>da</strong> aprovação <strong>da</strong> Lei do Estatuto do<br />

Magistério Municipal, no qual atribui ao Orientador Pe<strong>da</strong>gógico à função <strong>de</strong> supervisionar,<br />

orientar e acompanhar as escolas <strong>de</strong> educação infantil do sistema municipal <strong>de</strong> ensino.<br />

Em 2009, o foco do trabalho d<strong>os</strong> Orientadores Pe<strong>da</strong>gógic<strong>os</strong> foi realizar vistorias <strong>da</strong>s<br />

uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s convenia<strong>da</strong>s, orientar a elaboração e homologar o Regimento Escolar e o Projeto<br />

Político Pe<strong>da</strong>gógico, emitir pareceres referentes a<strong>os</strong> Process<strong>os</strong> <strong>de</strong> Autorização <strong>de</strong><br />

Funcionamento <strong>da</strong>s <strong>creches</strong> convenia<strong>da</strong>s para o Conselho Municipal <strong>de</strong> Educação, a<strong>de</strong>quar<br />

o quadro <strong>de</strong> profissionais <strong>da</strong>s <strong>creches</strong> convenia<strong>da</strong>s as exigências legais para o exercício do<br />

magistério e <strong>da</strong> administração escolar e realizar estud<strong>os</strong> sobre a legislação.<br />

O acompanhamento semanal as uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s e a participação d<strong>os</strong> moment<strong>os</strong> formativ<strong>os</strong><br />

permitiram a criação <strong>de</strong> uma parceria entre as equipes gestoras e <strong>os</strong> Orientadores<br />

Pe<strong>da</strong>gógic<strong>os</strong> para encaminhar as questões pe<strong>da</strong>gógicas e administrativas. Não foi um<br />

processo tranqüilo, as mu<strong>da</strong>nças no quadro técnico <strong>da</strong> Secretaria e as exigências <strong>de</strong><br />

a<strong>de</strong>quações para se obter Autorização <strong>de</strong> Funcionamento geraram, num primeiro momento,<br />

estranhament<strong>os</strong> <strong>da</strong>s equipes gestoras em relação ao trabalho <strong>de</strong>senvolvido pela Seção,<br />

mas superad<strong>os</strong> com a criação <strong>de</strong> vinculo.<br />

Neste ano, portanto, foram cria<strong>da</strong>s as bases para o trabalho que se <strong>de</strong>senvolveu em<br />

2010 e que esta em curso, são elas: a criação <strong>de</strong> vínculo, a organização <strong>da</strong> documentação<br />

legal e pe<strong>da</strong>gógica <strong>da</strong> creche, a<strong>de</strong>quação <strong>de</strong> quadro <strong>de</strong> professores e gestores <strong>de</strong> acordo<br />

com as exigências legais para o exercíci<strong>os</strong> <strong>de</strong>stas funções, a<strong>de</strong>quação d<strong>os</strong> espaç<strong>os</strong> <strong>da</strong><br />

creche <strong>de</strong> acordo com as indicações <strong>da</strong>s vistorias realiza<strong>da</strong>s pel<strong>os</strong> Orientadores<br />

Pe<strong>da</strong>gógic<strong>os</strong>.<br />

2 – Os Atores<br />

2.1 Os Orientadores Pe<strong>da</strong>gógicas<br />

Em 2010, a Seção <strong>de</strong> Atendimento as Enti<strong>da</strong><strong>de</strong>s Convenia<strong>da</strong> pel<strong>os</strong> Orientador<br />

Pe<strong>da</strong>gógic<strong>os</strong>: Volnei Bispo <strong>de</strong> Almei<strong>da</strong>, Leni Alzira <strong>de</strong> Souza, Carla Giovanna Silva Parucci,<br />

Ethel Elzon, Lucimara E. <strong>de</strong> Moura Nakashima e Adriana Martins Pinheiro Custódio (Chefe<br />

<strong>da</strong> Seção). Em 2011, houve duas mu<strong>da</strong>nças na equipe, a saí<strong>da</strong> <strong>da</strong> OP Ethel Elzon e o<br />

ingresso <strong>da</strong> OP Wil<strong>de</strong>s Gomes <strong>de</strong> Camp<strong>os</strong> e a troca <strong>de</strong> chefia com a chega<strong>da</strong> <strong>da</strong> Lucia B.<br />

De Macedo Arnaldi.<br />

Em recente estudo realizado pelas pesquisadoras Marisa Vasconcel<strong>os</strong> Ferreira,<br />

Zilma <strong>de</strong> Moraes Ram<strong>os</strong> <strong>de</strong> Oliveira e J<strong>os</strong>eane Bomfim, intitulado: A SUPERVISÃO<br />

ESCOLAR E A BUSCA DA QUALIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL: O CASO DE SÃO<br />

2


BERNARDO DO CAMPO – SP - RELATÓRIO DO PROJETO CENPEC/BANCO MUNDIAL,<br />

analisam as atribuições d<strong>os</strong> Orientadores Pe<strong>da</strong>gógic<strong>os</strong> <strong>da</strong> seguinte forma:<br />

No Estatuto do Magistério <strong>de</strong> 2008 (Lei n° 5.820) <strong>de</strong><br />

São Bernardo do Campo, as atribuições relativas ao<br />

Orientador Pe<strong>da</strong>gógico (ver anexo 1) mantêm o caráter<br />

complexo <strong>da</strong> atuação <strong>de</strong>sse profissional, que <strong>de</strong>ve realizar<br />

ações <strong>de</strong> acompanhamento, <strong>formação</strong> e avaliação <strong>da</strong>s<br />

uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>da</strong> re<strong>de</strong> e ações <strong>de</strong> cre<strong>de</strong>nciamento e autorização<br />

<strong>de</strong> funcionamento <strong>de</strong> uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s escolares priva<strong>da</strong>s e avaliação<br />

<strong>de</strong> seus Projet<strong>os</strong> Polític<strong>os</strong> Pe<strong>da</strong>gógic<strong>os</strong>. Nesse sentido as<br />

atribuições do Orientador Pe<strong>da</strong>gógico reúnem dois grup<strong>os</strong> <strong>de</strong><br />

ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s: o primeiro refere-se ao acompanhamento <strong>da</strong>s<br />

escolas municipais <strong>de</strong> Educação Infantil a partir <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>termina<strong>da</strong>s diretrizes, <strong>da</strong> re<strong>de</strong> ou diretrizes nacionais, com<br />

p<strong>os</strong>sibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> fazer intervenções junto às equipes gestoras;<br />

o segundo é a atribuição <strong>de</strong> analisar pedid<strong>os</strong> <strong>de</strong> autorização<br />

<strong>de</strong> funcionamento <strong>da</strong>s escolas particulares <strong>de</strong> Educação<br />

Infantil no município, tendo sido <strong>de</strong>finido um grupo específico<br />

<strong>de</strong> Orientadores Pe<strong>da</strong>gógic<strong>os</strong> para tratar <strong>de</strong>ssas<br />

autorizações.<br />

Diferentemente <strong>de</strong> outras re<strong>de</strong>s, São Bernardo do<br />

Campo optou pela terminologia “Orientador Pe<strong>da</strong>gógico”, não<br />

assumindo a que tem sido mais usual, que é a <strong>de</strong>nominação<br />

“Supervisor <strong>de</strong> Ensino”. Essa <strong>de</strong>cisão parece estar atrela<strong>da</strong> a<br />

uma perspectiva <strong>de</strong> diferenciação <strong>da</strong> atuação <strong>de</strong>sse<br />

profissional do caráter fiscalizador que se cristalizou no cargo<br />

<strong>de</strong> supervisor, aspecto difícil <strong>de</strong> superar, já que essa equipe<br />

<strong>de</strong> profissionais teve em sua origem o objetivo <strong>de</strong> apoiar as<br />

uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> Educação Infantil a estabelecer seus plan<strong>os</strong> <strong>de</strong><br />

trabalho<br />

Os Orientadores Pe<strong>da</strong>gógic<strong>os</strong> <strong>da</strong>s Creches Convenia<strong>da</strong>s tem a dupla função <strong>de</strong><br />

acompanhar o trabalho pe<strong>da</strong>gógico <strong>de</strong> um conjunto <strong>de</strong> creche, em media 6 escolas, <strong>de</strong><br />

acordo com as diretrizes <strong>da</strong> Secretaria e analisar <strong>os</strong> seus respectiv<strong>os</strong> Processo <strong>de</strong><br />

Autorização <strong>de</strong> Funcionamento, por se tratarem <strong>de</strong> escolas particulares.<br />

O plano <strong>de</strong> <strong>formação</strong> elaborado pel<strong>os</strong> Orientadores Pe<strong>da</strong>gógic<strong>os</strong>, a partir <strong>de</strong> 2010,<br />

faz parte <strong>de</strong> um plano <strong>de</strong> ação anual que contemplam outr<strong>os</strong> eix<strong>os</strong>. A execução do plano <strong>de</strong><br />

<strong>formação</strong> constitui-se como uma <strong>da</strong>s ações formativas <strong>de</strong>senvolvi<strong>da</strong>s com as <strong>creches</strong>, uma<br />

vez que consi<strong>de</strong>ram<strong>os</strong> <strong>de</strong>volutivas <strong>de</strong> Projeto Político Pe<strong>da</strong>gógico, <strong>de</strong> Calendário, <strong>de</strong> Plano<br />

<strong>de</strong> Formação e Reuniões Pe<strong>da</strong>gógicas entre outr<strong>os</strong>, como ações formativas. Portanto, o<br />

plano <strong>de</strong> <strong>formação</strong> <strong>de</strong>senvolvido com <strong>os</strong> gestores <strong>da</strong>s <strong>creches</strong> constitui-se uma <strong>da</strong>s ações<br />

formativas d<strong>os</strong> Orientadores Pe<strong>da</strong>gógic<strong>os</strong><br />

2.2 As Equipes Gestoras<br />

Tod<strong>os</strong> <strong>os</strong> gestores <strong>da</strong>s <strong>creches</strong> convenia<strong>da</strong>s ao município participam d<strong>os</strong> encontr<strong>os</strong><br />

<strong>de</strong> <strong>formação</strong> continua<strong>da</strong>, em 2010 eram 32 <strong>creches</strong> e em 2011 são 31 uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong>scritas a<br />

seguir: ABAS-Associação Belenzinho <strong>de</strong> Assistência Social - Creche Belenzinho, Al<strong>de</strong>ias<br />

3


Infantis SOS - Brasil – São Bernardo do Campo - Creche Hermann Gmeiner, (AMAS)<br />

Associação Metodista <strong>de</strong> Ação Social - Creche Mamãe Albininha, (ASIMD) – Assistência<br />

Social Irmã Maria Dolores – Creche Maria Dolores, (ASPAS) Associação Presbiteriana Ass.<br />

Social - Creche Betel, ASSISBRAC - Assistência Social Beneficente <strong>de</strong> Resgate ao Amparo<br />

à Criança, APACES - Associação Promotora <strong>de</strong> Ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s Culturais, Educacionais e Sociais<br />

Assoc Beneficente Casa do Caminho – Creche Casa <strong>de</strong> Maria, Congregação <strong>de</strong> São João<br />

Batista – Casa <strong>da</strong>s Crianças Menino Jesus, Creche do Menino Jesus, Creche Jesus <strong>de</strong><br />

Nazareth, Creche Jesus <strong>de</strong> Nazareth II, Instituição Assistencial e Educacional Jardim <strong>de</strong><br />

Esperança, Socie<strong>da</strong><strong>de</strong> Fraternitas <strong>de</strong> SBC - Creche "Pelicano”, Fraterno Associação<br />

Assistencial, IAM -Instituição Assistencial MEIMEI - Creche Meimei, Instituição Educacional<br />

e Assistencial Cantinho do Saber, Lar <strong>da</strong> Criança Emmanuel, Lar Escola Jêsue Frantz, Lar<br />

Maria Amélia Associação Assistencial – Creche Lar Maria Amélia, Lar Madre Vincenza,<br />

MAT- Movimento Amor e Trabalho - Núcleo Educacional São Francisco <strong>de</strong> Assis, Ministério<br />

<strong>de</strong> Ação Social <strong>da</strong> Igreja Batista Manancial - Creche Batista Hil<strong>da</strong> Vertematti, Associação<br />

Dehoniana Brasil Meridional - Núcleo Marisa – Creche Pe. Dehon, Obras Sociais São Pedro<br />

Apóstolo - Creche São J<strong>os</strong>é, Associação Beneficente SHEKINAH - Creche Pequenin<strong>os</strong> do<br />

Futuro, OPIB - Organização Promovi<strong>da</strong> IBR Lago – Instituição Educativa Elísio Lara,<br />

Associação <strong>de</strong> Promoção Humana e Resgate <strong>da</strong> Ci<strong>da</strong><strong>da</strong>nia Creche Margari<strong>da</strong>, Centro<br />

Cultural e Assistencial São Ju<strong>da</strong>s, Creche Comunitária Beneficente Sonho <strong>de</strong> Criança,<br />

Associação Cultural Comunitária Dom Décio Pereira – Creche Angela Baso Ag<strong>os</strong>tin,<br />

Associação Cultural Comunitária Dom Décio Pereira – Pq.L<strong>os</strong> Angeles.<br />

Tod<strong>os</strong> <strong>os</strong> gestores, diretores e coor<strong>de</strong>nadores pe<strong>da</strong>gógic<strong>os</strong>, p<strong>os</strong>suem o curso <strong>de</strong><br />

Pe<strong>da</strong>gogia e habilitação para o exercício <strong>de</strong> suas funções. São quatro uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> pequeno<br />

porte (até 50 crianças) e <strong>de</strong>zoito <strong>de</strong> médio porte (até 100 crianças) que, em geral, o Diretor<br />

também assume as funções <strong>de</strong> Coor<strong>de</strong>nador, com o auxilio <strong>de</strong> um auxiliar administrativo, o<br />

Diretor é responsável pela coor<strong>de</strong>nação administrativa e pe<strong>da</strong>gógica <strong>da</strong> creche. Dez<br />

uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s são <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> porte (até 200 crianças) e as equipes gestoras são comp<strong>os</strong>tas por<br />

um Diretor e um Coor<strong>de</strong>nador Pe<strong>da</strong>gógico.<br />

O perfil d<strong>os</strong> gestores <strong>da</strong>s <strong>creches</strong> convenia<strong>da</strong>s é bastante heterogêneo, <strong>os</strong> encontr<strong>os</strong><br />

formativ<strong>os</strong> mensais e o acompanhamento às uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s realizado pel<strong>os</strong> Orientadores buscam<br />

disseminar as boas praticas <strong>de</strong> <strong>formação</strong> <strong>de</strong> professores e <strong>de</strong> orientação e supervisão<br />

pe<strong>da</strong>gógica, n<strong>os</strong> encontr<strong>os</strong> é p<strong>os</strong>sível trocar experiências com <strong>os</strong> pares, conhecer as<br />

praticas <strong>de</strong> outras <strong>creches</strong> entre outr<strong>os</strong>.<br />

3 – A Formação<br />

3.1 Síntese <strong>de</strong> um percurso<br />

Após diagn<strong>os</strong>tico <strong>da</strong>s necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s formativas d<strong>os</strong> gestores as <strong>creches</strong><br />

4


convenia<strong>da</strong>s, levanta<strong>da</strong>s nas primeiras i<strong>da</strong>s às escolas para orientação do Calendário e do<br />

Projeto Político Pe<strong>da</strong>gógico <strong>de</strong> 2010 e na analise <strong>da</strong> avaliação do ano anterior, <strong>os</strong><br />

Orientadores Pe<strong>da</strong>gógic<strong>os</strong> elaboraram um plano <strong>de</strong> <strong>formação</strong> com o tema: O papel do<br />

gestor na melhoria <strong>da</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> Educação Infantil e contendo a seguinte estrutura:<br />

Justificativa, Objetiv<strong>os</strong>, Conteúd<strong>os</strong>, Estratégias, Ações do coor<strong>de</strong>nador/diretor, Ações<br />

do orientador pe<strong>da</strong>gógico e Avaliação. Para efetivar o plano realizam<strong>os</strong> encontr<strong>os</strong><br />

mensais com tod<strong>os</strong> <strong>os</strong> gestores <strong>da</strong>s Creches Convenia<strong>da</strong>s no CENFORPE – Centro <strong>de</strong><br />

Formação <strong>de</strong> Professores Ruth Card<strong>os</strong>o – e <strong>os</strong> <strong>de</strong>sdobrament<strong>os</strong> <strong>da</strong>s discussões era<br />

realizado no acompanhamento semanal em meio período com <strong>os</strong> gestores em ca<strong>da</strong><br />

uni<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />

N<strong>os</strong> primeir<strong>os</strong> encontr<strong>os</strong>, n<strong>os</strong> <strong>de</strong>tivem<strong>os</strong> na elaboração e na discussão sobre plano<br />

<strong>de</strong> <strong>formação</strong> <strong>de</strong> professores <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> uni<strong>da</strong><strong>de</strong>, foi um momento <strong>de</strong> trocas <strong>de</strong> experiências<br />

entre <strong>os</strong> gestores e <strong>de</strong> discussão sobre o levantamento <strong>da</strong>s necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s formativas <strong>de</strong><br />

ca<strong>da</strong> uni<strong>da</strong><strong>de</strong>. N<strong>os</strong> últim<strong>os</strong> an<strong>os</strong>, <strong>os</strong> temas d<strong>os</strong> plan<strong>os</strong> <strong>de</strong> <strong>formação</strong> <strong>de</strong> professores <strong>da</strong>s<br />

<strong>creches</strong> convenia<strong>da</strong>s estavam atrelad<strong>os</strong> a<strong>os</strong> temas <strong>de</strong> <strong>formação</strong> que <strong>os</strong> gestores recebiam<br />

<strong>da</strong> Secretaria <strong>de</strong> Educação que, em geral, era por meio <strong>de</strong> assessoria externa. A Secretaria<br />

<strong>de</strong> Educação apresentou uma su<strong>gestão</strong> para elaboração d<strong>os</strong> plan<strong>os</strong> <strong>de</strong> <strong>formação</strong> <strong>de</strong><br />

Professores e Auxiliares conforme tabela abaixo:<br />

Justificativa Objetiv<strong>os</strong><br />

Gerais e<br />

específic<strong>os</strong><br />

Ações<br />

Prop<strong>os</strong>tas<br />

(Metodologia)<br />

Responsáveis Cronograma<br />

A elaboração d<strong>os</strong> plan<strong>os</strong> <strong>de</strong> <strong>formação</strong> para <strong>os</strong> professores e auxiliares, <strong>de</strong> acordo<br />

com as necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s formativas <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> uni<strong>da</strong><strong>de</strong> tornou-se indispensável para a<br />

homologação do Projeto Político Pe<strong>da</strong>gógico e este imp<strong>os</strong>itivo legal mobilizou gestores e <strong>os</strong><br />

orientadores a refletir a construção e <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> plan<strong>os</strong> <strong>de</strong> <strong>formação</strong> para equipe<br />

docente.<br />

N<strong>os</strong> encontr<strong>os</strong> intermediári<strong>os</strong>, n<strong>os</strong> <strong>de</strong>tem<strong>os</strong> nas estratégias formativas, no primeiro<br />

momento realizam<strong>os</strong> um levantamento com <strong>os</strong> gestores sobre as estratégias formativas<br />

utilizando o quadro abaixo:<br />

Cite boas estratégias formativas O que esta estratégia favorece?<br />

O objetivo era mobilizar <strong>os</strong> conheciment<strong>os</strong> d<strong>os</strong> gestores, problematizar e refletir<br />

sobre as estratégias formativas e revisar e ampliar o quadro. G<strong>os</strong>taríam<strong>os</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>stacar duas<br />

5


oas discussões que foram realiza<strong>da</strong>s, mas que ain<strong>da</strong> não foram esgota<strong>da</strong>s. A primeira diz<br />

respeito ao uso <strong>da</strong> Dinâmica enquanto uma estratégia formativa, <strong>os</strong> Orientadores buscaram<br />

refletir com <strong>os</strong> gestores que a Dinâmica não esta relaciona<strong>da</strong> com <strong>os</strong> objetiv<strong>os</strong> e conteúd<strong>os</strong><br />

<strong>da</strong> <strong>formação</strong>, que não se relaciona com trabalho pe<strong>da</strong>gógico realizado pelo professor com<br />

as crianças. A segun<strong>da</strong> não foi bem uma discussão, mas uma constatação, <strong>de</strong> que as<br />

equipes gestoras investem pouco no Registro enquanto uma estratégia formativa<br />

privilegia<strong>da</strong> para se refletir sobre a pratica.<br />

N<strong>os</strong> encontr<strong>os</strong> finais, n<strong>os</strong> <strong>de</strong>tem<strong>os</strong> nas discussões sobre o conceito e elaboração <strong>de</strong><br />

pautas formativas e a analise <strong>da</strong> pauta e registro <strong>da</strong> reunião pe<strong>da</strong>gógica do Núcleo Marisa –<br />

Creche Pe. Dehon, citando Paulo Freire, a pratica <strong>de</strong> pensar e pratica é a maneira <strong>de</strong><br />

pensar certo, com estes i<strong>de</strong>al, finalizam<strong>os</strong> o ano <strong>de</strong> 2010 cert<strong>os</strong> <strong>de</strong> que som<strong>os</strong> inacabad<strong>os</strong>,<br />

há sempre nov<strong>os</strong> err<strong>os</strong> a cometer, novas lições a apren<strong>de</strong>r.<br />

Em 2011, <strong>os</strong> Orientadores Pe<strong>da</strong>gógic<strong>os</strong> <strong>da</strong>s <strong>creches</strong> convenia<strong>da</strong>s novamente<br />

elaboraram um plano <strong>de</strong> <strong>formação</strong> com o tema: O olhar do coor<strong>de</strong>nador para o Brincar<br />

no currículo <strong>da</strong> Educação Infantil, com <strong>os</strong> seguintes objetiv<strong>os</strong>: Discutir a importância do<br />

brincar para a faixa etária <strong>de</strong> 0 a 3 an<strong>os</strong>, Compreen<strong>de</strong>r o brincar como eixo <strong>de</strong> trabalho nas<br />

diversas situações <strong>de</strong> aprendizagem, Aprofun<strong>da</strong>r as reflexões sobre o papel do formador,<br />

Potencializar o uso <strong>da</strong>s diferentes estratégias formativas (<strong>de</strong>volutiva, observação, registro) e<br />

Qualificar as intervenções do coor<strong>de</strong>nador a partir <strong>da</strong> observação <strong>da</strong> prática pe<strong>da</strong>gógica d<strong>os</strong><br />

professores. o ponto <strong>de</strong> parti<strong>da</strong> foi retomar a <strong>formação</strong> do ano passado, no primeiro<br />

encontro estabelecem<strong>os</strong> um contrato didático, em que um d<strong>os</strong> pont<strong>os</strong> consistia no<br />

preenchimento do quadro <strong>de</strong> estratégias abaixo:<br />

Data Assunto Estratégias<br />

Formativas<br />

16<br />

Março<br />

O olhar do<br />

coor<strong>de</strong>nador para<br />

as brinca<strong>de</strong>iras<br />

que envolvem a<br />

linguagem<br />

Recurs<strong>os</strong> O que o<br />

formador<br />

precisou<br />

antecipar<br />

Não havíam<strong>os</strong> mencionado no plano quais seriam as estratégias formativas<br />

utiliza<strong>da</strong>s, ca<strong>da</strong> gestor preenche o quadro <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> encontro e realizam<strong>os</strong>, no encontro<br />

seguinte, o preenchimento com tod<strong>os</strong> <strong>os</strong> participantes, ao final <strong>da</strong> <strong>formação</strong> montarem<strong>os</strong> o<br />

rol <strong>de</strong> estratégias utiliza<strong>da</strong>s.<br />

6


N<strong>os</strong> primeir<strong>os</strong> encontr<strong>os</strong> <strong>de</strong> 2011, discutim<strong>os</strong> o olhar do gestor para as brinca<strong>de</strong>iras<br />

que ocorrem na creche, uma <strong>da</strong>s questões levanta<strong>da</strong>s pel<strong>os</strong> gestores diz respeito à<br />

intencionali<strong>da</strong><strong>de</strong> d<strong>os</strong> professores n<strong>os</strong> moment<strong>os</strong> <strong>de</strong> brinca<strong>de</strong>ira. Solicitam<strong>os</strong> para gestores<br />

um registro <strong>de</strong> uma observação <strong>de</strong> situação <strong>de</strong> brinca<strong>de</strong>ira na creche para sistematização<br />

com base em text<strong>os</strong> que tratam do mesmo tema, como por exemplo: A brinca<strong>de</strong>ira com as<br />

palavras e as palavras com a brinca<strong>de</strong>ira. Patrícia Corsino. in: Educação Infantil - cotidiano e<br />

políticas. Discutim<strong>os</strong> algumas as intervenções formativas do gestor, enquanto parceiro mais<br />

experiente, junto a<strong>os</strong> professores: realizar o planejamento com o professor, realizar<br />

observações e <strong>da</strong>r <strong>de</strong>volutivas por escrito, <strong>da</strong>r <strong>de</strong>volutivas d<strong>os</strong> planejament<strong>os</strong> entre outr<strong>os</strong>,<br />

<strong>de</strong> forma que garantam o tempo para as brinca<strong>de</strong>iras e o equilíbrio entre brinca<strong>de</strong>ira livres e<br />

dirigi<strong>da</strong>s.<br />

N<strong>os</strong> dois últim<strong>os</strong> encontr<strong>os</strong> do primeiro semestre, discutim<strong>os</strong> O olhar do gestor para<br />

as brinca<strong>de</strong>iras que envolvem corpo e movimento por meio <strong>de</strong> tematização do conteúdo <strong>de</strong><br />

ví<strong>de</strong>o, d<strong>os</strong> ví<strong>de</strong><strong>os</strong> enviad<strong>os</strong> pelas <strong>creches</strong>, selecionam<strong>os</strong> o ví<strong>de</strong>o <strong>de</strong> uma ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

circuito realiza<strong>da</strong> por uma professora <strong>da</strong> creche ASSISBRAC - Assistência Social<br />

Beneficente <strong>de</strong> Resgate ao Amparo à Criança. Os gestores elaboraram uma <strong>de</strong>volutiva para<br />

a professora a partir do conteúdo do ví<strong>de</strong>o e do planejamento e <strong>os</strong> Orientadores elaboraram<br />

uma <strong>de</strong>volutiva para <strong>os</strong> gestores. O objetivo foi discutir com <strong>os</strong> gestores se as ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

corpo e movimento que acontecem na creche permitem que as crianças brinquem,<br />

imaginem, construam e interajam com o espaço e objet<strong>os</strong> livremente, que não haja tempo<br />

<strong>de</strong> espera ou submeti<strong>da</strong>s constantemente a<strong>os</strong> comand<strong>os</strong> <strong>da</strong>s Professoras entre outr<strong>os</strong> e<br />

também, incentivar <strong>os</strong> gestores a realizar a pratica a pratica <strong>de</strong> tematização, observação<br />

registro, reflexão e <strong>de</strong>volutiva.<br />

preciso.<br />

Fim do primeiro semestre <strong>de</strong> 2011. Retornarem<strong>os</strong> em breve porque navegar é<br />

3.2 Estratégias <strong>da</strong> <strong>formação</strong><br />

Acreditam<strong>os</strong> que as estratégias revelam <strong>os</strong> princípi<strong>os</strong> <strong>da</strong> <strong>formação</strong>, citarem<strong>os</strong><br />

algumas utiliza<strong>da</strong>s em n<strong>os</strong>so percurso:<br />

3.2,1 Contrato Didático:<br />

Quadro preenchido pel<strong>os</strong> gestores no início <strong>da</strong> <strong>formação</strong> e sistematizado pel<strong>os</strong><br />

Orientadores para o próximo encontro:<br />

Contrato didático<br />

Para a efetivi<strong>da</strong><strong>de</strong> do plano <strong>de</strong> <strong>formação</strong>:<br />

O que eu preciso fazer...<br />

O que o formador precisa fazer...<br />

O que nós precisam<strong>os</strong> fazer...<br />

7


3.2,2 Levantamento d<strong>os</strong> conheciment<strong>os</strong> prévi<strong>os</strong>:<br />

Sistematização <strong>da</strong>s primeiras resp<strong>os</strong>tas d<strong>os</strong> gestores, p<strong>os</strong>teriormente este quadro foi<br />

revisado e ampliado pelo grupo <strong>de</strong> <strong>formação</strong>.<br />

Cite boas estratégias formativas O que esta estratégia favorece?<br />

Dinâmica<br />

(<strong>de</strong>s<strong>de</strong> que esteja atrelado ao conteúdo)<br />

Ilustra a teoria na prática; reflexão; remete<br />

reali<strong>da</strong><strong>de</strong> traz a tona uma ver<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

intrínseca ao grupo, que não se consegue<br />

<strong>de</strong>spertar, forma camufla<strong>da</strong> <strong>de</strong> tirar as<br />

resp<strong>os</strong>tas, socialização <strong>de</strong> idéias,<br />

entr<strong>os</strong>amento do grupo, promove o<br />

movimento do grupo,<br />

Consi<strong>de</strong>rar <strong>os</strong> Conheciment<strong>os</strong> do Grupo Favorece a expressão <strong>da</strong>s necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s e<br />

saberes do grupo, sem se sentirem<br />

pressionad<strong>os</strong>, p<strong>os</strong>sibilitar melhores<br />

condições <strong>de</strong> aprendizagem favorecendo a<br />

conexão do conteúdo ao saber já existente.<br />

Problematização Levar as pessoas a refletir e não esperar<br />

Tematização <strong>de</strong> Prática<br />

Discussões e Trabalho em grupo<br />

resp<strong>os</strong>tas prontas.<br />

Direciona o olhar, reflexão coletiva, “troca”<br />

<strong>de</strong> conheciment<strong>os</strong> e impressões,<br />

Aprendizagem; reflexão sobre a prática ou<br />

outr<strong>os</strong> objetiv<strong>os</strong> <strong>da</strong> tematização, reflexão<br />

sobre a prática, socialização <strong>de</strong> idéias.<br />

Trocas <strong>de</strong> experiência, ampliação <strong>de</strong><br />

conhecimento<br />

Discussão, troca <strong>de</strong> informações;<br />

conhecimento mútuo em equipe;<br />

Leitura<br />

Reflexão, estratégias <strong>de</strong> prática, ampliação<br />

<strong>de</strong> conheciment<strong>os</strong><br />

Tarefa pessoal Ampliação <strong>de</strong> saberes, gancho entre as<br />

reuniões, reflexão sobre o assunto<br />

estu<strong>da</strong>do.<br />

Levantamento do próprio conhecimento;<br />

auto-avaliação; aprendizagem;<br />

Avaliação<br />

Reflexão sobre o ocorrido, apoio a<br />

memória, documentar<br />

Norteia o trabalho, dá margem para<br />

estruturar o plano <strong>de</strong> ação com <strong>os</strong><br />

professores.<br />

Texto<br />

Fun<strong>da</strong>mentar a discussão<br />

Ví<strong>de</strong>o<br />

Resumo <strong>da</strong> temática, fun<strong>da</strong>mentação<br />

teórica, reflexões, ótimo recurso<br />

audiovisual.<br />

Nutrição<br />

Aquecimento; sensibilização; alimentar as<br />

idéias; ampliação d<strong>os</strong> conheciment<strong>os</strong>;<br />

Leitura do encontro anterior Retoma<strong>da</strong> d<strong>os</strong> conheciment<strong>os</strong> já<br />

construíd<strong>os</strong><br />

Integração d<strong>os</strong> educadores<br />

Troca com o outro e colocar-se em seu<br />

lugar<br />

8


3.2,3 Tarefa pessoal e Sistematização:<br />

Em ca<strong>da</strong> encontro é combinado uma tarefa para o gestor realizar e enviar com<br />

antecedência para que <strong>os</strong> Orientadores sistematizem. No quadro abaixo há um sli<strong>de</strong> <strong>da</strong><br />

sistematização do texto, A brinca<strong>de</strong>ira com as palavras e as palavras com a brinca<strong>de</strong>ira <strong>da</strong><br />

Patrícia Corsino, com a tarefa pessoal <strong>de</strong> observar e registra uma situação <strong>de</strong> brinca<strong>de</strong>ira na<br />

creche.<br />

Gest<strong>os</strong>, moviment<strong>os</strong> e falas <strong>da</strong>s crianças compõem m<strong>os</strong>aico <strong>de</strong><br />

discurs<strong>os</strong> <strong>de</strong> muitas vozes em interação.<br />

Creche São Francisco <strong>de</strong> Assis: em uma<br />

brinca<strong>de</strong>ira <strong>de</strong> casinha, uma mesma criança<br />

<strong>de</strong>sempenhava varias funções, ora mãe, ora<br />

filha, ora aluna... o dialogo e troca constante<br />

<strong>da</strong>s crianças, <strong>de</strong>monstra o quanto estão se<br />

apropriando <strong>da</strong> linguagem e manifestando<br />

suas idéias, pensament<strong>os</strong>, estabelecendo<br />

uma rica situação <strong>de</strong> comunicação.<br />

Uma criança pega <strong>os</strong> peixes e faz gest<strong>os</strong> como<br />

se estivessem na<strong>da</strong>ndo. Outra criança pega <strong>os</strong><br />

peixes e faz que esta cozinhando e serve a<strong>os</strong><br />

colegas. (Creche ASSISBRAC).<br />

A fala p<strong>os</strong>iciona a criança, como mãe, como aluna, como colega.<br />

A linguagem é a gran<strong>de</strong> chave para a comp<strong>os</strong>ição <strong>da</strong>s cenas<br />

3.2,4 Devolutivas e Problematização:<br />

Creche Lar Madre Vincenza<br />

A <strong>de</strong>volutiva abaixo foi realiza<strong>da</strong> pel<strong>os</strong> Orientadores Pe<strong>da</strong>gógic<strong>os</strong> para <strong>os</strong> gestores,<br />

<strong>os</strong> gestores analisaram o conteúdo <strong>de</strong> ví<strong>de</strong>o <strong>de</strong> uma ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> corpo e movimento e<br />

elaboraram uma <strong>de</strong>volutiva para o professor, esta <strong>de</strong>volutiva foi analisa<strong>da</strong> pel<strong>os</strong><br />

orientadores que elaboraram uma <strong>de</strong>volutiva para <strong>os</strong> autores:<br />

Gestores.<br />

A <strong>de</strong>volutiva prevê uma interlocução entre o coor<strong>de</strong>nador e o professor, com o<br />

objetivo principal <strong>de</strong> promover reflexão e problematização <strong>da</strong> prática pe<strong>da</strong>gógica a fim <strong>de</strong><br />

qualificá-la ampliando saberes e p<strong>os</strong>sibili<strong>da</strong><strong>de</strong>s. Para tanto é importante consi<strong>de</strong>rar <strong>os</strong><br />

saberes <strong>de</strong>sta professora e propor as intervenções <strong>de</strong> acordo com as suas necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

formativas, com um plano <strong>de</strong> ação que consi<strong>de</strong>re avanç<strong>os</strong> e dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>s d<strong>os</strong>ando as<br />

indicações para que estas não paralisem ou não cumpram o seu propósito, garantindo a<br />

situação <strong>de</strong>safiadora.<br />

9


Ao ler o registro ficam<strong>os</strong> com a impressão <strong>de</strong> que houve uma preocupação em<br />

respon<strong>de</strong>r as observáveis que foram aponta<strong>da</strong>s na coman<strong>da</strong> <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> e <strong>os</strong><br />

apontament<strong>os</strong> realizad<strong>os</strong> pareceram estar muito mais direcionad<strong>os</strong> ao grupo <strong>de</strong> <strong>formação</strong><br />

do que ao professor. Entretanto as n<strong>os</strong>sas observações terão como premissa que esta<br />

<strong>de</strong>volutiva f<strong>os</strong>se direciona<strong>da</strong> ao professor. O texto elaborado por vocês teve o teor <strong>de</strong><br />

análise <strong>da</strong> situação, no entanto não propõe a interlocução entre o professor e o<br />

coor<strong>de</strong>nador.<br />

Elencam<strong>os</strong> abaixo alguns pont<strong>os</strong> que foram mencionad<strong>os</strong>, mas <strong>de</strong>veriam ser<br />

problematizad<strong>os</strong>, ultrapassando a simples constatação e favorecendo a reflexão sobre a<br />

prática.<br />

- Aparecem varias contradições na escrita, como: “o espaço foi bem organizado, mas não<br />

favoreceu a brinca<strong>de</strong>ira”, “tempo <strong>de</strong> espera, no começo houve uma organização <strong>de</strong>pois ficou<br />

disperso” e “houve interesse por parte <strong>da</strong>s crianças, mas <strong>de</strong> forma agita<strong>da</strong> e um pouco<br />

dispersa”<br />

-Muit<strong>os</strong> aspect<strong>os</strong> foram abor<strong>da</strong>d<strong>os</strong>: planejamento, organização <strong>de</strong> tempo e espaço,<br />

intervenção docente, entretanto precisam <strong>de</strong> aprofun<strong>da</strong>mento. Será necessário abor<strong>da</strong>r<br />

tant<strong>os</strong> pont<strong>os</strong>? Apontá-l<strong>os</strong> apenas garante a reflexão docente e qualificação <strong>da</strong> prática?<br />

Como isso po<strong>de</strong>ria ser garantido?<br />

Consi<strong>de</strong>rando as discussões realiza<strong>da</strong>s e as indicações do texto sobre <strong>de</strong>volutiva,<br />

revisitem a <strong>de</strong>volutiva realiza<strong>da</strong> no encontro anterior fazendo as alterações que julgarem<br />

necessárias.<br />

Bom trabalho!<br />

Volnei e Wil<strong>de</strong>s<br />

4 - Conclusões<br />

A experiência <strong>de</strong> supervisão pe<strong>da</strong>gógica e administrativa <strong>da</strong> re<strong>de</strong> <strong>de</strong> ensino <strong>da</strong><br />

Secretaria <strong>de</strong> Educação São Bernardo do Campo permite afirmar que o trabalho <strong>de</strong><br />

supervisão escolar realiza<strong>da</strong> por especialistas <strong>da</strong> Secretaria <strong>de</strong> Educação, neste caso, o<br />

Orientador Pe<strong>da</strong>gógico, assume um novo paradigma. Ao elaborar seus plan<strong>os</strong> <strong>de</strong> ações<br />

anuais, <strong>os</strong> Orientadores Pe<strong>da</strong>gógic<strong>os</strong> <strong>de</strong>senvolvem um conjunto <strong>de</strong> ações formativas que se<br />

sobrepõe as ações administrativas, ou seja, o cerne do seu trabalho é formador e não<br />

fiscalizador. O especialista <strong>da</strong> Secretaria <strong>de</strong> Educação <strong>de</strong>ve ser o parceiro mais experiente<br />

<strong>da</strong> escola, imbuído na melhoria <strong>da</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> educação<br />

A <strong>formação</strong> continua<strong>da</strong> <strong>de</strong> gestores <strong>de</strong> <strong>creches</strong> <strong>de</strong>ve ser uma política <strong>da</strong> Secretaria<br />

<strong>de</strong> Educação. O ponto <strong>de</strong> parti<strong>da</strong> <strong>de</strong>ve ser o diagn<strong>os</strong>tico <strong>da</strong>s reais necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s formativas<br />

<strong>de</strong>sta equipe e <strong>de</strong>ve estar comprometido com a melhoria do trabalho pe<strong>da</strong>gógico realizado<br />

10


com as crianças na creche. A <strong>formação</strong> <strong>de</strong>ve ser continua, porque na escola há um<br />

constante movimento <strong>de</strong> construção e reconstrução, e a atuação mais direta d<strong>os</strong><br />

especialistas <strong>da</strong> Secretaria torna-se fun<strong>da</strong>mental. A contratação <strong>de</strong> assessoria externa <strong>de</strong>ve<br />

ser complementar. Em geral, a <strong>formação</strong> <strong>de</strong>senvolvi<strong>da</strong> por assessoria externa é episódica,<br />

temporal e bem <strong>de</strong>limita<strong>da</strong>.<br />

Os gestores <strong>da</strong>s <strong>creches</strong> <strong>de</strong>vem prever em seus plan<strong>os</strong> <strong>de</strong> trabalho, um conjunto <strong>de</strong><br />

ações formativas junto a<strong>os</strong> professores, estas ações po<strong>de</strong>m ser: sentar junto com o<br />

professor para realizar o planejamento, elaborar <strong>de</strong>volutiva reflexiva sobre o planejamento,<br />

semanário e registr<strong>os</strong> do professores, elaborar pautas <strong>de</strong> observação e registrar as<br />

ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong>senvolvi<strong>da</strong>s pel<strong>os</strong> professores, elaborar pautas formativas para reuniões<br />

pe<strong>da</strong>gógicas e, inclusive, coor<strong>de</strong>nar <strong>os</strong> moment<strong>os</strong> <strong>de</strong> <strong>formação</strong>.<br />

5 – Referências Bibliográficas<br />

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Artes Médicas, 2007.<br />

BASSEDAS, E.,HUGUET, T., SOLÉ, I. Apren<strong>de</strong>r e ensinar na educação infantil. Porto<br />

Alegre : Artmed. 2009.<br />

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Adriana Klisys, Silvana Augusto, organizadoras. -São Paulo: Peirópolis, 2006.<br />

BONDIOLI, A., MANTOVANI, S. Manual <strong>de</strong> Educação Infantil - <strong>de</strong> 0 a 3 an<strong>os</strong>. Porto Alegre :<br />

Artes Médicas, 1998.<br />

BRASIL. MEC/SEF. Programa <strong>de</strong> Formação <strong>de</strong> Professores Alfabetizadores. Guia <strong>de</strong><br />

Orientações metodológicas Gerais. 2001.<br />

BRASIL / Ministério <strong>da</strong> Educação e Cultura. Referencial Curricular Nacional para a<br />

Educação Infantil. Brasília: MEC/SEF, 1998.<br />

CORSINO, Patrícia. Educação infantil: cotidiano e política. São Paulo: Autores Associad<strong>os</strong>,<br />

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FREIRE, Ma<strong>da</strong>lena. Instrument<strong>os</strong> metodológico I. São Paulo: Espaço Pe<strong>da</strong>gógico, 1996.<br />

FREIRE, Ma<strong>da</strong>lena. Instrument<strong>os</strong> metodológico II. São Paulo: Espaço Pe<strong>da</strong>gógico, 1997<br />

11


FREIRE, Ma<strong>da</strong>lena. Avaliação e planejamento: a prática educativa em questão:<br />

Instrument<strong>os</strong> Metodológic<strong>os</strong> II. São Paulo: PND Produções Gráficas, 1997. (Série<br />

seminári<strong>os</strong>)<br />

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Professores. Porto: 1994.<br />

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