13.04.2013 Views

Edmund Cooper - A Prisioneira do fogo (pdf)(rev) - Le Livros

Edmund Cooper - A Prisioneira do fogo (pdf)(rev) - Le Livros

Edmund Cooper - A Prisioneira do fogo (pdf)(rev) - Le Livros

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

depois de partir os ovos, engolia o seu conteú<strong>do</strong> avidamente, enquanto a galinha cacarejava<br />

por ali, eriçan<strong>do</strong> as penas <strong>do</strong> pescoço e protestan<strong>do</strong> furiosamente. Vanessa tentou fazer sons<br />

apazigua<strong>do</strong>res, mas a galinha não se mostrou impressionada. Ainda no campo de trigo,<br />

encontrou uma velha tina de pedra, sem dúvida reminiscente <strong>do</strong>s dias a muito tempo<br />

passa<strong>do</strong>s, quan<strong>do</strong> os lavra<strong>do</strong>res usavam cavalos para arar as terras. A tina tinha muitos<br />

musgos e líquenes incrusta<strong>do</strong>s na pedra, mas possuía ainda alguma água, provavelmente de<br />

alguma chuvarada recente.<br />

Vanessa pôs as mãos em concha e bebeu avidamente. A água era vagamente salobra,<br />

mas soube-lhe bem. Juntamente com os ovos crus, pareceu dar vida e energia ao seu corpo<br />

elástico. Assim que acabou de beber, ouviu uma voz. Olhan<strong>do</strong> por cima <strong>do</strong> ombro, viu um<br />

homem, perto <strong>do</strong> celeiro, que lhe acenava.<br />

Ela entrou em pânico. A <strong>do</strong>r decrescente nos seus membros foi esquecida, e começou<br />

a correr de novo. Atravessou o campo, saltou um portão de madeira. Para o sul... Para o sul...<br />

O sol levantava-se no horizonte. Ela começou a ouvir vozes na sua cabeça.<br />

"Vanessa, volta, volta para casa! Não serás castigada! O Dr. Lindernann promete que<br />

não serás castigada."<br />

Ela reconheceu o padrão de Dugal. Queri<strong>do</strong> e ingênuo Dugal! Estava a transmitir<br />

aquilo que eles queriam que ele transmitisse. Sem dúvida que o preço seria uma barra de<br />

chocolate.<br />

Ela não tentou dizer nada a Dugal. Não fazia senti<strong>do</strong> dizer-lhe nada. Quaisquer que<br />

fossem os pensamentos que ela emitisse, apenas o fariam mais infeliz. Ele não seria capaz de<br />

compreender a razão por que ela fugira. Era demasia<strong>do</strong> novo, demasia<strong>do</strong> confia<strong>do</strong>, para ser<br />

capaz de compreender a tirania. Não fazia senti<strong>do</strong> levantar confusão à sua cabeça, criar<br />

conflitos entre ele e as pessoas que controlavam o seu destino.<br />

Portanto, enquanto corria levantou de novo, desgostosamente, a mesma barreira<br />

mental tresloucada: Dez Garrafas Verdes. Se eles não conseguissem persuadir Dugal a sondar<br />

por baixo dessa barreira, tentariam com Meriona, ou com Thomas ou Greg. Meriona era quase<br />

da idade da Vanessa e odiava-a, pois ela era vulgar, enquanto Vanessa era bonita. Mas,<br />

felizmente, Meriona não tinha um fator muito alto, havia pouco a recear dela. Nem havia<br />

muito a recear quer de Thomas quer de Greg. Dugal era o único perigoso e ele era amigo de<br />

Vanessa.<br />

Automaticamente Vanessa evitou as aldeias. Atravessou terras cultivadas e florestas.<br />

Mesmo em 1990 a maior parte da Inglaterra <strong>do</strong> Sul continuava intocada pela civilização. Se<br />

excluirmos a incursão das super auto-estradas, postes telefônicos e alguma ocasional falange

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!