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Edmund Cooper - A Prisioneira do fogo (pdf)(rev) - Le Livros

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tratar de fazer o Dr. Lindernann suar profusamente.<br />

rapariga?<br />

— O senhor não era pessoalmente responsável pelo treino, bem-estar e segurança da<br />

— Sim, senhor.<br />

Não havia maneira de o Dr. Lindernann se descartar dessa responsabilidade. Estava<br />

tu<strong>do</strong> escrito, tu<strong>do</strong> no papel.<br />

— Vocês os espertalhões, põem-me <strong>do</strong>ente — disse Ingram friamente. — Aqui estão<br />

vocês, a tomar conta de uma quinta de produção de crianças paras, considerada classificada, e<br />

todas as precauções de segurança que se lembraram de tomar foram vedações eletrificadas,<br />

guardas e cães... !<br />

— A segurança não é da minha responsabilidade.<br />

— Mas Vanessa Smith é. Devia ter sabi<strong>do</strong>, Lindernann. Mesmo consideran<strong>do</strong> o seu<br />

<strong>do</strong>utoramento, deveria saber se a rapariga ia tentar fugir. Um guarda prisional vulgar ter-se-ia<br />

apercebi<strong>do</strong>. Há um alheamento nos olhos, um ar evasivo, uma sensação de afastamento. Isso<br />

leva sempre à evasão.<br />

cientista.<br />

— Eu não sou um guarda prisional — retorquiu o Dr. Lindernann. — Sou um<br />

— Antes de esta brincadeira ter termina<strong>do</strong> — disse Ingram — pode muito bem tornar-<br />

se um lava<strong>do</strong>r de urinóis recondiciona<strong>do</strong>... Bem, vejamos agora em que solo pisamos. Já<br />

destruiu to<strong>do</strong>s os registros da existência da rapariga?<br />

— Já.<br />

— Tem certeza?<br />

— Claro que tenho... senhor.<br />

— Bom. Porque, Lindernann, se há alguma coisa em papel, microfilme ou na memória<br />

<strong>do</strong> computa<strong>do</strong>r que prove que ela existiu, eu, pessoalmente, esmago-lhe os tomates. De<br />

momento, não estamos a ganhar e, portanto, temos de estar prepara<strong>do</strong>s para tu<strong>do</strong>. Se a<br />

encontrarmos nas próximas vinte e quatro horas, e ela disser o que nos interessa, teremos uma<br />

vitória total. Mas o meu nariz diz-me que não a encontraremos nas próximas vinte e quatro<br />

horas, e mesmo que a encontrássemos, não teríamos tempo para lhe lavar o cérebro para<br />

exposição pública. Portanto, restam-nos as negativas. Devemos assegurar-nos de que a<br />

oposição não a encontra primeiro. E quan<strong>do</strong> nós a encontrarmos, temos de limpá-la sem<br />

barulho.<br />

— Porque se tornou ela tão importante? — perguntou o Dr. Lindernann. — Ela é<br />

altamente <strong>do</strong>tada, mas há outras crianças altamente <strong>do</strong>tadas; ela não é insubstituível!

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