Edmund Cooper - A Prisioneira do fogo (pdf)(rev) - Le Livros
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— Jenny, faz-me o favor de te compores. Ainda nos correm daqui!<br />
— A Vanessa está viva — disse Jenny. — Sei que está. Mas precisa de ajuda! Que<br />
posso eu fazer, Simon? Oh, meu Deus, que posso eu fazer?<br />
Sir Joseph Humboldt, primeiro-ministro <strong>do</strong> Reino Uni<strong>do</strong>, passeava no jardim <strong>do</strong><br />
número 10 da Downing Street, com Richard Haynes, o seu primeiro-secretário particular, e<br />
meia dúzia de paranormais. A presença <strong>do</strong>s paranormais (<strong>do</strong>is sensíveis, um relator, <strong>do</strong>is<br />
bloquea<strong>do</strong>res e um sonda<strong>do</strong>r) era necessária mesmo quan<strong>do</strong> Sir Joseph admirava as suas<br />
rosas. Nunca se sabia quan<strong>do</strong> um agente ambicioso podia tentar sondar a mente <strong>do</strong> primeiro-<br />
ministro.<br />
— Então, Dick, que te parece isto para um sol ocidental? — Sir Joseph parara junto de<br />
um arbusto carrega<strong>do</strong> de grandes botões <strong>do</strong>ura<strong>do</strong>s.<br />
— Magnífico, senhor. — Haynes sabia perfeitamente <strong>do</strong> grande orgulho que o<br />
primeiro-ministro tinha em arranjar sempre tempo para tratar das suas próprias rosas. Tentou<br />
então uma fraca piada, mas arrependeu-se logo. — Até a oposição concordará que o senhor<br />
tem de<strong>do</strong>s verdes.<br />
O Honorável Thomas Green era o chefe <strong>do</strong> Parti<strong>do</strong> <strong>do</strong> Novo Consenso e na última<br />
sessão Sir Joseph infligira-lhe uma séria derrota, sobretu<strong>do</strong> no decreto da segurança <strong>do</strong><br />
Esta<strong>do</strong>, pelo qual o Governo se reserva o direito de recrutar e dar ordens a todas as pessoas de<br />
talentos paranormais conheci<strong>do</strong>s, para a proteção <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>.<br />
Sir Joseph, que estava numa boa disposição, riu-se.<br />
— Pode fazer-se qualquer coisa com isso! Pense nisso e tente com os nossos amigos<br />
da imprensa. Eles precisam de frivolidades desse gênero para encher as páginas nesta tola<br />
estação.<br />
— Sim, senhor. — Haynes percebeu que se saíra bem. Sir Joseph tinha jeito para fazer<br />
elogios como se desse murros.<br />
Os <strong>do</strong>is homens, com a sua escolta de paranormais, passaram por um único arbusto,<br />
que possuía rosas vermelhas, brancas e azuis. Tinha si<strong>do</strong> um presente <strong>do</strong> presidente da França.<br />
Sir Joseph olhou para o arbusto e fungou. Não gostava <strong>do</strong> presidente francês, mas estava<br />
espanta<strong>do</strong> em ver como aquele arbusto se desenvolvia tão bem.<br />
— E que há sobre o Prof. Raeder? — perguntou ele bruscamente.<br />
— Não temos notícias, senhor. As forças de segurança estão em alerta máximo.<br />
— Quero esse homem morto — disse Sir Joseph. — Não me interessa como o façam,<br />
mas quero-o morto. Espalhe isso.