DE OLHO NAS CIDADES - Fundação ArcelorMittal Brasil

tear
DUAS FACES DA MESMA MOEDA
Nos próximos anos, parte expressiva do ambiente empresarial brasileiro
estará preparada para conciliar negócio e sustentabilidade. Ou melhor: fazer
dessas dimensões duas faces da mesma moeda. É esse o cenário vislumbrado
pelo Instituto Ethos com a implantação do programa Tear – Tecendo
Redes Sustentáveis.
Lançado no ano passado, o programa envolve sete cadeias produtivas,
nove empresas-âncora e 120 pequenas e médias empresas. A Belgo-Arcelor
Brasil lidera a cadeia da siderurgia, na qual estão 19 de seus parceiros comerciais,
entre clientes e fornecedores. Cinco encontros já foram realizados, o último
no dia 22 de fevereiro.
Em abril, o Instituto Ethos realizará a primeira edição do Seminário Regional
do Tear, com objetivo de promover o compartilhamento de experiências
entre as cadeias de valor do programa. Esse encontro, marcado para Belo
Horizonte, é o primeiro de uma série de quatro previstos. Está sendo organizado
com apoio das empresas-âncoras e dos parceiros locais: Belgo-Arcelor
Brasil, Companhia Vale do Rio Doce, âncora do setor de mineração, Fiemg,
Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram) e Sebrae. Cerca de 200 executivos
deverão participar do evento.
O Tear adota metodologia de trabalho que se assemelha, em alguns pontos,
à do SRE da Belgo-Arcelor Brasil, como a sistemática de aplicação de indicadores
de responsabilidade social, de promoção de encontros periódicos
para troca de experiências e de trabalhar com planos de ação.
Diagnóstico
Na primeira fase do programa, já encerrada, as empresas procuraram fazer
uma análise do seu negócio à luz da sustentabilidade. “Elas refletiram sobre
sua missão, valores e visão e analisaram fraquezas, pontos fortes, ameaças e
oportunidades”, informa Patrícia de Caires Sogayar, coordenadora do programa
pelo Instituto Ethos. Segundo ela, as empresas também mapearam as
chamadas partes interessadas – grupos com os quais se relacionam – e se
esforçaram para produzir um retrato de sua gestão, “com o objetivo de avaliar
o seu grau de sustentabilidade”.
O próximo passo consiste na elaboração de diagnóstico de responsabilidade
social, tarefa que será cumprida pelas empresas a partir do alinhamento
de suas práticas gerenciais com o conceito de sustentabilidade. Um ano depois
do lançamento do programa, já existem sinais de que o tema está entrando
na agenda das empresas. “A ficha está caindo”, observa Patrícia
Sogayar.
Até 2008, quando o programa será encerrado, o Instituto Ethos espera mudanças
expressivas no cotidiano das empresas envolvidas, principalmente nas
pequenas e médias. “A idéia é construir um ambiente favorável à ampliação
das oportunidades de negócio, à melhoria das relações comerciais e da
própria gestão das empresas, com a incorporação de um diferencial competitivo,
que é a sustentabilidade”, projeta Patrícia Sogayar. Já existe até uma
meta quantificada: aumentar em 5% a produtividade das pequenas e médias
empresas.
O programa é financiado com recursos de 2,6 milhões de dólares. Metade
desse valor é bancada pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID)
e a outra metade viabilizada pelo Instituto Ethos e empresas parceiras.
O4 | boletim do sre
Programa do Instituto Ethos
quer disseminar conceito de
sustentabilidade no ambiente
empresarial brasileiro
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