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Filhas em Meu Reino

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menino não sobreviveu. Em um diário, Eliza<br />

descreveu sua experiência pessoal:<br />

14 de julho de 1846: “Estou muito mal-<br />

acomodada para uma mulher doente. O sol<br />

escaldante brilhando sobre o carroção durante<br />

o dia e o ar frio à noite, é uma mudança por<br />

d<strong>em</strong>ais brusca e nada saudável”.<br />

15 de outubro de 1846: “Tomamos posse<br />

hoje de nossa cabana de toras. A primeira<br />

casa <strong>em</strong> que meu bebê esteve. Sinto-me<br />

extr<strong>em</strong>amente grata pelo privilégio de<br />

sentar- me junto ao fogo, onde o vento não<br />

sopra <strong>em</strong> todas as direções, e onde posso<br />

aquecer um lado do corpo s<strong>em</strong> congelar o<br />

outro. Nossa casa não t<strong>em</strong> piso n<strong>em</strong> outros<br />

confortos, mas as paredes nos proteg<strong>em</strong> do<br />

vento, <strong>em</strong>bora o telhado de palha não nos<br />

proteja da chuva”.<br />

6 de dez<strong>em</strong>bro de 1846: “<strong>Meu</strong> bebê [está]<br />

doente e piorando. Chorou o dia inteiro, mas<br />

não sei o que o aflige”.<br />

12 de dez<strong>em</strong>bro de 1846: “O bebê está<br />

morto e choro sua perda. Fiz<strong>em</strong>os tudo que<br />

podíamos por ele, mas de<br />

nada adiantou. Ele continuou<br />

piorando desde que adoecera.<br />

Minha irmã Caroline e eu<br />

ficamos acordadas a noite<br />

Eliza Partridge<br />

Lyman<br />

inteira e tentamos salvá-lo<br />

da morte, pois não suportávamos a ideia de<br />

perdê-lo, mas nada pud<strong>em</strong>os fazer. (…)<br />

Ainda tenho amigas que me são muito<br />

queridas. Se não fosse isso, teria desejado dar<br />

adeus a este mundo, pois ele é tão cheio de<br />

desapontamentos e sofrimento. Mas creio que<br />

há um poder que zela por nós e conserta todas<br />

as coisas”. 11<br />

Como disse Eliza, ela recebeu alento por<br />

meio da amizade de irmãs atenciosas. Mais<br />

tarde, ela ofereceu essa mesma amizade e<br />

compaixão, ajudando outras mulheres que<br />

passavam por angústias s<strong>em</strong>elhantes. Em 1º de<br />

junho de 1847, ela escreveu: “O bebê da irmã<br />

Elvira Holmes morreu. Recebi o convite (…) de<br />

Muitas mulheres santos dos últimos dias deram à luz<br />

filhos durante sua jornada até o Vale do Lago Salgado.<br />

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