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Revista O Economista Nº 17 - Julho de 2009 - corecon - sp

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cio. Eventuais riscos ou danos efetivos<br />

a terceiros causados pelo profissional<br />

do Jornalismo não seriam<br />

inerentes à ativida<strong>de</strong> e, <strong>de</strong>ssa forma,<br />

não seriam evitáveis pela exigência<br />

<strong>de</strong> um diploma <strong>de</strong> graduação”.<br />

Pela lógica do relatório aprovado e<br />

transformado em <strong>de</strong>cisão do STF, somente<br />

profissões ligadas à área biomédica<br />

e tecnológica justificariam a existência<br />

do diploma para seu exercício. O<br />

que, consequentemente, “con<strong>de</strong>naria”<br />

outras profissões ligadas às ciências<br />

humanas como História, Sociologia,<br />

Língua Portuguesa, Economia <strong>de</strong>ntre<br />

outras. Isso porque, tanto quanto<br />

o Jornalismo, são profissões que, em<br />

tese, não expõem a risco “à saú<strong>de</strong> ou à<br />

vida dos cidadãos em geral”.<br />

Em seu relatório justificando a<br />

<strong>de</strong>cisão, o ministro acrescentou que<br />

o fim da obrigatorieda<strong>de</strong> do diploma<br />

não significa acabar com os cursos<br />

universitários, pois a formação é importante<br />

como preparo técnico, mas<br />

que <strong>de</strong>verá seguir o mo<strong>de</strong>lo aplicado<br />

à culinária, moda ou costura, em que<br />

não são necessários para o exercício<br />

da ativida<strong>de</strong>.<br />

Atento à discussão, o presi<strong>de</strong>nte<br />

do Conselho Regional <strong>de</strong> Economia<br />

<strong>de</strong> São Paulo (CORECON-SP), Antônio<br />

Luiz <strong>de</strong> Queiroz Silva, enten<strong>de</strong><br />

que acabar com a exigência do diploma<br />

e <strong>de</strong>sregulamentar não só o Jornalismo<br />

como todas as <strong>de</strong>mais ciências<br />

cuja cientificida<strong>de</strong> tenha como<br />

base mo<strong>de</strong>los teóricos distintos das<br />

chamadas ciências exatas, aplicadas,<br />

naturais e formais, assim como as<br />

<strong>de</strong>mais profissões - que, em tese, não<br />

exponham risco “à saú<strong>de</strong> ou à vida<br />

dos cidadãos em geral”, é danoso.<br />

Em sua opinião, negar a serieda<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> tais áreas <strong>de</strong> atuação é fechar os<br />

olhos para o <strong>de</strong>senvolvimento propiciado<br />

não só pelo trabalho, mas<br />

também pelas pesquisas elaboradas<br />

por seus e<strong>sp</strong>ecialistas. É negar a relevância<br />

das ciências humanas como<br />

Ciência, o que só acarretará uma sucessiva<br />

<strong>de</strong>svalorização das áreas.<br />

Segundo ele, com a <strong>de</strong>cisão é prejudicado<br />

aquele que tem entusiasmo<br />

pela profissão, pois em <strong>de</strong>corrência<br />

da <strong>de</strong>sregulamentação e da nãoobrigatorieda<strong>de</strong><br />

do diploma per<strong>de</strong>m<br />

as Instituições <strong>de</strong> Ensino que <strong>de</strong>ixam<br />

<strong>de</strong> investir nos cursos. Na sequência,<br />

per<strong>de</strong>m os profissionais que não encontram<br />

mais qualificação e, logo,<br />

per<strong>de</strong> o mercado que provavelmente<br />

“Com a <strong>de</strong>cisão, não valerá a pena o estudante<br />

investir na profissionalização. Isso irá<br />

repercurtir diretamente nas Instituições<br />

<strong>de</strong> Ensino e no mercado <strong>de</strong> trabalho”

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