OS 3 ESTÁGIOS DE CRISTO - Igreja em Feira de Santana
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Os 3 Estágios <strong>de</strong> Cristo<br />
Encarnação,<br />
Inclusão e<br />
Intensificação<br />
Witness Witness Lee<br />
Lee<br />
Título do original inglês:<br />
lncarnation, lncarnation, lncarnation, lncarnation, Inclusion, Inclusion, Inclusion, Inclusion, and and and and Intensification<br />
Intensification<br />
Intensification<br />
Intensification<br />
© 1996 Living Stream Ministry<br />
PREFÁCIO<br />
Este livro é constituído <strong>de</strong> mensagens dadas pelo irmão Witness Lee <strong>em</strong><br />
Anaheim, Califórnia <strong>em</strong> Abril e Junho <strong>de</strong> 1996.
Capítulo 1<br />
ENCARNAÇÃO, INCLUSÃO E INTENSIFICAÇÃO (1)<br />
Leitura da Bíblia: Jo 1:14; 1 Co 15:45b; Êx 30:23-25; Ap 5:6<br />
Neste capítulo, refletir<strong>em</strong>os a respeito dos três estágios <strong>de</strong> Cristo, isto é, os três períodos da história<br />
que se refer<strong>em</strong> ao que Cristo é: o da encarnação, o da inclusão e o da intensificação. Muitos crentes<br />
<strong>em</strong> Cristo sab<strong>em</strong> algo acerca do primeiro estágio da história <strong>de</strong> Cristo, o da encarnação, mas sab<strong>em</strong><br />
pouco ou nada, sobre o segundo e o terceiro estágios, o da inclusão e o da intensificação.<br />
ENCARNAÇÃO<br />
Os cristãos têm dado bastante atenção à encarnação. Todos os anos, no Natal, muitíssimos crentes<br />
celebram a encarnação do Senhor; entretanto, poucos perceb<strong>em</strong> qual é o significado intrínseco da<br />
encarnação: por meio <strong>de</strong>la, Cristo, como Deus, fez-se carne. João 1:14 (NVI) diz-nos que a Palavra,<br />
que é o próprio Deus, fez-se carne.<br />
INCLUSÃO<br />
Na Sua ressurreição, o Cristo que se fez carne mediante a encarnação tornou-se o Espírito que dá<br />
vida (1 Co 15:45b - BJ). Cristo, portanto, passou por dois processos <strong>de</strong> tornar-se: o primeiro é visto<br />
<strong>em</strong> João 1:14 (a Palavra tornou-se carne), e o segundo é visto <strong>em</strong> 1 Coríntios 15:45b (o último Adão,<br />
que é Cristo <strong>em</strong> carne, tornou-se o Espírito que dá vida). Ao estudarmos a Bíblia, <strong>de</strong>scobrimos que o<br />
segundo tornar-se <strong>de</strong> Cristo, <strong>em</strong> ressurreição, não é menos importante do que o primeiro, <strong>em</strong><br />
encarnação. Como ver<strong>em</strong>os, o fato <strong>de</strong> Ele tornar-se o Espírito que dá vida <strong>em</strong> ressurreição envolve<br />
algo que pod<strong>em</strong>os <strong>de</strong>signar <strong>de</strong> inclusão.<br />
Ungido Ungido com com o o Espírito Espírito que que Dá Dá Vida<br />
Vida<br />
O fato <strong>de</strong> Cristo tornar-se carne mediante a encarnação foi bastante simples, pois envolvia somente<br />
duas partes: o Espírito Santo e uma virg<strong>em</strong> humana (Lc 1:26,27,3032,35). Já o fato <strong>de</strong> tornar-se o<br />
Espírito que dá vida não foi simples, pois envolveu e incluiu a divinda<strong>de</strong>, a humanida<strong>de</strong>, a morte <strong>de</strong><br />
Cristo com sua efícácia e a ressurreição <strong>de</strong> Cristo com seu po<strong>de</strong>r. Na ressurreição <strong>de</strong> Cristo, e por ela,<br />
seis el<strong>em</strong>entos foram reunidos para compor o Espírito que dá vida, que é o divino ungüento da unção<br />
(1 Jo 2:20, 27).<br />
A Bíblia nos diz que Deus nos ungiu com o Seu Espírito (2 Co 1:21; Lc 4:18). Entretanto, Deus não<br />
nos ungiu meramente com o Espírito <strong>de</strong> Deus (Gn 1:2), n<strong>em</strong> com o Espírito <strong>de</strong> Jeová (do SENHOR-<br />
Jz 3:10; 6:34) n<strong>em</strong> com o Espírito Santo (Mt 1:18,20); antes, Ele nos ungiu com o Espírito que dá<br />
vida, que conce<strong>de</strong> a vida divina à humanida<strong>de</strong> caída. Louvamos ao Senhor, pois todos nós, cristãos,<br />
fomos ungidos por esse Espírito composto que dá vida e com Ele.<br />
O O Espírito Espírito Composto Composto Tipificado Tipificado pelo pelo Ungüento Ungüento da da da Unção<br />
Unção<br />
O Espírito composto que dá vida é tipificado pelo ungüento da unção <strong>em</strong> Êxodo 30:23-25. S<strong>em</strong> esses<br />
versículos, seria difícil enten<strong>de</strong>r como o Espírito que dá vida foi composto com Deus, o hom<strong>em</strong>, a<br />
morte <strong>de</strong> Cristo, a Sua re<strong>de</strong>nção, a eficácia da Sua morte e o po<strong>de</strong>r da Sua ressurreição.<br />
Sou muito grato ao Senhor por ter <strong>de</strong>svendado os <strong>de</strong>talhes <strong>de</strong> Êxodo 30:23-25 para nós na Sua<br />
restauração. Quando eu me reunia com os Irmãos Unidos, aprendi que o ungüento sagrado da unção<br />
<strong>em</strong> Êxodo 30 refere-se ao Espírito. Essa foi a única ajuda que recebi <strong>de</strong>les com relação a esses<br />
versículos. Ao longo dos anos, <strong>de</strong>spendi muito t<strong>em</strong>po estudando esse pequeno trecho, consi<strong>de</strong>rando<br />
cada ponto, até mesmo cada palavra. Cada <strong>de</strong>talhe era como uma peça <strong>de</strong> um quebra-cabeça. Por fim,<br />
pu<strong>de</strong> juntar todas as peças e vi um quadro maravilhoso do Espírito composto.<br />
O ungüento da unção <strong>em</strong> Êxodo compunha-se <strong>de</strong> um it<strong>em</strong> principal (um him <strong>de</strong> azeite) misturado<br />
com quatro especiarias: mirra, cinamomo, cálamo e cássia. Certamente, o him <strong>de</strong> azeite representa<br />
Deus. O número um representa Deus e o número quatro (das especiarias) representa o hom<strong>em</strong> como<br />
criatura <strong>de</strong> Deus. Em particular, aqui o número quatro representa o Cristo encarnado como ser<br />
2
humano. A mirra representa a morte <strong>de</strong> Cristo, e o cinamomo, a doce eficácia <strong>de</strong>ssa morte. O cálamo<br />
é um caniço que nasce <strong>em</strong> pântanos ou lugares alagadiços, crescendo ereto <strong>em</strong> direção ao céu; assim,<br />
ele representa a ressurreição <strong>de</strong> Cristo. A cássia é uma espécie <strong>de</strong> casca <strong>de</strong> árvore usada como<br />
repelente <strong>de</strong> cobras e insetos. Portanto, ela representa o po<strong>de</strong>r, especialmente o po<strong>de</strong>r repelente, da<br />
ressurreição <strong>de</strong> Cristo.<br />
No óleo da unção (Êx 30), t<strong>em</strong>os também o número três, que representa o Deus Triúno, visto no fato<br />
<strong>de</strong> que a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> especiarias envolvia três unida<strong>de</strong>s, cada uma <strong>de</strong> quinhentos siclos:<br />
quinhentos siclos <strong>de</strong> mirra, duzentos e cinqüenta siclos <strong>de</strong> cinamomo e duzentos e cinqüenta siclos<br />
<strong>de</strong> cálamo, e quinhentos siclos <strong>de</strong> cássia. A segunda unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> quinhentos siclos foi dividida <strong>em</strong><br />
duas partes, <strong>de</strong> duzentos e cinqüenta siclos cada. Essas duas partes tipificam Cristo, o segundo da<br />
Trinda<strong>de</strong> divina, que foi "dividido", ferido, na cruz. Aqui v<strong>em</strong>os não apenas a Trinda<strong>de</strong> (representada<br />
pelas três unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> quinhentos siclos), mas também o Cristo ferido na cruz (representado pela<br />
segunda unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> quinhentos siclos dividida <strong>em</strong> duas partes <strong>de</strong> duzentos e cinqüenta). Quão<br />
maravilhosa é essa prefiguração!<br />
Além disso, nesse ungüento composto, v<strong>em</strong>os também o número cinco, formado <strong>de</strong> duas maneiras:<br />
um him <strong>de</strong> azeite mais quatro especiarias, e nas cinco centenas <strong>de</strong> siclos. Na Bíblia, o número cinco<br />
representa responsabilida<strong>de</strong>. Por ex<strong>em</strong>plo, os Dez Mandamentos foram escritos <strong>em</strong> duas tábuas, com<br />
cinco mandamentos <strong>em</strong> cada uma, e as <strong>de</strong>z virgens <strong>em</strong> Mateus 25 são divididas <strong>em</strong> dois grupos <strong>de</strong><br />
cinco. Cinco compõe-se <strong>de</strong> quatro mais um: o número quatro representa o hom<strong>em</strong> como criatura <strong>de</strong><br />
Deus, e o número um representa Deus. A partir disso, pod<strong>em</strong>os ver que o número cinco representa<br />
Deus acrescentado ao hom<strong>em</strong> a fim <strong>de</strong> nos tornar capazes <strong>de</strong> arcar com a responsabilida<strong>de</strong>. No<br />
Espírito composto t<strong>em</strong>os a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> arcar com a responsabilida<strong>de</strong>.<br />
A A A Composição Composição do do Espírito Espírito é é Questão Questão <strong>de</strong> <strong>de</strong> Inclusão Inclusão<br />
Inclusão<br />
O que t<strong>em</strong>os <strong>em</strong> Êxodo 30 é o ungüento composto, como prefiguração do Espírito composto que dá<br />
vida. A verda<strong>de</strong>ira composição do Espírito ocorreu na ressurreição <strong>de</strong> Cristo. Foi <strong>em</strong> ressurreição que<br />
o próprio Deus corporificado <strong>em</strong> Cristo e mesclado com a Sua humanida<strong>de</strong> foi composto com a morte<br />
<strong>de</strong> Cristo, a eficácia <strong>de</strong>ssa morte, a Sua ressurreição e a eficácia <strong>de</strong>la, para produzir o Espírito<br />
composto. Essa composição foi uma inclusão, pois ao compor-se o Espírito que dá vida, seis itens<br />
foram incluídos. Por isso, o Espírito que dá vida po<strong>de</strong> ser chamado <strong>de</strong> o Espírito todo-inclusivo, o<br />
Espírito que inclui a divinda<strong>de</strong>, a humanida<strong>de</strong>, a morte <strong>de</strong> Cristo, a eficácia da Sua morte, a<br />
ressurreição <strong>de</strong> Cristo e o po<strong>de</strong>r da Sua ressurreição.<br />
O O Espírito Espírito Espírito Soprado Soprado nos nos Discípulos<br />
Discípulos<br />
Enquanto a encarnação era objetiva, essa inclusão é subjetiva para nós e aplicável <strong>em</strong> nossa<br />
experiência. De acordo com João 20:22, na noite do dia <strong>em</strong> que ressuscitou, o Senhor Jesus apareceu<br />
aos discípulos como o Espírito composto e soprou neles dizendo: "Recebei o Espírito Santo". Visto<br />
que eles eram representantes do Corpo, todos nós estávamos presentes quando o Espírito soprado<br />
entrou neles. Nessa hora, o Espírito foi soprado e entrou no Corpo todo. Assim como o braço po<strong>de</strong><br />
receber uma injeção para o benefício do corpo físico, assim também os discípulos <strong>em</strong> João 20<br />
receberam o Espírito para todo o Corpo <strong>de</strong> Cristo. Como parte do Corpo, aqueles discípulos<br />
representavam todo o Corpo ao receber a inclusão, ao receber o Espírito composto. No estágio da<br />
inclusão, Cristo é mais aplicável a nós do que no estágio da encarnação, uma vez que naquele estágio<br />
pod<strong>em</strong>os experimentá-Lo <strong>de</strong> modo muito subjetivo.<br />
INTENSIFICAÇÃO<br />
Logo após ter sido formada, a igreja tornou-se <strong>de</strong>gradada. Ela <strong>de</strong>veria resultar no Corpo <strong>de</strong> Cristo,<br />
mas lamentavelmente, como revelam as epístolas no Novo Testamento, ela gradualmente <strong>de</strong>gradouse,<br />
mesmo na época <strong>de</strong> Paulo. Por causa <strong>de</strong>ssa <strong>de</strong>gradação, o Espírito composto que dá vida<br />
intensificou-se sete vezes a fim <strong>de</strong> se tornar o Espírito sete vezes intensificado (Ap 1:4; 5:6). Esse<br />
Espírito sete vezes intensificado visa vencer a <strong>de</strong>gradação da igreja e produzir os vencedores <strong>de</strong><br />
maneira que o Corpo <strong>de</strong> Cristo possa ser edificado <strong>de</strong> modo prático para consumar a Nova Jerusalém,<br />
que é a meta única e eterna do <strong>de</strong>sejo do coração <strong>de</strong> Deus.<br />
3
Pelo que abordamos até agora, v<strong>em</strong>os a história <strong>de</strong> Cristo <strong>em</strong> três estágios: encarnação, inclusão e<br />
intensificação. No primeiro estágio, o da encarnação, Cristo era o Cristo <strong>em</strong> carne. No segundo<br />
estágio, o da inclusão, Ele é o Cristo pneumático, o Espírito que dá vida. Agora, no terceiro estágio, o<br />
da intensificação, Ele é o Espírito sete vezes intensificado. Precisamos conhecer a Cristo <strong>em</strong> todos os<br />
três estágios. Se conhecermos os três estágios encarnação, inclusão e intensificação -, realmente<br />
vamos conhecer a Bíblia.<br />
Capítulo Dois<br />
ENCARNAÇÃO, INCLUSÃO E INTENSIFICAÇÃO (2)<br />
Leitura da Bíblia: Jo 1:14; 1 Co 15:45b; Jo 20:22; Ap 1:4;5:6<br />
No capítulo anterior, começamos a consi<strong>de</strong>rar os estágios <strong>de</strong> Cristo; neste, tenho o encargo <strong>de</strong> falar<br />
<strong>de</strong>talhada e atualizadamente a respeito <strong>de</strong> Cristo nos três estágios: encarnação, inclusão e<br />
intensificação.<br />
UMA PESSOA MARAVILH<strong>OS</strong>A EM TRÊS ESTÁGI<strong>OS</strong><br />
Se quisermos conhecer a Cristo nesses três estágios, precisamos consi<strong>de</strong>rar a Bíblia toda. O Antigo<br />
Testamento contém muitas prefigurações e profecias acerca <strong>de</strong> Cristo, o Messias, Aquele que viria.<br />
No Novo Testamento, t<strong>em</strong>os o cumprimento das prefigurações e profecias com relação a Cristo no<br />
Antigo Testamento (isso é apresentado <strong>em</strong> <strong>de</strong>talhes <strong>em</strong> The Conclusion of the New Testament [A<br />
Conclusão do Novo Testamento], mensagens 34 e 45). O Novo Testamento claramente revela que,<br />
como cumprimento das prefigurações e profecias do Velho Testamento, Cristo é uma pessoa<br />
maravilhosa <strong>em</strong> três estágios. Como Alguém maravilhoso, Ele é profundo, misterioso e muito<br />
complexo.<br />
Primeiro Primeiro Estágio Estágio - Encarnação Encarnação O O Estágio Estágio <strong>de</strong> Cristo <strong>em</strong> Carne<br />
Através dos séculos, o Novo Testamento t<strong>em</strong> sido lido, estudado e investigado por milhões <strong>de</strong><br />
pessoas. Eu mesmo o tenho lido e estudado por setenta anos. Meu estudo teve três estágios: o<br />
primeiro foi na China, o segundo <strong>em</strong> Taiwan e o terceiro nos Estados Unidos. Quando estava na<br />
China, fui grand<strong>em</strong>ente ajudado, e até tutorado, pelo irmão Watchman Nee. Estu<strong>de</strong>i cada livro do<br />
Novo Testamento e também muitas interpretações diferentes das Escrituras. Embora tenha sido<br />
ajudado pelo irmão Nee ao máximo, enquanto estava na China, meu estudo limitava-se<br />
principalmente ao primeiro estágio <strong>de</strong> Cristo, isto é, ao estágio <strong>de</strong> Cristo <strong>em</strong> carne, Cristo <strong>em</strong> Sua<br />
encarnação.<br />
Como indica o registro dos quatro Evangelhos, esse estágio durou apenas trinta e três anos e meio.<br />
Esse foi o t<strong>em</strong>po no qual o Senhor Jesus realizou a re<strong>de</strong>nção <strong>de</strong> Deus judicialmente. Os quatro<br />
Evangelhos revelam Cristo <strong>em</strong> carne como Aquele que teve um viver humano na terra e que foi<br />
<strong>de</strong>pois crucificado, morrendo pelos nossos pecados para redimir-nos <strong>de</strong> volta para Deus.<br />
Rigorosamente falando, a questão aqui não é salvação, mas re<strong>de</strong>nção judicial.<br />
A re<strong>de</strong>nção judicial <strong>de</strong> Deus inclui o perdão dos pecados (Lc 24:47), o lavar dos pecados (Hb 1:3), a<br />
justificação (Rm 3:24, 25), a reconciliação com Deus (5:10a) e a santificação posicional (1 Co 1:2; Hb<br />
13:12). No sentido judicial, qu<strong>em</strong> quer que tenha sido perdoado, lavado, justificado por Deus,<br />
reconciliado com Deus e santificado para Deus é alguém salvo. A re<strong>de</strong>nção judicial não é a plena<br />
salvação <strong>de</strong> Deus; antes, é simplesmente o início, o fundamento <strong>de</strong>la; é a base na qual a salvação<br />
completa, orgânica, <strong>de</strong> Deus é edificada.<br />
Segundo Segundo Estágio Estágio - Inclusão Inclusão - O O Estágio Estágio <strong>de</strong> <strong>de</strong> Cristo Cristo co como co mo o o Espírito Espírito que que Dá Dá Vida<br />
Vida<br />
A esta altura, precisamos consi<strong>de</strong>rar a conclusão dos quatro Evangelhos. Eles terminam com um<br />
registro a respeito do Cristo ressurreto que se tornou o Espírito todo-inclusivo, composto, que dá<br />
vida. Na noite do dia da ressurreição, Ele voltou aos discípulos <strong>de</strong> modo totalmente místico (Jo<br />
20:19-22). Não pod<strong>em</strong>os dizer que lhes tenha aparecido <strong>de</strong> modo apenas espiritual, pois ainda tinha<br />
corpo <strong>de</strong> carne e ossos. Ele disse: "Ve<strong>de</strong> as minhas mãos e os meus pés, que sou eu mesmo; apalpaime<br />
e verificai, porque um espírito não t<strong>em</strong> carne n<strong>em</strong> ossos, como ve<strong>de</strong>s que eu tenho". E tendo dito<br />
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isso, mostrou-lhes as mãos e os pés (Lc 24:39, 40). Os discípulos podiam ver a marca dos pregos nas<br />
mãos Dele e tocar-Lhe o corpo. Embora o Cristo ressurreto tivesse um corpo físico que podia ser visto<br />
e tocado, Ele <strong>de</strong> repente apareceu aos discípulos s<strong>em</strong> entrar pela porta (Jo 20:19). Ele não bateu à<br />
porta, e ninguém a abriu para Ele, contudo Ele veio e pôs-se no meio <strong>de</strong>les. A vinda Dele <strong>de</strong>sse modo<br />
era na verda<strong>de</strong> Sua aparição, Sua manifestação (21:1,14). Ele apareceu repentinamente aos discípulos<br />
e <strong>de</strong>pois <strong>de</strong>sapareceu do mesmo modo. Embora tivesse corpo físico, Jesus, <strong>de</strong> um momento para o<br />
outro, apareceu no cômodo cujas portas estavam trancadas. O fato <strong>de</strong> aparecer e <strong>de</strong>saparecer no final<br />
dos quatro Evangelhos não é meramente espiritual; é místico, algo que ninguém po<strong>de</strong> explicar.<br />
O O Cristo Cristo Pneumático<br />
Pneumático<br />
João 20:22 diz: "Soprou sobre eles, e disse-lhes: Recebei o Espírito Santo". Essas palavras indicam<br />
que Cristo estava ali com os discípulos não apenas <strong>de</strong> modo físico, mas também como o Espírito que<br />
dá vida (1 Co 15:45b - BJ), como o Cristo pneumático. Se estivesse ali apenas fisicamente e não como<br />
o Espírito, os discípulos não po<strong>de</strong>riam tê-Lo recebido como o "pneuma"2 santo, o fôlego santo. Se o<br />
Senhor não tivesse ido a eles como o Espírito, eles po<strong>de</strong>riam ter tocado o Seu corpo físico <strong>de</strong> carne e<br />
ossos e po<strong>de</strong>riam tê-Lo abraçado, mas não po<strong>de</strong>riam tê- Lo recebido inalando-O. Em João 20, o<br />
Cristo ressuscitado exalou a Si mesmo e os discípulos O inalaram. Isso indica enfaticamente que <strong>em</strong><br />
ressurreição Ele se tornou o Cristo pneumático, o Cristo que é o Espírito que dá vida.<br />
Em ressurreição, Cristo, como o último Adão <strong>em</strong> carne, tornou-se o Espírito que dá vida. Esse<br />
Espírito que dá vida não é simples, pois inclui divinda<strong>de</strong>, humanida<strong>de</strong>, morte e ressurreição. O Cristo<br />
que apareceu aos discípulos <strong>em</strong> João 20 tinha quatro el<strong>em</strong>entos como quatro fatores e quatro<br />
qualificações. Ele era Deus com o el<strong>em</strong>ento da divinda<strong>de</strong> e era hom<strong>em</strong> com os el<strong>em</strong>entos da<br />
humanida<strong>de</strong>, morte e ressurreição. Como Aquele que se tornara o Espírito que dá vida <strong>em</strong><br />
ressurreição, Ele possuía esses quatro fatores.<br />
O O Espírito Espírito Composto<br />
Composto<br />
O Espírito que dá vida é o Espírito todo-inclusivo, composto, tipificado pelo ungüento composto da<br />
unção <strong>em</strong> Êxodo 30:23-25. Agora o Espírito já não é apenas o Espírito <strong>de</strong> Deus tipificado pelo azeite,<br />
mas é o Espírito composto tipificado pelo ungüento formado pela composição <strong>de</strong> um him <strong>de</strong> azeite<br />
mais quatro especiarias: mirra e cinamomo (que representam respectivamente a morte <strong>de</strong> Cristo e a<br />
sua eficácia) e o cálamo e a cássia (que simbolizam respectivamente a ressurreição <strong>de</strong> Cristo e o<br />
po<strong>de</strong>r <strong>de</strong>la). Como o Espírito composto, todo-inclusivo, que dá vida, Ele é agora um ungüento<br />
composto com quatro fatores: Deus, o hom<strong>em</strong>, a morte <strong>de</strong> Cristo e a Sua ressurreição.<br />
Os Os Dois Dois Tornar----se Tornar Tornar Tornar se se se <strong>de</strong> <strong>de</strong> Cristo<br />
Cristo<br />
A composição do Espírito ocorreu quando Cristo, como o último Adão, tornou-se o Espírito que dá<br />
vida. Esse tornar-se não foi algo simples. Como já assinalamos no capítulo anterior, Cristo passou por<br />
dois processos <strong>de</strong> tornar-se. O primeiro foi Sua encarnação: "O Verbo se fez carne" João 1:14. Esse<br />
tornar-se foi seguramente mais simples, pois envolvia o entrar da divinda<strong>de</strong> na humanida<strong>de</strong> e o<br />
mesclar da divinda<strong>de</strong> com a humanida<strong>de</strong>, mas não incluía n<strong>em</strong> morte n<strong>em</strong> ressurreição. O segundo<br />
tornar-se <strong>de</strong> Cristo foi <strong>em</strong> ressurreição: "O último Adão, porém, tornou-se Espírito que dá vida" (1 Co<br />
15:45b - BJ.). Esse tornar-se foi b<strong>em</strong> complexo, pois incluía a divinda<strong>de</strong>, a humanida<strong>de</strong>, a morte <strong>de</strong><br />
Cristo e a Sua ressurreição.<br />
As As Complicações Complicações Envolvidas Envolvidas na na Morte Morte <strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong> Cristo<br />
Cristo<br />
A morte <strong>de</strong> Cristo <strong>em</strong> si foi bastante complexa. Foi uma morte todo-inclusiva. Nela, Cristo crucificou<br />
a carne do pecado (Gl 5:24; Rm 8:3b); con<strong>de</strong>nou o pecado e tirou o pecado e os pecados pelo<br />
<strong>de</strong>rramamento do Seu sangue (Rm 8:3b; Jo 1:29; Hb 9:26b, 28a; Jo 19:34b); <strong>de</strong>struiu o diabo, que<br />
t<strong>em</strong> o po<strong>de</strong>r da morte (Hb 2:14; Jo 12:31b); julgou o mundo e expulsou o seu príncipe (Jo 12:31; Gl<br />
6:14b); crucificou o velho hom<strong>em</strong> (Rm 6:6; Gl 2:19b; 6: 14b); pôs fim à velha criação, crucificando o<br />
velho hom<strong>em</strong> (Rm 6:6); aboliu a lei dos mandamentos na forma <strong>de</strong> or<strong>de</strong>nanças (Ef 2:15a) e liberou a<br />
vida divina (Jo 12:24; 19:34b). Por um lado, a morte <strong>de</strong> Cristo eliminou todas as coisas negativas; por<br />
outro, ela liberou a vida divina. Quanto mais refletirmos sobre isso, mais perceber<strong>em</strong>os as complicações<br />
envolvidas na morte todo-inclusiva do Senhor.<br />
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As As Complicações Complicações Envolvidas Envolvidas na na Ressurreição Ressurreição <strong>de</strong> <strong>de</strong> Cristo<br />
Cristo<br />
A ressurreição <strong>de</strong> Cristo também foi muito complexa. Ela produziu o Primogênito <strong>de</strong> Deus, elevando<br />
a humanida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Cristo e introduzindo-a na Sua divinda<strong>de</strong> e fazendo-O nascer <strong>de</strong> Deus (At 13:33; Sl<br />
2:7), isto é, <strong>de</strong>signando o <strong>de</strong>scen<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> Davi (a natureza humana <strong>de</strong> Cristo) corno o Primogênito <strong>de</strong><br />
Deus (Rm 1:3-4) pelo Espírito <strong>de</strong> santida<strong>de</strong> (a divinda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Cristo) no po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> ressurreição. Na<br />
ressurreição <strong>de</strong> Cristo, todos os escolhidos <strong>de</strong> Deus foram regenerados corno muitos filhos <strong>de</strong> Deus e<br />
muitos irmãos do Primogênito <strong>de</strong> Deus (1 Pe 1:3; Hb 2:10; Rm 8:29). Na ressurreição <strong>de</strong> Cristo, o<br />
Espírito <strong>de</strong> Deus foi consumado corno o Espírito que dá vida (1 Co 15:45b): o Espírito <strong>de</strong> Cristo - o<br />
Cristo pneumático, o Cristo "pneumatizado" (Rm 8:9); a consumação final e máxima do Deus Triúno<br />
processado e consumado, que é corporificado no Cristo "pneumatizado" corno o Espírito que dá vida;<br />
e a realida<strong>de</strong> da ressurreição, que é o próprio Cristo e o Deus Triúno processado e consumado (Jo<br />
11:25; 1 Jo 5:6). Por meio disso pod<strong>em</strong>os ver que a ressurreição <strong>de</strong> Cristo é muito complexa.<br />
Visto que tantas complicações estão envolvidas no segundo tornar-se <strong>de</strong> Cristo, o tornar-se o Espírito<br />
todo-inclusivo que dá vida <strong>em</strong> ressurreição, pod<strong>em</strong>os usar a palavra inclusão ao falar <strong>de</strong>sse segundo<br />
estágio <strong>de</strong> Cristo. O resultado <strong>de</strong>sse tornar-se não foi algo simples, porém algo composto, isto é,<br />
resultou não apenas no azeite representando o Espírito <strong>de</strong> Deus, mas no ungüento simbolizando o<br />
Espírito que dá vida. Esse Espírito é o Cristo pneumático, o Cristo no segundo estágio: o estágio da<br />
inclusão.<br />
É comum os cristãos ensinar<strong>em</strong> acerca da edificação, ao passo que b<strong>em</strong> poucos, ou quase ninguém,<br />
ensinam acerca da inclusão. A encarnação resultou no Cristo que se tornou o Espírito composto,<br />
todo-inclusivo, que dá vida. V<strong>em</strong>os esse Espírito composto no livro <strong>de</strong> Atos e nas vinte e urna<br />
epístolas, <strong>de</strong> Romanos a Judas.<br />
Cristo, Cristo, no no Primeiro Primeiro Estágio, Estágio,<br />
Estágio,<br />
Produz Produz um um Grupo Grupo Grupo <strong>de</strong> <strong>de</strong> Redimidos Redimidos e, e, no no Segundo, Segundo, Produz Produz a a <strong>Igreja</strong><br />
<strong>Igreja</strong><br />
No primeiro estágio, o <strong>de</strong> Cristo <strong>em</strong> carne, Ele produziu um grupo <strong>de</strong> redimidos, corno Pedro e os<br />
outros discípulos. Embora tenham sido produzidos alguns redimidos, a igreja ainda não havia sido<br />
produzida. Ela foi produzida por Cristo no segundo estágio. Nesse estágio Ele é o Cristo pneumático,<br />
o Espírito composto que dá vida, que produziu a igreja no dia <strong>de</strong> Pentecoste. Os santos redimidos,<br />
produzidos por Cristo <strong>em</strong> carne, tornaram-se a igreja produzida por Cristo corno o Espírito que dá<br />
vida.<br />
Terceiro Terceiro Estágio Estágio - Intensificação Intensificação O O O Estágio Estágio <strong>de</strong> <strong>de</strong> Cristo<br />
Cristo<br />
como como o o Espírito Espírito Espírito Sete Sete Vezes Vezes Int Intensificado Int Int ensificado Para Para Tratar Tratar com com a a Degradação Degradação da da <strong>Igreja</strong><br />
<strong>Igreja</strong><br />
Logo após ter sido produzida, a igreja começou a <strong>de</strong>gradar-se. Isso é claramente visto <strong>em</strong> Atos. No<br />
capítulo 5, Ananias e Safira mentiram para o Espírito Santo; no capítulo 6, houve murmuração dos<br />
helenistas contra os hebreus com relação à distribuição diária <strong>de</strong> provisões, e no capítulo 15, houve o<br />
probl<strong>em</strong>a relativo à circuncisão. A separação <strong>de</strong> Barnabé e Paulo (15:35-39) também <strong>de</strong>ve ser<br />
consi<strong>de</strong>rada parte da <strong>de</strong>gradação. Por fim, a igreja <strong>de</strong>gradou-se a tal ponto que o Senhor já não a<br />
podia tolerar, e reagiu intensificando-se sete vezes a fim <strong>de</strong> ser o Espírito sete vezes intensificado (Ap<br />
1:4; 5:6). Ele tornou-se sete vezes intensificado para tratar com a <strong>de</strong>gradação da igreja.<br />
Para Para Para Produzir Produzir Produzir o o Corpo Corpo <strong>de</strong> <strong>de</strong> Cristo Cristo a a fim fim <strong>de</strong> <strong>de</strong> Consumar Consumar a a Nova Jerusalém<br />
Em suas epístolas, Paulo falou acerca do Corpo (Rm 12:5; 1 Co 12: 12,27; Ef 1:23; 4:4,16; Cl 2:19), mas<br />
não creio que Paulo tenha visto a real edificação do Corpo. Ele podia ver a igreja expressa <strong>em</strong> várias<br />
cida<strong>de</strong>s, mas não podia ver, <strong>em</strong> realida<strong>de</strong>, a igreja como o Corpo <strong>de</strong> modo perfeito e completo. Para o<br />
Corpo ser produzido <strong>de</strong> modo pleno e completo, há a necessida<strong>de</strong> do terceiro estágio <strong>de</strong> Cristo, o da<br />
intensificação, no qual Cristo se torna o Espírito sete vezes intensificado.<br />
Após a morte <strong>de</strong> Paulo, o Senhor esperou mais <strong>de</strong> vinte anos até que João escrevesse o livro <strong>de</strong><br />
Apocalipse. Esse livro é uma epístola, mas, no seu caráter, difere bastante <strong>de</strong> todas as outras epístolas<br />
do Novo Testamento. Nesse livro, Cristo, que se tornara o Espírito composto, todo-inclusivo, que dá<br />
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vida, tornou-se o Espírito sete vezes intensificado. Em Apocalipse 1 :4, o terceiro da Trinda<strong>de</strong> divina,<br />
o Espírito, torna-se os sete Espíritos e t<strong>em</strong> a posição do segundo da Trinda<strong>de</strong> divina (vs. 4, 5).<br />
Já assinalamos que, no segundo estágio, quando se tornou o Espírito composto, todo-inclusivo, que<br />
dá vida, Cristo produziu as igrejas, mas que não muito do Corpo foi produzido e edificado <strong>de</strong> modo<br />
real e prático. Por essa razão, Ele se tornou o Espírito sete vezes intensificado para vencer a<br />
<strong>de</strong>gradação da igreja, <strong>de</strong> modo que os vencedores sejam produzidos a fim <strong>de</strong> gerar o Corpo.<br />
O resultado <strong>de</strong> Cristo na carne foi um grupo <strong>de</strong> redimidos, e o resultado <strong>de</strong> Cristo como o Espírito<br />
composto, todo-inclusivo, que dá vida foram as igrejas. Para o Corpo ser produzido há a necessida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> o Espírito composto, todo-inclusivo, que dá vida ser intensificado sete vezes. Essa intensificação<br />
sétupla trata com a situação sétupla das sete igrejas <strong>de</strong> Apocalipse 2 e 3.<br />
Os Irmãos Unidos e os que seguiram os ensinamentos <strong>de</strong>les viram algo acerca do significado<br />
profético das sete igrejas <strong>de</strong> Apocalipse 2 e 3. A partir do estudo que fizeram <strong>de</strong>sses capítulos,<br />
<strong>de</strong>scobriram que a igreja está <strong>em</strong> sete condições, <strong>em</strong> sete estágios e <strong>em</strong> sete períodos. Entretanto, não<br />
estudaram a questão <strong>de</strong> vencer. Jessie Penn - Lewis viu essa questão e publicou um artigo intitulado<br />
O Vencedor. Embora a Sra. Penn-Lewis tenha escrito algo acerca das sete igrejas produzindo os<br />
vencedores, a luz que recebeu não foi plena e, assim, não viu que os vencedores são para a edificação<br />
do Corpo a fim <strong>de</strong> consumar a Nova Jerusalém. O estágio da encarnação produziu um grupo <strong>de</strong><br />
redimidos, e o estágio da inclusão produziu a igreja. O estágio da intensificação irá edificar o Corpo<br />
para consumar a Nova Jerusalém .<br />
REALIZAR UMA OBRA <strong>DE</strong> TRÊS SEÇÕES<br />
Tenho o encargo <strong>de</strong> que todos os cooperadores na restauração do Senhor percebam que precisam<br />
realizar uma obra <strong>de</strong> três seções. Não <strong>de</strong>v<strong>em</strong>os apenas ser capazes <strong>de</strong> realizar a obra da primeira<br />
seção, a da encarnação, para produzir redimidos, mas também <strong>de</strong>v<strong>em</strong>os ser capazes <strong>de</strong> realizar uma<br />
obra que possa servir ao propósito da segunda seção, a da inclusão, a fim <strong>de</strong> produzir o test<strong>em</strong>unho<br />
da igreja <strong>em</strong> muitas cida<strong>de</strong>s. Além do mais, <strong>de</strong>v<strong>em</strong>os ser capazes <strong>de</strong> realizar uma obra <strong>de</strong> edificação<br />
do Corpo <strong>de</strong> Cristo consumando a Nova Jerusalém. Essa é a obra do estágio da intensificação.<br />
O primeiro estágio, o da encarnação, é na esfera física a fim <strong>de</strong> realizar a re<strong>de</strong>nção judicial, que é algo<br />
físico. O segundo estágio, o da inclusão, é divino e místico. No terceiro estágio, o da intensificação,<br />
haverá um amadurecimento e uma colheita na esfera divina e mística, e o Corpo será edificado para<br />
consumar a Nova Jerusalém.<br />
Ao liberar esta mensag<strong>em</strong>, fico preocupado que os cooperadores não estejam levando a cabo uma<br />
obra tripla: a obra do estágio da encarnação, a do estágio da inclusão e a do estágio da intensificação.<br />
Se estamos levando a cabo essa obra tripla, trabalhar<strong>em</strong>os não apenas para produzir redimidos e<br />
estabelecer igrejas, mas também para edificar o Corpo, consumando a Nova Jerusalém.<br />
Quero pedir aos cooperadores que consi<strong>de</strong>r<strong>em</strong> que tipo <strong>de</strong> obra têm realizado no passado e<br />
pergunt<strong>em</strong> a si mesmos se têm feito uma obra <strong>em</strong> três seções. Com relação à minha própria obra,<br />
posso dizer que a que fiz na China era principalmente a <strong>de</strong> produzir redimidos. Somente uma<br />
pequena parte da minha obra ali foi para produzir igrejas. Isso indica que a minha obra na China foi<br />
principalmente no primeiro estágio. Entretanto, quando fui para Taiwan, comecei a realizar uma<br />
obra no estágio da inclusão, e muitas igrejas foram levantadas. Agora tenho o encargo <strong>de</strong> levar a cabo<br />
uma obra no estágio da intensificação. Portanto, oro ao Senhor, dizendo: "Senhor, esforço-me ao<br />
máximo para ser um vencedor com vistas à edificação do Teu Corpo para consumar a Nova<br />
Jerusalém".<br />
Espero que todos os cooperadores vejam os três estágios, as três seções <strong>de</strong> Cristo: encarnação (o<br />
estágio <strong>de</strong> Cristo <strong>em</strong> carne), inclusão (o estágio <strong>de</strong> Cristo como o Espíri to que dá vida) e a<br />
intensificação (o estágio <strong>de</strong> Cristo como o Espírito sete vezes intensificado que dá vida). Esses três<br />
estágios são as três seções da história <strong>de</strong> Cristo. Isso quer dizer que a história <strong>de</strong> Cristo é dividida <strong>em</strong>:<br />
aseção da Sua encarnação, a seção da Sua inclusão e a seção da Sua intensificação. Por isso,<br />
enfatizamos essas três palavras (encarnação, inclusão e intensificação) e enfatizamos o fato <strong>de</strong> a<br />
encarnação produzir os redimidos, <strong>de</strong> a inclusão produzir as igrejas e <strong>de</strong> a intensificação produzir os<br />
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vencedores para edificar o Corpo, que se consuma na Nova Jerusalém como meta única da economia<br />
<strong>de</strong> Deus. Essa é a revelação do Novo Testamento.<br />
Que espécie <strong>de</strong> obra estamos executando hoje? Dev<strong>em</strong>os estar executando uma obra <strong>de</strong> três seções.<br />
Preocupo-me que muitos cooperadores ainda estejam trabalhando apenas na primeira seção, a da<br />
encarnação. Se for esse o seu caso, você precisa melhorar e avançar; o que você apren<strong>de</strong>u e o que fez<br />
no passado não é a<strong>de</strong>quado. Naturalmente, não <strong>de</strong>ve <strong>de</strong>scartar as coisas do primeiro estágio, pois são<br />
o fundamento. Agora precisa começar a edificar nesse fundamento e por fim ter a completação da<br />
edificação. O fundamento é a obra no estágio da encarnação; a edificação é a obra no estágio da<br />
inclusão, e a completação da edificação é a obra no estágio da intensificação.<br />
AVANÇAR DA INCLUSÃO PARA A INTENSIFICAÇÃO<br />
Quando uso o vocábulo inclusão, baseio-me no uso da palavra inclusivo. O fato <strong>de</strong> o último Adão<br />
tornar-se o Espírito que dá vida foi o fato <strong>de</strong> tornar-se o Espírito todo- inclusivo. Tornar-se todoinclusivo<br />
é um assunto relacionado não apenas à encarnação mas também à inclusão. Como já<br />
assinalamos, a inclusão envolve muitas complicações. No estágio da inclusão, muitas coisas são<br />
incluídas no Cristo pneumático, no Cristo que é o Espírito que dá vida. Agora precisamos ver que o<br />
Espírito todo-inclusivo, que dá vida, intensificou-se sete vezes.<br />
Insisto que você consi<strong>de</strong>re essa questão da intensificação e ore <strong>de</strong>sesperadamente, dizendo: "Senhor,<br />
tenho <strong>de</strong> avançar. Preciso da Tua graça para me levar adiante. Não quero permanecer na obra da<br />
encarnação, n<strong>em</strong> mesmo da inclusão. Quero avançar da inclusão para a intensificação. Senhor, Tu<br />
foste intensificado sete vezes, e oro que eu também o seja para vencer a <strong>de</strong>gradação da igreja <strong>de</strong> modo<br />
que o Corpo seja edificado a fim <strong>de</strong> consumar a Nova Jerusalém".<br />
Capítulo Capítulo 33<br />
3 3<br />
Extrato Extrato da da Revelação Revelação Divina Divina Divina Básica Básica Básica na na Bíblia Bíblia Sagrada<br />
Sagrada<br />
Neste capítulo, gostaria <strong>de</strong> apresentar um extrato da revelação divina básica na Bíblia Sagrada. Os<br />
sete pontos <strong>de</strong>ste extrato pod<strong>em</strong> ser consi<strong>de</strong>rados como um extrato da nossa teologia. Se você estudar<br />
todos esses pontos, verá que a teologia na restauração do Senhor é muito diferente <strong>de</strong> todas as<br />
teologias do cristianismo <strong>de</strong> hoje.<br />
I. CONHECER O <strong>DE</strong>US TRIÚNO PROCESSADO E CONSUMADO<br />
Primeiramente, precisamos conhecer o Deus Triúno processado e consumado (Mt 28:19).<br />
A. A. A. Encarnado<br />
Encarnado<br />
O Deus Triúno encarnou-se (Jo 1:14). Mediante a encarnação, Ele se tornou o primeiro hom<strong>em</strong>-Deus,<br />
o Senhor Jesus, e na Sua humanida<strong>de</strong> expressou Deus.<br />
B. B. Ungido Ungido Ungido para para para Ser Ser o o Cristo<br />
Cristo<br />
Deus encarnou-se para ser um hom<strong>em</strong>-Deus, e esse hom<strong>em</strong>-Deus foi ungido para ser o Cristo, o<br />
Ungido <strong>de</strong> Deus, a fim <strong>de</strong> levar a cabo o plano <strong>de</strong> Deus na Sua economia eterna (Lc 4:18). Na verda<strong>de</strong>,<br />
foi o próprio Deus qu<strong>em</strong> veio realizar o que planejara na eternida<strong>de</strong>, segundo a Sua economia eterna.<br />
C. C. Consumado Consumado para para Ser Ser o o Espírito Espírito que que Dá Dá Vida<br />
Vida<br />
O Deus Triúno consumou-se para ser o Espírito que dá vida a fim <strong>de</strong> aplicar o que Cristo realizou (1<br />
Co 15:45b - BJ). O Deus Pai planejou, o Deus Filho realizou o que o Deus Pai planejou e o Deus<br />
Espírito aplica o que o Deus Filho realizou segundo o plano do Deus Pai.<br />
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II. CONHECER O <strong>CRISTO</strong> TODO-INCLUSIVO<br />
A seguir, precisamos conhecer o Cristo todo-inclusivo <strong>em</strong> muitos aspectos diferentes.<br />
A. A. O O Mistério Mistério <strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong> Deus<br />
Deus<br />
Precisamos conhecer o Cristo todo-inclusivo como o mistério <strong>de</strong> Deus para ser a realida<strong>de</strong> do Deus<br />
Triúno (Cl 2:2). Cristo é tanto o mistério <strong>de</strong> Deus como a Sua realida<strong>de</strong>. Corporificado <strong>em</strong> Cristo está<br />
tudo o que Deus é e possui. Tudo o que Deus tenciona fazer relaciona-se a Cristo. Se não conhec<strong>em</strong>os<br />
esse Cristo, não conhec<strong>em</strong>os a Deus. Pod<strong>em</strong>os dizer que Cristo é a chave que abre o caminho para<br />
entrar <strong>em</strong> Deus. Quando t<strong>em</strong>os Cristo, Deus está aberto para nós. Por meio Dele conhec<strong>em</strong>os a Deus<br />
e até mesmo somos introduzidos <strong>em</strong> Deus.<br />
Em Colossenses 2:2, Paulo fala do "mistério <strong>de</strong> Deus, Cristo". O fato <strong>de</strong> Cristo ser o mistério <strong>de</strong> Deus<br />
indica que Ele não é simples. Pelo contrário, é imensurável e misterioso. S<strong>em</strong> dúvida, Deus não é<br />
simples. Ele é ilimitado, infinito, eterno. Como, então, Cristo, o mistério <strong>de</strong> Deus, po<strong>de</strong>ria ser<br />
simples? Como mistério <strong>de</strong> Deus, Cristo é o Deus imensurável, infinito e eterno.<br />
B. B. A A A Palavra Palavra Palavra <strong>de</strong> <strong>de</strong> Deus<br />
Deus<br />
Deus é misterioso, e precisa da Palavra para <strong>de</strong>fini-Lo. O Cristo todo-inclusivo é a Palavra <strong>de</strong> Deus<br />
que O <strong>de</strong>fine (Jo 1:1-NVI). Como a Palavra <strong>de</strong> Deus, Ele fala Deus, e é assim a <strong>de</strong>finição, explicação e<br />
expressão <strong>de</strong> Deus. Como a Palavra, Cristo é Deus <strong>de</strong>finido, explicado e expresso. A Palavra,<br />
portanto, é na verda<strong>de</strong> o próprio Deus, não oculto, encoberto e misterioso, mas <strong>de</strong>finido, explicado e<br />
expresso.<br />
C. C. A A Corporificação Corporificação <strong>de</strong> <strong>de</strong> Deus<br />
Deus<br />
O Cristo todo-inclusivo é a corporificação <strong>de</strong> Deus para expressá-Lo. "Nele habita corporalmente toda<br />
a plenitu<strong>de</strong> da Divinda<strong>de</strong>" (Cl 2:9). Antes da encarnação <strong>de</strong> Cristo, a plenitu<strong>de</strong> da Deida<strong>de</strong> habitava<br />
Nele como a Palavra eterna, mas não corporalmente. A partir do momento <strong>em</strong> que Cristo encarnouse,<br />
revestiu-se <strong>de</strong> corpo humano, a plenitu<strong>de</strong> da Deida<strong>de</strong> passou a habitar Nele <strong>de</strong> modo corpóreo, e<br />
agora e para s<strong>em</strong>pre habita no Seu corpo glorificado (Fp 3:21). O Cristo que é a corporificação <strong>de</strong><br />
Deus não apenas fala Deus e O <strong>de</strong>fine: Ele também O expressa. Visto que é a sólida corporificação <strong>de</strong><br />
Deus, Ele apresenta Deus para nós, expressando-O.<br />
D. D. A A Centralida<strong>de</strong> Centralida<strong>de</strong> e e Universalida<strong>de</strong><br />
Universalida<strong>de</strong><br />
Universalida<strong>de</strong><br />
O Cristo, que é o mistério <strong>de</strong> Deus, a realida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Deus, a <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> Deus e a expressão <strong>de</strong> Deus é<br />
também a universalida<strong>de</strong> e centralida<strong>de</strong> da economia eterna <strong>de</strong> Deus (Cl 1:13-19). Na economia <strong>de</strong><br />
Deus, Cristo é o centro e a circunferência.<br />
A economia <strong>de</strong> Deus po<strong>de</strong> ser comparada a uma gran<strong>de</strong> roda, tendo Cristo como todas as suas partes.<br />
Cristo é o eixo <strong>de</strong>ssa roda. "Nele tudo subsiste" (v. 17). Isso quer dizer que assim como os raios <strong>de</strong><br />
uma roda são presos pelo eixo, assim também todas as coisas exist<strong>em</strong> juntas por causa <strong>de</strong> Cristo que<br />
é o eixo da roda, o centro mantenedor. Na roda da economia <strong>de</strong> Deus, Cristo é também os raios (o<br />
sustento) e o aro (a circunferência).<br />
E. E. A A Parte Parte da da Herança Herança <strong>de</strong> <strong>de</strong> Deus Deus<br />
Deus<br />
Precisamos conhecer o Cristo todo-inclusivo como a parte da herança <strong>de</strong> Deus para <strong>de</strong>sfrute dos Seus<br />
crentes. Colossenses 1:12 fala <strong>de</strong> Cristo como a "parte que vos cabe da herança dos santos". Isso se<br />
refere à fração da herança, como ilustra a divisão da boa terra <strong>de</strong> Canaã entre os filhos <strong>de</strong> Israel como<br />
herança <strong>de</strong>les (Js 14:1). A herança dos crentes do Novo Testamento, a parte que lhes cabe da herança<br />
<strong>de</strong> Deus, é o Cristo todo-inclusivo.<br />
9
F. F. A A Vida Vida dos dos Seus Seus Crentes<br />
Crentes<br />
Cristo é a vida dos Seus crentes a fim <strong>de</strong> que O vivam. Colossenses 3:4 fala <strong>de</strong> "Cristo, que é nossa<br />
vida". A vida que é Deus, a vida que Deus é, está <strong>em</strong> Cristo (Jo 1:4). O próprio Senhor Jesus disse que<br />
Ele é vida (11:25) e que veio para que tenhamos vida (10:10). Portanto, qu<strong>em</strong> t<strong>em</strong> Cristo t<strong>em</strong> vida (1<br />
Jo 5:12), e Cristo agora habita nos crentes como a vida <strong>de</strong>les. Não apenas o Cristo todo-inclusivo é a<br />
nossa porção <strong>de</strong> modo que O <strong>de</strong>sfrut<strong>em</strong>os; Ele é também vida <strong>de</strong> modo que O vivamos.<br />
G. G. A A Cabeça Cabeça Cabeça do do Seu Seu Corpo<br />
Corpo<br />
Precisamos conhecer a Cristo como a Cabeça do Seu Corpo, a fim <strong>de</strong> expressá-Lo. Colossenses 1:18<br />
diz: "Ele é a cabeça do corpo, da igreja." Cristo precisa <strong>de</strong> expressão. Por um lado, Ele expressa Deus;<br />
por outro, é expresso pelo Corpo. A Cabeça expressa Deus, e o Corpo expressa a Cabeça. Visto que<br />
Cristo é a Cabeça do Corpo, precisamos reter a Cabeça para que o Corpo possa crescer com o<br />
crescimento <strong>de</strong> Deus (2:19). Reter a Cabeça quer dizer não se permitir separar-se <strong>de</strong>la. Se verda<strong>de</strong>iramente<br />
retivermos a Cristo como a Cabeça do Corpo, não nos separar<strong>em</strong>os Dele por nada.<br />
III. CONHECER O ESPÍRITO CONSUMADO<br />
A seguir, precisamos conhecer o Espírito consumado.<br />
A. A. A A Transfiguração Transfiguração <strong>de</strong> <strong>de</strong> Cristo<br />
Cristo<br />
O Espírito consumado é a transfiguração <strong>de</strong> Cristo <strong>em</strong> ressurreição (1 Co 15:45b- BJ). Cristo é a<br />
corporificação <strong>de</strong> Deus, e o Espírito é a transfiguração <strong>de</strong> Cristo. Em ressurreição, Cristo, o último<br />
Adão <strong>em</strong> carne, tornou-se o Espírito que dá vida. A ressurreição <strong>de</strong> Cristo foi a Sua transfiguração no<br />
Espírito que dá vida. Ele era o Cristo <strong>em</strong> carne, mas mediante a ressurreição foi transfigurado no<br />
Cristo que é o Espírito que dá vida.<br />
B. B. B. O O Espírito Espírito Espírito Composto<br />
Composto<br />
O Espírito composto é aquele que é formado da divinda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Cristo, a Sua humanida<strong>de</strong>, a Sua morte<br />
e a eficácia <strong>de</strong>la, e a Sua ressurreição e o po<strong>de</strong>r <strong>de</strong>la, todos tipificados pelos el<strong>em</strong>entos do sagrado<br />
ungüento da unção <strong>em</strong> Êxodo 30:23-25. De acordo com a prefiguração <strong>em</strong> Êxodo 30, o ungüento da<br />
unção compunha-se <strong>de</strong> um it<strong>em</strong> principal (um him <strong>de</strong> azeite) misturado com quatro especiarias:<br />
mirra, cinamomo, cálamo e cássia. Em prefiguração, o azeite representa o Espírito <strong>de</strong> Deus; a mirra<br />
fluida simboliza a morte <strong>de</strong> Cristo; o cinamomo tipifica a doçura e eficácia <strong>de</strong>ssa morte; o cálamo<br />
tipifica a Sua ressurreição, e a cássia, o po<strong>de</strong>r <strong>de</strong>la, especialmente o po<strong>de</strong>r repelente <strong>de</strong>ssa<br />
ressurreição. A prefiguração do ungüento da unção foi completamente cumprida no Espírito que dá<br />
vida, contendo a divinda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Cristo, Sua humanida<strong>de</strong>, a doçura e eficácia da Sua morte e o po<strong>de</strong>r e<br />
eficácia da Sua ressurreição. O Espírito que dá vida, portanto, é o Espírito composto.<br />
C. . O O Espírito Espírito da da Vida<br />
Vida<br />
O Espírito não é apenas o Espírito que dá vida, mas também o Espírito da vida (Rm 8:2), que é a<br />
realida<strong>de</strong> da vida, pois contém o el<strong>em</strong>ento da vida divina. Na verda<strong>de</strong>, Ele próprio é a vida. Portanto,<br />
com o Espírito da vida t<strong>em</strong>os as riquezas da vida divina.<br />
O modo <strong>de</strong> ter a vida é o Espírito. A vida pertence ao Espírito, e o Espírito é da vida. Os dois na<br />
verda<strong>de</strong> são um só. Não pod<strong>em</strong>os separar a vida do Espírito n<strong>em</strong> o Espírito da vida. Se t<strong>em</strong>os o<br />
Espírito, t<strong>em</strong>os a vida. Se não t<strong>em</strong>os o Espírito, não t<strong>em</strong>os a vida. A maneira <strong>de</strong> experimentar a vida<br />
divina, eterna, incriada, é o Espírito da vida.<br />
D. D. D. O O Espírito Espírito <strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong> Deus<br />
Deus<br />
Em Romanos 8:9, Paulo fala do Espírito <strong>de</strong> Deus habitando <strong>em</strong> nós, e no versículo 14, dos filhos <strong>de</strong><br />
Deus sendo guiados pelo Espírito <strong>de</strong> Deus. Não <strong>de</strong>v<strong>em</strong>os enten<strong>de</strong>r o título o Espírito <strong>de</strong> Deus como se o<br />
Espírito fosse algo vindo <strong>de</strong> Deus. No Novo Testamento, expressões como o amor <strong>de</strong> Deus e a vida <strong>de</strong><br />
10
Deus quer<strong>em</strong> dizer que o amor e a vida são o próprio Deus. No mesmo princípio, o termo o Espírito <strong>de</strong><br />
Deus quer dizer que o Espírito é Deus. Por isso, o fato <strong>de</strong> que o Espírito <strong>de</strong> Deus habita <strong>em</strong> nós e nos<br />
guia quer dizer que o próprio Deus habita <strong>em</strong> nós e nos guia.<br />
E. E. O O Espírito Espírito <strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong> Jesus<br />
Jesus<br />
O Espírito <strong>de</strong> Jesus (At 16:7) é uma expressão peculiar com relação ao Espírito <strong>de</strong> Deus e refere-se ao<br />
Espírito do Salvador encarnado que, como Jesus na Sua humanida<strong>de</strong>, passou pelo viver humano e<br />
morte na cruz. Isso indica que o Espírito <strong>de</strong> Jesus contém não apenas o el<strong>em</strong>ento divino, mas<br />
também o humano e os el<strong>em</strong>entos do viver humano <strong>de</strong> Jesus e Seu sofrimento <strong>de</strong> morte.<br />
F. F. O O Espírito Espírito <strong>de</strong> <strong>de</strong> Cristo Cristo<br />
Cristo<br />
Em Romanos 8:9, Paulo fala do Espírito <strong>de</strong> Cristo, o qual se relaciona à morte e ressurreição do<br />
Senhor. O Espírito <strong>de</strong> Cristo é o Espírito Daquele que passou pela morte e entrou <strong>em</strong> ressurreição. O<br />
Espírito <strong>de</strong> Cristo é a totalida<strong>de</strong>, o agregado, do Cristo todo-inclusivo com Sua morte todo-inclusiva e<br />
ressurreição.<br />
G. G. O O Espírito Espírito <strong>de</strong> <strong>de</strong> Jesus Jesus Cristo<br />
Cristo<br />
O Espírito <strong>de</strong> Jesus Cristo (Fp 1:19) é "o Espírito" mencionado <strong>em</strong> João 7:39. Esse não é meramente o<br />
Espírito <strong>de</strong> Deus antes da encarnação do Senhor, mas o Espírito <strong>de</strong> Deus, o Espírito Santo com a<br />
divinda<strong>de</strong>, após a ressurreição do Senhor, composto com a humanida<strong>de</strong> do Senhor, com Seu viver<br />
humano sob o operar da cruz, da crucificação e da ressurreição.<br />
Visto que o Espírito <strong>de</strong> Jesus refere-se particularmente ao sofrimento do Senhor e o Espírito <strong>de</strong><br />
Cristo à Sua ressurreição, então o Espírito <strong>de</strong> Jesus Cristo relaciona-se tanto ao Seu sofrimento como<br />
à Sua ressurreição. O Espírito <strong>de</strong> Jesus Cristo é o Espírito do Jesus que teve um viver <strong>de</strong> sofrimento<br />
na terra e do Cristo que agora está <strong>em</strong> ressurreição. A realida<strong>de</strong> <strong>de</strong> tal Jesus e <strong>de</strong> tal Cristo é o<br />
Espírito <strong>de</strong> Jesus Cristo.<br />
H. H. O O Espírito Espírito que que Habita Habita Interiormente<br />
Interiormente<br />
O Espírito consumado é também o Espírito que habita interiormente. Em Romanos 8:9,11, Paulo<br />
falado Espírito que habita nos crentes. O versículo 9 fala do Espírito <strong>de</strong> Deus que habita <strong>em</strong> nós, e o<br />
versículo 11 diz: "Se habita <strong>em</strong> vós o Espírito daquele que ressuscitou a Jesus <strong>de</strong>ntre os mortos, esse<br />
mesmo que ressuscitou a Cristo Jesus <strong>de</strong>ntre os mortos vivificará também os vossos corpos mortais,<br />
por meio do seu Espírito que <strong>em</strong> vós habita". Como o Espírito que habita <strong>em</strong> nós, Ele é ativo <strong>em</strong><br />
infundir-nos vida. O Espírito que habita interiormente infun<strong>de</strong> a vida divina ao nosso ser tripartido<br />
(vs. 10, 6, 11). O propósito Dele é infundir, dispensar vida, que, na verda<strong>de</strong>, é o próprio Deus, às três<br />
partes do nosso ser.<br />
I. I. O O Cristo Cristo Pneumático<br />
Pneumático<br />
Finalmente, precisamos conhecer o Espírito consumado como o Cristo pneumático (Rm 8:10), que é<br />
o Cristo como o Espírito que dá vida. O Cristo que estava <strong>em</strong> carne passou pela morte e ressurreição<br />
para tornar-se o Espírito que dá vida, o Cristo pneumático. Não apenas tornou-se o Espírito, o Cristo<br />
pneumático, mas quando v<strong>em</strong> a nós, Ele o faz como o Cristo pneumático. Assim, quando O<br />
receb<strong>em</strong>os hoje, receb<strong>em</strong>o- Lo como o Cristo pneumático, como o Espírito que dá vida.<br />
IV. CONHECER A IGREJA<br />
A questão seguinte que <strong>de</strong>v<strong>em</strong>os conhecer é a igreja.<br />
A. A. A A Casa Casa <strong>de</strong> <strong>de</strong> Deus<br />
Deus<br />
A igreja é a casa universal <strong>de</strong> Deus, para ser a manifestação <strong>de</strong> Deus na humanida<strong>de</strong> (l Tm 3:15, 16).<br />
Em 1 Timóteo 3:15, Paulo fala da "casa <strong>de</strong> Deus, que é a igreja do Deus vivo". Como habitação <strong>de</strong><br />
Deus, a igreja é tanto a casa como a família <strong>de</strong> Deus. No Velho Testamento, o t<strong>em</strong>plo e o povo <strong>de</strong><br />
11
Deus eram duas coisas separadas, mas no cumprimento do Novo Testamento, a habitação <strong>de</strong> Deus e<br />
a Sua família são a mesma coisa. Os versículos 15 e 16 indicam que a igreja como a casa <strong>de</strong> Deus é<br />
também a manifestação <strong>de</strong> Deus na carne: o mistério da pieda<strong>de</strong>. Deus se manifesta na igreja, no<br />
Corpo <strong>de</strong> Cristo e na casa do Deus vivo, como a expressão aumentada e corporativa na carne, isto é,<br />
na humanida<strong>de</strong>.<br />
B. B. A A <strong>Igreja</strong> <strong>Igreja</strong> nas nas Cida<strong>de</strong>s Cida<strong>de</strong>s<br />
Cida<strong>de</strong>s<br />
É importante conhecer o test<strong>em</strong>unho da igreja nas cida<strong>de</strong>s a fim <strong>de</strong> expressar a igreja única <strong>de</strong> Deus<br />
(Ap 1:11; 1 Co 10:32). A igreja t<strong>em</strong> tanto o aspecto universal como o local. No aspecto local, a igreja se<br />
expressa <strong>em</strong> muitas cida<strong>de</strong>s como muitas igrejas. A igreja única, universal, expressa <strong>em</strong> muitas<br />
cida<strong>de</strong>s na terra torna-se as muitas igrejas. A expressão da igreja numa cida<strong>de</strong> é a igreja nessa cida<strong>de</strong><br />
<strong>em</strong> especial.<br />
A igreja universal como o Corpo <strong>de</strong> Cristo se expressa mediante as igrejas. Elas, como as expressões<br />
do Corpo único <strong>de</strong> Cristo, são localmente uma só. S<strong>em</strong> o test<strong>em</strong>unho da igreja nas cida<strong>de</strong>s não<br />
haveria maneira prática e real para a igreja universal. A igreja universal torna-se real nas <strong>Igreja</strong>s.<br />
C. . O Corpo <strong>de</strong> Cristo<br />
No aspecto universal, a igreja é o Corpo universal <strong>de</strong> Cristo para ser a Sua plenitu<strong>de</strong>. Em Efésios 1<br />
:22, 23, Paulo fala da "igreja, a qual é o seu corpo, a plenitu<strong>de</strong> daquele que a tudo enche <strong>em</strong> todas as<br />
coisas". Essa é a igreja no aspecto universal, pois Cristo t<strong>em</strong> apenas um Corpo, que é único no<br />
universo. O Corpo universal <strong>de</strong> Cristo é Sua plenitu<strong>de</strong>, Sua expressão.<br />
V. CONHECER O CORPO <strong>DE</strong> <strong>CRISTO</strong><br />
Além <strong>de</strong> conhecer a igreja, precisamos conhecer o Corpo <strong>de</strong> Cristo.<br />
A. A. O O Mistério Mistério <strong>de</strong> <strong>de</strong> Cristo Cristo<br />
Cristo<br />
O Corpo <strong>de</strong> Cristo é o mistério <strong>de</strong> Cristo (Ef 3:4). O mistério <strong>de</strong> Deus <strong>em</strong> Colossenses 2:2 é Cristo; o<br />
mistério <strong>de</strong> Cristo <strong>em</strong> Efésios 3:4 é a igreja. Deus é um mistério, e Cristo, como corporificação <strong>de</strong><br />
Deus para expressá-Lo, é o mistério <strong>de</strong> Deus. Cristo também é um mistério, e a igreja, como Seu<br />
Corpo, é o Seu mistério. Esse mistério é a economia <strong>de</strong> Deus, que é dispensar Cristo, como a<br />
corporificação <strong>de</strong> Deus, aos escolhidos <strong>de</strong> Deus a fim <strong>de</strong> produzir o Corpo como aumento da<br />
corporificação <strong>de</strong> Deus <strong>em</strong> Cristo <strong>de</strong> modo que Deus tenha uma expressão corporativa.<br />
B. B. A A Pleni Plenitu<strong>de</strong> Pleni tu<strong>de</strong> Daquele que a Tudo Tudo Enche <strong>em</strong> Todas as Coisas<br />
O Corpo <strong>de</strong> Cristo é a plenitu<strong>de</strong> Daquele que a tudo enche <strong>em</strong> todas as coisas (Ef 1:23). É a expressão<br />
universal do Cristo todo-inclusivo e todo-extensivo. A plenitu<strong>de</strong> do Corpo <strong>de</strong> Cristo é a plenitu<strong>de</strong><br />
Daquele que enche tudo <strong>em</strong> todos. Cristo, que é o Deus infinito s<strong>em</strong> limitação, é tão grandioso que<br />
po<strong>de</strong> encher tudo <strong>em</strong> todos. Tal Cristo grandioso precisa do Corpo para ser Sua plenitu<strong>de</strong> com vistas<br />
à Sua expressão completa.<br />
C. . O Organismo do Deus Triúno<br />
O Corpo <strong>de</strong> Cristo é o organismo do Deus Triúno, constituído do Deus Triúno e os crentes (Ef 4:4-6).<br />
A vida divina é a substância, é o Deus Triúno, e o Seu organismo é a expressão visível <strong>de</strong>ssa<br />
substância. Por isso, como o Seu organismo, o Corpo <strong>de</strong> Cristo é totalmente orgânico e<br />
absolutamente <strong>de</strong> vida. Como ilustração <strong>de</strong>sse organismo, t<strong>em</strong>os João 15: a vi<strong>de</strong>ira e seus ramos. A<br />
vi<strong>de</strong>ira <strong>de</strong>senvolve-se e aumenta através dos ramos. Esse é um quadro do Corpo <strong>de</strong> Cristo como<br />
organismo do Deus Triúno, um organismo que cresce com as riquezas do Deus Triúno e expressa a<br />
vida divina.<br />
O organismo do Deus Triúno, o Corpo <strong>de</strong> Cristo, é resultado da Trinda<strong>de</strong> Divina; é resultado do Pai<br />
como o manancial, do Filho como a fonte e do Espírito como o fluir. Além do mais, o Corpo constituise<br />
do Deus Triúno e dos crentes. Nessa constituição, o Pai é a orig<strong>em</strong>, o Filho é o el<strong>em</strong>ento, o Espírito<br />
12
é a essência e os crentes, os redimidos e regenerados <strong>de</strong> Deus, são a estrutura exterior. O Pai como a<br />
fonte, o Filho como o el<strong>em</strong>ento e o Espírito como a essência estão todos na estrutura exterior <strong>de</strong>sse<br />
Corpo.<br />
D. D. Os Os El<strong>em</strong>entos El<strong>em</strong>entos Constituintes Constituintes do do Novo Novo Hom<strong>em</strong><br />
Hom<strong>em</strong><br />
O Corpo <strong>de</strong> Cristo é o que constitui o Novo Hom<strong>em</strong>. Colossenses 3:10, 11 diz-nos que no novo hom<strong>em</strong><br />
"Cristo é tudo e <strong>em</strong> todos". No novo hom<strong>em</strong> há espaço apenas para Cristo. Ele é todos os m<strong>em</strong>bros do<br />
novo hom<strong>em</strong> e <strong>em</strong> todos os m<strong>em</strong>bros. Ele é tudo no novo hom<strong>em</strong>. Na verda<strong>de</strong>, Ele é o novo hom<strong>em</strong>,<br />
o Seu Corpo (1 Co 12:12). No novo hom<strong>em</strong>, Ele é a centralida<strong>de</strong> e universalida<strong>de</strong>. É o que constitui o<br />
novo hom<strong>em</strong>, e é tudo <strong>em</strong> todos no novo hom<strong>em</strong>.<br />
E. E. Para Para Ser Ser Edificado<br />
Edificado<br />
O Corpo <strong>de</strong> Cristo precisa ser edificado pelos santos aperfeiçoados na igreja <strong>em</strong> cada cida<strong>de</strong> (Ef 4:11,<br />
12). Efésios 4: 11 fala das pessoas dotadas: apóstolos, profetas, evangelistas e pastores e mestres.<br />
Essas pessoas dotadas têm apenas um ministério: ministrar Cristo para a edificação do Seu Corpo, a<br />
igreja. O que quer que façam <strong>de</strong>ve ser para a edificação do Corpo <strong>de</strong> Cristo. Entretanto, essa<br />
edificação não é levada a cabo diretamente por elas, e, sim, pelos santos por elas aperfeiçoados.<br />
F. F. Não Não Dividido<br />
Dividido<br />
O Corpo <strong>de</strong> Cristo não é dividido n<strong>em</strong> divisível. Isso é claramente indicado pela palavra <strong>de</strong> Paulo <strong>em</strong> 1<br />
Coríntios 1:10-13.<br />
G. G. Para Para Para Consumar Consumar a a Nova Nova Jerusalém<br />
Jerusalém<br />
A edificação do Corpo <strong>de</strong> Cristo consuma a Nova Jerusalém. Hoje estamos edificando o Corpo <strong>de</strong><br />
Cristo com vistas à edificação da Nova Jerusalém. Estamos edificando algo nesta era (o Corpo <strong>de</strong><br />
Cristo) que visa a algo na próxima era (a Nova Jerusalém).<br />
VI. CONHECER A CONSUMAÇÃO FINAL E MÁXIMA: A NOVA JERUSALÉM<br />
Precisamos avançar. Depois <strong>de</strong> conhecer o Corpo <strong>de</strong> Cristo, t<strong>em</strong>os <strong>de</strong> conhecer a consumação final e<br />
máxima: a Nova Jerusalém (Ap 21).<br />
A. A. Uma Uma Uma Constituição Constituição Mística<br />
Mística<br />
A Nova Jerusalém é uma constituição mística formada do Deus Triúno processado e consumado, com<br />
Seus escolhidos, redimidos, regenerados, santificados, renovados, transformados, edificados,<br />
conformados e glorificados.<br />
B. B. A A Noiva<br />
Noiva<br />
Tal constituição mística e orgânica, a Nova Jerusalém, é a noiva ( a esposa) do Cor<strong>de</strong>iro ( Ap 21:2,9).<br />
Isso quer dizer que ela será o compl<strong>em</strong>ento <strong>de</strong> Cristo, a corporificação do Deus Triúno processado e<br />
consumado. Nas bodas <strong>de</strong> mil anos (19:7-9), a Nova Jerusalém será apenas a noiva do Cor<strong>de</strong>iro, mas<br />
na eternida<strong>de</strong> será Sua esposa.<br />
C. . . O Tabernáculo<br />
abernáculo<br />
A Nova Jerusalém é também o tabernáculo como habitação eterna <strong>de</strong> Deus. Apocalipse 21:3 diz<br />
claramente que a Nova Jerusalém, a cida<strong>de</strong> santa, é o tabernáculo <strong>de</strong> Deus. Isso indica que ela é a<br />
habitação <strong>de</strong> Deus. A habitação <strong>de</strong> Deus visa ao Seu <strong>de</strong>scanso <strong>em</strong> expressão. Na Nova Jerusalém,<br />
Deus terá o <strong>de</strong>scanso final <strong>em</strong> expressão pela eternida<strong>de</strong>.<br />
O tabernáculo feito por Moisés era uma prefiguração da Nova Jerusalém como tabernáculo eterno <strong>de</strong><br />
Deus (Êx 25:8,9; Lv 26:11). Essa prefiguração foi primeiramente cumprida <strong>em</strong> Cristo como o<br />
tabernáculo <strong>de</strong> Deus entre os homens (J0 1:14 -lit.). Ele mesmo era o tabernáculo <strong>de</strong> Deus. Por fim, a<br />
13
prefiguração do tabernáculo será cumprida plenamente na Nova Jerusalém, que será a ampliação <strong>de</strong><br />
Cristo como habitação <strong>de</strong> Deus.<br />
D. D. O O T<strong>em</strong>plo<br />
T<strong>em</strong>plo<br />
A Nova Jerusalém é o t<strong>em</strong>plo como habitação eterna dos santos glorificados. Apocalipse 21:22b diz:<br />
"o seu santuário é o Senhor, o Deus Todo-po<strong>de</strong>roso e o Cor<strong>de</strong>iro." Visto que Deus e o Cor<strong>de</strong>iro são o<br />
t<strong>em</strong>plo, não pod<strong>em</strong> habitar nele e ele não po<strong>de</strong> ser a habitação Deles. Pelo contrário, é a habitação<br />
dos santos glorificados, que servirão ao Deus Triúno habitando Nele.<br />
Por um lado, a Nova Jerusalém, composta dos santos glorificados como habitação <strong>de</strong> Deus, é o<br />
tabernáculo. Por outro, a Nova Jerusalém, constituída com o Deus Triúno processado e consumado<br />
como habitação dos santos glorificados, é o t<strong>em</strong>plo. Portanto, a Nova Jerusalém, que é tanto o<br />
tabernáculo como o t<strong>em</strong>plo, é a habitação mútua do Deus Triúno e os santos glorificados. Tal<br />
constituição mística e orgânica, a Nova Jerusalém, é a noiva (a esposa) do Cor<strong>de</strong>iro (Ap 21:2,9). Isso<br />
quer dizer que ela será o compl<strong>em</strong>ento <strong>de</strong> Cristo, a corporificação do Deus Triúno processado e<br />
consumado. Nas bodas <strong>de</strong> mil anos (19:7-9), a Nova Jerusalém será apenas a noiva do Cor<strong>de</strong>iro, mas<br />
na eternida<strong>de</strong> será Sua esposa.<br />
E. E. A A Expansão Expansão e e Expressão Expressão Eternas Eternas<br />
Eternas<br />
A Nova Jerusalém é também a expansão e expressão eternas do Deus Triúno processado e<br />
consumado na humanida<strong>de</strong> regenerada, transformada e glorificada. É o espalhar do Deus Triúno nos<br />
Seus santos glorificados como Seu aumento, com vistas ao Seu propósito eterno. Esse espalhar-se é<br />
ilustrado pela vi<strong>de</strong>ira e seus ramos <strong>em</strong> João 15. A multiplicação dos ramos da vi<strong>de</strong>ira é a expansão<br />
<strong>de</strong>la. Isso é uma ilustração da Nova Jerusalém como expansão, o espalhar-se, do Deus Triúno nos<br />
santos glorificados.<br />
VII. CONHECER O EGO<br />
Além <strong>de</strong> conhecer os seis itens anteriores, precisamos conhecer o ego.<br />
A. A. O O Velho Velho Velho Hom<strong>em</strong>, Hom<strong>em</strong>, o o Hom<strong>em</strong> Hom<strong>em</strong> Natural Natural<br />
Natural<br />
Em Romanos 6: 6, o velho hom<strong>em</strong> refere-se à vida natural <strong>em</strong> nossa alma. O velho hom<strong>em</strong> é o nosso<br />
próprio ser criado por Deus mas que se tornou caído por causa do pecado. É o mesmo que o "eu" <strong>de</strong><br />
Gálatas 2:19b, 20. Nosso velho hom<strong>em</strong> foi crucificado com Cristo (Rm 6:6; Gl 2:19b, 20) e sepultado<br />
com Ele no batismo (Rm 6:4). Não é a alma propriamente dita, e, sim, a vida da alma consi<strong>de</strong>rada<br />
por Deus s<strong>em</strong> esperança e posta na cruz e crucificada com Cristo.<br />
B. B. Negar Negar o o Ego<br />
Ego<br />
O ego precisa ser negado, con<strong>de</strong>nado e rejeitado todo o t<strong>em</strong>po. Em Mateus 16:24, o Senhor Jesus<br />
disse: "Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-me." Nós, os<br />
crentes <strong>em</strong> Cristo, fomos crucificados com Ele, e agora precisamos tomar a cruz. Para nós, tomar a<br />
cruz quer dizer permanecer sob o aniquilar da morte <strong>de</strong> Cristo a fim <strong>de</strong> pôr fim ao nosso ego, nossa<br />
vida natural e nosso velho hom<strong>em</strong>. Assim fazendo, negamos a nós mesmos <strong>de</strong> modo que pod<strong>em</strong>os<br />
seguir ao Senhor.<br />
Nesta mensag<strong>em</strong> abordamos sete itens principais, como extrato da revelação básica das santas<br />
Escrituras: o Deus Triúno, o Cristo todo-inclusivo, o Espírito consumado, a igreja, o Corpo, a<br />
consumação final e máxima (a Nova Jerusalém) e o ego. Precisamos <strong>de</strong>spen<strong>de</strong>r muito t<strong>em</strong>po para<br />
estudar todas essas questões.<br />
14
Capítulo Capítulo Quatro<br />
Quatro<br />
O DIREITO DIREITO DIVINO DIVINO D<strong>OS</strong> D<strong>OS</strong> HOMENS HOMENS-<strong>DE</strong>US<br />
HOMENS <strong>DE</strong>US<br />
<strong>DE</strong> <strong>DE</strong> PARTICIP PARTICIPAR<br />
PARTICIP AR DA DA DIVINDA<strong>DE</strong> DIVINDA<strong>DE</strong> DIVINDA<strong>DE</strong> <strong>DE</strong> <strong>DE</strong> <strong>DE</strong>US<br />
<strong>DE</strong>US<br />
Leitura da Bíblia: Jo 3: 15; Cl3:4; Ef1:4; 2 Pe 1:4; Ef 4:23; Fp 2:5; 2 Co 3:18b; Ef 3:8;<br />
2 Co 3:18a; Rm 8:29, 30; Hb 2:10; Ef 1:5; Rm 8:23,19; 1J03:2;Jo :12;Rm8:14, 16<br />
SINOPSE<br />
I. Participar da vida <strong>de</strong> Deus -Jo 3:15; Cl 3:4.<br />
II. Participar da natureza <strong>de</strong> Deus - Ef 1 :4; 2 Pe 1:4.<br />
III. Participar da mente <strong>de</strong> Deus- Ef 4:23; Fp 2:5.<br />
IV. Participar do ser <strong>de</strong> Deus - 2 Co 3:18b; Ef 3:8.<br />
Participar da imag<strong>em</strong> <strong>de</strong> Deus - 2 Co 3:18a; Rm 8:29.<br />
VI. Participar da glória <strong>de</strong> Deus - Rm 8:30; Hb 2:10.<br />
VII. Participar da filiação <strong>de</strong> Deus - Ef 1:5; Rm 8:23.<br />
VIII. Participar da manifestação <strong>de</strong> Deus - Rm 8:19.<br />
IX. Ter a s<strong>em</strong>elhança <strong>de</strong> Deus - 1 Jo 3:2.<br />
X. Ser da raça <strong>de</strong> Deus (da espécie <strong>de</strong> Deus) -Jo 1:12; Rm 8:14, 16.<br />
Atualmente, tenho tido o encargo <strong>de</strong> liberar as verda<strong>de</strong>s elevadas da Palavra, e prezo cada<br />
oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> fazê-l0. Uma <strong>de</strong>ssas verda<strong>de</strong>s elevadas é a questão da participação na divinda<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
Deus. Neste capítulo, gostaria <strong>de</strong> dar uma breve palavra com relação ao direito dos homens-Deus <strong>de</strong><br />
participar da divinda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Deus.<br />
O hino 214 do Hinos começa apresentando-nos um nível b<strong>em</strong> básico <strong>de</strong> experiência espiritual,<br />
encorajando-nos a ser absolutamente por Deus. Isso é bom, mas é apenas básico. Entretanto, esse<br />
hino avança a um nível b<strong>em</strong> mais elevado com um verso na terceira estrofe que diz: "És um com teu<br />
Senhor". Que maravilhoso que nós, seres humanos caídos, pod<strong>em</strong>os ser um com o Senhor! Tal<br />
pensamento é certamente muito elevado. Agora precisamos ver algo ainda mais elevado: que, como<br />
homens-Deus, t<strong>em</strong>os o direito divino <strong>de</strong> participar da divinda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Deus.<br />
A expressão participar <strong>de</strong> quer dizer não apenas partilhar, mas partilhar para <strong>de</strong>sfrutar. Isso indica que<br />
possuímos algo e <strong>de</strong>sfrutamos o que possuímos. Nós, os homens-Deus, t<strong>em</strong>os o direito <strong>de</strong> participar<br />
não do céu, mas da divinda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Deus. Todos precisamos perceber que pod<strong>em</strong>os participar da<br />
divinda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Deus, isto é, participar <strong>de</strong> Deus.<br />
Como seres humanos fomos criados por Deus para esse propósito. a hom<strong>em</strong> foi criado à imag<strong>em</strong> <strong>de</strong><br />
Deus e segundo a Sua s<strong>em</strong>elhança (Gn 1:26). Fomos criados não à imag<strong>em</strong> do hom<strong>em</strong> n<strong>em</strong> segundo a<br />
s<strong>em</strong>elhança humana, e, sim, à imag<strong>em</strong> <strong>de</strong> Deus e segundo a Sua s<strong>em</strong>elhança. Assim, os seres<br />
humanos têm a imag<strong>em</strong> e s<strong>em</strong>elhança <strong>de</strong> Deus. Entretanto, na época da criação o hom<strong>em</strong> não tinha a<br />
vida <strong>de</strong> Deus. Agora, porém, como homens-Deus, os que nasc<strong>em</strong>os <strong>de</strong> Deus para ser Seus filhos (Jo<br />
1:13), t<strong>em</strong>os o direito <strong>de</strong> participar do que Deus é e até nos tornar Deus <strong>em</strong> vida, natureza e<br />
expressão, mas não na Deida<strong>de</strong>.<br />
I. PARTICIPAR DA VIDA <strong>DE</strong> <strong>DE</strong>US<br />
Primeiro, como homens- Deus, t<strong>em</strong>os o direito divino <strong>de</strong> participar da vida <strong>de</strong> Deus. João 3: 15 diznos<br />
que todo o que crê no Senhor Jesus terá a vida eterna. A vida eterna é a vida divina, a vida <strong>de</strong><br />
Deus. Somos seres humanos, mas pod<strong>em</strong>os ter a vida <strong>de</strong> Deus. Fomos criados à imag<strong>em</strong> e<br />
s<strong>em</strong>elhança <strong>de</strong> Deus, mas s<strong>em</strong> Sua vida. Mediante a regeneração, fomos agraciados por Deus com<br />
Sua vida divina. Mediante a regeneração, Ele colocou Sua vida <strong>em</strong> nosso ser, dispensou-a a nós.<br />
Colossenses 3:4 fala <strong>de</strong> "Cristo, que é nossa vida". Visto que Cristo é a corporificação <strong>de</strong> Deus, Cristo<br />
ser nossa vida quer dizer que Deus é nossa vida.<br />
15
II. PARTICIPAR DA NATUREZA <strong>DE</strong> <strong>DE</strong>US<br />
Como homens-Deus, também t<strong>em</strong>os o direito divino <strong>de</strong> participar da natureza <strong>de</strong> Deus. Efésios 1:4<br />
diz: "Assim como nos escolheu nele antes da fundação do mundo, para sermos santos". Aqui v<strong>em</strong>os<br />
que Deus nos escolheu <strong>em</strong> Cristo com um propósito peculiar: fazer-nos santos. Santos quer dizer não<br />
apenas santificados, separados para Deus, mas também diferentes, distintos, <strong>de</strong> tudo que é comum.<br />
Deus é santo, mas nós somos comuns. Somente Deus é diferente, distinto, <strong>de</strong> tudo. Por isso, Ele é<br />
santo; santida<strong>de</strong> é Sua natureza. Deus tenciona fazer-nos santos como Ele é santo (1 Pe 1:15, 16). Ser<br />
santo é participar da natureza santa <strong>de</strong> Deus. Uma vez que nos escolheu para sermos santos, Deus<br />
nos torna santos infundindo a Si mesmo, Aquele que é santo, <strong>em</strong> nosso ser, <strong>de</strong> modo que todo o<br />
nosso ser seja saturado e permeado com Sua natureza santa. Sermos santos, nós que somos os eleitos<br />
<strong>de</strong> Deus, é participarmos da natureza divina <strong>de</strong> Deus (2 Pe 1:4). Assim, pod<strong>em</strong>os participar não<br />
apenas da vida <strong>de</strong> Deus, mas também da Sua natureza.<br />
III. PARTICIPAR DA MENTE <strong>DE</strong> <strong>DE</strong>US<br />
Visto que nos tornamos homens- Deus mediante a regeneração, também t<strong>em</strong>os o direito <strong>de</strong> participar<br />
da mente <strong>de</strong> Deus. Isso quer dizer que nós, que somos humanos, pod<strong>em</strong>os ter mente divina.<br />
Filipenses 2:5 diz: "Ten<strong>de</strong> <strong>em</strong> vós o mesmo sentimento que houve também <strong>em</strong> Cristo Jesus."<br />
Precisamos permitir que a mente <strong>de</strong> Cristo seja a nossa mente. Desse modo, pod<strong>em</strong>os ter a mente <strong>de</strong><br />
Cristo.<br />
Efésios 4:23 diz: "E vos renoveis no espírito do vosso entendimento." O espírito aqui é o espírito<br />
regenerado dos crentes, mesclado com o Espírito <strong>de</strong> Deus que habita interiormente. Tal espírito<br />
mesclado espalha-se para a nossa mente, tornando-se assim o espírito da nossa mente. Quanto mais<br />
o espírito mesclado penetra, satura e possui a nossa mente, mais ela se torna s<strong>em</strong>elhante à mente <strong>de</strong><br />
Cristo. Isso é fazer da mente Dele a nossa mente, e isso é participar da mente <strong>de</strong> Deus.<br />
IV. PARTICIPAR DO SER <strong>DE</strong> <strong>DE</strong>US.<br />
A seguir, os homens-Deus têm o direito divino <strong>de</strong> participar do ser <strong>de</strong> Deus. Nossa base para afirmar<br />
isso é a palavra <strong>de</strong> Paulo <strong>em</strong> 2 Coríntios 3: 18 acerca <strong>de</strong> sermos transformados na imag<strong>em</strong> do Senhor<br />
"como pelo Senhor, o Espírito" [ou "como do Senhor Espírito" -lit.]. Isso indica que a obra <strong>de</strong><br />
transformação é feita não por algo do Senhor Espírito, mas pelo próprio Senhor Espírito. Por isso,<br />
estamos sendo transformados com o próprio ser <strong>de</strong> Deus.<br />
Em Efésios 3:8, Paulo fala das riquezas insondáveis <strong>de</strong> Cristo, indicando que essas riquezas foram<br />
dispensadas a nós. As riquezas insondáveis <strong>de</strong> Cristo são as riquezas do ser <strong>de</strong> Cristo, as riquezas do<br />
que Cristo é. O fato <strong>de</strong> as riquezas insondáveis <strong>de</strong> Cristo ser<strong>em</strong> dispensadas a nós quer dizer que<br />
participamos não apenas da vida, natureza e mente <strong>de</strong> Deus, mas também do Seu ser.<br />
V. PARTICIPAR DA IMAGEM <strong>DE</strong> <strong>DE</strong>US<br />
Como homens-Deus, também t<strong>em</strong>os o direito divino <strong>de</strong> participar da imag<strong>em</strong> <strong>de</strong> Deus. Segunda<br />
Coríntios 3:18 diz que estamos sendo "transformados (...) na sua própria imag<strong>em</strong>". Essa é a imag<strong>em</strong><br />
do Cristo ressuscitado e glorificado. Na criação <strong>de</strong> Deus, o hom<strong>em</strong> foi feito à imag<strong>em</strong> <strong>de</strong> Deus <strong>de</strong><br />
modo exterior, mas a imag<strong>em</strong> na qual estamos sendo transformados é algo interior. Ser transformado<br />
na imag<strong>em</strong> é ser conformado ao Cristo ressurreto e glorificado como Primogênito <strong>de</strong> Deus, é ser feito<br />
o mesmo que Ele é (Rm 8:29).<br />
A transformação é um metabolismo. O metabolismo envolvido na transformação é comparável ao<br />
que ocorre <strong>em</strong> nosso corpo físico após comermos, digerirmos e assimilarmos os alimentos. A<br />
transformação é a função metabólica da vida divina nos crentes. Como cristãos, como homens- Deus,<br />
todos t<strong>em</strong>os o Senhor Espírito <strong>em</strong> nós, e Ele está no processo <strong>de</strong> levar a cabo uma mudança metabó-<br />
lica <strong>em</strong> nosso ser, transformando-nos na imag<strong>em</strong> <strong>de</strong> Cristo. Ser metabolicamente transformado na<br />
imag<strong>em</strong> do Cristo ressurreto e glorificado é participar da imag<strong>em</strong> <strong>de</strong> Deus.<br />
16
VI. PARTICIPAR DA GLÓRIA <strong>DE</strong> <strong>DE</strong>US<br />
Por fim, ser<strong>em</strong>os introduzidos na glória <strong>de</strong> Deus para participar <strong>de</strong>la. Hebreus 2: 10 diz que Deus está<br />
conduzindo muitos filhos à glória. Paulo refere-se a isso <strong>em</strong> Romanos 8:30: "E aos que pre<strong>de</strong>stinou, a<br />
esses também chamou; e aos que chamou, a esses também justificou; e aos que justificou, a esses<br />
também glorificou". A glorificação é a etapa da salvação completa <strong>de</strong> Deus <strong>em</strong> que Ele irá saturar<br />
completamente nosso corpo com a glória da Sua vida e natureza. Desse modo, irá transfigurar o<br />
nosso corpo, conformando-o ao corpo ressuscitado e glorioso <strong>de</strong> Seu Filho (Fp 3:21). Esse é o passo<br />
final da salvação orgânica <strong>de</strong> Deus, na qual Ele obtém plena expressão, que se manifestará por fim na<br />
Nova Jerusalém.<br />
VII. PARTICIPAR DA FILIAÇÃO <strong>DE</strong> <strong>DE</strong>US<br />
Outro aspecto do direito divino dos homens- Deus <strong>de</strong> participar da divinda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Deus é o direito <strong>de</strong><br />
participar da filiação <strong>de</strong> Deus (Ef 1:5; Rm 8:25). Pod<strong>em</strong>os ter a vida <strong>de</strong> Deus, Sua natureza, mente,<br />
ser, imag<strong>em</strong> e glória porque somos Seus filhos. Assim como um filho humano t<strong>em</strong> a vida, natureza,<br />
mente, ser e imag<strong>em</strong> do pai humano, do mesmo modo os filhos <strong>de</strong> Deus têm a vida, natureza, mente,<br />
ser e imag<strong>em</strong> do Pai divino. Além do mais, assim como um filho humano partilha a glória e prestígio<br />
do pai humano, os filhos <strong>de</strong> Deus partilham a glória do Pai divino.<br />
Efésios 1:5 diz-nos que Deus nos pre<strong>de</strong>stinou "para a filiação" . A palavra grega traduzi da para<br />
pre<strong>de</strong>stinar nesse versículo po<strong>de</strong> também ser traduzi da por "marcar <strong>de</strong> ant<strong>em</strong>ão". Antes da fundação<br />
do mundo, isto é, na eternida<strong>de</strong> passada, Deus nos pre<strong>de</strong>stinou, marcou-nos, para a filiação. Antes <strong>de</strong><br />
o t<strong>em</strong>po começar, Deus teve a intenção e <strong>de</strong>terminou que fôss<strong>em</strong>os participantes da Sua filiação.<br />
VIII. PARTICIPAR DA MANIFESTAÇÃO <strong>DE</strong> <strong>DE</strong>US<br />
Como homens- Deus, participar<strong>em</strong>os também da manifestação <strong>de</strong> Deus (Rm 8:19). Quando Cristo,<br />
que é nossa vida, se manifestar, então nós também ser<strong>em</strong>os manifestados com Ele <strong>em</strong> glória (Cl 3:4).<br />
Hoje Deus está oculto, mas um dia será manifestado a todo o universo. Romanos 8:19 indica que<br />
quando Ele se manifestar, se revelar, nós, os Seus filhos, participar<strong>em</strong>os <strong>de</strong>ssa revelação, <strong>de</strong>ssa<br />
manifestação. Deus irá manifestar-se com os Seus filhos, que serão o mesmo que Ele <strong>em</strong> vida,<br />
natureza, mente, ser, imag<strong>em</strong> e glória.<br />
IX. TER A SEMELHANÇA <strong>DE</strong> <strong>DE</strong>US<br />
O direito divino dos homens-Deus <strong>de</strong> participar da divinda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Deus inclui o direito <strong>de</strong> ter a<br />
s<strong>em</strong>elhança <strong>de</strong> Deus. Primeira João 3:2 diz: "Amados, agora somos filhos <strong>de</strong> Deus, e ainda não se<br />
manifestou o que hav<strong>em</strong>os <strong>de</strong> ser. Sab<strong>em</strong>os que, quando ele se manifestar, ser<strong>em</strong>os s<strong>em</strong>elhantes a<br />
ele, porque hav<strong>em</strong>os <strong>de</strong> vê-lo como ele é". Isso revela claramente que ter<strong>em</strong>os a s<strong>em</strong>elhança <strong>de</strong> Deus.<br />
Não apenas participar<strong>em</strong>os da vida e natureza <strong>de</strong> Deus, mas também ter<strong>em</strong>os Sua s<strong>em</strong>elhança. Ter a<br />
s<strong>em</strong>elhança <strong>de</strong> Deus será uma grandiosa bênção e <strong>de</strong>sfrute.<br />
X. SER DA RAÇA <strong>DE</strong> <strong>DE</strong>US (DA ESPÉCIE <strong>DE</strong> <strong>DE</strong>US)<br />
Finalmente, os homens-Deus têm o direito divino <strong>de</strong> ser da raça <strong>de</strong> Deus, da espécie <strong>de</strong> Deus (Jo 1:12;<br />
Rm 8:14, 16). Fomos regenerados para ser da raça <strong>de</strong> Deus. Como filhos <strong>de</strong> Deus somos da Sua raça,<br />
da Sua espécie.<br />
João 1:12 diz: "A todos quantos o receberam, <strong>de</strong>u-lhes o po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> ser<strong>em</strong> feitos filhos <strong>de</strong> Deus".<br />
Receb<strong>em</strong>os o Senhor Jesus crendo Nele, e Deus nos <strong>de</strong>u o po<strong>de</strong>r, o direito, <strong>de</strong> ser Seus filhos. "O<br />
próprio Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos <strong>de</strong> Deus" (Rm 8: 16). Esse testificar<br />
nos assegura que somos filhos <strong>de</strong> Deus, que possuímos Sua vida. Precisamos ter isso como nossa<br />
realida<strong>de</strong> e nos l<strong>em</strong>brar disso. On<strong>de</strong> quer que estejamos, precisamos nos l<strong>em</strong>brar <strong>de</strong> que somos<br />
homens-Deus com o direito divino <strong>de</strong> participar da divinda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Deus.<br />
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