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Historia das estatisticas brasileiras v04 - Biblioteca - IBGE

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Placa com<br />

fundadores<br />

da ENCE.<br />

´<br />

<strong>Historia</strong> <strong>das</strong><br />

´<br />

Estatisticas<br />

Brasileiras<br />

no a uma de suas fi nalidades precípuas como<br />

órgão de coordenação do Sistema Nacional<br />

de Estatística [sic], que é a de contribuir para<br />

o desenvolvimento da ciência estatística no<br />

Brasil em todos os seus aspectos (SCHWARTZ-<br />

MAN, 1986, p. 1-2).<br />

O relatório lembra um pouco<br />

da origem da ENCE. Há um erro na data<br />

tida como de criação escola: em lugar de<br />

6 de maio, o correto é 6 de março, 1953.<br />

Desde então, já tendo formado “mais de<br />

mil bacharéis em estatística, mantendo<br />

nos últimos anos uma média de 25 formandos<br />

anualmente” (SCHWARTZMAN,<br />

1986, p. 2). Por demais, volta às origens, e<br />

analisa o estado efetivo da escola, diante<br />

daquelas expectativas:<br />

No passado, havia a suposição de que a<br />

ENCE funcionaria para prover o <strong>IBGE</strong> de pessoal<br />

especializado, tanto a nível técnico quanto<br />

a nível de graduação. A ENCE deveria ainda<br />

exercer funções de treinamento contínuo do<br />

pessoal do <strong>IBGE</strong>, através de cursos de curta<br />

duração. Por outro lado, havia a suposição<br />

de que os técnicos mais capacitados do <strong>IBGE</strong><br />

ensinariam na ENCE, transmitindo assim a seus alunos conhecimentos específi cos<br />

da instituição à qual se destinariam. Hoje, esta relação recíproca quase não se dá.<br />

O <strong>IBGE</strong> difi cilmente absorve os formados pela ENCE, e realiza diretamente suas<br />

atividades de treinamento interno, sem recorrer à Escola. Por outra parte, a Escola<br />

tem difi culdades em conseguir que funcionários do Instituto que não sejam seus<br />

professores regulares ensinem em seus cursos. A maioria dos professores da ENCE<br />

são funcionários do <strong>IBGE</strong>, mas sua atividade é restrita ao âmbito da Escola. Como<br />

não existe obrigação de tempo integral, estes professores podem se dedicar a outras<br />

atividades profi ssionais fora do Instituto, fazendo com que sua remuneração pelas<br />

atividades de ensino seja bastante atrativa em termos relativos. (SCHWARTZMAN,<br />

1986, p. 3).<br />

Os membros da comissão não avaliaram o currículo escolar dos cursos técnicos<br />

da ENCE, “limitando-se a ouvir opiniões de alunos e docentes”; e pouco avança<br />

na análise dos mesmos. Já quanto ao currículo escolar do superior, dedicaram<br />

especial atenção, e emitiram opiniões fortes; o disseram “relativamente antiquado”,<br />

carecendo “de ênfase em alguns tópicos importantes”, tais como “computação, séries<br />

temporais, análise exploratória de dados, índices de concentração”, registrando<br />

uma excessiva concentração em “estatística descritiva”, possivelmente pela disponibilidade<br />

de professores, o que refl etiria “uma falta de atualização e renovação<br />

por parte do corpo docente”, o que também levaria a que algumas “disciplinas sejam<br />

freqüentemente ensina<strong>das</strong> de forma antiquada, complicada e pouco prática”<br />

(SCHWARTZMAN, 1986, p. 4). E recuperam as sugestões da missão da ENSAE,<br />

vistas antes, bem assim as reações internas sofri<strong>das</strong>.<br />

O fato de a ENCE pertencer ao <strong>IBGE</strong> levou à tentativa de orientar seu curso<br />

superior para as ciências sociais, que hoje constituem um de seus três departamen-<br />

Visão da ENCE (II): em tempo de reforma, críticas e reações (1985-1995)<br />

Estatísticas formaliza<strong>das</strong> (c.1972–2002)

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