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Historia das estatisticas brasileiras v04 - Biblioteca - IBGE

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<strong>Historia</strong> <strong>das</strong><br />

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Estatisticas<br />

Brasileiras<br />

Instituto; pouco depois, a 26 de janeiro de 1938, pelo Decreto-lei n o 218, este Con-<br />

selho seria nacional, ao mesmo tempo que o Instituto passava a ser o Instituto Brasileiro<br />

de Geografi a e Estatística - <strong>IBGE</strong>. Para completar a concepção, faltaria apenas a<br />

criação <strong>das</strong> Agências Municipais de Estatística27 , e que virão no contexto do esforço<br />

de guerra (Decreto no 4.181, de 16 de março de 1942), em demanda às estatísticas<br />

econômicas. 28<br />

Surgia um sistema estatístico, do qual o <strong>IBGE</strong> seria o cabeça: “federação<br />

de repartições” ou “consórcio federativo”; seria um órgão nacional, e não federal. O<br />

Conselho Nacional de Estatística, entidade parlamentar, agregando produtores (federais<br />

e estaduais; públicos e privados) e usuários (então chamados de consumidores)<br />

seria o órgão chave do sistema. Vários seriam seus braços executivos: nas esferas estaduais<br />

haveriam as Juntas Executivas Regionais, agregando produtores estaduais, e na<br />

esfera nacional (e não federal, vale marcar) a Junta Executiva Central (agregando os<br />

diretores dos serviços federais de estatística). Esta Junta Central, dando-lhe continuidade,<br />

escolhia entre seus membros um Secretário-geral que logo o seria também do<br />

Instituto, tal a essência daquele Conselho (vis-à-vis o de Geografi a). Teixeira de Freitas<br />

teria essa função de 1936 a 1948, e lhe seria a alma, e o espírito dominante.<br />

Fazendo uma analogia, mutatis mutandis, com os regimes presidenciais parlamentaristas,<br />

o presidente do <strong>IBGE</strong> seria como o presidente da República, tendo<br />

vários poderes de Estado, mas não de governo. O governo caberia à Junta Executiva<br />

Central (JEC), cujo secretário-geral seria como que o Primeiro Ministro, e seus membros<br />

(diretores federais de estatística nos ministérios e nas repartições autônomas)<br />

seriam como os ministros. Os Conselhos Nacionais de Estatística - CNE e de Geografi<br />

a - CNG, reunidos em assembléias gerais anuais, formariam o parlamento, do qual<br />

sairia a legislação estatística (e geográfi ca) do País. Seguindo nessa analogia, haveria<br />

nos estados (províncias) representações devidamente formaliza<strong>das</strong>, e que foram de<br />

dois modos: houve as Juntas Executivas Regionais - JER, secretaria<strong>das</strong> pelos diretores<br />

estaduais de estatística, e que tinham assento garantido nas assembléias gerais anuais;<br />

e as agências municipais de estatística29 , como braços avançados dessa concepção30 .<br />

***<br />

Segundo Edson Nunes, dito em outro tempo e contexto, “as organizações<br />

sempre resultam da intenção dos atores que as criam”, estando “pauta<strong>das</strong> por teorias<br />

acerca <strong>das</strong> formas pelas quais as atividades podem ser organiza<strong>das</strong>, teorias estas que se<br />

associam sempre ao manuseio de recursos e à existência de um sistema de autoridade<br />

próprio”. Em suma, afi rma: “organizações são produto da vontade dos atores e de sua<br />

27 Ver os capítulos 5, 6 e 7 do volume 3: Estatísticas organiza<strong>das</strong> (c.1936-c.1972), desta coleção.<br />

28 Por força desse vínculo municipal, o <strong>IBGE</strong> faria sempre pesquisas completas, ou seja, com caráter censitário. E sentiria<br />

limites formais e legais em praticar pesquisas por amostragem. Contudo, houvesse a intenção e a sapiência em praticálas,<br />

não haveria, na verdade, nenhum impedimento, desde que adotasse um sistema misto de cobertura.<br />

29 Cria<strong>das</strong> no contexto do esforço de guerra, quando o Brasil rompeu relações com as nações do Eixo, e se alinhou aos<br />

países Aliados (em especial os Estados Unidos).<br />

30 Pouco a pouco, diante do programa estatístico mais e mais complexo, e da fragilidade <strong>das</strong> repartições estaduais de<br />

estatística, foi preciso constituir as Inspetorias Regionais (na verdade, Estaduais).<br />

Introdução ao volume<br />

Informação estatística e planejamento (nacional, regional e local)

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