Historia das estatisticas brasileiras v04 - Biblioteca - IBGE

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Historia das
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Estatisticas
Brasileiras
Afora normalizar a documentação, em manual e no cotidiano, a unidade es-
trutural responsável, desenvolveu duas atividades chaves: uma, a geração do catálogo
das publicações, das cartas, mapas e cartogramas, dos produtos on-line e sob demanda
e sistema de recuperação; outro, o glossário das pesquisas econômicas483 . O catálogo,
dado que todas as obras passam pela unidade, pode ganhar contínua atualidade, ou
seja, basta que uma obra (lato sensu) entre na unidade, para efeito de normalização,
e ela entra, de pronto, no catálogo. O glossário de conceitos e de nições484 , a seu turno,
é uma peça vital de uma efetiva coordenação, seja para dentro do Instituto, seja
para fora, em suas relações com os demais órgãos o ciais produtores de estatísticas;
pesquisa a pesquisa ibgeana, cada termo utilizado é relacionado, permitindo comparação;
as áreas técnicas, infelizmente, por razões de tempo, mas também por embaraço
pelos resultados, não apóiam, como desejado e desejável, essa atividade, razão
dela ser lenta, e não ter conseguido alcançar as pesquisas sociais, cando somente nas
econômicas.
Essas três vias, a da ação cotidiana, e as elaborações do catálogo e do glossário,
fazem dessa unidade uma unidade essencial na seqüência da disseminação485 .
Disseminação
Pouco a pouco, com rmeza e segurança, mídias antigas foram atualizadas,
mídias modernas foram introduzidas. Uma política esteve implícita, em três linhas:
primeira, a assunção da gratuidade das informações disponibilizadas, havendo cobrança
somente pela comodidade da portabilidade, e mesmo nesses casos, havendo
cobrança apenas parcial dos custos; segunda, a universalidade da disponibilização
das informações, no que vem sendo chave a adesão do IBGE ao Special Data Dissemination
Standard - SDDS, emanado do Fundo Monetário Internacional - FMI486 ;
terceira, a intenção manifesta de se potencializar, pela conjugação articulada das
mídias usadas, a comparação e a combinação das estatísticas disponibilizada (nesse
aspecto, os avanços da digitalização são fundamentais). Outro aspecto relevante,
pois muito associado à disseminação, foi a recente decisão de se atribuir presidência
do Comitê de Sigilo ao dirigente máximo do Centro (antes, cabia à Diretoria de
Pesquisas). Em poucas palavras, a informação estatística o cial é, sem dúvida alguma,
um “bem público”.
Os economistas dão o nome de “bem público” àquele que possui duas características
especiais: 1) quando utilizado por alguém, não diminui a quantidade
disponível para os outros, sem que eles tenham um custo adicional; e 2) quando o
483 Há diretrizes para elaboração do glossário.
484 Segundo proposição de Humberto Correa (aluno do autor no programa de mestrado na ENCE, na disciplina de metodologia
da pesquisa social, e doutorando em demogra a no NEPO/UNICAMP), numa excelente contribuição metodológica,
deve-se entender conceito como uma representação universal de algo, por exemplo, o conceito de redondo,
bem assim, como defi nição ao conceito moldado e restringido a certa situação; por esse prisma não importa tanto o que
é redondo e sim quando deixa de ser redondo (ou o quanto se afasta de redondo).
485 Veio, ainda, dessa unidade o projeto “Bibliotecas Depositárias”, assim denominadas aquelas bibliotecas credenciadas a
receberem as publicações do IBGE, a elas dedicando espaço especial em seus acervos.
486 Ver o capítulo 18 neste volume.
Documentação, disseminação e atendimento. Acervo e pesquisa histórica
Estatísticas formalizadas (c.1972–2002)