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DISTÓCIA - MEAC

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MATERNIDADE-ESCOLA ASSIS CHATEAUBRIAND<br />

Diretrizes assistenciais<br />

<strong>DISTÓCIA</strong>


DEFINIÇÕES<br />

<strong>DISTÓCIA</strong><br />

Raimundo Homero de Carvalho Neto<br />

Carlos Augusto Alencar Júnior<br />

TRABALHO DE PARTO NORMAL (EUTÓCICO): Segundo Friedman (década<br />

de 50, a velocidade de dilatação esperada para a mulher que entra na fase<br />

ativa do trabalho de parto (após alcançar 3,0 – 4,0 cm de dilatação) é:<br />

Nulíparas 1,2 cm/h<br />

Multíparas 1,5 cm/h<br />

A descida mínima na fase ativa é:<br />

Nulíparas 1,0 cm/h<br />

Multíparas 2,0 cm/h<br />

Período EXPULSIVO (segundo período): Normalmente dura em torno de<br />

40 minutos nas primíparas e 20 minutos nas multíparas. Atualmente os<br />

limites devem ser estabelecidos INDIVIDUALMENTE. Se a paciente<br />

estiver devidamente monitorada, se aceita na nulípara o limite de duas<br />

horas (sem analgesia) e três horas (sob analgesia) e nas multíparas o<br />

limite de uma hora (sem analgesia) e duas horas (sob analgesia).<br />

TRABALHO DE PARTO DISTÓCICO: É a não ocorrência destes fenômenos de<br />

dilatação e descida, nos parâmetros anteriormente estipulados.<br />

CLASSIFICAÇÃO<br />

1. Fase ativa prolongada: Caracteriza-se por velocidade da dilatação<br />

inferior a 1,0 cm/h no primeiro período do parto.<br />

2. Parada secundária de dilatação: Dilatação cervical permanece a<br />

mesma em dois ou mais toques sucessivos (intervalo entre os<br />

toques de duas horas ou mais).<br />

3. Parto precipitado: Caracteriza-se pela curva de dilatação muito<br />

rápida e excessivo padrão de contrações.<br />

4. Período expulsivo prolongado: Quando a descida da apresentação<br />

acontece de maneira muito lenta.<br />

5. Parada secundária da descida: Caracteriza-se pela ausência de<br />

descida da apresentação em dois toques sucessivos com intervalo<br />

de 1 hora.


CAUSAS<br />

- ALTERAÇÕES DA CONTRATILIDADE (distócia de motor ou funcional):<br />

Oligossistolia<br />

Polissistolia<br />

Segmento inferior hipertônico<br />

Esforço muscular expulsivo deficiente (prensa abdominal<br />

insuficiente)<br />

- ALTERAÇÕES FETAIS (distócia fetal):<br />

Distócia de apresentação (occipito-posteriores persistentes,<br />

antero-posteriores altas, cabeça alta e móvel, occipito transversa<br />

baixa, apresentação pélvica, apresentação córmica e deflexões<br />

de primeiro, segundo e terceiro graus)<br />

Distócia de volume (macrossomia fetal)<br />

Distócias de cordão (brevidade, nó verdadeiro, circular, procúbito,<br />

prolapso e inserção velamentosa)<br />

- ALTERAÇÕES PÉLVICAS:<br />

Distócias ósseas: Vícios de estreito superior, médio e inferior<br />

Distócias de partes moles: Edema de colo, estenoses cervicais<br />

por cirurgias prévias, câncer de colo uterino, miomas cervicais ou<br />

vaginais, cistos vaginais e condilomas volumosos<br />

- TERMOS CORRELATOS:<br />

Parada de progressão (2-4h de franco trabalho de parto, sem<br />

mudanças na dilatação ou 1h de franco trabalho de parto sem<br />

descida)<br />

Desproporção céfalo-pélvica<br />

Desordens de demora ou de parada (boletim ACOG, 1995)<br />

A importância da distócia é evidente por ser a causa de indicação de primeira<br />

cesárea em mais de 50% dos casos.<br />

FATORES FAVORECEDORES DE <strong>DISTÓCIA</strong>:<br />

1. DIAGNÓSTICO INCORRETO DO TRABALHO DE PARTO


Deve-se prestar especial atenção ao internamento das pacientes primíparas.<br />

Só devem ser internadas em fase ativa do TP, ou seja: DILATAÇÃO cervical<br />

mínima 3,0 – 4,0 cm; APAGAMENTO cervical avançado e franca ATIVIDADE<br />

UTERINA.<br />

2. ADMISSÃO HOSPITALAR PRECOCE<br />

Evitar o internamento de pacientes com dilatação cervical menor que 3,0 cm.<br />

Este grupo de mulheres irá receber mais ocitócitos, analgésicos e peridurais<br />

com consequente aumento de distócia e iatrogenia (categoria B).<br />

3. RESTRIÇÃO AO LEITO<br />

A limitação da mobilidade da parturiente torna o trabalho de parto mais lento. A<br />

deambulação e posição vertical encurtam o trabalho de parto, sendo medidas<br />

tão efetivas quanto o uso de ocitócitos (categoria B).<br />

4. MONITORIZAÇÃO ELETRÔNICA FETAL CONTÍNUA<br />

Por limitar a parturiente ao leito aumenta a incidência de distócia e as taxas de<br />

cesárea (categoria A).<br />

5. ANALGESIA PERIDURAL<br />

Existem evidências de associação com prolongamento do segundo estágio do<br />

parto, maior uso de ocitocina, fórcipe e vácuo-extrator.<br />

EXISTE PREVENÇÃO PARA <strong>DISTÓCIA</strong>?<br />

Maior integração equipe (médicos e enfermeiras)<br />

Indução por estágio do trabalho de parto (iniciar amadurecimento<br />

cervical com prostaglandinas e uso posterior de ocitocina)<br />

Apoio emocional contínuo com doulas (redução de partos abdominais –<br />

categoria A)<br />

Amniotomia rotineira? (Realizar apenas em mulheres com progressão<br />

anormal do trabalho de parto - categoria A)<br />

Uso de medidas alternativas no controle da dor (banhos mornos,<br />

deambulação, apoio físico e emocional devem ser preferidos à<br />

anestesia peridural)<br />

Evitar posicionar parturiente muito cedo em posição de decúbito dorsal<br />

ou litotomia, bem como evitar solicitar às mesmas que realizem o puxo<br />

precocemente no segundo estágio do parto (medidas que só exaurem a<br />

paciente e contribuem para prolongar o período expulsivo)<br />

Revisão em todos os prontuários de cesárea (avaliar indicação)


DIAGNÓSTICO:<br />

1. ANAMNESE: História prévia de tocurgia em partos anteriores (fórcipe,<br />

vácuo-extrator, cesárea), primiparidade, antecedentes de traumas ou cirurgias<br />

pélvicas.<br />

2. EXAME FISICO: Avaliar biótipo da paciente (altura, peso e IMC), altura do<br />

fundo uterino e realização das MANOBRAS DE LEOPOLD (apresentação,<br />

situação e posição fetais), relação entre cabeça e pelve (insinuação e<br />

encaixamento), toque vaginal (variedade de posição, altura da apresentação,<br />

edema de colo e presença de bossa parietal).<br />

PELVIMETRIA CLÍNICA: Recurso barato, de grande utilidade e boa predição.<br />

Avaliam-se os seguintes parâmetros:<br />

* CONJUGATA OBSTÉTRICA: Avalia o estreito superior e seus vícios. Tem<br />

cerca de 11,0 cm. Considerado reduzido quando menor que 10,0 cm. Avaliada<br />

pela medida manual da conjugata diagonal (que se estende do ângulo subpúbico<br />

ao meio do promontório do sacro) subtraindo-se 1,5 cm.<br />

* DIÂMETRO BI-ISQUIÁTICO (BI-TUBEROSO): Avalia o estreito médio e seus<br />

vícios. Mede cerca de 11,0 cm. Considerado reduzido quando menor que 10,0<br />

cm.<br />

* ARCO PÚBICO (ângulo sub-púbico): Avalia o estreito inferior e seus vícios.<br />

Adequado se 90 graus, largo e arredondado. Inadequado quando menor que<br />

70 graus, estreito e profundo.<br />

* INCLINAÇÃO E COMPRIMENTO DO SACRO: Devem proporcionar bons<br />

diâmetros antero- posteriores.<br />

Na presença de vícios do estreito superior, o plano ósseo da cabeça ultrapassa<br />

a borda superior da sínfise púbica (SINAL DE MULLER) e, à compressão<br />

cefálica, realizada pelo abdome, não conseguimos penetrar a apresentação no<br />

estreito superior (PROVA DE MULLER).<br />

Em vícios do estreito inferior, observamos as espinhas ciáticas salientes e a<br />

curvatura sacral reduzida.<br />

Promontório facilmente palpável ao toque vaginal e diâmetro bi-isquiático<br />

estreito (menor que 9,0 cm) são sinais de vício pélvico absoluto, estando<br />

a cesariana indicada.<br />

3. PARTOGRAMA.<br />

”É um verdadeiro retrato de corpo inteiro da evolução do parto. Sua importância<br />

confirma-se quando, em um momento definido, avaliamos a evolução do parto<br />

como um todo: DILATAÇÂO CERVICAL, DESCIDA DA APRESENTAÇÃO,<br />

POSIÇÃO FETAL, VARIEDADE DE POSIÇÃO, FREQUÊNCIA CARDÍACA<br />

FETAL, CONTRAÇÕES UTERINAS, INFUSÃO DE LÍQUIDOS e ANALGESIA.<br />

O exame completo de todas estas variáveis permite conhecer a evolução do<br />

parto e dos fatores etiológicos responsáveis por sua evolução normal ou<br />

anormal. Identificada a distócia no partograma e reconhecida sua etiologia, a<br />

orientação terapêutica será lógica e eficaz.” (MINISTÉRIO DA SAÚDE -


MANUAL DE PARTO, ABORTO E PUERPÉRIO, ASSISTÊNCIA HUMANIZADA<br />

à mulher -2001).<br />

Realização dos TOQUES vaginais a cada 1-2 h.<br />

O mesmo EXAMINADOR nos toques diminui a chance de erro por<br />

subjetividade.<br />

* Vale ressaltar novamente que o internamento correto, na fase ativa do parto,<br />

com abertura do partograma no tempo ideal, evitando-se internar pacientes em<br />

pródromos, diminuirá sobremaneira a ocorrência de FALSOS DIAGNÓSTICOS<br />

de distócia e de IATROGENIA nas pacientes.<br />

TRATAMENTO<br />

1. MEDIDAS GERAIS<br />

Tão logo seja diagnosticada a distócia, devem-se tomar as seguintes medidas:<br />

Orientar a paciente (informá-la da evolução deficiente do seu trabalho de<br />

parto e intimá-la a colaborar nas medidas que deverão ser tomadas)<br />

Apoio emocional (doulas e enfermeiras)<br />

Verticalizar e mobilizar paciente (deambulação, exercícios na bola de<br />

Bobath e nos balanços)<br />

Instituir medidas não farmacológicas de controle da dor (massagens e<br />

banhos mornos)<br />

2. AMNIOTOMIA<br />

Deve ser reservada a mulheres com evolução anormal do trabalho de<br />

parto (categoria A). Não realizar de rotina.<br />

Abrevia o trabalho de parto em 1- 2 h, mas aumenta a incidência de<br />

desacelerações variáveis e traçados não tranquilizadores.<br />

Quando combinada à ocitocina, mostrou aumento na dilatação e<br />

encurtamento no trabalho de parto, com resultados melhores que a<br />

amniotomia isolada ou a conduta expectante.<br />

3. CORREÇÃO DA POSIÇÃO ANÔMALA<br />

O tratamento intra-parto das posições anômalas, principalmente a persistência<br />

das posições occipito-sacras, inclui:<br />

ROTAÇÃO MANUAL DA CABEÇA para a posição occipito-púbica, com<br />

paciente sob analgesia.<br />

MUDANÇA DE POSIÇÃO MATERNA. Na teoria, qualquer posição que<br />

leve a mãe a se contrair sobre o quadril, estimula a rotação e descida da<br />

cabeça fetal.


4. OCITÓCITOS<br />

Principal tratamento farmacológico para o trabalho de parto distócico.<br />

Esquemas de alta e baixa dosagem mostram eficácia e segurança<br />

(categoria A)<br />

Baixa dosagem<br />

Cada 20-40 min<br />

Alta dosagem<br />

Cada 15-30 min<br />

O tempo de indução mínimo é de 2 horas, com contrações efetivas<br />

diagnosticadas por monitoramento clínico ou cardiotocográfico. A falta de<br />

alterações na dilatação do colo e/ou descida da apresentação,<br />

caracteriza a falha do método. Aumento do tempo mínimo de indução<br />

para 4 horas pode diminuir as taxas de cesariana de 26% para 8%<br />

(categoria C).<br />

Monitoramento fetal e materno constante durante induções com<br />

ocitocina.<br />

Complicações: Sobrecarga de fluidos, hiponatremia, taquissistolias,<br />

hiperestímulo, sofrimento fetal e ruptura uterina em casos de<br />

desproporção céfalo-pélvica.<br />

5. FÓRCIPE E VÁCUO-EXTRATOR<br />

Nas situações de segundo estágio prolongado (período expulsivo) e<br />

parada secundária da descida (desproporções céfalo-pélvicas relativas),<br />

se condições de aplicabilidade estiverem presentes, incluindo pólo<br />

cefálico em planos baixos de De Lee.<br />

6. CESARIANA<br />

Dose de ataque Manutenção Dose máxima<br />

0,5 a 2,0 mUI/min 1,0 a 2,0 mUI/min 20,0 a 40,0<br />

mUI/min<br />

6,0 mUI/min 1,0 a 6,0 mUI/min 40,0 a 42,0<br />

mUI/min<br />

Nas falhas de tratamento, depois de instituídas as medidas anteriores,<br />

nos malogros de fórcipe e nas desproporções céfalo-pélvicas.


CONCLUSÃO<br />

A distócia é um evento frequente durante o primeiro e segundo período do<br />

trabalho de parto, sendo uma das principais causas de indicação de parto<br />

abdominal, exigindo da EQUIPE MULTIDISCIPLINAR que o conduz, atenção<br />

para seu DIAGNÓSTICO PRECOCE e presteza para CONDUTAS de correção.<br />

Desde a ADMISSÃO, o profissional que examina a paciente, deve certificar-se<br />

que esta se encontra na FASE ATIVA do trabalho de parto, evitando interná-la<br />

em período prodrômico, causando, mais adiante, ansiedade e intervenções<br />

desnecessárias, muito frequentes nestes casos.<br />

A instituição de CONDUTA ATIVA tão logo seja detectada a distócia, diminui o<br />

tempo do trabalho de parto e pode minimizar a ocorrência de tocurgias. A<br />

ORIENTAÇÃO DA PACIENTE, informando da anormalidade de evolução no<br />

parto e da necessidade de colaboração da mesma, com atitudes como<br />

DEAMBULAÇÃO, VERTICALIZAÇÃO e BANHOS MORNOS, assim como o<br />

APOIO EMOCIONAL propiciado pelas DOULAS E ENFERMEIRAS mostraramse<br />

eficazes (categoria A).<br />

A AMNIOTOMIA associada ao uso de OCITÓCITOS, sob rigorosa<br />

MONITORIZAÇÃO fetal, corrige a maioria das distócias detectadas ao<br />

PARTOGRAMA (distócias funcionais). Este valiosíssimo instrumento de<br />

acompanhamento do trabalho de parto deve ser nossa principal ferramenta na<br />

detecção e tratamento deste evento.<br />

A utilização do FÓRCIPE ou VÁCUO-EXTRATOR deve ser reservada aos<br />

obstetras mais experientes, observando sempre as CONDIÇÕES DE<br />

APLICABILIDADE, nas situações de segundo estágio prolongado e de parada<br />

secundária da descida.<br />

A CESARIANA é nosso último recurso, quando da falha dos métodos<br />

anteriores, ou nosso primeiro recurso, quando da detecção de desproproção<br />

céfalo-pélvica ou sofrimento fetal agudo, estando o parto distante de ultimar-se.<br />

Lembrar de nunca fazê-la apenas quando o feto e/ou a mãe estiverem em<br />

estado de exaustão ou sofrimento avançado. O BOM RESULTADO visa, ao<br />

final, obter-se um binômio materno-fetal em perfeitas condições.


CLASSIFICAÇÃO<br />

<strong>DISTÓCIA</strong> SIGNIFICADO<br />

Fase ativa prolongada (período de<br />

dilatação)<br />

Fig. 6<br />

Parada secundária de dilatação<br />

(período de dilatação)<br />

Fig. 7<br />

Parto precipitado (período de<br />

dilatação)<br />

Fig. 8<br />

Período pélvico prolongado<br />

(período expulsivo)<br />

Fig. 9<br />

Parada secundária de descida<br />

(período expulsivo)<br />

Fig. 10<br />

Distócia funcional: A velocidade da<br />

dilatação é inferior a 1,0 cm/h (contrações<br />

uterinas não eficientes)<br />

Desproporção céfalo-pélvica (DCP)<br />

absoluta; DCP relativa (deflexões,<br />

variedades transversas ou posteriores)<br />

Parto taquitócito: A dilatação cervical,<br />

descida do pólo cefálico e expulsão fetal<br />

ocorrem em menos de 4 horas<br />

(taquissistolia e hipersistolia); Risco<br />

aumentado de sofrimento fetal e<br />

lacerações do trajeto<br />

Contrações uterinas ineficientes<br />

prolongando o período expulsivo<br />

DCP absoluta; DCP relativa (deflexões,<br />

variedades transversas ou posteriores)


Figura 6 – Fase ativa prolongada<br />

Fonte: http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/parto_aborto_puerperio.pdf


Figura 7 – Parada secundária da dilatação<br />

Fonte: http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/parto_aborto_puerperio.pdf


Figura 8 – Parto precipitado<br />

Fonte: http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/parto_aborto_puerperio.pdf


Figura 9 – Período pélvico prolongado<br />

Fonte: http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/parto_aborto_puerperio.pdf


Figura 10 - Parada secundária descida<br />

Fonte: http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/parto_aborto_puerperio.pdf

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