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Terras e Fatos - Portal da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro

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5 0 | T E R R A S E FAT O S<br />

<strong>de</strong> 1667; d) extensão e localização <strong>do</strong>s sobejos, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que não se consi<strong>de</strong>re não contínua a área <strong>da</strong><br />

sesmaria. Com respeito a esses pontos, o esta<strong>do</strong> histórico <strong>da</strong> sesmaria <strong>de</strong> sobejos, seguramente<br />

averigua<strong>do</strong>, obriga a reconhecer que, em 1567, Mem <strong>de</strong> Sá, confirman<strong>do</strong> e amplian<strong>do</strong> a sesmaria <strong>de</strong><br />

1565, alterou o seu rumo no propósito <strong>de</strong> favorecer os primeiros povoa<strong>do</strong>res <strong>do</strong> <strong>Rio</strong> <strong>de</strong> <strong>Janeiro</strong>,<br />

colocan<strong>do</strong>-os fora <strong>do</strong>s limites <strong>do</strong>s <strong>do</strong>mínios <strong>da</strong> Câmara e portanto livres <strong>de</strong> foro. Foi um incentivo ao<br />

povoamento <strong>da</strong> incipiente ci<strong>da</strong><strong>de</strong>. Que o segun<strong>do</strong> capitão-mor, Salva<strong>do</strong>r Corrêa <strong>de</strong> Sá, por sua vez, <strong>de</strong>u<br />

elastici<strong>da</strong><strong>de</strong> aos favores <strong>do</strong> seu tio Mem <strong>de</strong> Sá, permitin<strong>do</strong> o direito <strong>de</strong> edificação sem outro ônus <strong>do</strong> que<br />

o livre arbítrio <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> um. Que em 1667 a Câmara <strong>de</strong>ixou claro reconhecer a existência, fora <strong>do</strong>s limites<br />

<strong>da</strong> sua sesmaria, <strong>de</strong> terras livres já ocupa<strong>da</strong>s, com sobejos ou encrava<strong>do</strong>s e os quais lhe foram então<br />

concedi<strong>do</strong>s. Que a ocupação <strong>de</strong>ssas terras alodiais se fizera por efeito <strong>de</strong> concessões <strong>do</strong>s primeiros<br />

governa<strong>do</strong>res – ou mesmo sem qualquer título, vin<strong>do</strong> os ocupantes a gozar <strong>do</strong> direito <strong>do</strong> primi capientis.<br />

Nesse mesmo campo histórico ain<strong>da</strong> temos a carta <strong>da</strong> Câmara ao rei <strong>de</strong> Portugal, em 10 <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong><br />

1730, pela qual se vê que entre as atuais ruas Primeiro <strong>de</strong> Março e Uruguaiana bem poucos os terrenos<br />

sobre os quais a Câmara podia exercer o senhorio direto. O já cita<strong>do</strong> alvará <strong>de</strong> 10 <strong>de</strong> abril <strong>de</strong> 1821<br />

garantiu aos posseiros <strong>de</strong> terrenos na <strong>da</strong>ta <strong>da</strong> sua expedição to<strong>do</strong>s os direitos antigos, e é em virtu<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>sse alvará que a municipali<strong>da</strong><strong>de</strong> não tem outros direitos na sesmaria <strong>de</strong> sobejos, senão aqueles que lhe<br />

foram conserva<strong>do</strong>s e <strong>de</strong>signa<strong>do</strong>s pelo dito alvará. Assim sen<strong>do</strong>, pouco acerta<strong>do</strong>, na<strong>da</strong> prático e nem<br />

mesmo jurídico, modifica-se a situação que usufruem <strong>de</strong>s<strong>de</strong> séculos, por seus antecessores, os atuais<br />

proprietários.

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