A farmácia e o medicamento em Portugal nos últimos 25 anos
A farmácia e o medicamento em Portugal nos últimos 25 anos
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Registo de Patentes de Produto <strong>em</strong> substituição do Registo de Patentes de Processo que<br />
terá declinado vertigi<strong>nos</strong>amente a já pequena quota de mercado de capital nacional<br />
existente na indústria farmacêutica no <strong>nos</strong>so país. De um modo geral as indústrias<br />
farmacêuticas estabelecidas <strong>em</strong> <strong>Portugal</strong> dedicam-se à produção e entrada de<br />
<strong>medicamento</strong>s no mercado e são <strong>em</strong> reduzido número as que invest<strong>em</strong> na investigação<br />
ou <strong>em</strong> actividades de I&D, que são decisivas na conquista de novos mercados e na<br />
expansão do produto e das instituições. Depois da entrada de <strong>Portugal</strong> ma Comunidade<br />
Económica Europeia, questões relacionadas com as boas práticas de fabrico; a<br />
qualidade, segurança e eficácia do <strong>medicamento</strong>; a informação e a publicidade do<br />
<strong>medicamento</strong>; a sua autorização e introdução no mercado, passaram a ser questões de<br />
primeira importância com legislação e regulamentação apropriadas.<br />
As instituições reguladoras<br />
Também no domínio da regulação se dev<strong>em</strong> assinalar alterações profundas..<br />
Desde a entrada de <strong>Portugal</strong> na Europa Comunitária essas alterações prend<strong>em</strong>-se,<br />
igualmente, com a formação de instituições europeias do <strong>medicamento</strong>. Assinale-se,<br />
por ex<strong>em</strong>plo, a constituição e o papel da Agência Europeia de Medicamentos — EMEA<br />
— sediada <strong>em</strong> Londres e instuída <strong>em</strong> 1993, um organismo da União Europeia que t<strong>em</strong><br />
por objectivo trabalhar de perto informando a Comissão Europeia da entrada de novos<br />
<strong>medicamento</strong>s no mercado e avaliar cientificamente os eventuais efeitos secundários<br />
indesejáveis, sendo relevante o seu papel na vigilância farmacológica dos<br />
<strong>medicamento</strong>s.<br />
Vamos ver os principais momentos de fundação de instituiões relacionadas com<br />
a tutela da <strong>farmácia</strong> e do <strong>medicamento</strong> <strong>em</strong> <strong>Portugal</strong>. A antiga Comissão Reguladora dos<br />
Produtos Químicos e Farmacêuticos (CRPQF) fundada <strong>em</strong> 1940 deu lugar <strong>em</strong> 1984 à<br />
Direcção Geral de Assuntos Farmacêuticos (DGAF). Em 1993, esta instituição deu o<br />
seu lugar ao Instituto Nacional da Farmácia e do Medicamento (INFARMED). Em 2006<br />
esta última instituição deu o seu lugar à Autoridade Nacional do Medicamento e<br />
Produtos de Saúde (INFARMED, IP).<br />
Não é <strong>nos</strong>sa intenção explorar muito esta vertente institucional. Contudo, deve<br />
referir-se, então, que a orig<strong>em</strong> do INFARMED, como vimos, r<strong>em</strong>onta a 1940 quando<br />
foi criada pela primeira vez <strong>em</strong> <strong>Portugal</strong> uma instituição que pretendia regular um largo<br />
sector da <strong>farmácia</strong> e do <strong>medicamento</strong>, mas também de outros produtos químicos. Não<br />
era exclusiva da <strong>farmácia</strong> e do <strong>medicamento</strong>. A Comissão Reguladora dos Produtos<br />
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