Livro: Fabiano de Cristo O Peregrino da Caridade - GE Fabiano de ...
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Abaixa-se e enxuga-lhe as lágrimas e o frio suor.<br />
— Joana, <strong>de</strong>scansa o teu coração aflito.<br />
— Meus... filhos! — sussurra ela, <strong>de</strong>itando-lhes o olhar.<br />
— Tranqüiliza o teu coração!<br />
— Eu morro... — Voltarás à gran<strong>de</strong> casa do Pai Celestial, <strong>de</strong> on<strong>de</strong> velarás<br />
por eles’<br />
— E quem, aqui, lhes <strong>da</strong>rá o necessário?<br />
— Confia em Deus!<br />
Joana entrefechou as pálpebras, mais calma.<br />
— E quem é você, divino mensageiro?...<br />
<strong>Fabiano</strong> <strong>de</strong> <strong>Cristo</strong>, que o Senhor te enviou para acalmar-te.<br />
Joana suspirou, quase venturosa. E não mais resistiu!<br />
17<br />
NA ENFERMARIA<br />
<strong>Fabiano</strong> foi transferido para trabalhar na enfermaria.<br />
Embora não enfermeiro, a sua notável <strong>de</strong>dicação no atendimento <strong>de</strong><br />
enfermos serviu <strong>de</strong> referência para que os seus superiores o <strong>de</strong>stacassem<br />
para esse novo posto.<br />
Numa noite, seu. superior o procura.<br />
— On<strong>de</strong> está <strong>Fabiano</strong>? — pergunta já quase <strong>de</strong>ntro <strong>da</strong> enfermaria.<br />
— Ali no canto... dormindo!<br />
— Valha-me Deus! — exclamou o superior.<br />
Dirige-se, portanto, para o canto indicado, encontrando <strong>Fabiano</strong>, entre dois<br />
leitos,<br />
encostado à pare<strong>de</strong>, rendido a sono leve.<br />
— Acor<strong>da</strong>, <strong>Fabiano</strong> — chama o superio, em surdina.<br />
— Perdoa-me, senhor — <strong>de</strong>sculpa-se <strong>Fabiano</strong>, levantando-se com alguma<br />
dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>, trazendo nos olhos sinais evi<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> fadiga.<br />
— Tens uma cela, on<strong>de</strong> te busquei! Que fazes aqui? Achas justo dormir na<br />
enfermaria?<br />
<strong>Fabiano</strong> indica, com um olhar, os dois leitos.<br />
— São doentes em estado grave! Po<strong>de</strong>m acor<strong>da</strong>r em aflições e requerem<br />
muitos cui<strong>da</strong>dos. Resolvi, por isso, não me afastar muito <strong>de</strong>les.<br />
— Sei que já há várias noites fazes o mesmo.<br />
— É que eles ain<strong>da</strong> não se recuperaram. Meu coração me man<strong>da</strong> assisti-los.<br />
Além <strong>de</strong> enfermos do corpo, sofrem <strong>da</strong> alma, a dor <strong>de</strong> seus familiares os<br />
terem abandonado.