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Livro: Fabiano de Cristo O Peregrino da Caridade - GE Fabiano de ...

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— E que fez Jesus, diante <strong>de</strong> Ma<strong>da</strong>lena? Acaso a enxotou, em nome <strong>da</strong><br />

preservação <strong>da</strong>s aparências <strong>da</strong> virtu<strong>de</strong>? Ou lhe ofereceu braços<br />

acolhedores?<br />

— Ora, <strong>Fabiano</strong>... Estes teus argumentos não se aplicam neste caso. E não<br />

somos o <strong>Cristo</strong>!<br />

— To<strong>da</strong>s as Ma<strong>da</strong>lenas, um dia, têm o seu primeiro dia <strong>de</strong> encontro com a<br />

Luz Divina <strong>da</strong> ver<strong>da</strong><strong>de</strong>. E, se ver<strong>da</strong><strong>de</strong>iramente não somos o <strong>Cristo</strong>, não<br />

temos a obrigação <strong>de</strong> imitá-lo?<br />

— O povo estará contra nós...<br />

— Jesus, também, estava diante dos fariseus incompreensivos. Mas, entre<br />

os maledicentes e o bem, o Mestre consagrou a virtu<strong>de</strong>. Não crês que<br />

<strong>de</strong>vamos fazer o mesmo?<br />

A jovem infeliz foi admiti<strong>da</strong> na enfermaria para tratamento, mesmo contra<br />

a vonta<strong>de</strong> do próprio superior, que se ren<strong>de</strong>u diante <strong>da</strong> brandura <strong>de</strong><br />

<strong>Fabiano</strong>.<br />

E <strong>Fabiano</strong> passou a ser o responsável por ela.<br />

— Filha, — diz para a jovem assusta<strong>da</strong> — sabes que tens Jesus a teu favor.<br />

Façamos tudo para sermos dignos d’Ele, honrando o nome <strong>de</strong>sse Benfeitor<br />

Divino, que te abriu a porta <strong>de</strong>sta instituição.<br />

A jovem, acolhi<strong>da</strong> entre censuras, mas suporta<strong>da</strong> pelo carinho <strong>de</strong> <strong>Fabiano</strong><br />

<strong>de</strong> <strong>Cristo</strong>, e que fora introduzi<strong>da</strong> na existência pelos porões mais dolorosos,<br />

sabia tão-só <strong>de</strong>rramar lágrimas <strong>de</strong> dor e reconhecimento.<br />

Ela, afinal, tudo afrontara para estar ali.<br />

Sabia que a enfermi<strong>da</strong><strong>de</strong> que a consumia somente seria abran<strong>da</strong><strong>da</strong> se fosse<br />

medica<strong>da</strong> pelo “pai dos pobres e dos infelizes”. E tinha fome <strong>de</strong> amparo<br />

espiritual. Censurava-se, silenciosamente, porém, por ter constrangido tanto<br />

<strong>Fabiano</strong>, diante <strong>de</strong> seus irmãos <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m religiosa.<br />

Apenas <strong>Fabiano</strong> lhe prestava assistência.<br />

Os <strong>de</strong>mais, passando ao largo, dirigiam- lhe olhares <strong>de</strong> censura, como que<br />

temendo o contágio <strong>de</strong> alguma moléstia perigosa e que levasse à morte<br />

espiritual.<br />

Assim, os dias foram passando.<br />

Por ação <strong>de</strong> uma força sobre-humana, porém, os traços fisionômicos<br />

<strong>da</strong>quela jovem foram <strong>de</strong>stacando uma candi<strong>de</strong>z acentua<strong>da</strong>. Havia inocência<br />

em seu olhar. E, com isso, o clima <strong>de</strong> oposição se diluía em gran<strong>de</strong> parte<br />

dos que colaboravam na enfermaria.<br />

Ela parecia uma gran<strong>de</strong> vítima <strong>de</strong> circunstâncias!<br />

Num momento, o próprio superior <strong>da</strong> or<strong>de</strong>m se ren<strong>de</strong>u.<br />

Ele foi a seu encontro, para ouvi-la.<br />

— Sofres menos? — começou ele timi<strong>da</strong>mente.<br />

— Quase na<strong>da</strong>. . . — diz ela, <strong>de</strong> olhos reluzentes. — Quero rogar que me<br />

perdoeis, pelo mal-estar que vos causei. Mas, me sinto compensa<strong>da</strong> por<br />

tudo...

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