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Livro: Fabiano de Cristo O Peregrino da Caridade - GE Fabiano de ...

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Corno que abrindo o véu do porvir, complementou:<br />

— Em teus braços recolherás os que choram e clamam por misericórdia. E<br />

tua ban<strong>de</strong>ira terá uma única palavra: CARIDADE.<br />

A visão se <strong>de</strong>svaneceu.<br />

Barbosa <strong>de</strong>spertou.<br />

Em sua memória se fixou o Convento <strong>de</strong> Santo Antônio, ali mesmo no Rio<br />

<strong>de</strong> Janeiro, on<strong>de</strong> <strong>de</strong>veria renovar, docemente, as suas noções <strong>de</strong> autori<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />

4<br />

NO CONVENTO<br />

DE SANTO ANTÔNIO<br />

Barbosa, já <strong>de</strong> hábito franciscano, pés <strong>de</strong>scalços, fixava o superior do<br />

Convento <strong>de</strong> Santo Antônio.<br />

— Recebemos teu dote, Barbosa! Sei que distribuíste todos os teus bens e<br />

que, por último, nos buscaste!<br />

— É certo, senhor! Quero apren<strong>de</strong>r a servir...<br />

O superior o fitava atento, não escon<strong>de</strong>ndo a admiração.<br />

— Queira Deus abençoar-te! Despe-te <strong>da</strong>s roupas brilhantes dos salões do<br />

mundo e <strong>da</strong>s ruas, para adotares hábitos mais que singelos <strong>de</strong> um<br />

franciscano. Sabes que viverás na pobreza e pelo voto <strong>da</strong> pobreza.<br />

— É o que mais <strong>de</strong>sejo!<br />

— E teu novo nome será <strong>Fabiano</strong> <strong>de</strong> <strong>Cristo</strong>, por teres renunciado a tudo,<br />

inclusive a tua origem, para servir ao <strong>Cristo</strong>.<br />

— É o que espero, senhor.<br />

— Filho, não terás aqui aquilo a que te acostumaste no mundo. A tua vi<strong>da</strong><br />

será outra vi<strong>da</strong>! E, sabes também, que pela tua pouca cultura, serás um<br />

irmão leigo. Servirás, portanto, como porteiro <strong>de</strong> nosso recanto, para<br />

receberes a todos os que nos busquem.<br />

— Sinto-me feliz por isso!<br />

— Não terás mais quem te sirva e nem alguém que te obe<strong>de</strong>ça or<strong>de</strong>ns,<br />

porque <strong>de</strong>verás ser um servo <strong>de</strong> todos.<br />

— E serei o último dos servos.<br />

O superior, comovido com a inocente e sincera humil<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>quele moço<br />

que renunciara a sua vi<strong>da</strong> comum do mundo, envolve-o com um olhar <strong>de</strong><br />

imensa ternura.<br />

— Sejas bendito, entre os que servem.

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