Á venda <strong>de</strong> Lourenço Marques? Como sempre, as indiscripções da imprensa extranjeira estám <strong>de</strong>svelando mais um attentado do governo que, animado <strong>de</strong>certo pelo êxito do convénio,'se propõe levar a cabo a stíà !, obrá dè'liquidação, Trata-se, segundo os boatos a que nos-reportamos, da venda <strong>de</strong> Lourenço Marques á Inglaterra por quantiosa scrmfnti^e parece até que entre os respectivos governos se êntàBõlárãm ja negociações" por Iritermé^ do srç. dy,,Soveral, o diplomata ctóc,':-qtie os progressistas, nos seus tempos rábidos, <strong>de</strong>nunciavam como agente da South Afr.ican. Náo .sabemos o que ha <strong>de</strong>, verda<strong>de</strong> nestes'boatos. E' põssivel que a vèrda<strong>de</strong> seja. . . tudo'quan!o se dís.' ? Escrúpulos -ou, receios não os (teem çs governos da monarchia, fortes; com os, tçiutnphos, que a indifferença do pais í'hes< proporciona^ é porque ràrò liquidam em meras blagues as notícias, qué a imprensa extranjeira costuma enviar-nos, em primeira mão, sobre êstçs assumptos, o momento é para justos alarmes. E' pôsâtvçl, pois, que se esteja negociando a venda <strong>de</strong> Lourenço .Marques, e que em breve se proporcione ao pôvo .português mais Um momento <strong>de</strong> provar à sua <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong> morrer, sem um protesto digno,r no lodaçal em que se atolou, ou <strong>de</strong> sacudir enfim o torpor,? mercê do qual resvalou á situação angustiosa e <strong>de</strong>gradante em que hoje se'<strong>de</strong>bate \ 0 que.succodcrá? A tentativa, que ora principia a <strong>de</strong>sembtiçar-se, já uma vez veio a campo. Foi rechassada, repellida aítiVaa\erite pelo p'áis, e o partido republicano tirou <strong>de</strong>ssa enérgica e. brilhante campanha justos títulos . <strong>de</strong> glória. Mas então ò organismò era mais são... No entanto, na nossa situação <strong>de</strong> combatentes, que ainda não per<strong>de</strong>ram a fé; cumpçe-nos registrar os boátos aiarniâ'rit'
 EVOLUÇÃO REPUBLICANA Após a approvação do convénio, alguns dos nossos mais ar<strong>de</strong>ntes e <strong>de</strong>dicados correligionários, consi<strong>de</strong>rando tudo perdido, remetteram-sé — completamente <strong>de</strong>sanimados — a um profundíssimo e pusilânime isolamento, chorando, á imitação <strong>de</strong> Jeremias, sobre os escombros duma pátria outr'ora po<strong>de</strong>rosa, dominadora... feliz ! Cremos que não lhes assiste razão alguma !... A' lógica da evolução republicana era indispensável esta amaríssima pro vação, e também não era -menos á ingenuida<strong>de</strong>, ou cegueira do pôvo português, que ainda via na monarchia o symbolo da in<strong>de</strong>pendência dà pátria. Ha males... males profundos, que veem para bem i A <strong>de</strong>sillusão <strong>de</strong>rra<strong>de</strong>ira era uma necessida<strong>de</strong> produzir se. Esta necessida<strong>de</strong>.. . ei-la <strong>de</strong> pé e triumphante ! Ha pois razão, e muita razão, para ,nos felicitarmos <strong>de</strong>sta provação porque a monarchia acaba <strong>de</strong> fazer passar um país, que — apezar <strong>de</strong> tudo — ainda teimava em a consi<strong>de</strong>rar indispensável á sua in<strong>de</strong>pendência. Perdida esta <strong>de</strong>rra<strong>de</strong>ira illusão, o que resta ao pôvo ?! Evi<strong>de</strong>ntemente a fé na única solução possível no seio da tam tremenda calamida<strong>de</strong>: — a República ! [ Mas as classes conservadoras — dirnos-hão — as classes dirigentes transigirárn com esta fatal solução ?! — «Impossível» ... eis o argumento dos mo nárchicos — Possível, muito possível, eis a nossa affirmação. * A par duma profunda <strong>de</strong>Ca<strong>de</strong>ncia, alastra-se pelas secretarias d'Estado uma não menos profunda immoralida<strong>de</strong>. As cocottes, exactamente como soe ce<strong>de</strong>u em Roma, no tempo <strong>de</strong> Heliogabailo e <strong>de</strong> Domiciano Caracalia, dispõe dos benesses, distribuindo cargos e fiscalizando a administração nas estações superiores !... Fiscaes do sei o, inspectores, todg essa horda <strong>de</strong> famélicos abutres — batendo ' sinistramente as azas — baixa sôfregamenie, poisando sobre o cadaver, ainda não <strong>de</strong> todo arrefecido, da Nação!... O povo, dominado pela reacção, terrificado e embrutecido pelos jambeiros do regimen, cruza dolorosamente os braços !. .. Parece o fim duma Nacionalida<strong>de</strong> ! Mas não!... Consultemos a História — a gran<strong>de</strong> mestra da vida — estudêrno la com a máxima attenção: A evolução nos países latinos — eis o que nos diz à História — é sempre favorecida pelos erros dos governos <strong>de</strong> transição, e o Constitucionalismo é um regimen <strong>de</strong> transição. A ten<strong>de</strong>ncia geral dos governos — ainda nos países latinos — é a centralisação política, o alargamento das prerogativas régias, e consequentemente a suppressão lenta, mas gradual <strong>de</strong> todas as liberda<strong>de</strong>s sacrificadas em holocausto á oligarchia dominante. Foi o que succe<strong>de</strong>u em França e no Brasil, e ora succe<strong>de</strong> em Espanha, na Bélgica, na Itália, e mais caracteristicamente entre nós, on<strong>de</strong> o governo tirou <strong>de</strong>sassombradamente a máscara na questão religiosa e na do convénio. (22) Folhetim da "RESISTENCIA,, MAXIME RUDE UMA VÍCTIMA DO CONVENTO IX Logo naquella noute, a excellente senhora annunciou, ao jantar, que tinha escripto a Aurélia <strong>de</strong> Fayolles a pedirlhe para dobrar as férias que tinha concedido á sobrinha: —Ma<strong>de</strong>moiselle <strong>de</strong> Fayolles não po<strong>de</strong>rá recusar, minha filha, accrescentou, porque, na minha carta, invoco a razão da sua saú<strong>de</strong>, que lhe <strong>de</strong>ve ser tam preciosa como a nós. Herminie saccudiu docemente a cabeça, em signal <strong>de</strong> incredulidí<strong>de</strong>. — Minha senhora, disse, <strong>de</strong>ixe me respon<strong>de</strong>r-lhe que, <strong>de</strong>pois da morte <strong>de</strong> minha mãe, só encontrei outra vez a imágem da, família: foi aqui. Ma<strong>de</strong>moiselle <strong>de</strong> Villy, levantára-se e corria, fazendo voar um enxame <strong>de</strong> beijos da avó para Herminie. —Minha senhora, disse Lambrune, A reacção, que em princípio se esteia na burguesia, acaba sempre por opprimí la; quando, attiriaida a méta do retrocesso político social, os governos se sentem fostes p; ra lhe dispen sarem o appeio, barricadados, como efectivamente o esrám, na conffcnça da coroa e na protecção do jesuitismo. Esta phase que a França constitucional atravessou <strong>de</strong> 1836 até 1848, é a mesma que caracteriza a política portuguêsa contemporânea : — assim como uma gran<strong>de</strong> parte da burguesia esclarecida, transigindo com a <strong>de</strong>mocracia social, preparou a Revolução <strong>de</strong> 24 <strong>de</strong> fevereiro, da mesma fórma as classes conservadoras em Portugal ham <strong>de</strong> fatalmente transigir com a República como medida <strong>de</strong> suprema necessida<strong>de</strong>. O <strong>de</strong>sengano ha <strong>de</strong> vir, embora á custa <strong>de</strong> milhares <strong>de</strong> vidas, <strong>de</strong> muito sangue precioso, <strong>de</strong>rramado em <strong>de</strong>fêsa da Pátria. Os próprios conservadores — por completo <strong>de</strong>siliudidos da monarchia — ver-se-bam forçados a appellar para a República. Portugal ha <strong>de</strong> encontrar um Thiers, é a nossa convicção. A evolução republicana caminha imperturbável no seu curso para o futuro, um futuro luminoso <strong>de</strong> re<strong>de</strong>mpção!... A República, eis a solução suprê ma!... se todos os republicanos souberem cumprir o seu <strong>de</strong>ver 1 RESISTE CLA—Quinta-feira, 12 <strong>de</strong> Junho <strong>de</strong> 1902 FAZENDA JuNroR Promettem ser <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> brilho os festejos populares em <strong>Coimbra</strong> pelas festas do S. João, S. Pedro e Rainha Santa. Estám já organizados os ranchos dos pavilhões, e preparam se fogueiras na rua do Borralho, Arregaça e Santa Cara. Os pavilhões sám no Páteo da Inquisição (Rancho —Flôr da Mocida<strong>de</strong>), Mont'Arroyo (Rancho — <strong>de</strong> Mont'oArroj'o), Largo D. Luís (Rancho das Pombas), e Couraça <strong>de</strong> Lisboa (Rancho — Alegre Mocida<strong>de</strong>. No pavilhão do Páteo da Inquisição, cantar-se-hám canções novas <strong>de</strong> José Elyseu, Francisco Macedo, Côrte Real e Almeida Saldanha. Bom seria que os ranchos execu tassem as canções populares <strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong>, que vám esquecendo, estranhando todos os que téem estado ausentes <strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong>, ha alguns annos, que já não cante a tricana <strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong>, que tam bem cantava antigamente. o Queixam se alguns moradores do Largo das Canivetas, e com justa ra zão, <strong>de</strong> que uns ociosos quaesquer costumam ir para alli incommodar a visi nhança, com toques <strong>de</strong> guitarra e <strong>de</strong>scantes, que se prolongam até altas horas da noite. Com especialida<strong>de</strong> aos domingos e segundas-feiras, o barulho dobra <strong>de</strong> intensida<strong>de</strong>, o que é contra os regulamentos policiaes e contra o <strong>de</strong>scanço das pessoas honestas, que por alli habitam. A' policia recommendamos a queixa que nos foi feita, certos <strong>de</strong> que taes abusos serám reprimidos. ficaria bem contente, se Ma<strong>de</strong>moiselle <strong>de</strong> Fayolles consentisse em prolongar a sua estada aqui; porque po<strong>de</strong>ria tornar a vê-la, quando viesse <strong>de</strong>spedir-me dos hospe<strong>de</strong>s do Castello. —Pois tu vaes-te? Perguntou Villy. — E' verda<strong>de</strong>, meu velho amigo, ámsnhã, pela manhã, vou-rne, e ia dizer to. Uma carta, que recebi hoje, chama me ao valle para um negócio urgente, e que, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> hesitar, vi que não podia abandonar. Mas como já disse, pó<strong>de</strong>m contar commigo antes da minha partida para a Normandia. ' Lambrune impacientava se por es tar a toda á hora suspenso dos lábios <strong>de</strong> Herminie, para recolher a palavra que esperava. No fim do serão, quando se separaram, apertou-lhe discretamente a mão. dízendo-lhe: —Até á vista. Herminie comprehen<strong>de</strong>u e respon<strong>de</strong>u com estas palavras, leves como um suspiro: —Sim ! Hei<strong>de</strong> reflectir! X Quando entrou no quarto, momentos <strong>de</strong>pois, escrevia a Quoniam, a velha senhora, mártyr do convento <strong>de</strong> Bayeux, a carta seguinte; COBBESFOIDÉIICIA Figueira «Ia Foz, 10-Junho 902. A respeito dos festejos em honra do Santo Percursor, n'esta cida<strong>de</strong>, nada se sabe <strong>de</strong> positivo. A commissão, que com tanto enthusiasmo e arrogancia se havia, ha tempo, formado para levar a cabo estrondosos festejos, dissolveu se ha dias, <strong>de</strong>clarando que não podia <strong>de</strong>sempenhar se da sua missão, por não ter encontrado no commércio figueirense o necessário appoio. Os commerciantes, por seu turno, queixam-se da commissão, <strong>de</strong>clarando que toda a zsnga dos commissionados é por não os <strong>de</strong>ixarem repetir as scenas <strong>de</strong> igreja com exhibição do santo novo e tudo, conforme se fez no anno passado. Para não ficarmos mal com nenhuma das duas partes, diremos, que D ÍUS é bom, mas que o Diabo também não é mau <strong>de</strong> todo, e assim contentamos a ambas. Mas parece que a data das renomeadas festas a S. João, não <strong>de</strong>correrá sem que alguma coisa se faça para distrahir e contentar os visitantes que aqui costumam vir em tal epocha, e os numerosos crentes do banho santo, que aqui acco<strong>de</strong>m aos cardumes a lavar os corpinhos, que na maior parte durante todo o arino não vêem agua senão <strong>de</strong> longe, excepto a cara e as mãos, que lá apanham alguns borrifos para inglês vêr. Falia se em certamen musical pelas bandas regimentaes e civis <strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong>, Vizeu, Guarda e Figueira, em corridas <strong>de</strong> bicyclettes promovidas pelo Gymnásio, em fogos <strong>de</strong> artificio, danças populares e illuminações, emfim muitas coisas qi.e causarám surprezas aos forasteiros, surprezas que até po<strong>de</strong>m ser <strong>de</strong> contarem com festejos e não encontrarem nada. Nada, é o modo <strong>de</strong> dizer, que sempre por cá hão <strong>de</strong> encontrar bonitas cachopas, lindas vistas e franca hospitalida<strong>de</strong>, no que primam sempre os figueirenses. E a respeito <strong>de</strong> touros e touradas, perguntaram os leitores amantes do genero ? Com respeito a isso haverá para contentar ainda os mais exigentes. Nada menos do que uma corrida no dia 24, dada pela Direcção do Colyseu, em que serão lidados 10 cornu petos e na qual tomarám p< rte, além <strong>de</strong> <strong>de</strong>xtros bandarilheiros e valentes forcados, os cavalleiros Alves e Albano Custodio, e nada menos do que dois espadas. Uma corrida <strong>de</strong> primo-cartello, que nos parece será o melhor chamariz dos numerosos festejos que farám, se os fizerem. E mais tinha que dizer, não só sobre este assumpto, mas sobre outros algo importantes, mas fica para outra vez. Que as vidas estám curtas e as massadas prohibidas. * A' ultima hora CÍUSOU pissimi impressão nesta cid <strong>de</strong> a noticia publicada por um jornal <strong>de</strong> Lisboa, referente a um nosso con- Castello <strong>de</strong> Villy, a5 <strong>de</strong> agosto. «Minha cara «Madame <strong>de</strong> Villy acaba <strong>de</strong> pedir a minha prima para me <strong>de</strong>morar aqui mais tempo. Não ;ei se minha prima Aurélia quererá ce<strong>de</strong>r ás razões que lhe dám, mas espero muito, nesta questão, dojfrespeito das conveniências <strong>de</strong> minha tia: não ha <strong>de</strong> querer recusar nada a uma pessoa da eda<strong>de</strong> e quali da<strong>de</strong> da Madame <strong>de</strong> Villy. «Estar longe <strong>de</strong> ti, minha excellente sm'ga, não me impe<strong>de</strong> <strong>de</strong> pensar mui tas vezes em ti, <strong>de</strong> me lembrar da tua solicitu<strong>de</strong>, sobretudo da bôa vonta<strong>de</strong>, que sempre tens, <strong>de</strong> me prestar serviço todas as vezes, que se oíferece occasião. Lembro me ainda hoje, ao pedir-te que appoies com uma palavra, se fôr necessário, o <strong>de</strong>sejo da senhora <strong>de</strong> Viily. Posso-te dizer tudo com toda a sincerida<strong>de</strong>, tenho tanto interesse, como prazer nisso. Contp po<strong>de</strong>r fazer-te conhecer <strong>de</strong>pressa o verda<strong>de</strong>iro motivo; porque tenho toda a confiança em ti. Claramente que, no pavilhão, ha <strong>de</strong> haver um gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>bate a respeito do prolongamento da minha ausência, e minha prima Aurélia não respon<strong>de</strong>rá, sem ter dado sete voltas á pena nos <strong>de</strong>dos, p que lhe não acontece com a terraneo e distincto alumno da Univer siua<strong>de</strong>. A noticia, completamente falsa, só pô<strong>de</strong> attribuir .se a uma brinca<strong>de</strong>ira <strong>de</strong> mau gosto, não se lembrando o inventor das angustias que ia causar a uma família respeitável, emquanto se não esclarecesse o caso, e dos amigos do talentoso académico que ficariam sobiessáltados e <strong>de</strong>sgostosos por uma tam gran<strong>de</strong> fatalida<strong>de</strong>. O telegramma foi enviado <strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong>, e a pessoa a quem se referia encontra se ha dias em Lisboa,Jon<strong>de</strong> disfructa perfeita saú<strong>de</strong>. COSMOPOLITA. PELA POLICIA Abas© <strong>de</strong> coiiíiança Queixou se á policia Francisco da Fonseca Frias contra D. Maria da Pieda<strong>de</strong> Saraiva, moradora na rua do Viscon<strong>de</strong> da Luz, n.° 55, 4. 0 andar, que, abusando da sua ausência e falta <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, e servindo-se <strong>de</strong> chave falsa, lhe subtrahiu dinheiro e valores <strong>de</strong> importância. Quando a policia, porém, tratava <strong>de</strong> investigar, recebeu or<strong>de</strong>m superior para não proce<strong>de</strong>r, visto que os ditos valores tinham sido entregues pda arguida ao ex."" sr. <strong>de</strong>legado para inventariar. « Os artistas photographicos várn também gosar do <strong>de</strong>sesnço dominical. Des<strong>de</strong> as três horas da tar<strong>de</strong> em diante, aos domingos, estaram fecha das as photographias, para o pessoal po<strong>de</strong>r gozar uma pouca <strong>de</strong> liberda<strong>de</strong> e instruir-se. Muito bem. O Novida<strong>de</strong>s, que é... Perdão ! Era quasi um numero commemorativo: Por ora não. . . Companhia <strong>de</strong> Segaros Menrnisadora P O R T O Toma seguros 11'esta cida<strong>de</strong> João Lopes <strong>de</strong> Moraes Silvano Má eoni panSici ra Por muitos annos fôra o I'l. ra0 Sr. José Pinto Jun or torturado por uma má companheira. Ar encanado, um resfriamento, e tudo <strong>de</strong>sanda numa bronchite. Infelizmente, a tal bronchite lá ia zombando <strong>de</strong> medicamentos e <strong>de</strong> tratamentos e teimando tanto, que já d'ella se não podia livrar. Eis os termos em que o 111." 10 Sr. Pinto <strong>de</strong> Sousa Júnior, morador na rua <strong>de</strong> S. Marcos, 106, em Braga, nos communica os seus dissabores : « Soffria, já ha 4 annos, d'uma bronchite, que pouco a pouco me roubara língua. Sabe logo com que posso contar, e, peço-te, respon<strong>de</strong> logo. Tem cautella em não entregares es ta carta á ro<strong>de</strong>ira. Deixá la ia andar por cima das mêsas, e seria fácil á porteira surprehen<strong>de</strong>r o en<strong>de</strong>resse. Quer do lado <strong>de</strong> Saint-Jean, quer do lado <strong>de</strong> Saint Vigor, as porteiras <strong>de</strong> vem ignorar que nos correspon<strong>de</strong>mos; porque, no caso contrário, não po<strong>de</strong>ríamos estar seguras. «Tomarei a precaução <strong>de</strong> fazer so brescriptar a carta por Ma<strong>de</strong>moiselle <strong>de</strong> Villy, cuja lettra é menos conhecida, que a minha, e ámanhã, pela mi nhã, dá-la-hei ao correio, que passa por aqui, recommendando lhe que não a <strong>de</strong>ite na caixa, senão em Port-en-Bessin. Por esta fórma <strong>de</strong>sviaremos todas as suspeitas e emiósida<strong>de</strong>s. «;A<strong>de</strong>us, minha bôa e cara amiga, abraço-te com o coração cheio <strong>de</strong> esperança. Herminie <strong>de</strong> Croisy.D «P. S —Sobretudo queima esta corta.» Hermínia sabia, que, comquanto tímida, Quoniam era capaz, sob a influência <strong>de</strong>lia, <strong>de</strong> todas as ousadias e <strong>de</strong> todas as habilida<strong>de</strong>s. {Continúa.) as forças. Não conseguia minorar o meu sóffrêr com os medicamentos até os mais reputados. Ha tres mêzes, resolvi-me a experimentar as pillulas Pink e os resultados d'esse tratamento foram tão excellentes, que <strong>de</strong>itei fóra a bronchite. Recobrei sangue novo e logo a seguir as forças perdidas. Recobrei, diz-nos elle, sangue novo, tal é o segredo da efficacia das pillulas Pink, posto ás claras em duas palavras. Sangue novo e rico apaga quaesquer rastos <strong>de</strong> doença e esse é o ponto <strong>de</strong> mira das pillulas Pink. Bronchite é doença grave, mas peior é a sua persistência. Sempre a soífrer, as forças a minguarem pouco a pouco, o sangue a empobrecer-se, tosse teimosa a esfalfar o organismo, febre a ralar o doente... e o <strong>de</strong>senlace po<strong>de</strong>ria ser fatal. Nada d'hesitações, logo em seguida ás doenças agudas, tomem se as pillulas Pink, que ao recomporem o sangue, fazem <strong>de</strong>sapparecer também a anemia, a chlorose, a neurasthenia e o rachitismo e dança <strong>de</strong> S. Guido, das creanças, doenças tão penosas para as famílias. A um medico foi confiado o encargo <strong>de</strong> respon<strong>de</strong>r gratuitamente a todas as informações relativas ás pillulasPink, que forem pedidas aos srs. James Casseis & C.°, no Porto. As pillulas Pink foram oficialmente approvadas pela Junta Consultiva <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>. Estão á venda em todas as pharmacias pelo preço <strong>de</strong> i$ooo reis a caixa e 5$ooo reis as õ caixas. Deposito geral para Portugal, James Casseis & C-°, successores, Rua Mousinho da Silveira, 85 — Porto. ANNUNCIOS Café Conimbricense IO f-Rua da Sophia-114 03C* Tem para ven<strong>de</strong>r estantes envidraçadas, mesas <strong>de</strong> mármore dTtalia gran<strong>de</strong>s e pequenas, bem como outros utensílios proprios para estabelecimento <strong>de</strong> café. Vendas por junto ou a retalho. Ha também portas envidraçadas. Passa-se em boas condições um estabelecimento <strong>de</strong> fazendas brancas, bem afreguezado e com pouco capital, tendo casa para habitação. Rua dos Sapateiros, 33 a 36 se trata com o seu proprietário. TÀNOESRO Francisco do Porto, moraaor em Santa Clara, d'esta cida<strong>de</strong>, tem para ven<strong>de</strong>r tonneis <strong>de</strong> todos os tamanhos, cascos e barris, novos e usados. Quem preten<strong>de</strong>r dirija-se a Francisco Maria da Fonseca, Santa Clara, <strong>Coimbra</strong>. MARÇANO Precisa-se <strong>de</strong> um com prática <strong>de</strong> mercearia. Rua Sargento-Mór, 52. APPARELHOS BARATOS para Photographia Camaras para 6 chapas 6,5X9, munidas <strong>de</strong> boa objectiva e 1 visador a i$5oo réis. Ditas com mais luxo e 2 visadores a 2i£>ooo réis. Ditas para 12 chapas gX»2 e 2 visadores a 4$ooo réis. Outras novida<strong>de</strong>s photographícas chegadas agora. Gran<strong>de</strong> sortido <strong>de</strong> chapas Scheleumer's, Lumière, Imperial, etc., e papeis albuminado e aristos pelos preços correntes nas casas principaes do genero. papelaria §orges