RESOLUÇÃO CONAMA nº 316 de 2002 - Ministério do Meio Ambiente
RESOLUÇÃO CONAMA nº 316 de 2002 - Ministério do Meio Ambiente
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gEStÃO dE RESídUOS E pROdUtOS pERigOSOS – tratamento... <strong>RESOLUÇÃO</strong> <strong>CONAMA</strong> <strong>nº</strong> <strong>316</strong> <strong>de</strong> <strong>2002</strong><br />
<strong>RESOLUÇÃO</strong> <strong>CONAMA</strong> <strong>nº</strong> <strong>316</strong>, <strong>de</strong> 29 <strong>de</strong> outubro <strong>de</strong> <strong>2002</strong><br />
Publicada no DOU n o 224, <strong>de</strong> 20 <strong>de</strong> novembro <strong>de</strong> <strong>2002</strong>, Seção 1, páginas 92-95<br />
Correlações:<br />
. Artigo 18 altera<strong>do</strong> pela Resolução <strong>CONAMA</strong> <strong>nº</strong> 386/06<br />
dispõe sobre procedimentos e critérios para o funcionamento<br />
<strong>de</strong> sistemas <strong>de</strong> tratamento térmico <strong>de</strong> resíduos.<br />
O CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE-<strong>CONAMA</strong>, no uso <strong>de</strong> suas competências<br />
atribuídas pela Lei <strong>nº</strong> 6.938, <strong>de</strong> 31 <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 1981, regulamentada pelo Decreto<br />
<strong>nº</strong> 99.274, <strong>de</strong> 6 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1990, e ten<strong>do</strong> em vista o disposto em seu Regimento Interno,<br />
anexo à Portaria <strong>nº</strong> 326, <strong>de</strong> 15 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 1994 146 ; e<br />
Consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> que o princípio da precaução é o fundamento <strong>do</strong> <strong>de</strong>senvolvimento<br />
sustentável;<br />
Consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> que os sistemas <strong>de</strong> tratamento térmico <strong>de</strong> resíduos são fontes potenciais<br />
<strong>de</strong> risco ambiental e <strong>de</strong> emissão <strong>de</strong> poluentes perigosos, po<strong>de</strong>n<strong>do</strong> constituir agressão à<br />
saú<strong>de</strong> e ao meio ambiente se não forem corretamente instala<strong>do</strong>s, opera<strong>do</strong>s e manti<strong>do</strong>s;<br />
Consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> que, entre estes poluentes <strong>de</strong>stacam-se, pela sua periculosida<strong>de</strong>, os poluentes<br />
orgânicos persistentes, e que <strong>de</strong>ve ser buscada a redução das emissões totais <strong>do</strong>s<br />
poluentes menciona<strong>do</strong>s, com a finalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> sua contínua minimização e, on<strong>de</strong> viável,<br />
sua eliminação <strong>de</strong>finitiva;<br />
Consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> que os poluentes orgânicos persistentes têm proprieda<strong>de</strong>s tóxicas, são<br />
resistentes à <strong>de</strong>gradação, se bioacumulam, são transporta<strong>do</strong>s pelo ar, pela água e pelas<br />
espécies migratórias através das fronteiras internacionais e <strong>de</strong>posita<strong>do</strong>s distantes <strong>do</strong> local<br />
<strong>de</strong> sua emissão, on<strong>de</strong> se acumulam em ecossistemas terrestres e aquáticos;<br />
Consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> que o estabelecimento <strong>de</strong> limites máximos <strong>de</strong> emissão, para poluentes<br />
a serem lança<strong>do</strong>s na atmosfera, nas águas e no solo, por sistemas <strong>de</strong> tratamento<br />
térmico, contribui na implementação <strong>do</strong> Sistema <strong>de</strong> Licenciamento <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong>s<br />
Polui<strong>do</strong>ras, conforme previsto na Resolução <strong>CONAMA</strong> <strong>nº</strong> 237, <strong>de</strong> 19 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong><br />
1997, resolve:<br />
Art. 1 o Disciplinar os processos <strong>de</strong> tratamento térmico <strong>de</strong> resíduos e cadáveres, estabelecen<strong>do</strong><br />
procedimentos operacionais, limites <strong>de</strong> emissão e critérios <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho,<br />
controle, tratamento e disposição final <strong>de</strong> efluentes, <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> a minimizar os impactos<br />
ao meio ambiente e à saú<strong>de</strong> pública, resultantes <strong>de</strong>stas ativida<strong>de</strong>s.<br />
§ 1 o Excetuam-se da disciplina <strong>de</strong>sta Resolução:<br />
a) os rejeitos radioativos, os quais <strong>de</strong>verão seguir a normatização específica da Comissão<br />
Nacional <strong>de</strong> Energia Nuclear-CNEN;<br />
b) o co-processamento <strong>de</strong> resíduos em fornos rotativos <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> clínquer, o qual<br />
<strong>de</strong>verá seguir a Resolução <strong>CONAMA</strong> específica <strong>nº</strong> 264, <strong>de</strong> 26 <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 1999, salvo a<br />
disposição sobre dioxinas e furanos, que <strong>de</strong>verá obe<strong>de</strong>cer esta Resolução.<br />
§ 2 o O estu<strong>do</strong> da dispersão das emissões atmosféricas <strong>do</strong> sistema <strong>de</strong> tratamento <strong>de</strong>verá,<br />
necessariamente, alicerçar a <strong>de</strong>cisão quanto à sua localização.<br />
Art. 2 o Consi<strong>de</strong>ra-se, para os fins <strong>de</strong>sta Resolução:<br />
I - Resíduos: os materiais ou substâncias, que sejam inservíveis ou não passíveis <strong>de</strong><br />
aproveitamento econômico, resultantes <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> origem industrial, urbana, serviços<br />
<strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, agrícola e comercial <strong>de</strong>ntre os quais incluem-se aqueles provenientes <strong>de</strong><br />
portos, aeroportos e fronteiras, e outras, além <strong>do</strong>s contamina<strong>do</strong>s por agrotóxicos;<br />
II - Melhores técnicas disponíveis: o estágio mais eficaz e avança<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento<br />
das diversas tecnologias <strong>de</strong> tratamento, beneficiamento e <strong>de</strong> disposição final <strong>de</strong> resíduos,<br />
bem como das suas ativida<strong>de</strong>s e méto<strong>do</strong>s <strong>de</strong> operação, indican<strong>do</strong> a combinação prática<br />
<strong>de</strong>stas técnicas que levem à produção <strong>de</strong> emissões em valores iguais ou inferiores aos<br />
146 Portaria revogada pela Portaria MMA n o 499, <strong>de</strong> 18 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> <strong>2002</strong>.<br />
RESOLUÇÕES DO <strong>CONAMA</strong> 669<br />
Gestão <strong>de</strong> Resíduos e Produtos Perigosos
gEStÃO dE RESídUOS E pROdUtOS pERigOSOS – tratamento...<br />
fixa<strong>do</strong>s por esta Resolução, visan<strong>do</strong> eliminar e, on<strong>de</strong> não seja viável, reduzir as emissões<br />
em geral, bem como os seus efeitos no meio ambiente como um to<strong>do</strong>.<br />
III - Tratamento Térmico: para os fins <strong>de</strong>sta regulamentação é to<strong>do</strong> e qualquer processo<br />
cuja operação seja realizada acima da temperatura mínima <strong>de</strong> oitocentos graus Celsius.<br />
Art. 3 o To<strong>do</strong>s os sistemas <strong>de</strong> tratamento térmico <strong>de</strong> resíduos <strong>de</strong>verão aten<strong>de</strong>r aos critérios<br />
técnicos fixa<strong>do</strong>s nesta Resolução, complementa<strong>do</strong>s, sempre que julga<strong>do</strong> necessário, pelos<br />
órgãos ambientais competentes, <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> a aten<strong>de</strong>r às peculiarida<strong>de</strong>s regionais e locais.<br />
Art. 4 o A a<strong>do</strong>ção <strong>de</strong> sistemas <strong>de</strong> tratamento térmico <strong>de</strong> resíduos <strong>de</strong>verá ser precedida<br />
<strong>de</strong> um estu<strong>do</strong> <strong>de</strong> análise <strong>de</strong> alternativas tecnológicas que comprove que a escolha da<br />
tecnologia a<strong>do</strong>tada está <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com o conceito <strong>de</strong> melhor técnica disponível.<br />
Art. 5 o Os resíduos recebi<strong>do</strong>s pelo sistema <strong>de</strong> tratamento térmico <strong>de</strong>verão ser <strong>do</strong>cumenta<strong>do</strong>s,<br />
por meio <strong>de</strong> registro, <strong>do</strong> qual conste sua origem, quantida<strong>de</strong> e caracterização,<br />
consoante disposições específicas <strong>do</strong>s artigos <strong>de</strong>sta Resolução.<br />
Parágrafo único. O transporte <strong>de</strong> resíduos para tratamento térmico <strong>de</strong>verá aten<strong>de</strong>r<br />
a legislação específica, constante da política ambiental <strong>do</strong> <strong>Ministério</strong> <strong>do</strong>s Transportes,<br />
entre outras.<br />
Art. 6 o Para o acondicionamento e armazenamento <strong>de</strong> qualquer resíduo, a ser submeti<strong>do</strong><br />
a processo <strong>de</strong> tratamento térmico, <strong>de</strong>vem ser a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong>s procedimentos que garantam<br />
sua estanqueida<strong>de</strong>.<br />
Art. 7 o As áreas <strong>de</strong> armazenamento <strong>de</strong> resíduos <strong>de</strong>verão ter procedimentos que atenuem<br />
ou eliminem a emissão <strong>de</strong> substâncias o<strong>do</strong>ríferas, <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> a diminuir o impacto<br />
por percepção olfativa fora <strong>do</strong>s limites <strong>do</strong> sistema <strong>de</strong> tratamento térmico.<br />
Art. 8 o O responsável técnico pelo sistema <strong>de</strong> tratamento térmico <strong>de</strong>verá registrar<br />
toda anormalida<strong>de</strong> envolven<strong>do</strong> <strong>de</strong>rramamento ou vazamento <strong>de</strong> resíduos, bem como<br />
fornecer, a critério <strong>do</strong> órgão ambiental competente, estu<strong>do</strong> para avaliação <strong>de</strong> eventuais<br />
danos ocorri<strong>do</strong>s ao meio ambiente.<br />
Art. 9 o A instalação <strong>de</strong> sistemas <strong>de</strong> tratamento térmico <strong>de</strong> resíduos industriais <strong>de</strong>ve<br />
aten<strong>de</strong>r à legislação em vigor, não po<strong>de</strong>n<strong>do</strong> ser instala<strong>do</strong> em áreas resi<strong>de</strong>nciais.<br />
Art. 10. Os resíduos <strong>de</strong> origem industrial e as misturas <strong>de</strong> resíduos recebi<strong>do</strong>s pelo<br />
sistema <strong>de</strong> tratamento térmico <strong>de</strong>verão ter registro das seguintes informações:<br />
I - origem e processo produtivo <strong>do</strong> gera<strong>do</strong>r e quantida<strong>de</strong>;<br />
II - quantificação <strong>do</strong>s parâmetros relativos ao po<strong>de</strong>r calorífico, cinzas e, quan<strong>do</strong> couber,<br />
metais, halogênios ou compostos halogena<strong>do</strong>s;<br />
III - composição química e características físico-químicas <strong>do</strong> resíduo, que comprovem<br />
sua compatibilida<strong>de</strong> com as condicionantes da licença <strong>de</strong> operação;<br />
IV - incompatibilida<strong>de</strong> com outros resíduos;<br />
V - méto<strong>do</strong>s <strong>de</strong> amostragem e análise utiliza<strong>do</strong>s, com os respectivos limites <strong>de</strong> <strong>de</strong>tecção.<br />
Parágrafo único. No caso <strong>de</strong> mistura <strong>de</strong> resíduos, <strong>de</strong>verão ser prestadas, também, as<br />
seguintes informações:<br />
I - porcentagem, em peso, <strong>de</strong> cada resíduo na mistura;<br />
II - <strong>de</strong>scrição <strong>do</strong>s méto<strong>do</strong>s utiliza<strong>do</strong>s na preparação da mistura.<br />
Art. 11. To<strong>do</strong> sistema <strong>de</strong> tratamento térmico para resíduos industriais <strong>de</strong>verá atingir<br />
a taxa <strong>de</strong> eficiência <strong>de</strong> <strong>de</strong>struição e remoção (EDR) superior ou igual a noventa e nove<br />
670 RESOLUÇÕES DO <strong>CONAMA</strong><br />
<strong>RESOLUÇÃO</strong> <strong>CONAMA</strong> <strong>nº</strong> <strong>316</strong> <strong>de</strong> <strong>2002</strong>
gEStÃO dE RESídUOS E pROdUtOS pERigOSOS – tratamento... <strong>RESOLUÇÃO</strong> <strong>CONAMA</strong> <strong>nº</strong> <strong>316</strong> <strong>de</strong> <strong>2002</strong><br />
inteiros e noventa e nove décimos por cento para o principal composto orgânico perigoso<br />
(PCOP) <strong>de</strong>fini<strong>do</strong> no teste <strong>de</strong> queima.<br />
Parágrafo único. No caso <strong>de</strong> bifenilas policloradas (PCBs), a taxa <strong>de</strong> eficiência <strong>de</strong> <strong>de</strong>struição<br />
e remoção (EDR) <strong>de</strong>verá ser superior ou igual a noventa e nove inteiros e noventa<br />
e nove décimos por cento.<br />
Art. 12. O responsável técnico <strong>de</strong> qualquer sistema <strong>de</strong> tratamento térmico <strong>de</strong>ve proce<strong>de</strong>r<br />
ao registro <strong>do</strong> transporte, da estocagem, da i<strong>de</strong>ntificação, da data, e da análise<br />
<strong>do</strong>s resíduos que constituirão a carga <strong>de</strong> alimentação <strong>do</strong> sistema, preservan<strong>do</strong> amostras<br />
representativas, pelo perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> seis meses, para eventuais comprovações, a critério <strong>do</strong><br />
órgão ambiental competente.<br />
Art. 13. A instalação <strong>de</strong> sistemas <strong>de</strong> tratamento térmico <strong>de</strong> resíduos <strong>de</strong> serviço <strong>de</strong><br />
saú<strong>de</strong> <strong>de</strong>ve aten<strong>de</strong>r à legislação em vigor, <strong>de</strong>ven<strong>do</strong> preferencialmente, ocupar áreas não<br />
integrantes <strong>do</strong>s complexos hospitalares.<br />
Parágrafo único. As câmaras <strong>de</strong>verão operar à temperatura mínima <strong>de</strong> oitocentos<br />
graus Celsius, e o tempo <strong>de</strong> residência <strong>do</strong>s gases em seu interior não po<strong>de</strong>rá ser inferior<br />
a um segun<strong>do</strong>.<br />
Art. 14. Os estabelecimentos gera<strong>do</strong>res <strong>de</strong> resíduos <strong>de</strong> serviço <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, que optarem pelo<br />
tratamento térmico <strong>do</strong>s resíduos, <strong>de</strong>vem fazer constar esta opção <strong>do</strong> Plano <strong>de</strong> Gerenciamento<br />
<strong>de</strong> Resíduos <strong>de</strong> Serviços <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, em conformida<strong>de</strong> com a Resolução <strong>CONAMA</strong> <strong>nº</strong><br />
283 147 , <strong>de</strong> 12 <strong>de</strong> julho <strong>de</strong> 2001, aprova<strong>do</strong> pelos órgãos <strong>de</strong> meio ambiente e <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, <strong>de</strong>ntro<br />
<strong>de</strong> suas respectivas esferas <strong>de</strong> competência, <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com a legislação vigente. 148<br />
Art. 15. Os resíduos <strong>de</strong> serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, recebi<strong>do</strong>s pelo sistema <strong>de</strong> tratamento térmico,<br />
<strong>de</strong>verão ser <strong>do</strong>cumenta<strong>do</strong>s por meio <strong>de</strong> registro <strong>do</strong>s da<strong>do</strong>s da fonte gera<strong>do</strong>ra, conten<strong>do</strong>,<br />
no mínimo, informações relativas à data <strong>de</strong> recebimento, quantida<strong>de</strong> e classificação <strong>do</strong>s<br />
resíduos quanto ao grupo a que pertencem, em conformida<strong>de</strong> com a Resolução <strong>CONAMA</strong><br />
<strong>nº</strong> 283 144 , <strong>de</strong> 2001.<br />
Art. 16. Os resíduos <strong>de</strong> serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, quan<strong>do</strong> suscetíveis ao tratamento térmico,<br />
<strong>de</strong>vem obe<strong>de</strong>cer, segun<strong>do</strong> a sua classificação, ao que se segue:<br />
I - GRUPO A: resíduos que apresentam risco à saú<strong>de</strong> pública e ao meio ambiente,<br />
<strong>de</strong>vi<strong>do</strong> à presença <strong>de</strong> agentes biológicos, <strong>de</strong>vem ser <strong>de</strong>stina<strong>do</strong>s a sistemas especialmente<br />
licencia<strong>do</strong>s para este fim, pelo órgão ambiental competente;<br />
II - GRUPO B: resíduos que apresentam risco à saú<strong>de</strong> pública e ao meio ambiente<br />
<strong>de</strong>vi<strong>do</strong> as suas características físicas, químicas e físico-químicas, <strong>de</strong>vem ser submeti<strong>do</strong>s<br />
às condições específicas <strong>de</strong> tratamento térmico para resíduos <strong>de</strong> origem industrial;<br />
III - GRUPO D: resíduos comuns <strong>de</strong>vem ser enquadra<strong>do</strong>s nas condições específicas<br />
<strong>de</strong> tratamento térmico para resíduos sóli<strong>do</strong>s urbanos.<br />
Art. 17. To<strong>do</strong> sistema crematório <strong>de</strong>ve ter, no mínimo, a câmara <strong>de</strong> combustão e a<br />
câmara secundária para queima <strong>do</strong>s voláteis.<br />
§ 1 o A câmara secundária <strong>de</strong>verá operar à temperatura mínima <strong>de</strong> oitocentos graus<br />
Celsius, e o tempo <strong>de</strong> residência <strong>do</strong>s gases em seu interior não po<strong>de</strong>rá ser inferior a um<br />
segun<strong>do</strong>.<br />
§ 2 o O sistema só po<strong>de</strong> iniciar a operação após a temperatura da câmara secundária<br />
atingir a temperatura <strong>de</strong> oitocentos graus Celsius.<br />
Art. 18. A operação <strong>do</strong> sistema crematório <strong>de</strong>verá obe<strong>de</strong>cer aos seguintes limites e<br />
parâmetros <strong>de</strong> monitoramento:<br />
147 Resolução revogada pela Resolução n o 358/05.<br />
148 As disposições relativas a resíduos sóli<strong>do</strong>s oriun<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> da Resolução n o 283/01 foram revogadas<br />
pela Resolução n o 358/05<br />
RESOLUÇÕES DO <strong>CONAMA</strong> 671<br />
Gestão <strong>de</strong> Resíduos e Produtos Perigosos
gEStÃO dE RESídUOS E pROdUtOS pERigOSOS – tratamento... <strong>RESOLUÇÃO</strong> <strong>CONAMA</strong> <strong>nº</strong> <strong>316</strong> <strong>de</strong> <strong>2002</strong><br />
I - material particula<strong>do</strong> (MP): cem miligramas por normal metro cúbico, corrigi<strong>do</strong><br />
pelo teor <strong>de</strong> oxigênio na mistura <strong>de</strong> combustão da chaminé para sete por cento em base<br />
seca. O monitoramento <strong>de</strong>verá ser pontual, obe<strong>de</strong>cen<strong>do</strong> à meto<strong>do</strong>logia fixada em normas<br />
pertinentes;<br />
II - monóxi<strong>do</strong> <strong>de</strong> carbono (CO): cem partes por milhão volumétrico, base seca referi<strong>do</strong>s<br />
a sete por cento <strong>de</strong> oxigênio(O2), verifica<strong>do</strong>s em monitoramento contínuo, por meio <strong>de</strong><br />
registra<strong>do</strong>res;<br />
III - oxigênio (O2): os limites serão <strong>de</strong>termina<strong>do</strong>s durante o teste <strong>de</strong> queima, <strong>de</strong>ven<strong>do</strong><br />
o seu monitoramento ser contínuo, por meio <strong>de</strong> registra<strong>do</strong>res;<br />
IV - temperatura da câmara <strong>de</strong> combustão: os limites mínimos serão <strong>de</strong>termina<strong>do</strong>s<br />
por ocasião <strong>do</strong> teste <strong>de</strong> queima, <strong>de</strong>ven<strong>do</strong> o monitoramento ser contínuo, por meio <strong>de</strong><br />
registra<strong>do</strong>res;<br />
V - temperatura da câmara secundária: mínimo <strong>de</strong> oitocentos graus Celsius, com<br />
monitoramento contínuo, por meio <strong>de</strong> registra<strong>do</strong>res;<br />
VI - pressão da câmara <strong>de</strong> combustão: positiva, com monitoramento contínuo, por<br />
meio <strong>de</strong> pressostato e registra<strong>do</strong>res.<br />
Art. 18. A operação <strong>do</strong> sistema crematório <strong>de</strong>verá obe<strong>de</strong>cer aos seguintes limites e<br />
parâmetros <strong>de</strong> monitoramento:<br />
I - material particula<strong>do</strong> (MP): cem miligramas por normal metro cúbico, corrigi<strong>do</strong><br />
pelo teor <strong>de</strong> oxigênio na mistura <strong>de</strong> combustão da chaminé para sete por cento em base<br />
seca, <strong>de</strong>ven<strong>do</strong> o monitoramento ser pontual e obe<strong>de</strong>cer à meto<strong>do</strong>logia fixada em normas<br />
pertinentes;<br />
II - monóxi<strong>do</strong> <strong>de</strong> carbono (CO): cem partes por milhão volumétrico, base seca, verifica<strong>do</strong>s<br />
com monitoramento contínuo, po<strong>de</strong>n<strong>do</strong> o órgão licencia<strong>do</strong>r exigir registro<br />
contínuo;<br />
III - temperatura da câmara <strong>de</strong> combustão: os limites mínimos serão <strong>de</strong>termina<strong>do</strong>s por<br />
ocasião <strong>do</strong> teste <strong>de</strong> queima, <strong>de</strong>ven<strong>do</strong> o monitoramento ser contínuo, po<strong>de</strong>n<strong>do</strong> o órgão<br />
licencia<strong>do</strong>r exigir registro contínuo;<br />
IV - temperatura da câmara secundária: mínimo <strong>de</strong> oitocentos graus Celsius, com<br />
monitoramento e registro contínuos;<br />
V - pressão da câmara <strong>de</strong> combustão: negativa, com monitoramento contínuo, com<br />
a utilização <strong>de</strong> pressostato, po<strong>de</strong>n<strong>do</strong> o órgão licencia<strong>do</strong>r exigir registro contínuo. (nova<br />
redação dada pela Resolução <strong>nº</strong> 386/06)<br />
Art. 19. Os corpos, fetos ou as peças anatômicas, recebi<strong>do</strong>s no crematório, <strong>de</strong>verão ser<br />
processa<strong>do</strong>s, preferencialmente, no prazo máximo <strong>de</strong> oito horas.<br />
Parágrafo único. Na impossibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> processamento no prazo estabeleci<strong>do</strong> no<br />
caput, os corpos, peças ou fetos <strong>de</strong>verão ser manti<strong>do</strong>s em equipamento com refrigeração<br />
a<strong>de</strong>quada.<br />
Art. 20. A urna funerária, utilizada em crematórios <strong>de</strong>verá ser <strong>de</strong> papelão ou ma<strong>de</strong>ira,<br />
isenta <strong>de</strong> tratamento, pintura, a<strong>de</strong>reços plásticos e metálicos, à exceção <strong>do</strong>s casos em que<br />
urnas lacradas sejam exigidas por questões <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> pública ou emergência sanitária.<br />
Art. 21. O sistema crematório não po<strong>de</strong>rá iniciar sua operação antes da realização <strong>do</strong><br />
teste <strong>de</strong> queima, obe<strong>de</strong>ci<strong>do</strong>s os critérios <strong>de</strong>sta Resolução e <strong>do</strong> órgão ambiental competente.<br />
Art. 22. O sistema <strong>de</strong> tratamento térmico <strong>de</strong> resíduos <strong>de</strong> origem urbana, ao ser implanta<strong>do</strong>,<br />
<strong>de</strong>ve aten<strong>de</strong>r os seguintes condicionantes, sem prejuízo <strong>de</strong> outras exigências<br />
estabelecidas no procedimento <strong>de</strong> licenciamento e legislações complementares:<br />
I - área coberta para o recebimento <strong>de</strong> resíduos;<br />
II - sistema <strong>de</strong> coleta e tratamento a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong> <strong>do</strong> chorume.<br />
Art. 23. Os resíduos <strong>de</strong> origem urbana, recebi<strong>do</strong>s pelo sistema <strong>de</strong> tratamento térmico,<br />
<strong>de</strong>verão ter registro das informações relativas à área <strong>de</strong> origem e quantida<strong>de</strong>.<br />
672 RESOLUÇÕES DO <strong>CONAMA</strong>
gEStÃO dE RESídUOS E pROdUtOS pERigOSOS – tratamento... <strong>RESOLUÇÃO</strong> <strong>CONAMA</strong> <strong>nº</strong> <strong>316</strong> <strong>de</strong> <strong>2002</strong><br />
Parágrafo único. As câmaras <strong>de</strong>verão operar à temperatura mínima <strong>de</strong> oitocentos<br />
graus Celsius, e o tempo <strong>de</strong> residência <strong>do</strong> resíduo em seu interior não po<strong>de</strong>rá ser inferior<br />
a um segun<strong>do</strong>.<br />
Art. 24. A implantação <strong>do</strong> sistema <strong>de</strong> tratamento térmico <strong>de</strong> resíduos <strong>de</strong> origem urbana<br />
<strong>de</strong>ve ser precedida da implementação <strong>de</strong> um programa <strong>de</strong> segregação <strong>de</strong> resíduos,<br />
em ação integrada com os responsáveis pelo sistema <strong>de</strong> coleta e <strong>de</strong> tratamento térmico,<br />
para fins <strong>de</strong> reciclagem ou reaproveitamento, <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com os planos municipais <strong>de</strong><br />
gerenciamento <strong>de</strong> resíduos.<br />
Parágrafo único. A partir da licença <strong>de</strong> operação <strong>do</strong> sistema <strong>de</strong> tratamento térmico,<br />
<strong>de</strong>verá ser observa<strong>do</strong> o seguinte cronograma mínimo <strong>de</strong> metas:<br />
I - no primeiro biênio, <strong>de</strong>verá ser segrega<strong>do</strong> o percentual correspon<strong>de</strong>nte a seis por<br />
cento <strong>do</strong> resíduo gera<strong>do</strong> na área <strong>de</strong> abrangência <strong>do</strong> sistema;<br />
II - no segun<strong>do</strong> biênio, <strong>de</strong>verá ser segrega<strong>do</strong> o percentual correspon<strong>de</strong>nte a <strong>do</strong>ze por<br />
cento <strong>do</strong> resíduo gera<strong>do</strong> na área <strong>de</strong> abrangência <strong>do</strong> sistema;<br />
III - no terceiro biênio, <strong>de</strong>verá ser segrega<strong>do</strong> o percentual correspon<strong>de</strong>nte a <strong>de</strong>zoito<br />
por cento <strong>do</strong> resíduo gera<strong>do</strong> na área <strong>de</strong> abrangência <strong>do</strong> sistema;<br />
IV - no quarto biênio, <strong>de</strong>verá ser segrega<strong>do</strong> o percentual correspon<strong>de</strong>nte a vinte e<br />
quatro por cento <strong>do</strong> resíduo gera<strong>do</strong> na área <strong>de</strong> abrangência <strong>do</strong> sistema; e<br />
V - a partir <strong>do</strong> quinto biênio, <strong>de</strong>verá ser segrega<strong>do</strong> o percentual correspon<strong>de</strong>nte a trinta<br />
por cento <strong>do</strong> resíduo gera<strong>do</strong> na área <strong>de</strong> abrangência <strong>do</strong> sistema.<br />
Art. 25. O tratamento térmico <strong>de</strong> agrotóxicos e afins, bem como os materiais, produtos<br />
ou resíduos por eles contamina<strong>do</strong>s, quan<strong>do</strong> exigível pela legislação específica, <strong>de</strong>verão<br />
aten<strong>de</strong>r às disposições da presente Resolução, obe<strong>de</strong>cen<strong>do</strong> aos mesmos parâmetros e<br />
critérios a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong>s para os resíduos industriais.<br />
Art. 26. O processo <strong>de</strong> licenciamento das unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> tratamento térmico <strong>de</strong> resíduos<br />
será tecnicamente fundamenta<strong>do</strong> com base nos estu<strong>do</strong>s, a seguir relaciona<strong>do</strong>s, que serão<br />
apresenta<strong>do</strong>s pelo interessa<strong>do</strong>:<br />
I - Projetos Básico e <strong>de</strong> Detalhamento;<br />
II - Estu<strong>do</strong> e Relatório <strong>de</strong> Impacto Ambiental (EIA/RIMA) ou outro estu<strong>do</strong>, <strong>de</strong>fini<strong>do</strong><br />
pelo órgão ambiental competente;<br />
III - Análise <strong>de</strong> Risco;<br />
IV - Plano <strong>do</strong> Teste <strong>de</strong> Queima (anexo II);<br />
V - Plano <strong>de</strong> Contingência (anexo III);<br />
VI - Plano <strong>de</strong> Emergência (anexo IV).<br />
§ 1 o O prazo máximo <strong>de</strong> vigência da licença <strong>de</strong> operação será <strong>de</strong> cinco anos.<br />
§ 2 o A periodicida<strong>de</strong> <strong>do</strong>s testes para verificação <strong>de</strong> conformida<strong>de</strong> <strong>do</strong>s limites máximos<br />
<strong>de</strong> emissão e os <strong>de</strong>mais condicionantes da Licença <strong>de</strong> Operação, bem como outros procedimentos<br />
não elenca<strong>do</strong>s, <strong>de</strong>verão ser fixa<strong>do</strong>s a critério <strong>do</strong> órgão ambiental competente.<br />
§ 3 o Na hipótese <strong>de</strong> encerramento das ativida<strong>de</strong>s, o empreen<strong>de</strong><strong>do</strong>r <strong>de</strong>verá submeter<br />
ao órgão ambiental competente o Plano <strong>de</strong> Desativação <strong>do</strong> sistema (anexo V), obten<strong>do</strong><br />
o <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> licenciamento.<br />
Art. 27. To<strong>do</strong> e qualquer sistema <strong>de</strong> tratamento térmico <strong>de</strong>ve possuir unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />
recepção, armazenamento, alimentação, tratamento das emissões <strong>de</strong> gases e partículas,<br />
tratamento <strong>de</strong> efluentes líqui<strong>do</strong>s, tratamento das cinzas e escórias.<br />
Parágrafo único. Na hipótese <strong>de</strong> os efluentes líqui<strong>do</strong>s e sóli<strong>do</strong>s não serem trata<strong>do</strong>s<br />
<strong>de</strong>ntro das instalações <strong>do</strong> sistema <strong>de</strong> tratamento, o <strong>de</strong>stinatário que os receber <strong>de</strong>verá<br />
estar <strong>de</strong>vidamente licencia<strong>do</strong> para este fim.<br />
Art. 28. To<strong>do</strong> sistema <strong>de</strong> tratamento térmico <strong>de</strong> resíduos <strong>de</strong>verá possuir um responsável<br />
técnico para o seu funcionamento, <strong>de</strong>vidamente habilita<strong>do</strong> para este fim, com registro <strong>de</strong><br />
responsabilida<strong>de</strong> técnica no órgão profissional competente.<br />
RESOLUÇÕES DO <strong>CONAMA</strong> 673<br />
Gestão <strong>de</strong> Resíduos e Produtos Perigosos
gEStÃO dE RESídUOS E pROdUtOS pERigOSOS – tratamento... <strong>RESOLUÇÃO</strong> <strong>CONAMA</strong> <strong>nº</strong> <strong>316</strong> <strong>de</strong> <strong>2002</strong><br />
Parágrafo único. O responsável técnico terá como atribuições:<br />
I - gerenciamento da operação, manutenção e controle <strong>do</strong> sistema <strong>de</strong> tratamento térmico;<br />
II - a implementação <strong>de</strong> planos <strong>de</strong> emergência; e<br />
III - elaboração e guarda por vinte e cinco anos, na forma <strong>de</strong> relatórios, <strong>de</strong> to<strong>do</strong>s os<br />
registros <strong>de</strong> operação, manutenção, disfunção e interrupção <strong>do</strong> sistema, incluin<strong>do</strong>-se a<br />
quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> resíduo trata<strong>do</strong>, sua caracterização, o cardápio <strong>de</strong> entrada, quan<strong>do</strong> for<br />
o caso, a escória produzida, assim como as verificações <strong>do</strong> atendimento aos limites <strong>de</strong><br />
emissão <strong>de</strong> poluentes <strong>do</strong> ar e da água.<br />
IV - Caberá ao responsável técnico legalmente habilita<strong>do</strong> emitir certifica<strong>do</strong> <strong>de</strong> tratamento<br />
térmico atestan<strong>do</strong> ter cumpri<strong>do</strong> as condicionantes da licença ambiental cujos<br />
da<strong>do</strong>s constarão <strong>do</strong> referi<strong>do</strong> certifica<strong>do</strong>, caben<strong>do</strong> a guarda <strong>de</strong>ste <strong>do</strong>cumento também ao<br />
gera<strong>do</strong>r <strong>do</strong> resíduo, contratante da operação.<br />
Art. 29. A primeira verificação <strong>do</strong> cumprimento aos Limites Máximos <strong>de</strong> Emissão será<br />
realizada em plena capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> operação e <strong>de</strong>ve necessariamente prece<strong>de</strong>r à expedição<br />
da Licença <strong>de</strong> Operação (LO), que por sua vez não po<strong>de</strong>rá ultrapassar os seis meses <strong>do</strong><br />
início da partida da unida<strong>de</strong>.<br />
Parágrafo único. A realização <strong>de</strong> teste <strong>de</strong> queima é obrigatória por ocasião <strong>do</strong> licenciamento,<br />
renovação <strong>de</strong> licença, além <strong>de</strong> toda e qualquer modificação das condições operacionais.<br />
Art. 30. O opera<strong>do</strong>r <strong>do</strong> sistema <strong>de</strong> tratamento térmico <strong>de</strong>ve ser capacita<strong>do</strong> nos seguintes<br />
tópicos:<br />
I - conceitos ambientais e legislações pertinentes;<br />
II - princípios básicos <strong>de</strong> combustão, tratamento térmico <strong>de</strong> resíduos e a geração <strong>de</strong><br />
poluentes (gasosos, líqui<strong>do</strong>s e sóli<strong>do</strong>s);<br />
III - manual <strong>de</strong> operação, com ênfase no tipo <strong>de</strong> sistema, procedimentos <strong>de</strong> partida,<br />
operação e parada;<br />
IV - funcionamento e manutenção <strong>do</strong>s componentes e subsistemas, incluin<strong>do</strong> os <strong>de</strong><br />
monitoramento e controle <strong>de</strong> poluição;<br />
V - manuseio <strong>do</strong>s resíduos gera<strong>do</strong>s no processo <strong>de</strong> tratamento térmico;<br />
VI - procedimentos para o recebimento <strong>de</strong> resíduos, com atenção para o não recebimento<br />
<strong>de</strong> resíduos radioativos;<br />
VII - Programa <strong>de</strong> Prevenção <strong>de</strong> Riscos <strong>de</strong> Aci<strong>de</strong>ntes <strong>do</strong> Trabalho, <strong>do</strong> <strong>Ministério</strong> <strong>do</strong> Trabalho;<br />
VIII - aci<strong>de</strong>ntes e disfunções <strong>do</strong> sistema;<br />
IX - registros operacionais; e<br />
X - simulação <strong>de</strong> atendimento ao Plano <strong>de</strong> Emergência.<br />
Art. 31. To<strong>do</strong> sistema <strong>de</strong> tratamento térmico <strong>de</strong> resíduos <strong>de</strong>ve dispor <strong>de</strong>:<br />
I - Plano <strong>de</strong> Inspeção e Manutenção <strong>do</strong> Sistema, com registros completos das intervenções<br />
<strong>de</strong> inspeção, manutenção, calibração;<br />
II - Sistema <strong>de</strong> Automonitoramento, capaz <strong>de</strong> manter o registro <strong>do</strong>s efluentes discrimina<strong>do</strong>s<br />
nas condicionantes <strong>do</strong> processo <strong>de</strong> licenciamento.<br />
Parágrafo único. Estes registros <strong>de</strong>verão ser disponibiliza<strong>do</strong>s integralmente ao órgão<br />
ambiental, sempre que solicita<strong>do</strong>.<br />
Art. 32. O licenciamento para o tratamento térmico <strong>de</strong> resíduos, não discrimina<strong>do</strong>s<br />
nas condicionantes <strong>do</strong> licenciamento <strong>do</strong> sistema, <strong>de</strong>verá ser objeto <strong>de</strong> procedimento<br />
específico, junto ao órgão ambiental competente.<br />
Art. 33. O teste <strong>de</strong> queima <strong>de</strong>ve compreen<strong>de</strong>r o conjunto <strong>de</strong> medições realizadas na<br />
unida<strong>de</strong> operan<strong>do</strong> com a alimentação <strong>de</strong> resíduos, para avaliar a compatibilida<strong>de</strong> das<br />
condições operacionais <strong>do</strong> sistema <strong>de</strong> tratamento térmico, com vistas ao atendimento<br />
674 RESOLUÇÕES DO <strong>CONAMA</strong>
gEStÃO dE RESídUOS E pROdUtOS pERigOSOS – tratamento... <strong>RESOLUÇÃO</strong> <strong>CONAMA</strong> <strong>nº</strong> <strong>316</strong> <strong>de</strong> <strong>2002</strong><br />
aos limites <strong>de</strong> emissões <strong>de</strong>fini<strong>do</strong>s na presente Resolução e com as exigências técnicas<br />
fixadas pelo órgão ambiental competente.<br />
Art. 34. No início <strong>do</strong> Teste <strong>de</strong> Queima, <strong>de</strong>verá ser avalia<strong>do</strong> o sistema <strong>de</strong> intertravamento<br />
para interromper automaticamente a alimentação <strong>de</strong> resíduos.<br />
Art. 35. As coletas <strong>de</strong> amostras <strong>de</strong>verão ser realizadas em triplicatas.<br />
Art. 36. São condições prévias à realização <strong>do</strong> Teste <strong>de</strong> Queima:<br />
I - ter um Plano <strong>de</strong> Teste <strong>de</strong> Queima aprova<strong>do</strong> pelo órgão ambiental competente;<br />
II - não apresentar risco <strong>de</strong> qualquer natureza à saú<strong>de</strong> pública e ao meio ambiente;<br />
III - ter instala<strong>do</strong>s, calibra<strong>do</strong>s e em condição <strong>de</strong> funcionamento, pelo menos, os seguintes<br />
monitores contínuos e seus registra<strong>do</strong>res: monóxi<strong>do</strong> <strong>de</strong> carbono (CO), oxigênio<br />
(O ), temperatura e pressão <strong>do</strong> sistema forno, taxa <strong>de</strong> alimentação <strong>do</strong> resíduo e parâmetros<br />
2<br />
operacionais <strong>do</strong>s ECPs;<br />
IV - ter instala<strong>do</strong> e em condição <strong>de</strong> funcionamento um sistema <strong>de</strong> intertravamento, para<br />
interromper automaticamente a alimentação <strong>de</strong> resíduos, no mínimo, em casos <strong>de</strong>:<br />
a) baixa temperatura <strong>de</strong> combustão;<br />
b) falta <strong>de</strong> indicação <strong>de</strong> chama;<br />
c) falta <strong>de</strong> energia elétrica ou queda brusca <strong>de</strong> tensão;<br />
d) queda <strong>do</strong> teor <strong>de</strong> oxigênio (O ), quer na câmara pós-combustão ou na chaminé;<br />
2<br />
e) excesso <strong>de</strong> monóxi<strong>do</strong> <strong>de</strong> carbono (CO) na chaminé em relação ao limite <strong>de</strong> emissão<br />
estabeleci<strong>do</strong>;<br />
f) mau funcionamento <strong>do</strong>s monitores e registra<strong>do</strong>res <strong>de</strong> oxigênio ou <strong>de</strong> monóxi<strong>do</strong> <strong>de</strong><br />
carbono;<br />
g) interrupção <strong>do</strong> funcionamento <strong>do</strong> Equipamento <strong>de</strong> Controle <strong>de</strong> Poluição (ECP); e<br />
h) queda <strong>de</strong> suprimento <strong>do</strong> ar <strong>de</strong> instrumentação.<br />
Art. 37. O monitoramento e o controle <strong>do</strong>s efluentes gasosos <strong>de</strong>ve incluir, no mínimo:<br />
I - equipamentos que reduzam a emissão <strong>de</strong> poluentes, <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> a garantir o atendimento<br />
aos Limites <strong>de</strong> Emissão fixa<strong>do</strong>s nesta Resolução;<br />
II - disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> acesso ao ponto <strong>de</strong> <strong>de</strong>scarga, que permita a verificação periódica<br />
<strong>do</strong>s limites <strong>de</strong> emissão fixa<strong>do</strong>s nesta Resolução;<br />
III - sistema <strong>de</strong> monitoramento contínuo com registro para teores <strong>de</strong> oxigênio (O ) e 2<br />
<strong>de</strong> monóxi<strong>do</strong> <strong>de</strong> carbono (CO), no mínimo, além <strong>de</strong> outros parâmetros <strong>de</strong>fini<strong>do</strong>s pelo<br />
órgão ambiental competente;<br />
IV - análise bianual das emissões <strong>do</strong>s poluentes orgânicos persistentes e <strong>de</strong> funcionamento<br />
<strong>do</strong>s sistemas <strong>de</strong> intertravamento.<br />
Art. 38. To<strong>do</strong> e qualquer sistema <strong>de</strong> tratamento térmico não <strong>de</strong>ve ultrapassar os seguintes<br />
limites máximos <strong>de</strong> emissão <strong>de</strong> poluentes atmosféricos:<br />
I - material particula<strong>do</strong> (MP) total: setenta miligramas por normal metro cúbico;<br />
II - substâncias inorgânicas na forma particulada, agrupadas em conjunto como:<br />
a) Classe 1: vinte e oito centésimos <strong>de</strong> miligrama por normal metro cúbico incluin<strong>do</strong>:<br />
1. cádmio e seus compostos, medi<strong>do</strong>s como cádmio (Cd);<br />
2. mercúrio e seus compostos, medi<strong>do</strong>s como mercúrio (Hg);<br />
3. tálio e seus compostos, medi<strong>do</strong>s como tálio (Tl);<br />
b) Classe 2: um miligrama e quatro décimos por normal metro cúbico incluin<strong>do</strong>:<br />
1. arsênio e seus compostos, medi<strong>do</strong>s como arsênio (As);<br />
2. cobalto e seus compostos, medi<strong>do</strong>s como cobalto (Co);<br />
3. níquel e seus compostos, medi<strong>do</strong>s como níquel (Ni);<br />
4. telúrio e seus compostos, medi<strong>do</strong>s como telúrio (Te);<br />
5. selênio e seus compostos, medi<strong>do</strong>s como selênio (Se);<br />
c) Classe 3: sete miligramas por normal metro cúbico incluin<strong>do</strong>:<br />
RESOLUÇÕES DO <strong>CONAMA</strong> 675<br />
Gestão <strong>de</strong> Resíduos e Produtos Perigosos
gEStÃO dE RESídUOS E pROdUtOS pERigOSOS – tratamento... <strong>RESOLUÇÃO</strong> <strong>CONAMA</strong> <strong>nº</strong> <strong>316</strong> <strong>de</strong> <strong>2002</strong><br />
1. antimônio e seus compostos, medi<strong>do</strong>s como antimônio (Sb);<br />
2. chumbo e seus compostos, medi<strong>do</strong>s como chumbo (Pb);<br />
3. cromo e seus compostos, medi<strong>do</strong>s como cromo (Cr);<br />
4. cianetos facilmente solúveis, medi<strong>do</strong>s como Cianetos (CN);<br />
5. cobre e seus compostos, medi<strong>do</strong>s como cobre (Cu);<br />
6. estanho e seus compostos, medi<strong>do</strong>s como estanho (Sn);<br />
7. fluoretos facilmente solúveis, medi<strong>do</strong>s como flúor (F);<br />
8. manganês e seus compostos, medi<strong>do</strong>s como manganês (Mn);<br />
9. platina e seus compostos, medi<strong>do</strong>s como platina (Pt);<br />
10. paládio e seus compostos, medi<strong>do</strong>s como paládio (Pd);<br />
11. ródio e seus compostos, medi<strong>do</strong>s como ródio (Rh);<br />
12. vanádio e seus compostos, medi<strong>do</strong>s como vanádio (V).<br />
III. Gases:<br />
1. óxi<strong>do</strong>s <strong>de</strong> enxofre: duzentos e oitenta miligramas por normal metro cúbico, medi<strong>do</strong>s<br />
como dióxi<strong>do</strong> <strong>de</strong> enxofre;<br />
2. óxi<strong>do</strong>s <strong>de</strong> nitrogênio: quinhentos e sessenta miligramas por normal metro cúbico,<br />
medi<strong>do</strong>s como dióxi<strong>do</strong> <strong>de</strong> nitrogênio;<br />
3. monóxi<strong>do</strong> <strong>de</strong> carbono: cem partes por milhão por normal metro cúbico;<br />
4. compostos clora<strong>do</strong>s inorgânicos: oitenta miligramas por normal metro cúbico, até<br />
1,8 kg/h, medi<strong>do</strong>s como cloreto <strong>de</strong> hidrogênio;<br />
5. compostos fluora<strong>do</strong>s inorgânicos: cinco miligramas por normal metro cúbico, medi<strong>do</strong>s<br />
como fluoreto <strong>de</strong> hidrogênio;<br />
6. Dioxinas e Furanos: dibenzo-p-dioxinas e dibenzo-p-furanos, expressos em TEQ<br />
(total <strong>de</strong> toxicida<strong>de</strong> equivalente) da 2,3,7,8 TCDD (tetracloro-dibenzo-para-dioxina): 0,50<br />
ng/Nm 3 ;<br />
§ 1 o Os fatores <strong>de</strong> equivalência <strong>de</strong> toxicida<strong>de</strong> (FTEQ) são aqueles constantes <strong>do</strong> anexo I.<br />
§ 2 o Os parâmetros medi<strong>do</strong>s <strong>de</strong>vem ser corrigi<strong>do</strong>s pelo teor <strong>de</strong> oxigênio, na mistura <strong>de</strong><br />
gases <strong>de</strong> combustão, <strong>do</strong> ponto <strong>de</strong> <strong>de</strong>scarga, para sete por cento em base seca.<br />
§ 3 o O órgão ambiental competente po<strong>de</strong> restringir os limites estabeleci<strong>do</strong>s, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>n<strong>do</strong><br />
das condições <strong>de</strong> localização e <strong>do</strong>s padrões <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> <strong>do</strong> ar da região.<br />
Art. 39. A verificação <strong>do</strong>s Limites Máximos <strong>de</strong> Emissão <strong>de</strong>ve aten<strong>de</strong>r aos procedimentos<br />
previstos nas normas técnicas em vigor, para os seguintes tópicos:<br />
I - <strong>de</strong>terminação <strong>de</strong> pontos <strong>de</strong> amostragem, em dutos e chaminés <strong>de</strong> fontes estacionárias;<br />
II - efluentes gasosos, em dutos e chaminés <strong>de</strong> fontes estacionárias - <strong>de</strong>terminação<br />
da massa molecular - base seca;<br />
III - efluentes gasosos, em dutos e chaminés <strong>de</strong> fontes estacionárias - <strong>de</strong>terminação<br />
da velocida<strong>de</strong> e vazão;<br />
IV - efluentes gasosos, em dutos e chaminés <strong>de</strong> fontes estacionárias - <strong>de</strong>terminação<br />
<strong>de</strong> umida<strong>de</strong>;<br />
V - efluentes gasosos, em dutos e chaminés <strong>de</strong> fontes estacionárias - <strong>de</strong>terminação<br />
<strong>do</strong> material particula<strong>do</strong>;<br />
VI - efluentes gasosos, em dutos e chaminés <strong>de</strong> fontes estacionárias - calibração <strong>do</strong>s<br />
equipamentos utiliza<strong>do</strong>s em amostragem;<br />
VII - efluentes gasosos, em dutos e chaminés <strong>de</strong> fontes estacionárias - <strong>de</strong>terminação<br />
<strong>de</strong> dióxi<strong>do</strong> <strong>de</strong> enxofre, trióxi<strong>do</strong> <strong>de</strong> enxofre e névoas <strong>de</strong> áci<strong>do</strong> sulfúrico.<br />
Art. 40. O lançamento <strong>de</strong> efluentes líqui<strong>do</strong>s em corpos d´água <strong>de</strong>ve aten<strong>de</strong>r os limites<br />
<strong>de</strong> emissão e aos padrões <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> estabeleci<strong>do</strong>s pela legislação, obe<strong>de</strong>cen<strong>do</strong>, também,<br />
os critérios constantes da Resolução <strong>CONAMA</strong> <strong>nº</strong> 20, <strong>de</strong> 18 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1986 149 , e <strong>de</strong>mais<br />
exigências estabelecidas no licenciamento ambiental.<br />
149 Resolução revogada pela Resolução n o 357/05<br />
676 RESOLUÇÕES DO <strong>CONAMA</strong>
gEStÃO dE RESídUOS E pROdUtOS pERigOSOS – tratamento... <strong>RESOLUÇÃO</strong> <strong>CONAMA</strong> <strong>nº</strong> <strong>316</strong> <strong>de</strong> <strong>2002</strong><br />
Art. 41. Os méto<strong>do</strong>s <strong>de</strong> coleta e análise das águas residuárias <strong>de</strong>vem ser os especifica<strong>do</strong>s<br />
nas normas previstas no art. 24 da Resolução <strong>CONAMA</strong> <strong>nº</strong> 20, <strong>de</strong> 18 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong><br />
1986. 150<br />
Art. 42. To<strong>do</strong> e qualquer equipamento ou sistema <strong>de</strong> tratamento térmico <strong>de</strong> resíduos<br />
que produza resíduos sóli<strong>do</strong>s, semi-sóli<strong>do</strong>s ou pastosos pós-tratamento, <strong>de</strong>vem manter<br />
procedimentos <strong>de</strong> registro e controle sistemático <strong>do</strong>s mesmos e aten<strong>de</strong>r as exigências <strong>do</strong><br />
órgão licencia<strong>do</strong>r no que se refere a sua <strong>de</strong>stinação final.<br />
Art. 43. To<strong>do</strong> material não completamente processa<strong>do</strong> <strong>de</strong>verá ser consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong> resíduo<br />
e ser submeti<strong>do</strong> a tratamento térmico.<br />
§ 1 o As cinzas e escórias provenientes <strong>do</strong> processo <strong>de</strong> tratamento térmico, <strong>de</strong>vem ser<br />
consi<strong>de</strong>radas, para fins <strong>de</strong> disposição final, como resíduos Classe I - Perigoso.<br />
§ 2 o O órgão ambiental po<strong>de</strong>rá autorizar a disposição das cinzas e escórias como resíduos<br />
Classe II (não perigoso, não inerte) e Classe III (não perigoso, inerte), se comprovada<br />
sua inertização pelo opera<strong>do</strong>r.<br />
Art. 44. Para as instalações já licenciadas e em funcionamento, o empreen<strong>de</strong><strong>do</strong>r <strong>de</strong>verá<br />
firmar, perante o órgão ambiental competente, Termo <strong>de</strong> Compromisso Ambiental para<br />
a a<strong>de</strong>quação <strong>do</strong>s sistemas às exigências da presente Resolução.<br />
Parágrafo único. Ficará a critério <strong>do</strong> órgão responsável pelo licenciamento, estabelecer<br />
o prazo máximo, limita<strong>do</strong> a três anos, para a a<strong>de</strong>quação <strong>do</strong>s equipamentos ou sistemas<br />
<strong>de</strong> tratamento térmico, já em funcionamento, à presente Resolução.<br />
Art. 45. O sistema <strong>de</strong> tratamento que, na data <strong>de</strong> publicação <strong>de</strong>sta Resolução, estiver<br />
operan<strong>do</strong> sem a <strong>de</strong>vida licença ambiental <strong>de</strong>verá requerer a regularização <strong>de</strong> seu empreendimento,<br />
perante o órgão ambiental competente, no prazo máximo <strong>de</strong> noventa dias.<br />
Art. 46. O não cumprimento ao que dispõe esta Resolução sujeita os infratores as sanções<br />
e penalida<strong>de</strong>s estabelecidas na Lei <strong>nº</strong> 9.605, <strong>de</strong> 12 <strong>de</strong> fevereiro <strong>de</strong> 1998 e no Decreto<br />
<strong>nº</strong> 3.179, <strong>de</strong> 21 <strong>de</strong> setembro <strong>de</strong> 1999, sem prejuízo <strong>de</strong> outras sanções cabíveis.<br />
Art. 47. Esta Resolução entra em vigor na data <strong>de</strong> sua publicação.<br />
JOSÉ CARLOS CARVALHO - Presi<strong>de</strong>nte <strong>do</strong> Conselho<br />
ANEXO I<br />
FATORES DE EqUIVALÊNCIA DE TOXICIDADE-FTEq OU FATORES TÓXICOS<br />
EqUIVALENTES PARA DIOXINAS E FURANOS<br />
DIOXINAS FTEq<br />
mono-, di-, e tri-CDDs (mono-, di- e tri-cloro-dibenzo-p-dioxinas) 0<br />
2,3,7,8 - TCDD (tetracloro-dibenzo-p-dioxina) 1<br />
outros TCDDs (tetracloros-dibenzo-p-dioxinas) 0<br />
1,2,3,7,8 - PeCDD (pentacloro-dibenzo-p-dioxina) 0,5<br />
outros PeCDDs (pentacloros-dibenzo-p-dioxinas) 0<br />
1,2,3,4,7,8 - HxCDD (hexacloro-dibenzo-p-dioxina) 0,1<br />
1,2,3,6,7,8 - HxCDD (hexacloro-dibenzo-p-dioxina) 0,1<br />
1,2,3,7,8,9 - HxCDD (hexacloro-dibenzo-p-dioxina) 0,1<br />
outros HxCDDs (hexacloros-dibenzo-p-dioxinas) 0<br />
150 Resolução revogada pela Resolução n o 357/05<br />
RESOLUÇÕES DO <strong>CONAMA</strong> 677<br />
Gestão <strong>de</strong> Resíduos e Produtos Perigosos
gEStÃO dE RESídUOS E pROdUtOS pERigOSOS – tratamento... <strong>RESOLUÇÃO</strong> <strong>CONAMA</strong> <strong>nº</strong> <strong>316</strong> <strong>de</strong> <strong>2002</strong><br />
1,2,3,4,6,7,8 - HpCDD (heptacloro-dibenzo-p-dioxina) 0,01<br />
outros HpCDDs (heptacloros-dibenzo-p-dioxinas) 0<br />
OCDD (octacloro-dibenzo-p-dioxina) 0,001<br />
678 RESOLUÇÕES DO <strong>CONAMA</strong><br />
FURANOS FTEq<br />
Mono-, di-, tri-CDFs (mono-, di- e tri-cloros-dibenzofuranos) 0<br />
2,3,7,8 - TCDF (tetracloro-dibenzofurano) 0,1<br />
outros TCDFs (tetracloros-dibenzofuranos) 0<br />
1,2,3,7,8 - PeCDF (pentacloro-dibenzofurano) 0,05<br />
2,3,4,7,8 - PeCDF (pentacloro-dibenzofurano) 0,5<br />
outros PeCDDs (pentacloros-dibenzofuranos) 0<br />
1,2,3,4,7,8 - HxCDF (hexacloro-dibenzofurano) 0,1<br />
1,2,3,6,7,8 - HxCDF (hexacloro-dibenzofurano) 0,1<br />
1,2,3,7,8,9 - HxCDF (hexacloro-dibenzofurano) 0,1<br />
2,3,4,6,7,8 - HxCDF (hexacloro-dibenzofurano) 0,1<br />
outros HxCDFs (hexacloros-dibenzofuranos) 0<br />
1,2,3,4,6,7,8 - HpCDF (heptacloro-dibenzofurano) 0,01<br />
1,2,3,4,7,8,9 - HpCDF (heptacloro-dibenzofurano) 0,01<br />
outros HpCDFs (heptacloros-dibenzofuranos) 0<br />
OCDF (octacloro-dibenzofurano) 0,001<br />
ANEXO II<br />
PLANO DO TESTE DE qUEIMA<br />
Art. 1 o O Plano <strong>do</strong> Teste <strong>de</strong> Queima (PTQ) <strong>de</strong>verá contemplar os da<strong>do</strong>s, os cálculos e<br />
os procedimentos relaciona<strong>do</strong>s com as operações <strong>de</strong> incineração propostas para o resíduo<br />
ou material a ser submeti<strong>do</strong> a tratamento térmico.<br />
Art. 2 o Devem constar no conteú<strong>do</strong> <strong>do</strong> Plano os seguintes itens:<br />
I - objetivo <strong>do</strong> teste;<br />
II - fluxogramas <strong>do</strong> processo, com indicação <strong>do</strong>s pontos <strong>de</strong> alimentação, <strong>de</strong>scrição e<br />
capacida<strong>de</strong> <strong>do</strong>s sistemas <strong>de</strong> alimentação (ar, água, combustível auxiliar e resíduo), bem<br />
como o perfil <strong>de</strong> temperaturas <strong>do</strong> sistema;<br />
III - <strong>de</strong>scrição <strong>do</strong>s equipamentos <strong>do</strong> sistema <strong>de</strong> queima:<br />
a) nome <strong>do</strong> fabricante;<br />
b) tipos e <strong>de</strong>scrição sucinta <strong>do</strong>s componentes <strong>do</strong> sistema;<br />
c) capacida<strong>de</strong> máxima <strong>de</strong> projeto e capacida<strong>de</strong> nominal;<br />
IV - <strong>de</strong>scrição <strong>de</strong> cada corrente <strong>de</strong> alimentação:<br />
a) resíduos:<br />
1 - origem, quantida<strong>de</strong> estocada;<br />
2 - po<strong>de</strong>r calorífico superior, composição provável, composição elementar e i<strong>de</strong>ntificação e<br />
quantificação das substâncias eventualmente presentes, avaliadas com base no processo gera<strong>do</strong>r<br />
<strong>do</strong> resíduo, e que constem das listagens constantes <strong>do</strong> anexo I da presente Resolução;<br />
3 - taxa <strong>de</strong> alimentação pretendida;<br />
4 - taxa <strong>de</strong> metais e teores <strong>de</strong> cloro total/cloreto, fluoretos, enxofre, cinzas e umida<strong>de</strong>;<br />
5 - seleção <strong>do</strong>s Principais Compostos Orgânicos Perigosos-PCOPs;<br />
6 - <strong>de</strong>scrição <strong>do</strong>s procedimentos <strong>de</strong> pré-mistura <strong>de</strong> resíduos, quan<strong>do</strong> aplicável.<br />
b) combustíveis:<br />
1 - tipo;<br />
2 - po<strong>de</strong>r calorífico superior-PCS;<br />
3 - teores <strong>de</strong> enxofre, cinzas e umida<strong>de</strong>; e
gEStÃO dE RESídUOS E pROdUtOS pERigOSOS – tratamento... <strong>RESOLUÇÃO</strong> <strong>CONAMA</strong> <strong>nº</strong> <strong>316</strong> <strong>de</strong> <strong>2002</strong><br />
4 - vazão.<br />
c) ar primário e ar secundário:<br />
1 - vazão;<br />
2 - temperatura;<br />
d) água ou vapor <strong>de</strong> processo:<br />
1 - vazão;<br />
2 - temperatura;<br />
V - condições operacionais propostas para o teste <strong>de</strong> queima, incluin<strong>do</strong> tempo <strong>de</strong><br />
residência para gases e sóli<strong>do</strong>s, com memórias <strong>de</strong> cálculo;<br />
VI - <strong>de</strong>scrição <strong>do</strong> sistema <strong>de</strong> controle <strong>de</strong> emissões atmosféricas, seus equipamentos e<br />
suas condições operacionais;<br />
VII - <strong>de</strong>scrição <strong>do</strong> <strong>de</strong>stino final <strong>do</strong>s resíduos gera<strong>do</strong>s no sistema <strong>de</strong> controle <strong>de</strong> emissões<br />
atmosféricas. No caso <strong>de</strong> existirem etapas <strong>de</strong> tratamento <strong>de</strong>ste sistema, que gerem<br />
efluentes líqui<strong>do</strong>s, <strong>de</strong>screver seus equipamentos e operações, seus parâmetros e condições<br />
operacionais, e sua proposta <strong>de</strong> monitoramento para sistemas <strong>de</strong> tratamento <strong>de</strong>stes<br />
efluentes. O mesmo se aplica para os efluentes líqui<strong>do</strong>s gera<strong>do</strong>s em operações <strong>de</strong> limpeza<br />
<strong>de</strong> pisos e equipamentos, bem como as águas pluviais contaminadas;<br />
VIII - <strong>de</strong>scrição <strong>do</strong> sistema <strong>de</strong> amostragem e caracterização das cinzas e escórias geradas<br />
durante a incineração;<br />
IX - <strong>de</strong>scrição e croquis <strong>de</strong> localização <strong>de</strong> to<strong>do</strong>s os pontos <strong>de</strong> medição e <strong>de</strong> coleta <strong>de</strong><br />
amostras, para monitoramento da unida<strong>de</strong> e <strong>do</strong>s sistemas <strong>de</strong> controle <strong>de</strong> emissões, e<br />
<strong>de</strong>scrição <strong>do</strong>s sistemas <strong>de</strong> gerenciamento <strong>de</strong>stes da<strong>do</strong>s;<br />
X - lista <strong>de</strong> parâmetros a serem monitora<strong>do</strong>s, nos equipamentos <strong>de</strong> incineração e nos<br />
sistemas <strong>de</strong> tratamento <strong>do</strong>s gases provenientes da incineração, relacionan<strong>do</strong> equipamentos<br />
utiliza<strong>do</strong>s no monitoramento;<br />
XI - lista <strong>de</strong> parâmetros a serem monitora<strong>do</strong>s, em todas as etapas <strong>de</strong> controle das<br />
emissões, incluin<strong>do</strong>, entre outros, meto<strong>do</strong>logias e equipamentos <strong>de</strong> coleta e análises,<br />
limites <strong>de</strong> <strong>de</strong>tecção <strong>do</strong>s méto<strong>do</strong>s <strong>de</strong> análise laboratorial, freqüências <strong>de</strong> coletas <strong>de</strong><br />
da<strong>do</strong>s <strong>de</strong> amostragem e <strong>de</strong> medições para: combustíveis, matérias-primas, resíduos e<br />
correntes <strong>de</strong> <strong>de</strong>scarte, como material particula<strong>do</strong>, resíduos sóli<strong>do</strong>s gera<strong>do</strong>s, efluentes<br />
gasosos e efluentes líqui<strong>do</strong>s;<br />
XII - <strong>de</strong>scrição <strong>do</strong> sistema <strong>de</strong> intertravamento, das condições em que ocorrem a interrupção<br />
e a retomada da alimentação <strong>do</strong>s resíduos;<br />
XIII - estimativa da taxa máxima teórica <strong>de</strong> alimentação <strong>do</strong>s resíduos, com base no<br />
balanço <strong>de</strong> massa, respeitan<strong>do</strong> os limites <strong>de</strong> emissão estabeleci<strong>do</strong>s nesta Resolução;<br />
XIV - estimativa <strong>do</strong>s níveis <strong>de</strong> emissão, resultantes da a<strong>do</strong>ção da taxa <strong>de</strong> alimentação<br />
pretendida, com base no balanço <strong>de</strong> massa, contemplan<strong>do</strong> os da<strong>do</strong>s <strong>de</strong> entrada (ar,<br />
água, combustível e resíduos) e <strong>de</strong> saída (cinzas, efluentes líqui<strong>do</strong>s, gases da exaustão,<br />
material particula<strong>do</strong> reti<strong>do</strong> no ECP, particula<strong>do</strong> nos gases emiti<strong>do</strong>s para atmosfera, entre<br />
outros);<br />
XV - cronograma operacional;<br />
XVI - i<strong>de</strong>ntificação <strong>do</strong>s técnicos envolvi<strong>do</strong>s no teste, incluin<strong>do</strong> responsabilida<strong>de</strong>s e<br />
qualificações. To<strong>do</strong>s os <strong>do</strong>cumentos apresenta<strong>do</strong>s <strong>de</strong>verão ser <strong>de</strong>vidamente assina<strong>do</strong>s por<br />
profissional habilita<strong>do</strong>, e registra<strong>do</strong> no conselho profissional competente;<br />
XVII - seqüência <strong>do</strong> licenciamento, após a aprovação <strong>do</strong> Plano <strong>do</strong> Teste <strong>de</strong> Queima.<br />
Parágrafo único. Para a alimentação <strong>de</strong> resíduos em regime intermitente, em latões,<br />
bombonas, pacotes, ou sem fragmentação prévia <strong>de</strong> quantida<strong>de</strong>s maiores, o volume <strong>de</strong><br />
cada batelada e a freqüência <strong>de</strong> suas alimentações <strong>de</strong>verão ser estabeleci<strong>do</strong>s <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> a<br />
garantir que a rápida volatilização <strong>do</strong>s compostos introduzi<strong>do</strong>s no sistema, não promova<br />
reduções das concentrações <strong>de</strong> oxigênio (O 2 ), abaixo das quais seja comprometida a<br />
eficiência <strong>do</strong> processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>struição térmica <strong>de</strong>stes compostos.<br />
Art. 2 o O empreen<strong>de</strong><strong>do</strong>r fixará a data para o Teste <strong>de</strong> Queima, em comum acor<strong>do</strong> com<br />
o órgão ambiental, que acompanhará todas as operações <strong>do</strong> teste, bem como o controle<br />
e inspeção para a liberação <strong>do</strong>s lotes <strong>de</strong> resíduos e o seu transporte.<br />
RESOLUÇÕES DO <strong>CONAMA</strong> 679<br />
Gestão <strong>de</strong> Resíduos e Produtos Perigosos
gEStÃO dE RESídUOS E pROdUtOS pERigOSOS – tratamento... <strong>RESOLUÇÃO</strong> <strong>CONAMA</strong> <strong>nº</strong> <strong>316</strong> <strong>de</strong> <strong>2002</strong><br />
§ 1 o Po<strong>de</strong>rá ser prevista a realização <strong>de</strong> um “pré-teste <strong>de</strong> queima”, que <strong>de</strong>verá ser<br />
programa<strong>do</strong> junto ao órgão ambiental, a fim <strong>de</strong> que sejam feitos os ajustes necessários<br />
referentes às condições <strong>de</strong> alimentação <strong>do</strong>s resíduos a serem testa<strong>do</strong>s, bem como propiciar,<br />
aos profissionais envolvi<strong>do</strong>s com a ativida<strong>de</strong>, o correto ajuste para o Plano <strong>do</strong> Teste<br />
<strong>de</strong> Queima.<br />
§ 2 o Ao término <strong>do</strong> perío<strong>do</strong> solicita<strong>do</strong> para o pré-teste, o órgão ambiental <strong>de</strong>verá ser<br />
comunica<strong>do</strong> quanto a eventuais alterações no Plano <strong>de</strong> Teste <strong>de</strong> Queima.<br />
Art.3 o Os resíduos não po<strong>de</strong>rão ser altera<strong>do</strong>s por acréscimo ou substituí<strong>do</strong>s por qualquer<br />
outro tipo <strong>de</strong> resíduo que contenha contaminantes diferentes <strong>do</strong>s previamente<br />
aprova<strong>do</strong>s.<br />
Parágrafo único. Na hipótese <strong>de</strong> ocorrerem alterações, novo Plano <strong>de</strong> Teste <strong>de</strong> Queima<br />
<strong>de</strong>verá ser elabora<strong>do</strong>.<br />
680 RESOLUÇÕES DO <strong>CONAMA</strong><br />
ANEXO III<br />
PLANO DE CONTINGÊNCIA<br />
Art. 1 o É obrigatória a elaboração <strong>de</strong> Plano <strong>de</strong> Contingência, visan<strong>do</strong> i<strong>de</strong>ntificar as respostas<br />
para um conjunto <strong>de</strong> situações <strong>de</strong> emergência, previamente i<strong>de</strong>ntificadas, atribuin<strong>do</strong> tarefas<br />
pessoais, equipamentos a serem utiliza<strong>do</strong>s e planos <strong>de</strong> evacuação, caso necessário.<br />
Parágrafo único. O Plano será implementa<strong>do</strong> sempre que houver a ocorrência <strong>de</strong> fogo,<br />
explosão ou liberação <strong>de</strong> emissões perigosas, que possam causar impacto à saú<strong>de</strong> e/ou<br />
o meio ambiente.<br />
Art. 2 o O Plano <strong>de</strong> Contingência <strong>de</strong>verá ter um coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>r a quem competirá a apresentação<br />
<strong>de</strong> relatório das ocorrências ao órgão ambiental competente.<br />
Art. 3 o O Plano <strong>de</strong> Contingência <strong>de</strong>verá contemplar, no mínimo, os seguintes tópicos:<br />
I - sistemas <strong>de</strong> comunicação;<br />
II - sistemas <strong>de</strong> alarme interno;<br />
III - plano <strong>de</strong> auxílio mútuo;<br />
IV - equipamentos <strong>de</strong> controle <strong>de</strong> fogo e vazamentos;<br />
V - equipamentos e procedimentos <strong>de</strong> <strong>de</strong>scontaminação;<br />
VI - procedimentos <strong>de</strong> testes e manutenção <strong>de</strong> equipamentos <strong>de</strong> proteção;<br />
VII - plano <strong>de</strong> manutenção, incluin<strong>do</strong> paralização da unida<strong>de</strong> e disposição <strong>do</strong>s resíduos;<br />
VIII - plano <strong>de</strong> remoção <strong>de</strong> feri<strong>do</strong>s;<br />
IX - plano <strong>de</strong> treinamento e simulação;<br />
X - <strong>de</strong>scrição <strong>do</strong>s procedimentos <strong>de</strong> recepção, estocagem, manuseio e disposição <strong>do</strong>s<br />
resíduos;<br />
XI - <strong>de</strong>scrição <strong>do</strong>s procedimentos e equipamentos <strong>de</strong> segurança;<br />
XII - <strong>de</strong>scrição das precauções para prevenção <strong>de</strong> ignição aci<strong>de</strong>ntal ou reações <strong>de</strong><br />
resíduos inflamáveis, reativos ou incompatíveis;<br />
XIII - <strong>de</strong>scrição <strong>do</strong> transporte interno <strong>de</strong> resíduos, inclusive com indicação em planta<br />
das vias <strong>de</strong> tráfego interno.<br />
Art. 4 o To<strong>do</strong> equipamento <strong>de</strong>verá dispor <strong>de</strong> mecanismos <strong>de</strong> intertravamento, diante<br />
das seguintes ocorrências:<br />
I - baixa temperatura <strong>de</strong> combustão;<br />
II - falta <strong>de</strong> indicação <strong>de</strong> chama;<br />
III - falta <strong>de</strong> energia elétrica ou queda brusca <strong>de</strong> tensão;<br />
IV - baixa concentração <strong>de</strong> oxigênio na câmara pós-combustão ou na chaminé;<br />
V - <strong>de</strong>tecção <strong>de</strong> valores <strong>de</strong> monóxi<strong>do</strong> <strong>de</strong> carbono (CO) entre cem e quinhentas partes<br />
por milhão por mais <strong>de</strong> <strong>de</strong>z minutos corri<strong>do</strong>s;
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VI - mau funcionamento <strong>do</strong>s monitores e registra<strong>do</strong>res <strong>de</strong> oxigênio ou <strong>de</strong> monóxi<strong>do</strong><br />
<strong>de</strong> carbono;<br />
VII - interrupção ou parada <strong>do</strong> funcionamento <strong>do</strong> equipamento <strong>de</strong> controle <strong>de</strong> poluição;<br />
VIII - queda <strong>de</strong> suprimento <strong>do</strong> ar <strong>de</strong> instrumentação;<br />
IX - parada <strong>do</strong> ventila<strong>do</strong>r ou exaustor;<br />
X - sobre pressão positiva na câmara <strong>de</strong> combustão.<br />
ANEXO IV<br />
PLANO DE EMERGÊNCIA<br />
Art. 1 o O Plano <strong>de</strong> Emergência é obrigatório e <strong>de</strong>verá conter, no mínimo, os procedimentos<br />
a serem a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong>s nos seguintes casos:<br />
I - incêndio na estocagem <strong>de</strong> resíduos;<br />
II - riscos nas operações <strong>de</strong> <strong>de</strong>scarregamento;<br />
III - vazamentos das áreas <strong>de</strong> estocagem e manuseio <strong>de</strong> resíduos perigosos para o meio<br />
ambiente, ou para se prevenir contra enchentes;<br />
IV - falhas no equipamento e interrupção <strong>de</strong> fornecimento <strong>de</strong> energia elétrica;<br />
V - exposição in<strong>de</strong>vida <strong>de</strong> pessoas aos resíduos;<br />
VI - liberação <strong>de</strong> gases para o ambiente.<br />
Art. 2 o O responsável, por to<strong>do</strong> e qualquer equipamento ou sistema <strong>de</strong> tratamento<br />
térmico <strong>de</strong> resíduos, <strong>de</strong>ve comunicar ao órgão licencia<strong>do</strong>r, <strong>de</strong> imediato, a ocorrência <strong>de</strong><br />
qualquer aci<strong>de</strong>nte.<br />
§ 1 o Deverá ser envia<strong>do</strong>, ao órgão ambiental, relatório <strong>de</strong>stacan<strong>do</strong> causas, avaliação<br />
das conseqüências e medidas a<strong>do</strong>tadas, em prazo a ser fixa<strong>do</strong> na Licença <strong>de</strong> Operação.<br />
§ 2 o As tecnologias que exigirem a instalação <strong>de</strong> chaminé <strong>de</strong> emergência, <strong>de</strong>vem dispor<br />
<strong>de</strong> sensor <strong>de</strong> abertura e registro automático <strong>do</strong> dispositivo, com registro <strong>do</strong>s da<strong>do</strong>s<br />
relativos às causas e tempo <strong>de</strong> abertura.<br />
§ 3 o A falta <strong>de</strong> informação ao órgão ambiental sujeitará o infrator às penalida<strong>de</strong>s estabelecidas<br />
na legislação em vigor.<br />
ANEXO V<br />
PLANO DE DESATIVAÇÃO<br />
Art. 1 o O encerramento das ativida<strong>de</strong>s <strong>do</strong>s sistemas <strong>de</strong> tratamento térmico <strong>de</strong>verá<br />
ser precedi<strong>do</strong> da apresentação <strong>de</strong> Plano <strong>de</strong> Desativação, que conterá, no mínimo, os<br />
seguintes tópicos:<br />
I - <strong>de</strong>scrição <strong>de</strong> como e quan<strong>do</strong> a unida<strong>de</strong> será parcialmente ou completamente<br />
<strong>de</strong>scontinuada;<br />
II - diagnóstico ambiental da área;<br />
III - inventário <strong>do</strong>s resíduos estoca<strong>do</strong>s;<br />
IV - <strong>de</strong>scrição <strong>do</strong>s procedimentos <strong>de</strong> <strong>de</strong>scontaminação das instalações;<br />
V - <strong>de</strong>stinação <strong>do</strong>s resíduos estoca<strong>do</strong>s e <strong>do</strong>s materiais e equipamentos contamina<strong>do</strong>s;<br />
VI - cronograma <strong>de</strong> <strong>de</strong>sativação.<br />
Art. 2 o O Plano <strong>de</strong> Desativação <strong>de</strong>verá ser apresenta<strong>do</strong> pelo empreen<strong>de</strong><strong>do</strong>r e elabora<strong>do</strong><br />
por profissional habilita<strong>do</strong> e submeti<strong>do</strong> à aprovação prévia <strong>do</strong> órgão ambiental<br />
competente.<br />
Parágrafo único. Qualquer alteração no Plano <strong>de</strong> Desativação <strong>de</strong>verá ser autorizada<br />
pelo órgão ambiental.<br />
RESOLUÇÕES DO <strong>CONAMA</strong> 681<br />
Gestão <strong>de</strong> Resíduos e Produtos Perigosos
gEStÃO dE RESídUOS E pROdUtOS pERigOSOS – tratamento... <strong>RESOLUÇÃO</strong> <strong>CONAMA</strong> <strong>nº</strong> <strong>316</strong> <strong>de</strong> <strong>2002</strong><br />
Art. 3 o Deverão ser estabeleci<strong>do</strong>s pelo órgão ambiental competente, quan<strong>do</strong> couber,<br />
no âmbito <strong>do</strong> Plano <strong>de</strong> Desativação, procedimentos <strong>de</strong> pós-<strong>de</strong>sativação.<br />
Art. 4 o Após a conclusão das ativida<strong>de</strong>s propostas, o proprietário <strong>do</strong> sistema <strong>de</strong> tratamento<br />
térmico <strong>de</strong>verá submeter, ao órgão ambiental, um relatório final.<br />
Este texto não substitui o publica<strong>do</strong> no dOU, <strong>de</strong> 20 <strong>de</strong> novembro <strong>de</strong> <strong>2002</strong>.<br />
682 RESOLUÇÕES DO <strong>CONAMA</strong>