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BOLETINS TÉCNICOS PUBLICADOS - Publicações - USP

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TAB. 3: ÁREA ÚTIL DE ESCRITÓRIOS (m2) ATENDIDA POR<br />

1 VAGA DE ESTACIONAMENTO<br />

REGIÃO DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO ÁREA<br />

CENTRO HISTÓRICO 575,4<br />

AV. FARIA LIMA 64,4<br />

AV. BERRINI (fora da área de estudo) 44,4<br />

AV. MARGINAL PINHEIROS 38,4<br />

Fonte: EMPLASA, 2000 s/p<br />

A valorização dos terrenos provoca também a expulsão dos<br />

usos residenciais e a ocupação do território por novos usos<br />

(SOMEKH, N. 1989 p.80). Podemos observar através dos<br />

mapas de Souza que a valorização dos imóveis coincide com<br />

as áreas de maior transformação de uso do solo (SOUZA, M.<br />

1994).<br />

VALOR VENAL 1938/ TOTAL POR SETOR FISCAL/ (em mil réis)<br />

44,00 - 226,00<br />

30,00 - 44,00<br />

20,00 - 30,00<br />

13,00 - 20,00<br />

ABAIXO DE 13,00 OU ÁREA NÃO URBANIZADA<br />

FONTE: SOUZA, M. 1994<br />

Fig. 16: valor venal 1938<br />

VALOR VENAL 1966 / TOTAL POR SETOR FISCAL/ (em cruzeiros)<br />

600$000 - 1100$000<br />

200$000 - 600$000<br />

60$000 - 200$000<br />

50$000 - 60$000<br />

ABAIXO DE 50$000 OU ÁREA NÃO URBANIZADA<br />

FONTE: SOUZA, M. 1994<br />

Fig. 17 : valor venal 1966<br />

VALOR VENAL 1987 / TOTAL POR SETOR FISCAL/ (em cruzados)<br />

1000,00 - 3000,00<br />

500,00 - 1000,00<br />

300,00 - 500,00<br />

200,00 - 300,00<br />

ABAIXO DE 200,OO OU ÁREA NÃO URBANIZADA<br />

FONTE: SOUZA, M. 1994<br />

Fig.18: valor venal 1987<br />

A existência de legislação estritamente residencial em alguns<br />

bairros de elite também chegou a ser apontada por alguns<br />

autores como um fator de desenvolvimento das áreas<br />

comerciais em áreas próximas e não protegidas por<br />

legislação, pois ao impedir a localização até mesmo do<br />

comércio local, essa legislação provocou um deslocamento<br />

da demanda, normalmente de poder aquisitivo alto (uma vez<br />

que a legislação estritamente residencial quase sempre foi<br />

instalada em bairros de elite ou classe média)(MENDES, R.<br />

1958 p.303); (REALE, E. 1982 p.138). Ao analisarmos os<br />

mapas de legislação e uso do solo podemos ver que há uma<br />

proximidade de usos comerciais/serviços dos bairros de elite<br />

protegidos por legislação.<br />

É importante observar também o grande e rápido crescimento<br />

dos subcentros comerciais de elite, em parte justificado pela<br />

maior capacidade de consumo das classes de renda mais<br />

alta. Esses subcentros têm uma capacidade muito maior de<br />

atrair atividades complexas de administração (públicas ou<br />

privadas, como sedes de empresas, consulados e<br />

representações comerciais estrangeiras, sedes de bancos,<br />

associações profissionais e empresarias, etc.) do que os<br />

subcentros populares (VILLAÇA, F. 1998 p.34); (HOYT apud<br />

ZMITROWICZ, W. 1979 p.53); (AMATO; HOYT apud<br />

SÓCRATES, J. 1983 p.65).<br />

O grande fator condicionante da verticalização residencial foi<br />

também a existência da demanda. O crescimento da classe<br />

média, já analisado nos parágrafos anteriores, criou uma<br />

demanda por habitação ávida por uma localização privilegiada<br />

em relação às classes populares e com poder aquisitivo<br />

suficiente para comprar essa localização. Ao analisarmos os<br />

mapas síntese dos dados podemos verificar que a<br />

verticalização residencial ocorreu prioritariamente nos bairros<br />

próximos ou de fácil acesso a determinados pontos em cada<br />

período histórico, normalmente aqueles considerados mais<br />

importantes. É possível observar que o uso residencial vertical<br />

ocorreu primeiramente nos bairros próximos ao centro<br />

histórico (Higienópolis, Paulista, Bela Vista, Liberdade, Santa<br />

Cecília, etc.), ainda antes da década de 50, quando este era o<br />

principal ponto de interesse da cidade, o local com maior<br />

número de empregos, principalmente de classe média, o local<br />

onde se instalavam o comércio de elite, órgãos públicos,<br />

sedes de bancos e empresas. Após os anos 70, com o<br />

6

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