Corredor de Biodiversidade do Amapá: Desenvolvimento ...
Corredor de Biodiversidade do Amapá: Desenvolvimento ...
Corredor de Biodiversidade do Amapá: Desenvolvimento ...
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
CORREDOR DE BIODIVERSIDADE DO AMAPÁ:<br />
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL LOCAL OU CONFLITO DE<br />
AÇÕES SOCIAIS E AMBIENTAIS EM ÁREA DE FRONTEIRA? 1<br />
CORRIDOR OF BIODIVERSITY IN THE STATE OF AMAPA: LOCAL<br />
SUSTAINABLE DEVELOPMENT OR CONFLICT OF SOCIAL AND<br />
ENVIRONMENTAL ACTIONS IN A FRONTIER AREA?<br />
Alandy Patrícia <strong>do</strong> Socorro Cavalcante Simas<br />
Doutoranda em <strong>Desenvolvimento</strong> Sustentável <strong>do</strong> Trópico Úmi<strong>do</strong> –UFPA/NAEA<br />
Mestra em <strong>Desenvolvimento</strong> Sustentável – UnB/CDS<br />
Geógrafa - Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Ceará-UFC<br />
Bolsista <strong>de</strong> Pesquisa - UnB e Professora Universitária da Faculda<strong>de</strong> <strong>do</strong> <strong>Amapá</strong> - FAMAP/AP<br />
E-mail: alandysimas@gmail.com<br />
alandy@famap.edu.br<br />
ABSTRACT<br />
The conception of this proposal is based on the evolution of concepts about a<br />
corri<strong>do</strong>r of biodiversity in the state of Amapa, Brazil, and has a wi<strong>de</strong>r background in<br />
an international frontier, specifically the French Guyana. This i<strong>de</strong>ia has a <strong>de</strong>ep<br />
perception on the social and environmental practices about the environment of a<br />
conservationist nature in close relation with the main social actors and the<br />
importance of elements of innovation with the sustainable <strong>de</strong>velopment in the Amapa<br />
state, as: to i<strong>de</strong>ntify the factors of integration and environmental, social and economic<br />
sustainability regarding the ones involved in the process; to contribute to the<br />
environment conservation and its inter relationship with the human and economic<br />
<strong>de</strong>velopment, in a way to agregate new concepts to the biodiversity conservation;<br />
and to create opportunity to the society of the northern region to come out with their<br />
<strong>de</strong>sire and expectations. In the sequency, it is also aimed to subsidies the <strong>de</strong>cision<br />
making processes in the government spheres, in a way to guarantee the proposition<br />
and the implementation of the public policies.<br />
KEYWORDS: Biodiversity corri<strong>do</strong>rs; sustainable <strong>de</strong>velopment; environment<br />
conservation and management; public policies; Amapa/Brazil-French Guyane.<br />
1 Apoio: Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Brasília – Departamento <strong>de</strong> Engenharia Mecânica. Financiamento:<br />
Fundação <strong>de</strong> Empreendimentos Científicos e Tecnológicos – FINATEC e Faculda<strong>de</strong> <strong>do</strong> <strong>Amapá</strong> –<br />
FAMAP.<br />
1
RESUMO<br />
A concepção <strong>de</strong>sse projeto baseia-se na evolução conceitual <strong>do</strong>s corre<strong>do</strong>res <strong>de</strong><br />
biodiversida<strong>de</strong> no esta<strong>do</strong> <strong>Amapá</strong> que tem como cenário <strong>de</strong> pano <strong>de</strong> fun<strong>do</strong> a fronteira<br />
com a Guiana Francesa. Essa idéia tem uma aguçada percepção para as práticas<br />
sócio-ambientais voltadas para o meio ambiente com bases conservacionistas<br />
envolven<strong>do</strong> os principais atores sociais, dan<strong>do</strong> importância a elementos inova<strong>do</strong>res<br />
<strong>do</strong> processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento sustentável para o esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> <strong>Amapá</strong>, tais como:<br />
i<strong>de</strong>ntificar os fatores <strong>de</strong> integração e sustentabilida<strong>de</strong> social, ambiental e econômica<br />
para os envolvi<strong>do</strong>s no processo; espera-se contribuir para com a conservação<br />
ambiental e sua inter-relação com o <strong>de</strong>senvolvimento econômico e o humano, <strong>de</strong><br />
mo<strong>do</strong> a agregar conceitos novos à conservação da biodiversida<strong>de</strong>, a proporcionar à<br />
socieda<strong>de</strong> da região norte oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> externar <strong>de</strong>sejos e expectativas. Na<br />
seqüência, também subsidiar tomadas <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões em esferas governamentais,<br />
para interagir com as proposições e implementações <strong>de</strong> políticas públicas.<br />
PALAVRAS-CHAVE: <strong>Corre<strong>do</strong>r</strong> <strong>de</strong> Biodiversida<strong>de</strong>, <strong>Desenvolvimento</strong> sustentável,<br />
Conservação e gestão ambiental, Políticas públicas, <strong>Amapá</strong>/Brasil-Guiana Francesa.<br />
1 INTRODUÇÃO<br />
Esse artigo foi pensa<strong>do</strong> e elabora<strong>do</strong> na concepção das bases da dinâmica <strong>de</strong><br />
informação sobre a atual proposta <strong>Corre<strong>do</strong>r</strong> <strong>de</strong> Biodiversida<strong>de</strong> <strong>do</strong> <strong>Amapá</strong> para<br />
esclarecer como se insere nessa idéia <strong>do</strong> corre<strong>do</strong>r o <strong>de</strong>senvolvimento sustentável<br />
local e como emergem os conflitos sociais em áreas <strong>de</strong> fronteiras para que<br />
possamos também propor possíveis alternativas para a socieda<strong>de</strong>. Será aborda<strong>do</strong><br />
também os caminhos conturba<strong>do</strong>s que muitas vezes se direcionam quan<strong>do</strong> se<br />
escreve algo impru<strong>de</strong>nte ou <strong>de</strong>sconexo com as realida<strong>de</strong>s <strong>do</strong> senso comum.<br />
Ao dar esse encaminhamento para o assunto a ser aborda<strong>do</strong>, a partir <strong>de</strong><br />
agora, esperamos que o leitor entenda as linhas <strong>de</strong> raciocínio traçadas com a<br />
integração <strong>de</strong> outros saberes <strong>de</strong> diversos autores que fazem o discurso paralelo as<br />
idéias referentes a proposta inicial e ampliada para o <strong>de</strong>senvolvimento sustentável<br />
2
social, econômico, participativo apoian<strong>do</strong>-se sempre nas bases <strong>de</strong> uso múltiplo<br />
conservacionista.<br />
De acor<strong>do</strong> com (BRASIL JUNIOR, 2004, p.03):<br />
(...) Ao longo <strong>do</strong>s últimos anos, iniciativas institucionais <strong>de</strong> fomento<br />
ao <strong>de</strong>senvolvimento sustentável <strong>de</strong> base local vem sen<strong>do</strong><br />
incentivadas e implementadas no Brasil. Tais iniciativas merecem<br />
particular atenção <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> ao foco específico sobre ações que<br />
contribuem para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> comunida<strong>de</strong>s ou <strong>de</strong><br />
municípios, e também <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> ao fato que elas vêm sen<strong>do</strong><br />
implementadas a partir <strong>de</strong> uma articulação institucional bastante<br />
interessante, que envolve uma re<strong>de</strong> formada tanto por órgãos<br />
governamentais, por atores locais e governos e ainda por agentes<br />
<strong>de</strong> financiamento.<br />
Por certo se tomássemos a premissa básica que as articulações <strong>de</strong>vem ser<br />
retomadas e refeitas <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> um patamar <strong>de</strong> realida<strong>de</strong>s locais agregan<strong>do</strong> o saber<br />
das pessoas que moram a décadas <strong>de</strong>ntro das áreas propostas <strong>de</strong> estu<strong>do</strong>s e<br />
projetos, por certo não se pecaria nas estruturas <strong>de</strong> planejamento e muito menos<br />
nas informações e comunicações as avessas que muitas vezes falham e causam<br />
danos irreversíveis.<br />
A falta <strong>de</strong> compreensão por parte da comunida<strong>de</strong> local se dá porque a<br />
comunicação e o po<strong>de</strong>r da informação não cumpriu seu papel fundamental <strong>de</strong>ntro<br />
das políticas públicas.Questões assim causam prejuízos a ambas as partes<br />
(comunida<strong>de</strong>s e instituições governamentais e não governamentais) quan<strong>do</strong> iniciam<br />
processo <strong>de</strong> construção <strong>do</strong> saber teórico, prático e integra<strong>do</strong> ao saber científico e<br />
tradicional. Os conflitos entram em ação a partir <strong>do</strong> momento que envolve a re<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
cooperação e exige <strong>de</strong> to<strong>do</strong>s os integrantes <strong>do</strong> processo <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s que as ações<br />
voltadas para o <strong>de</strong>senvolvimento sustentável local <strong>de</strong> fato mereça reconhecimento e<br />
creditação <strong>de</strong> to<strong>do</strong>s que interagem mutuamente com as bases e concepções <strong>de</strong><br />
crescimento e avanço da percepção social conflituosa em como isso po<strong>de</strong> mudar<br />
quan<strong>do</strong> é esclarecida e transparente para to<strong>do</strong>s.<br />
Conforme explicita (WEBER, 1977, p.22), referente às questões da ação e<br />
relação social aborda sobre as características e implicações da ação social que<br />
3
ten<strong>de</strong>m a uma tolerância ou omissão <strong>do</strong>s fatos espera<strong>do</strong>s. Porém nem toda espécie<br />
<strong>de</strong>va ser tratada assim quan<strong>do</strong> se remete ao <strong>de</strong>senvolvimento social com os reflexos<br />
causa<strong>do</strong>s por meio das relações sociais.<br />
É preciso analisar muito bem e repensar nas vertentes que permeiam as<br />
ações sociais porque nenhuma é idêntica à outra e que a tendência é que sejam<br />
racionais quan<strong>do</strong> se pensa nos fins <strong>de</strong> uma relação social e quais as expectativas<br />
que po<strong>de</strong>m causar em uma comunida<strong>de</strong> para que não haja <strong>de</strong>sentendimentos entre<br />
as pessoas que resi<strong>de</strong>m principalmente em áreas <strong>de</strong> fronteiras ou não. O importante<br />
mesmo é que se i<strong>de</strong>ntifique com antecedência todas as prerrogativas que possam<br />
entrar em conflitos tais como língua, habitat, cultura entre outros para que não se<br />
choquem e nem causem danos à socieda<strong>de</strong> <strong>de</strong>ssa integração <strong>de</strong> cooperação em<br />
áreas <strong>de</strong> fronteira. Que o bem maior adquiri<strong>do</strong> seja para aqueles que vivem próximo<br />
a ela e que sen<strong>do</strong> assim é antes <strong>de</strong> tu<strong>do</strong> preciso conciliar as falas que movem<br />
principalmente a comunicação entre as partes.<br />
Afinal, para (BORDIEU, 1989, p. 18), as áreas <strong>de</strong> fronteira não se<br />
<strong>de</strong>terminam nunca <strong>de</strong> uma forma apenas como um mero produto <strong>de</strong> divisão aos<br />
elementos naturais que se reúnem entre si semelhanças i<strong>de</strong>ntificadas e fortalecidas<br />
entre si, ou ainda, que possuam uma taxionomia não idêntica em que a mesma trata<br />
como semelhantes.<br />
Então <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong>sse contexto é preciso pensar que o <strong>de</strong>senvolvimento<br />
sustentável po<strong>de</strong> contribuir em suas diversas esferas com a comunida<strong>de</strong> local, quer<br />
seja em áreas <strong>de</strong> fronteira ou não, o importante é que venham a contribuir com a<br />
nova percepção <strong>do</strong> espaço como bem comum a to<strong>do</strong>s. Que os efeitos sejam<br />
formula<strong>do</strong>s e pensa<strong>do</strong>s para o bem estar <strong>de</strong> ambas as partes. Que a história<br />
comece e tenha um fecho feliz para as dimensões sistêmicas e frágeis da área<br />
local.Então nesse momento a história fará parte <strong>de</strong> uma etapa <strong>de</strong> recordações e<br />
lembranças futuras <strong>de</strong> uma conquista <strong>de</strong> igualda<strong>de</strong> social on<strong>de</strong> os conflitos não<br />
po<strong>de</strong>m ser lembra<strong>do</strong>s como parte <strong>de</strong> um processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões <strong>de</strong> forma autoritário e<br />
insano.<br />
4
2 ÁREAS DE FRONTEIRA: CONTORNANDO OS CONFLITOS<br />
SOCIAIS COM A PAZ DESENVOLVIMENTISTA<br />
A teoria das áreas <strong>de</strong> fronteira é uma das questões que se têm analisa<strong>do</strong><br />
como a mais problemática <strong>de</strong>ste fim <strong>de</strong> século, haja vista que a sobrevivência formal<br />
<strong>do</strong>s conceitos seculares e relaciona<strong>do</strong>s com o protagonismo <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> soberano<br />
renascentista, cobre uma mobilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> conteú<strong>do</strong>s talvez sem prece<strong>de</strong>ntes na<br />
experiência que muitas vezes encontra-se disponível pelos extremos <strong>do</strong>s países em<br />
<strong>de</strong>bate.<br />
O mito da fronteira geográfica é uma herança proeminente e intocável que<br />
muitas vezes está sen<strong>do</strong> lima<strong>do</strong> externamente pela integração regional imposta pela<br />
mundialização, e <strong>de</strong> certa forma <strong>de</strong>struí<strong>do</strong> internamente pelas partes negocia<strong>do</strong>ras<br />
que <strong>de</strong>sconhecem o contexto das etnias culturais, bem como os saberes <strong>do</strong> senso<br />
comum e que por muitas vezes não conseguem ganhar voz própria com as<br />
iniciantes negociações internacionais.<br />
Para (CASTRO, 2007, p. 02), uma das características bastante marcante na<br />
atualida<strong>de</strong> é que as regiões <strong>de</strong> fronteira têm si<strong>do</strong> abordadas em um outro foco em<br />
que se <strong>de</strong>slocou <strong>do</strong> campo estritamente político para o campo econômico.<br />
Concepção essa em que muitas vezes geram problemas perceptivos <strong>de</strong> quem<br />
observa o tratamento <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> as áreas expostas para negociações internacionais em<br />
que o po<strong>de</strong>r público e gestor maior é que <strong>de</strong>ci<strong>de</strong>, causan<strong>do</strong> <strong>de</strong>sconfiança e muitas<br />
vezes <strong>de</strong>scrédito da população diante <strong>de</strong>ssas questões.<br />
Por outro la<strong>do</strong>, essa percepção <strong>de</strong> <strong>de</strong>sconfiar, ou melhor, dizen<strong>do</strong> <strong>de</strong> ser<br />
cautelosos diante <strong>de</strong> assuntos <strong>de</strong> extrema importância para a socieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> ambas<br />
as partes. Provavelmente assim, possamos tomar espaço e assentarmos em <strong>de</strong>fesa<br />
da integrida<strong>de</strong> territorial das áreas <strong>de</strong> fronteira. Como garantia <strong>de</strong> integrida<strong>de</strong> <strong>do</strong><br />
mesmo <strong>de</strong> cada um <strong>do</strong>s países envolvi<strong>do</strong>s, a evolução dar-se-á no senti<strong>do</strong> <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>sconsi<strong>de</strong>rar apenas as fronteiras geográficas e inserir novos alinhamentos que<br />
sejam soberanos em seus espaços diante da varieda<strong>de</strong> das espécies naturais. A<br />
suposição aqui colocada po<strong>de</strong>ria tornar-se o gran<strong>de</strong> pilar para a instalação <strong>de</strong> uma<br />
nova or<strong>de</strong>m <strong>do</strong>s fatos, caracterizan<strong>do</strong> até mesmo um pacto entre as partes que se<br />
encontram em áreas <strong>de</strong> fronteiras.<br />
5
A conduta <strong>de</strong>ssas ações <strong>de</strong> parceria voltadas para o <strong>de</strong>senvolvimento<br />
sustentável local em áreas <strong>de</strong> fronteiras consiste não apenas, ou estritamente em<br />
áreas <strong>de</strong> conservação <strong>do</strong>s recursos naturais bem como também em áreas que<br />
garantam a preservação das espécies vegetais e animais. Normalmente o que se<br />
têm visto é que essas áreas <strong>de</strong> preservação <strong>do</strong> meio natural está contemplan<strong>do</strong> as<br />
áreas <strong>de</strong> fronteira com outros países.<br />
No caso <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> <strong>Amapá</strong> têm-se a proposta <strong>do</strong> <strong>Corre<strong>do</strong>r</strong> da<br />
Biodiversida<strong>de</strong> que insere o Parque das Montanhas <strong>do</strong> Tumucumaque cria<strong>do</strong> <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />
2002 a revelia da socieda<strong>de</strong> e faz fronteira com a Guiana Francesa on<strong>de</strong> têm uma<br />
relação social orientada <strong>de</strong> forma racional e coerente, porém muitas vezes não<br />
contempla os anseios da relação <strong>de</strong> valores efetivos e satisfatórios <strong>de</strong> ambos os<br />
la<strong>do</strong>s <strong>de</strong> fronteira.<br />
De um la<strong>do</strong>, no caso o <strong>Amapá</strong>, têm-se manti<strong>do</strong> <strong>de</strong> forma particular e aberto<br />
as parcerias sem que haja conflitos sociais ou econômicos com a outra parte que<br />
concerne a Guiana Francesa. O <strong>de</strong>senvolvimento econômico será sempre bem<br />
vin<strong>do</strong> quan<strong>do</strong> vem acompanha<strong>do</strong> <strong>do</strong>s fatores básicos <strong>de</strong> direito ao bem estar para<br />
socieda<strong>de</strong> com justiça e qualida<strong>de</strong> vida voltada para a segurança e garantia <strong>do</strong>s<br />
bens comuns que a lei garante nas áreas <strong>de</strong> fronteira.<br />
Por aqui no <strong>Amapá</strong> o entendimento <strong>de</strong> integrar ações voltadas para o<br />
<strong>de</strong>senvolvimento sustentável local é receptivo pelo governo nas suas esferas<br />
fe<strong>de</strong>ral, estadual e municipal, porém há restrições quan<strong>do</strong> se pensa que a Guiana<br />
não dá o mesmo tratamento para áreas <strong>de</strong> preservação ambiental, pois os mesmos<br />
usam os recursos naturais nessas áreas <strong>de</strong>cretadas para preservar, enquanto que<br />
no Brasil o uso <strong>do</strong> espaço não po<strong>de</strong> ocorrer <strong>de</strong>ssa forma, e quan<strong>do</strong> se cria uma<br />
Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Preservação as pessoas que antes se alocavam nesse espaço têm que<br />
ser remaneja<strong>do</strong>s para uma outra área. Então os conflitos sociais começam mais <strong>do</strong><br />
que nunca a surgir porque não se assemelham com os propósitos <strong>do</strong> la<strong>do</strong> Brasileiro.<br />
Do outro la<strong>do</strong> da fronteira, on<strong>de</strong> o rio é a divisa ou faixa <strong>de</strong> fronteira com a<br />
Guiana Francesa, têm algo em comum com o nosso Esta<strong>do</strong>, on<strong>de</strong> o mesmo almeja<br />
integrar e compartilhar ações e relações <strong>de</strong> bem estar com to<strong>do</strong>s os grupos que<br />
pertencem à re<strong>de</strong> cooperação local para com a comunida<strong>de</strong>. O que implica são os<br />
fatores e características básicas que não conciliam com as <strong>do</strong> nosso la<strong>do</strong> brasileiro.<br />
Ao se criar uma área <strong>de</strong> preservação ambiental as pessoas po<strong>de</strong>m continuar<br />
exploran<strong>do</strong> seus recursos naturais, porém com restrições, ou melhor, dizen<strong>do</strong> com<br />
6
maior preocupação e atenção para que orienta<strong>do</strong>s <strong>de</strong> forma correta suas áreas <strong>de</strong><br />
utilização sejam manejadas e seus recursos perdurem para outras gerações.<br />
Ressalto que esse é apenas um ponto a ser discuti<strong>do</strong> nesse artigo <strong>de</strong>ntro da<br />
área <strong>de</strong> fronteira em que essas relações sociais já iniciaram <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2002 uma<br />
negociação internacional para que se fundam os parques nacionais tanto <strong>do</strong> la<strong>do</strong> <strong>do</strong><br />
<strong>Amapá</strong> quanto da Guiana e que a integração pela ponte e estrada se conclua até o<br />
final <strong>de</strong> 2006. Essas expectativas que são inseridas no seio da população muitas<br />
vezes criam expectativas e geram conflitos porque a interrogação chega e nos<br />
pergunta: Até que ponto o Esta<strong>do</strong> está prepara<strong>do</strong> para essa relação social diante <strong>de</strong><br />
uma ação tão forte e imposta a to<strong>do</strong>s. Será que os meios justificarão os fins para se<br />
obter o <strong>de</strong>senvolvimento econômico <strong>do</strong> <strong>Amapá</strong>?<br />
que:<br />
Mais uma vez reporto-me a (WEBER, 1977, p. 33), em que o mesmo afirma<br />
(...) quan<strong>do</strong> se age <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> estritamente racional com relação<br />
a valores, sem consi<strong>de</strong>rar as conseqüências previsíveis, se<br />
comporta segun<strong>do</strong> suas convicções sobre o que o <strong>de</strong>ver, a<br />
dignida<strong>de</strong>, a beleza, sabe<strong>do</strong>ria religiosa, a pieda<strong>de</strong> ou a<br />
importância <strong>de</strong> uma “causa”, qualquer que seja seu gênero<br />
parecem lhe or<strong>de</strong>nar.<br />
É <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong>ssa premissa que temo e questiono. Será que mais uma vez <strong>de</strong><br />
forma menos <strong>do</strong>lorosa estamos ven<strong>do</strong> diante <strong>de</strong> nossos rostos abestalha<strong>do</strong>s a<br />
situação se <strong>de</strong>cidir sem que nos envolvamos? Novamente a ditadura não menos<br />
<strong>de</strong>mocrática e participativa ilusória que se expan<strong>de</strong> sem que muitos possam clamar<br />
por or<strong>de</strong>m e justiça <strong>de</strong>ntro <strong>do</strong>s direitos que to<strong>do</strong>s merecem e querem garantir<br />
conforme a constituição prevê para to<strong>do</strong>s harmoniosamente. Isso é o que muitas<br />
vezes <strong>de</strong>screvemos e relatamos da força que têm o po<strong>de</strong>r das ações e relações<br />
sociais <strong>de</strong>ntro das políticas públicas.<br />
Conforme (BORDIEU, 1989, p. 25), as lutas pelo po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> di-visão estão em<br />
jogo como se fossem objetos <strong>de</strong> lutas entre cientistas, não apenas, com os<br />
geógrafos pela constante luta <strong>do</strong> espaço e seu real papel bem como a aspiração<br />
pelo monopólio <strong>de</strong> uma <strong>de</strong>finição legítima, historia<strong>do</strong>ra e política da regionalização<br />
<strong>de</strong> seus movimentos sociais que englobam a economia e sociologia.<br />
7
Dentro <strong>de</strong>ssa percepção é que (MAURICE LANNOU apud BORDIEU, 1989,<br />
p. 03) lança a idéia que o comportamento das socieda<strong>de</strong>s humanas e <strong>do</strong> mecanismo<br />
das produções e trocas provêm <strong>de</strong> <strong>de</strong>scobertas muitas vezes <strong>de</strong> regras gerais que<br />
não compete a entendimentos particulares e <strong>do</strong> bem comum <strong>de</strong> to<strong>do</strong>s.<br />
Para (HOLDICH, 1916, p. 08) a melhor maneira <strong>de</strong> preservar a paz entre as<br />
nações seria dividi-las com a mais forte e <strong>de</strong>finitiva barreira física que pu<strong>de</strong>sse ser<br />
encontrada em ca<strong>de</strong>ias montanhosas. Já para (LYDE, 1915, p. 04), o limite político<br />
i<strong>de</strong>al seria uma feição natural que efetivamente encorajasse um intercâmbio<br />
internacional pacífico, papel esse que já é <strong>de</strong>sempenha<strong>do</strong> pelos rios que aproximam<br />
e reúnem as populações em virtu<strong>de</strong> <strong>de</strong> sua bacia hidrográfica e <strong>de</strong>ssa forma<br />
ofereceriam o máximo <strong>de</strong> possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> associações pacíficas entre as<br />
comunida<strong>de</strong>s que comungam <strong>do</strong> mesmo espaço e recursos <strong>do</strong> meio natural.<br />
É fato que mesmo <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong>sta perspectiva <strong>de</strong> entendimentos <strong>do</strong>s autores<br />
acima menciona<strong>do</strong>s referente às áreas <strong>de</strong> fronteira, enten<strong>de</strong>-se que as montanhas<br />
não representam nenhuma <strong>de</strong>fesa diante das novas alternativas tecnológicas que<br />
atualmente existem. Então a alternativa existente é contar com os acertos<br />
diplomáticos <strong>de</strong> negociações internacionais volta<strong>do</strong>s principalmente para a<br />
segurança <strong>de</strong>ssas áreas que envolvem mora<strong>do</strong>res <strong>de</strong> culturas e percepções<br />
diferentes, mas que <strong>de</strong>vem enten<strong>de</strong>r to<strong>do</strong> o processo <strong>de</strong> negociação por meio <strong>de</strong><br />
massificar a informação para a população <strong>de</strong> forma clara e transparente em uma<br />
linguagem comum e <strong>de</strong> fácil entendimento para que reine a paz entre as nações.<br />
8
REFERÊNCIAS CONSULTADAS<br />
AMAPÁ. Instituto <strong>de</strong> Pesquisas <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> <strong>Amapá</strong> – IEPA/PROBEM/MMA.<br />
Diagnóstico <strong>de</strong> pesca e aqüicultura no esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> <strong>Amapá</strong>. Macapá: IEPA, 2001.<br />
______. Secretária <strong>de</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Meio Ambiente <strong>do</strong> <strong>Amapá</strong> – SEMA. Unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />
Conservação: <strong>Amapá</strong>, o esta<strong>do</strong> mais preserva<strong>do</strong> <strong>do</strong> Brasil. Macapá: SEMA, 2003. 3<br />
p. (fol<strong>de</strong>r).<br />
______. Bases <strong>do</strong> <strong>Desenvolvimento</strong> Sustentável: Coletânea <strong>de</strong> Textos. Macapá:<br />
Governo <strong>do</strong> esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> <strong>Amapá</strong>, 1999.<br />
AMAZONAS, Mauricio <strong>de</strong> Carvalho. <strong>Desenvolvimento</strong> sustentável e teoria<br />
econômica: o <strong>de</strong>bate conceitual nas perspectivas neoclássica, institucionalista e da<br />
economia ecológica. In: NOBRE, Marcos; AMAZONAS, Mauricio <strong>de</strong> Carvalho (Org.).<br />
<strong>Desenvolvimento</strong> sustentável: a institucionalização <strong>de</strong> um conceito. Brasília: Ed.<br />
IBAMA, 2002. p.107-286<br />
AROUCK, Ronal<strong>do</strong>. Brasileiros na Guiana Francesa: novas migrações internacionais<br />
ou exportações <strong>de</strong> tensões sociais na Amazônia? Lusotopie, p.19-56, 2000.<br />
ISBN:2-84586-146-X.<br />
_____. Brasileiros na Guiana Francesa: um grupo em via <strong>de</strong> integração? In:<br />
CASTRO, Mary Garcia (Coord.). Migrações internacionais: contribuições para<br />
políticas. Brasília: Comissão Nacional <strong>de</strong> População e <strong>Desenvolvimento</strong>, 2001. p.<br />
327-343.<br />
ARRUDA, Moacir Bueno. Gestão integrada <strong>de</strong> ecossistemas: a escala da<br />
conservação da biodiversida<strong>de</strong> expandida. Anais. Vitória: V SIMPÓSIO DE<br />
ECOSSISTEMAS BRASILEIROS, 10-15 out. 2000.<br />
______. (Org.). Ecossistemas brasileiros. Brasília: IBAMA, 2001.<br />
ASSAD, A. L. D.; SÁ, F. B.; COSTA, E. F. Biodiversida<strong>de</strong>: recursos humanos. In:<br />
BIODIVERSIDADE: PERSPECTIVAS E OPORTUNIDADES TECNOLÓGICAS.<br />
Campinas: Fundação André Tosello, 29. 04 a 01.05 <strong>de</strong> 1996. (workshop).<br />
AZEVEDO, Cristina M. <strong>do</strong> Amaral et al. Aspectos relevantes da MP n. 2.126-08, <strong>de</strong><br />
25/01/01. In: ______. Biodiversida<strong>de</strong> e proprieda<strong>de</strong> intelectual. São Paulo:<br />
Mo<strong>de</strong>rna, 2001, p.107-114.<br />
AZEVEDO, Guiomar Goulart <strong>de</strong>; MENDES, Ana Maria Barroso. Geografia 3: o<br />
espaço mundial, o mun<strong>do</strong> em <strong>de</strong>senvolvimento. São Paulo: Mo<strong>de</strong>rna, 1996.<br />
______. Geografia 4: o espaço mundial, o mun<strong>do</strong> <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong>. São Paulo:<br />
Mo<strong>de</strong>rna, 1996.<br />
BANERJEE, S. B. Quem sustenta o <strong>de</strong>senvolvimento sustentável <strong>de</strong> quem? O<br />
<strong>Desenvolvimento</strong> sustentável e a reinvenção da natureza. In: FERNANDES, M.;<br />
GUERRA, L. (Org.). Contra discurso <strong>do</strong> <strong>de</strong>senvolvimento sustentável. Belém:<br />
UNAMAZ. 2003. p. 75-130.<br />
9
BECKER, Bertha K. Amazônia: construin<strong>do</strong> o conceito e a conservação da<br />
biodiversida<strong>de</strong> na prática. In: GARAY, Irene E. G.; BRAULIO F. S. (Org.).<br />
Conservação da biodiversida<strong>de</strong> em ecossistemas tropicais: avanços conceituais<br />
e revisão <strong>de</strong> novas meto<strong>do</strong>logias <strong>de</strong> avaliação e monitoramento. Petrópolis: Vozes,<br />
2001a. p. 1-45.<br />
______. A (<strong>de</strong>s) or<strong>de</strong>m global, o <strong>de</strong>senvolvimento sustentável e a Amazônia. In:<br />
______. Geografia e meio ambiente no Brasil. São Paulo: HUCITEC, 1995. p. 46-<br />
64.<br />
______. Revisão das políticas <strong>de</strong> ocupação da Amazônia: é possível i<strong>de</strong>ntificar<br />
mo<strong>de</strong>los e projetar cenários. Rio <strong>de</strong> Janeiro. Edição 12. parcerias estratégicas.<br />
Setembro. 2001b. p. 1-25.<br />
BENSUSAN, Nurit. Conservação da biodiversida<strong>de</strong> em áreas protegidas. Rio <strong>de</strong><br />
Janeiro: Editora FGV, 2006. 138 p.<br />
BORDIEU, P. O po<strong>de</strong>r simbólico. Rio <strong>de</strong> Janeiro: Bertrand – 1989.<br />
BRASIL. Agencia Brasil. [Brasília], 16 fev. 2008. Disponível em:<br />
www.agenciabrasil.-gov.br/noticias/2008/02/16/materia. Acesso em: 2008.<br />
______. Amazônia: reservas extrativistas, estratégias 2010. Brasília: IBAMA, 2002.<br />
______. Apresentação Geral. In: LEWINSOHN, Thomas M. (Org.). Avaliação <strong>do</strong><br />
esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> conhecimento da diversida<strong>de</strong> biológica brasileira. v. 1, Brasília: MMA,<br />
2006. p. 17-18.<br />
______. Ministério <strong>do</strong> Meio Ambiente. Sistema Nacional <strong>de</strong> Unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />
Conservação da Natureza – SNUC. Lei n. 9.985, <strong>de</strong> 18 <strong>de</strong> julho <strong>de</strong> 2000. Brasília:<br />
MMA/SBF, 2000. 32 p.<br />
______. Projeto corre<strong>do</strong>r ecológico. Brasília: IBAMA, 1998. 140 p.<br />
______. O <strong>de</strong>safio <strong>do</strong> <strong>de</strong>senvolvimento sustentável: relatório <strong>do</strong> Brasil para a<br />
Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e <strong>Desenvolvimento</strong>. Brasília:<br />
CIMA, 1991.<br />
CASTRO, M. L; PORTO, J. Ponte Brasil-Guiana Francesa: os para<strong>do</strong>xos da<br />
integração em um contexto multi-escalar. Rio <strong>de</strong> Janeiro. Revista <strong>de</strong> Economia<br />
hetero<strong>do</strong>xa – Olkos, n. 7, ano VI. p. 51-75, 2007.<br />
CORTE, Dione Angélica <strong>de</strong> A. Projeto corre<strong>do</strong>r ecológico: uma idéia inova<strong>do</strong>ra.<br />
Brasília: IBAMA, 1999.<br />
ESPAÇO e Geografia, Brasília, Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Brasília – UnB, ano 2, n. 1, p. 02-<br />
20, 1999.<br />
FENZL, N. Estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong> Parâmetros capazes <strong>de</strong> dimensionar a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um<br />
processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento. In: XIMENES, Tereza (Org.). Perspectivas <strong>do</strong><br />
10
<strong>de</strong>senvolvimento sustentável (uma contribuição para a Amazônia 21). Belém.<br />
Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará: Núcleo <strong>de</strong> Altos Estu<strong>do</strong>s Amazônicos, 1997.p.1-31.<br />
GALLARDO, Daniel Paz Barreto. <strong>Corre<strong>do</strong>r</strong> eco-regional nor-andino patagónico:<br />
provincias <strong>de</strong> Neuquen, río Negro y Chubut. Patagona-Argentina; Provincia <strong>de</strong> río<br />
Negro; Áreas Naturales Protegidas. Argentina: Tercer Entrega, 1996. 92 p.<br />
GÓES, A. P.; SIMAS, A. P. S. C. <strong>Corre<strong>do</strong>r</strong> <strong>de</strong> biodiversida<strong>de</strong>: uma nova percepção<br />
<strong>do</strong> <strong>de</strong>senvolvimento econômico e conservacionista para o esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> <strong>Amapá</strong>.<br />
Macapá: Secretaria <strong>de</strong> <strong>Desenvolvimento</strong> Econômico <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> <strong>Amapá</strong>. 2004.<br />
(Impresso).<br />
HARVEY, D. Justice, nature and geography of difference. Oxford: Blackwell<br />
Publishers Ltd., 1996.<br />
HOLANDA, Sérgio Buarque <strong>de</strong>. Raízes <strong>do</strong> Brasil. Rio <strong>de</strong> Janeiro: Editora José<br />
Olímpio, 1936.<br />
HOYT, E. Conservação <strong>do</strong>s parentes silvestres das plantas cultivadas. IBPGR,<br />
IUCN, WWF, Embrapa – Cenagem, 1992. 52. p. (Tradução: Lídio Coradin).<br />
JOLY, Carlos Alfre<strong>do</strong>. Biodiversida<strong>de</strong> e mudanças climáticas: contexto evolutivo,<br />
histórico e político. Ambiente & socieda<strong>de</strong>, Ponto <strong>de</strong> vista, UNICAMP, v.10, n. 1, p.<br />
1-63, jul. 2007.<br />
KLEIN, J. T. The dialectic and rhetoric of disciplinarity and interdisciplinarity. In:<br />
CHUBIN, D. E.; PORTER, A. L.; ROSSINI, F. A.; CONNOLLY, T. (Ed.),<br />
Interdisciplinary Analysis and Research. Maryland: Lomond, 1986. p. 85-100.<br />
KLEIN; J. T.; DOTY W. G. Editors. Interdisciplinary studies today. San Francisco.<br />
Calif.: Jossey-Bass, c1994.<br />
KUHN, T. S. The Structure of Scientific Revolutions. 2nd. ed. Chicago, University<br />
of Chicago Press. ([1962] 1970).<br />
LINHARES, C. A. As Unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Conservação são a<strong>de</strong>quadas à preservação<br />
das espécies animais. São Paulo: INPE, 2003.<br />
LITTLE, Paul E. Políticas ambientais no Brasil: análises, instrumentos e<br />
experiências. São Paulo: Peirópolis; Brasília, DF: IIEB, 2003.<br />
LONG, Bill L. Organization for Economic Co-operation and Development – OECD. In:<br />
______. International environmental issues. [s. l.]: The OECD, 1950-2000. p 1-18.<br />
MCGRATH, D. Biosfera ou biodiversida<strong>de</strong>: uma avaliação crítica <strong>do</strong> paradigma da<br />
biodiversida<strong>de</strong>. In: XIMENES, T. (Org.). Perspectiva <strong>do</strong> <strong>de</strong>senvolvimento sustentável:<br />
uma contribuição para a Amazônia 21. Belém: UFPA. P. 33-70.<br />
11
MATTIOLI, M.C. As políticas públicas para promover e implementar os direitos<br />
fundamentais no trabalho e a integração econômica internacional. Ca<strong>de</strong>rnos<br />
PROLAM/USP. Ano 2. vol. 2. 2003, p. 135-152.<br />
METZGER, Jean Paul Walter. Estrutura da paisagem e fragmentação: análise<br />
bibliográfica. São Paulo: USP, 1997.<br />
______. Conservação da biodiversida<strong>de</strong> em paisagens fragmentadas no<br />
planalto atlântico <strong>de</strong> São Paulo. São Paulo: USP, 1999.<br />
MILLER, Kenton. Em busca <strong>de</strong> um novo equilíbrio: diretrizes para aumentar as<br />
oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> conservação da biodiversida<strong>de</strong> por meio <strong>do</strong> manejo biorregional.<br />
Brasília: IBAMA, 1997.<br />
MIES, M.; SHIVA, V. Ecofeminism. Melbourne: Spinifex Press, 1993.<br />
MOLL, P. From scarcity to sustainability. Futures studies na the environment: the<br />
role of the Club of Rome. Frankfurt, Nova York, Paris: Peter Lang, 1991.1991.<br />
MORIN, Edgard. Por um pensamento ecologiza<strong>do</strong>. In: CASTRO, E. et al. Faces <strong>do</strong><br />
trópico úmi<strong>do</strong>: conceitos e questões sobre <strong>de</strong>senvolvimento e meio ambiente.<br />
Belém-PA. Cejup, 1997.<br />
______. Os mandamentos da complexida<strong>de</strong>. 3ª. ed. Editora: Bertrand Brasil.<br />
1997. p.330-334<br />
MUCHAILH, Mariese C. A., Análise da paisagem visan<strong>do</strong> à formação <strong>de</strong><br />
corre<strong>do</strong>res <strong>de</strong> biodiversida<strong>de</strong>: estu<strong>do</strong> <strong>de</strong> caso da porção superior da bacia <strong>do</strong> rio<br />
São Francisco Falso. Dissertação (Mestra<strong>do</strong> em Engenharia Florestal), Universida<strong>de</strong><br />
fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Paraná. Curitiba, 2007.<br />
NOVAES, W.; RIBAS, O.; NOVAES, P. C. Agenda 21 brasileira: bases para<br />
discussão. Brasília: MMA/PNUD, 2000. 196 p.<br />
ODUM, E.P. Basic ecology. EUA: CBS College Publishing, 1983.<br />
OLIVEIRA, Elísio Márcio <strong>de</strong> (Org.). Amazônia: uma proposta interdisciplinar <strong>de</strong><br />
educação ambiental; temas básicos. Brasília: IBAMA, 1994.<br />
______. Cidadania e educação ambiental: uma proposta <strong>de</strong> educação no<br />
processo <strong>de</strong> gestão ambiental. Brasília: IBAMA. (No prelo).<br />
______. Educação ambiental: uma possível abordagem. Brasília: IBAMA, 2004.<br />
150 p.<br />
OLIVEIRA, Renata Evangelista; VIANA, Virgílio Maurício. Série Técnica IPEF, local,<br />
instituição, v. 12, n. 32, p. 9-10, 1998.<br />
POPPER, K. A lógica das ciências sociais. Rio <strong>de</strong> Janeiro. Editora: tempo.<br />
Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Brasília.1978. p. 16-24<br />
12
PEREIRA, Tarcisio P. Definições <strong>de</strong> objetivos e visão <strong>de</strong> futuro como<br />
contribuição à gestão biorregional no município <strong>de</strong> Alto Paraíso – GO. Brasília:<br />
2000. 86 f. Dissertação (Mestra<strong>do</strong>) – Pós Graduação em <strong>Desenvolvimento</strong><br />
Sustentável – Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Brasília – UnB, 2000.<br />
PORTO, Cláudio; NASCIMENTO, Elimar; BUARQUE, Sergio. Cinco cenários para<br />
o Brasil; 2001-2003. Rio <strong>de</strong> Janeiro: Nórdica, 2001. p. 2-36<br />
REDCLIFT, M. R. Wasted: counting the cost of global consumption.1996. Editora<br />
earthscan<br />
_______. Os novos discursos <strong>de</strong> sustentabilida<strong>de</strong>. In FERNANDES, M.; GUERRA,<br />
L. (Org.). Contra discurso <strong>do</strong> <strong>de</strong>senvolvimento sustentável. Belém. UNAMAZ.<br />
2003. p. 47-72.<br />
RODRIGUES, Camila Gonçalves <strong>de</strong> Oliveira; IRVING, Marta <strong>de</strong> Azeve<strong>do</strong>. Projeto<br />
<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento integra<strong>do</strong> <strong>do</strong> Parque Estadual <strong>do</strong> Desengano: relatório <strong>de</strong><br />
expectativas e percepção turística e ambiental <strong>do</strong> município <strong>de</strong> Santa Maria<br />
Madalena. Rio <strong>de</strong> Janeiro: 1998.<br />
SACHS, I. Estratégias <strong>de</strong> transição para o século XXI: <strong>de</strong>senvolvimento e meio<br />
ambiente. São Paulo: Studio Nobel/FUNDAP, 1993.<br />
______. Estratégias <strong>de</strong> transição para o século XXI: caminhos para o<br />
<strong>de</strong>senvolvimento sustentável. Rio <strong>de</strong> Janeiro: Garamond, 2000.<br />
SANTILLI, Juliana. A proteção legal aos conhecimentos tradicionais associa<strong>do</strong>s à<br />
biodiversida<strong>de</strong>. In: AZEVEDO, Cristina Maria <strong>do</strong> Amaral; FURRIELA, Fernan<strong>do</strong><br />
Nabais da (Org.). Biodiversida<strong>de</strong> e proprieda<strong>de</strong> intelectual. Rio <strong>de</strong> Janeiro:<br />
Fundação Perceu Abramo, 2001, p.51-68.<br />
SANTOS, Laymert Garcia <strong>do</strong>s. Informação, recursos genéticos e conhecimento<br />
tradicional associa<strong>do</strong>. In: AZEVEDO, Cristina Maria <strong>do</strong> Amaral; FURRIELA,<br />
Fernan<strong>do</strong> Nabais da (Org.). Biodiversida<strong>de</strong> e proprieda<strong>de</strong> intelectual. SMA: São<br />
Paulo, 2001, p. 33-49.<br />
SIMAS, Alandy P. <strong>do</strong> S. Cavalcante. <strong>Corre<strong>do</strong>r</strong> ecológico integra<strong>do</strong>: uma proposta<br />
para o sul <strong>do</strong> esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> <strong>Amapá</strong>. Estu<strong>do</strong> <strong>de</strong> caso da foz <strong>do</strong> rio Mazagão Velho.<br />
Macapá, 2003. 180 f. Dissertação (Mestra<strong>do</strong> em <strong>Desenvolvimento</strong> Sustentável:<br />
Gestão Ambiental e Políticas Públicas) – Centro <strong>de</strong> <strong>Desenvolvimento</strong> Sustentável,<br />
Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Brasília, 2003.<br />
SIMONIAN, L. T. L. Políticas públicas, <strong>de</strong>senvolvimento sustentável e recursos<br />
naturais em áreas <strong>de</strong> reserva na Amazônia. In: COELHO, Maria Célia Nunes;<br />
SIMONIAN, Ligia; FENZL, Norbert (Org.). Esta<strong>do</strong> e Políticas Públicas na<br />
Amazônia: gestão <strong>de</strong> recursos naturais. Belém, Cejup: UFPA-NAEA. 2000.p. 9-53.<br />
13