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Corredor de Biodiversidade do Amapá: Desenvolvimento ...

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CORREDOR DE BIODIVERSIDADE DO AMAPÁ:<br />

DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL LOCAL OU CONFLITO DE<br />

AÇÕES SOCIAIS E AMBIENTAIS EM ÁREA DE FRONTEIRA? 1<br />

CORRIDOR OF BIODIVERSITY IN THE STATE OF AMAPA: LOCAL<br />

SUSTAINABLE DEVELOPMENT OR CONFLICT OF SOCIAL AND<br />

ENVIRONMENTAL ACTIONS IN A FRONTIER AREA?<br />

Alandy Patrícia <strong>do</strong> Socorro Cavalcante Simas<br />

Doutoranda em <strong>Desenvolvimento</strong> Sustentável <strong>do</strong> Trópico Úmi<strong>do</strong> –UFPA/NAEA<br />

Mestra em <strong>Desenvolvimento</strong> Sustentável – UnB/CDS<br />

Geógrafa - Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Ceará-UFC<br />

Bolsista <strong>de</strong> Pesquisa - UnB e Professora Universitária da Faculda<strong>de</strong> <strong>do</strong> <strong>Amapá</strong> - FAMAP/AP<br />

E-mail: alandysimas@gmail.com<br />

alandy@famap.edu.br<br />

ABSTRACT<br />

The conception of this proposal is based on the evolution of concepts about a<br />

corri<strong>do</strong>r of biodiversity in the state of Amapa, Brazil, and has a wi<strong>de</strong>r background in<br />

an international frontier, specifically the French Guyana. This i<strong>de</strong>ia has a <strong>de</strong>ep<br />

perception on the social and environmental practices about the environment of a<br />

conservationist nature in close relation with the main social actors and the<br />

importance of elements of innovation with the sustainable <strong>de</strong>velopment in the Amapa<br />

state, as: to i<strong>de</strong>ntify the factors of integration and environmental, social and economic<br />

sustainability regarding the ones involved in the process; to contribute to the<br />

environment conservation and its inter relationship with the human and economic<br />

<strong>de</strong>velopment, in a way to agregate new concepts to the biodiversity conservation;<br />

and to create opportunity to the society of the northern region to come out with their<br />

<strong>de</strong>sire and expectations. In the sequency, it is also aimed to subsidies the <strong>de</strong>cision<br />

making processes in the government spheres, in a way to guarantee the proposition<br />

and the implementation of the public policies.<br />

KEYWORDS: Biodiversity corri<strong>do</strong>rs; sustainable <strong>de</strong>velopment; environment<br />

conservation and management; public policies; Amapa/Brazil-French Guyane.<br />

1 Apoio: Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Brasília – Departamento <strong>de</strong> Engenharia Mecânica. Financiamento:<br />

Fundação <strong>de</strong> Empreendimentos Científicos e Tecnológicos – FINATEC e Faculda<strong>de</strong> <strong>do</strong> <strong>Amapá</strong> –<br />

FAMAP.<br />

1


RESUMO<br />

A concepção <strong>de</strong>sse projeto baseia-se na evolução conceitual <strong>do</strong>s corre<strong>do</strong>res <strong>de</strong><br />

biodiversida<strong>de</strong> no esta<strong>do</strong> <strong>Amapá</strong> que tem como cenário <strong>de</strong> pano <strong>de</strong> fun<strong>do</strong> a fronteira<br />

com a Guiana Francesa. Essa idéia tem uma aguçada percepção para as práticas<br />

sócio-ambientais voltadas para o meio ambiente com bases conservacionistas<br />

envolven<strong>do</strong> os principais atores sociais, dan<strong>do</strong> importância a elementos inova<strong>do</strong>res<br />

<strong>do</strong> processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento sustentável para o esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> <strong>Amapá</strong>, tais como:<br />

i<strong>de</strong>ntificar os fatores <strong>de</strong> integração e sustentabilida<strong>de</strong> social, ambiental e econômica<br />

para os envolvi<strong>do</strong>s no processo; espera-se contribuir para com a conservação<br />

ambiental e sua inter-relação com o <strong>de</strong>senvolvimento econômico e o humano, <strong>de</strong><br />

mo<strong>do</strong> a agregar conceitos novos à conservação da biodiversida<strong>de</strong>, a proporcionar à<br />

socieda<strong>de</strong> da região norte oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> externar <strong>de</strong>sejos e expectativas. Na<br />

seqüência, também subsidiar tomadas <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões em esferas governamentais,<br />

para interagir com as proposições e implementações <strong>de</strong> políticas públicas.<br />

PALAVRAS-CHAVE: <strong>Corre<strong>do</strong>r</strong> <strong>de</strong> Biodiversida<strong>de</strong>, <strong>Desenvolvimento</strong> sustentável,<br />

Conservação e gestão ambiental, Políticas públicas, <strong>Amapá</strong>/Brasil-Guiana Francesa.<br />

1 INTRODUÇÃO<br />

Esse artigo foi pensa<strong>do</strong> e elabora<strong>do</strong> na concepção das bases da dinâmica <strong>de</strong><br />

informação sobre a atual proposta <strong>Corre<strong>do</strong>r</strong> <strong>de</strong> Biodiversida<strong>de</strong> <strong>do</strong> <strong>Amapá</strong> para<br />

esclarecer como se insere nessa idéia <strong>do</strong> corre<strong>do</strong>r o <strong>de</strong>senvolvimento sustentável<br />

local e como emergem os conflitos sociais em áreas <strong>de</strong> fronteiras para que<br />

possamos também propor possíveis alternativas para a socieda<strong>de</strong>. Será aborda<strong>do</strong><br />

também os caminhos conturba<strong>do</strong>s que muitas vezes se direcionam quan<strong>do</strong> se<br />

escreve algo impru<strong>de</strong>nte ou <strong>de</strong>sconexo com as realida<strong>de</strong>s <strong>do</strong> senso comum.<br />

Ao dar esse encaminhamento para o assunto a ser aborda<strong>do</strong>, a partir <strong>de</strong><br />

agora, esperamos que o leitor entenda as linhas <strong>de</strong> raciocínio traçadas com a<br />

integração <strong>de</strong> outros saberes <strong>de</strong> diversos autores que fazem o discurso paralelo as<br />

idéias referentes a proposta inicial e ampliada para o <strong>de</strong>senvolvimento sustentável<br />

2


social, econômico, participativo apoian<strong>do</strong>-se sempre nas bases <strong>de</strong> uso múltiplo<br />

conservacionista.<br />

De acor<strong>do</strong> com (BRASIL JUNIOR, 2004, p.03):<br />

(...) Ao longo <strong>do</strong>s últimos anos, iniciativas institucionais <strong>de</strong> fomento<br />

ao <strong>de</strong>senvolvimento sustentável <strong>de</strong> base local vem sen<strong>do</strong><br />

incentivadas e implementadas no Brasil. Tais iniciativas merecem<br />

particular atenção <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> ao foco específico sobre ações que<br />

contribuem para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> comunida<strong>de</strong>s ou <strong>de</strong><br />

municípios, e também <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> ao fato que elas vêm sen<strong>do</strong><br />

implementadas a partir <strong>de</strong> uma articulação institucional bastante<br />

interessante, que envolve uma re<strong>de</strong> formada tanto por órgãos<br />

governamentais, por atores locais e governos e ainda por agentes<br />

<strong>de</strong> financiamento.<br />

Por certo se tomássemos a premissa básica que as articulações <strong>de</strong>vem ser<br />

retomadas e refeitas <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> um patamar <strong>de</strong> realida<strong>de</strong>s locais agregan<strong>do</strong> o saber<br />

das pessoas que moram a décadas <strong>de</strong>ntro das áreas propostas <strong>de</strong> estu<strong>do</strong>s e<br />

projetos, por certo não se pecaria nas estruturas <strong>de</strong> planejamento e muito menos<br />

nas informações e comunicações as avessas que muitas vezes falham e causam<br />

danos irreversíveis.<br />

A falta <strong>de</strong> compreensão por parte da comunida<strong>de</strong> local se dá porque a<br />

comunicação e o po<strong>de</strong>r da informação não cumpriu seu papel fundamental <strong>de</strong>ntro<br />

das políticas públicas.Questões assim causam prejuízos a ambas as partes<br />

(comunida<strong>de</strong>s e instituições governamentais e não governamentais) quan<strong>do</strong> iniciam<br />

processo <strong>de</strong> construção <strong>do</strong> saber teórico, prático e integra<strong>do</strong> ao saber científico e<br />

tradicional. Os conflitos entram em ação a partir <strong>do</strong> momento que envolve a re<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

cooperação e exige <strong>de</strong> to<strong>do</strong>s os integrantes <strong>do</strong> processo <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s que as ações<br />

voltadas para o <strong>de</strong>senvolvimento sustentável local <strong>de</strong> fato mereça reconhecimento e<br />

creditação <strong>de</strong> to<strong>do</strong>s que interagem mutuamente com as bases e concepções <strong>de</strong><br />

crescimento e avanço da percepção social conflituosa em como isso po<strong>de</strong> mudar<br />

quan<strong>do</strong> é esclarecida e transparente para to<strong>do</strong>s.<br />

Conforme explicita (WEBER, 1977, p.22), referente às questões da ação e<br />

relação social aborda sobre as características e implicações da ação social que<br />

3


ten<strong>de</strong>m a uma tolerância ou omissão <strong>do</strong>s fatos espera<strong>do</strong>s. Porém nem toda espécie<br />

<strong>de</strong>va ser tratada assim quan<strong>do</strong> se remete ao <strong>de</strong>senvolvimento social com os reflexos<br />

causa<strong>do</strong>s por meio das relações sociais.<br />

É preciso analisar muito bem e repensar nas vertentes que permeiam as<br />

ações sociais porque nenhuma é idêntica à outra e que a tendência é que sejam<br />

racionais quan<strong>do</strong> se pensa nos fins <strong>de</strong> uma relação social e quais as expectativas<br />

que po<strong>de</strong>m causar em uma comunida<strong>de</strong> para que não haja <strong>de</strong>sentendimentos entre<br />

as pessoas que resi<strong>de</strong>m principalmente em áreas <strong>de</strong> fronteiras ou não. O importante<br />

mesmo é que se i<strong>de</strong>ntifique com antecedência todas as prerrogativas que possam<br />

entrar em conflitos tais como língua, habitat, cultura entre outros para que não se<br />

choquem e nem causem danos à socieda<strong>de</strong> <strong>de</strong>ssa integração <strong>de</strong> cooperação em<br />

áreas <strong>de</strong> fronteira. Que o bem maior adquiri<strong>do</strong> seja para aqueles que vivem próximo<br />

a ela e que sen<strong>do</strong> assim é antes <strong>de</strong> tu<strong>do</strong> preciso conciliar as falas que movem<br />

principalmente a comunicação entre as partes.<br />

Afinal, para (BORDIEU, 1989, p. 18), as áreas <strong>de</strong> fronteira não se<br />

<strong>de</strong>terminam nunca <strong>de</strong> uma forma apenas como um mero produto <strong>de</strong> divisão aos<br />

elementos naturais que se reúnem entre si semelhanças i<strong>de</strong>ntificadas e fortalecidas<br />

entre si, ou ainda, que possuam uma taxionomia não idêntica em que a mesma trata<br />

como semelhantes.<br />

Então <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong>sse contexto é preciso pensar que o <strong>de</strong>senvolvimento<br />

sustentável po<strong>de</strong> contribuir em suas diversas esferas com a comunida<strong>de</strong> local, quer<br />

seja em áreas <strong>de</strong> fronteira ou não, o importante é que venham a contribuir com a<br />

nova percepção <strong>do</strong> espaço como bem comum a to<strong>do</strong>s. Que os efeitos sejam<br />

formula<strong>do</strong>s e pensa<strong>do</strong>s para o bem estar <strong>de</strong> ambas as partes. Que a história<br />

comece e tenha um fecho feliz para as dimensões sistêmicas e frágeis da área<br />

local.Então nesse momento a história fará parte <strong>de</strong> uma etapa <strong>de</strong> recordações e<br />

lembranças futuras <strong>de</strong> uma conquista <strong>de</strong> igualda<strong>de</strong> social on<strong>de</strong> os conflitos não<br />

po<strong>de</strong>m ser lembra<strong>do</strong>s como parte <strong>de</strong> um processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões <strong>de</strong> forma autoritário e<br />

insano.<br />

4


2 ÁREAS DE FRONTEIRA: CONTORNANDO OS CONFLITOS<br />

SOCIAIS COM A PAZ DESENVOLVIMENTISTA<br />

A teoria das áreas <strong>de</strong> fronteira é uma das questões que se têm analisa<strong>do</strong><br />

como a mais problemática <strong>de</strong>ste fim <strong>de</strong> século, haja vista que a sobrevivência formal<br />

<strong>do</strong>s conceitos seculares e relaciona<strong>do</strong>s com o protagonismo <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> soberano<br />

renascentista, cobre uma mobilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> conteú<strong>do</strong>s talvez sem prece<strong>de</strong>ntes na<br />

experiência que muitas vezes encontra-se disponível pelos extremos <strong>do</strong>s países em<br />

<strong>de</strong>bate.<br />

O mito da fronteira geográfica é uma herança proeminente e intocável que<br />

muitas vezes está sen<strong>do</strong> lima<strong>do</strong> externamente pela integração regional imposta pela<br />

mundialização, e <strong>de</strong> certa forma <strong>de</strong>struí<strong>do</strong> internamente pelas partes negocia<strong>do</strong>ras<br />

que <strong>de</strong>sconhecem o contexto das etnias culturais, bem como os saberes <strong>do</strong> senso<br />

comum e que por muitas vezes não conseguem ganhar voz própria com as<br />

iniciantes negociações internacionais.<br />

Para (CASTRO, 2007, p. 02), uma das características bastante marcante na<br />

atualida<strong>de</strong> é que as regiões <strong>de</strong> fronteira têm si<strong>do</strong> abordadas em um outro foco em<br />

que se <strong>de</strong>slocou <strong>do</strong> campo estritamente político para o campo econômico.<br />

Concepção essa em que muitas vezes geram problemas perceptivos <strong>de</strong> quem<br />

observa o tratamento <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> as áreas expostas para negociações internacionais em<br />

que o po<strong>de</strong>r público e gestor maior é que <strong>de</strong>ci<strong>de</strong>, causan<strong>do</strong> <strong>de</strong>sconfiança e muitas<br />

vezes <strong>de</strong>scrédito da população diante <strong>de</strong>ssas questões.<br />

Por outro la<strong>do</strong>, essa percepção <strong>de</strong> <strong>de</strong>sconfiar, ou melhor, dizen<strong>do</strong> <strong>de</strong> ser<br />

cautelosos diante <strong>de</strong> assuntos <strong>de</strong> extrema importância para a socieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> ambas<br />

as partes. Provavelmente assim, possamos tomar espaço e assentarmos em <strong>de</strong>fesa<br />

da integrida<strong>de</strong> territorial das áreas <strong>de</strong> fronteira. Como garantia <strong>de</strong> integrida<strong>de</strong> <strong>do</strong><br />

mesmo <strong>de</strong> cada um <strong>do</strong>s países envolvi<strong>do</strong>s, a evolução dar-se-á no senti<strong>do</strong> <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>sconsi<strong>de</strong>rar apenas as fronteiras geográficas e inserir novos alinhamentos que<br />

sejam soberanos em seus espaços diante da varieda<strong>de</strong> das espécies naturais. A<br />

suposição aqui colocada po<strong>de</strong>ria tornar-se o gran<strong>de</strong> pilar para a instalação <strong>de</strong> uma<br />

nova or<strong>de</strong>m <strong>do</strong>s fatos, caracterizan<strong>do</strong> até mesmo um pacto entre as partes que se<br />

encontram em áreas <strong>de</strong> fronteiras.<br />

5


A conduta <strong>de</strong>ssas ações <strong>de</strong> parceria voltadas para o <strong>de</strong>senvolvimento<br />

sustentável local em áreas <strong>de</strong> fronteiras consiste não apenas, ou estritamente em<br />

áreas <strong>de</strong> conservação <strong>do</strong>s recursos naturais bem como também em áreas que<br />

garantam a preservação das espécies vegetais e animais. Normalmente o que se<br />

têm visto é que essas áreas <strong>de</strong> preservação <strong>do</strong> meio natural está contemplan<strong>do</strong> as<br />

áreas <strong>de</strong> fronteira com outros países.<br />

No caso <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> <strong>Amapá</strong> têm-se a proposta <strong>do</strong> <strong>Corre<strong>do</strong>r</strong> da<br />

Biodiversida<strong>de</strong> que insere o Parque das Montanhas <strong>do</strong> Tumucumaque cria<strong>do</strong> <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

2002 a revelia da socieda<strong>de</strong> e faz fronteira com a Guiana Francesa on<strong>de</strong> têm uma<br />

relação social orientada <strong>de</strong> forma racional e coerente, porém muitas vezes não<br />

contempla os anseios da relação <strong>de</strong> valores efetivos e satisfatórios <strong>de</strong> ambos os<br />

la<strong>do</strong>s <strong>de</strong> fronteira.<br />

De um la<strong>do</strong>, no caso o <strong>Amapá</strong>, têm-se manti<strong>do</strong> <strong>de</strong> forma particular e aberto<br />

as parcerias sem que haja conflitos sociais ou econômicos com a outra parte que<br />

concerne a Guiana Francesa. O <strong>de</strong>senvolvimento econômico será sempre bem<br />

vin<strong>do</strong> quan<strong>do</strong> vem acompanha<strong>do</strong> <strong>do</strong>s fatores básicos <strong>de</strong> direito ao bem estar para<br />

socieda<strong>de</strong> com justiça e qualida<strong>de</strong> vida voltada para a segurança e garantia <strong>do</strong>s<br />

bens comuns que a lei garante nas áreas <strong>de</strong> fronteira.<br />

Por aqui no <strong>Amapá</strong> o entendimento <strong>de</strong> integrar ações voltadas para o<br />

<strong>de</strong>senvolvimento sustentável local é receptivo pelo governo nas suas esferas<br />

fe<strong>de</strong>ral, estadual e municipal, porém há restrições quan<strong>do</strong> se pensa que a Guiana<br />

não dá o mesmo tratamento para áreas <strong>de</strong> preservação ambiental, pois os mesmos<br />

usam os recursos naturais nessas áreas <strong>de</strong>cretadas para preservar, enquanto que<br />

no Brasil o uso <strong>do</strong> espaço não po<strong>de</strong> ocorrer <strong>de</strong>ssa forma, e quan<strong>do</strong> se cria uma<br />

Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Preservação as pessoas que antes se alocavam nesse espaço têm que<br />

ser remaneja<strong>do</strong>s para uma outra área. Então os conflitos sociais começam mais <strong>do</strong><br />

que nunca a surgir porque não se assemelham com os propósitos <strong>do</strong> la<strong>do</strong> Brasileiro.<br />

Do outro la<strong>do</strong> da fronteira, on<strong>de</strong> o rio é a divisa ou faixa <strong>de</strong> fronteira com a<br />

Guiana Francesa, têm algo em comum com o nosso Esta<strong>do</strong>, on<strong>de</strong> o mesmo almeja<br />

integrar e compartilhar ações e relações <strong>de</strong> bem estar com to<strong>do</strong>s os grupos que<br />

pertencem à re<strong>de</strong> cooperação local para com a comunida<strong>de</strong>. O que implica são os<br />

fatores e características básicas que não conciliam com as <strong>do</strong> nosso la<strong>do</strong> brasileiro.<br />

Ao se criar uma área <strong>de</strong> preservação ambiental as pessoas po<strong>de</strong>m continuar<br />

exploran<strong>do</strong> seus recursos naturais, porém com restrições, ou melhor, dizen<strong>do</strong> com<br />

6


maior preocupação e atenção para que orienta<strong>do</strong>s <strong>de</strong> forma correta suas áreas <strong>de</strong><br />

utilização sejam manejadas e seus recursos perdurem para outras gerações.<br />

Ressalto que esse é apenas um ponto a ser discuti<strong>do</strong> nesse artigo <strong>de</strong>ntro da<br />

área <strong>de</strong> fronteira em que essas relações sociais já iniciaram <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2002 uma<br />

negociação internacional para que se fundam os parques nacionais tanto <strong>do</strong> la<strong>do</strong> <strong>do</strong><br />

<strong>Amapá</strong> quanto da Guiana e que a integração pela ponte e estrada se conclua até o<br />

final <strong>de</strong> 2006. Essas expectativas que são inseridas no seio da população muitas<br />

vezes criam expectativas e geram conflitos porque a interrogação chega e nos<br />

pergunta: Até que ponto o Esta<strong>do</strong> está prepara<strong>do</strong> para essa relação social diante <strong>de</strong><br />

uma ação tão forte e imposta a to<strong>do</strong>s. Será que os meios justificarão os fins para se<br />

obter o <strong>de</strong>senvolvimento econômico <strong>do</strong> <strong>Amapá</strong>?<br />

que:<br />

Mais uma vez reporto-me a (WEBER, 1977, p. 33), em que o mesmo afirma<br />

(...) quan<strong>do</strong> se age <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> estritamente racional com relação<br />

a valores, sem consi<strong>de</strong>rar as conseqüências previsíveis, se<br />

comporta segun<strong>do</strong> suas convicções sobre o que o <strong>de</strong>ver, a<br />

dignida<strong>de</strong>, a beleza, sabe<strong>do</strong>ria religiosa, a pieda<strong>de</strong> ou a<br />

importância <strong>de</strong> uma “causa”, qualquer que seja seu gênero<br />

parecem lhe or<strong>de</strong>nar.<br />

É <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong>ssa premissa que temo e questiono. Será que mais uma vez <strong>de</strong><br />

forma menos <strong>do</strong>lorosa estamos ven<strong>do</strong> diante <strong>de</strong> nossos rostos abestalha<strong>do</strong>s a<br />

situação se <strong>de</strong>cidir sem que nos envolvamos? Novamente a ditadura não menos<br />

<strong>de</strong>mocrática e participativa ilusória que se expan<strong>de</strong> sem que muitos possam clamar<br />

por or<strong>de</strong>m e justiça <strong>de</strong>ntro <strong>do</strong>s direitos que to<strong>do</strong>s merecem e querem garantir<br />

conforme a constituição prevê para to<strong>do</strong>s harmoniosamente. Isso é o que muitas<br />

vezes <strong>de</strong>screvemos e relatamos da força que têm o po<strong>de</strong>r das ações e relações<br />

sociais <strong>de</strong>ntro das políticas públicas.<br />

Conforme (BORDIEU, 1989, p. 25), as lutas pelo po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> di-visão estão em<br />

jogo como se fossem objetos <strong>de</strong> lutas entre cientistas, não apenas, com os<br />

geógrafos pela constante luta <strong>do</strong> espaço e seu real papel bem como a aspiração<br />

pelo monopólio <strong>de</strong> uma <strong>de</strong>finição legítima, historia<strong>do</strong>ra e política da regionalização<br />

<strong>de</strong> seus movimentos sociais que englobam a economia e sociologia.<br />

7


Dentro <strong>de</strong>ssa percepção é que (MAURICE LANNOU apud BORDIEU, 1989,<br />

p. 03) lança a idéia que o comportamento das socieda<strong>de</strong>s humanas e <strong>do</strong> mecanismo<br />

das produções e trocas provêm <strong>de</strong> <strong>de</strong>scobertas muitas vezes <strong>de</strong> regras gerais que<br />

não compete a entendimentos particulares e <strong>do</strong> bem comum <strong>de</strong> to<strong>do</strong>s.<br />

Para (HOLDICH, 1916, p. 08) a melhor maneira <strong>de</strong> preservar a paz entre as<br />

nações seria dividi-las com a mais forte e <strong>de</strong>finitiva barreira física que pu<strong>de</strong>sse ser<br />

encontrada em ca<strong>de</strong>ias montanhosas. Já para (LYDE, 1915, p. 04), o limite político<br />

i<strong>de</strong>al seria uma feição natural que efetivamente encorajasse um intercâmbio<br />

internacional pacífico, papel esse que já é <strong>de</strong>sempenha<strong>do</strong> pelos rios que aproximam<br />

e reúnem as populações em virtu<strong>de</strong> <strong>de</strong> sua bacia hidrográfica e <strong>de</strong>ssa forma<br />

ofereceriam o máximo <strong>de</strong> possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> associações pacíficas entre as<br />

comunida<strong>de</strong>s que comungam <strong>do</strong> mesmo espaço e recursos <strong>do</strong> meio natural.<br />

É fato que mesmo <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong>sta perspectiva <strong>de</strong> entendimentos <strong>do</strong>s autores<br />

acima menciona<strong>do</strong>s referente às áreas <strong>de</strong> fronteira, enten<strong>de</strong>-se que as montanhas<br />

não representam nenhuma <strong>de</strong>fesa diante das novas alternativas tecnológicas que<br />

atualmente existem. Então a alternativa existente é contar com os acertos<br />

diplomáticos <strong>de</strong> negociações internacionais volta<strong>do</strong>s principalmente para a<br />

segurança <strong>de</strong>ssas áreas que envolvem mora<strong>do</strong>res <strong>de</strong> culturas e percepções<br />

diferentes, mas que <strong>de</strong>vem enten<strong>de</strong>r to<strong>do</strong> o processo <strong>de</strong> negociação por meio <strong>de</strong><br />

massificar a informação para a população <strong>de</strong> forma clara e transparente em uma<br />

linguagem comum e <strong>de</strong> fácil entendimento para que reine a paz entre as nações.<br />

8


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