Arquiteturas para Redes de Sensores Sem Fio - DCC/UFMG
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Resumo<br />
<strong>Re<strong>de</strong>s</strong> <strong>de</strong> <strong>Sensores</strong> <strong>Sem</strong> <strong>Fio</strong> (RSSFs) são um tipo especial <strong>de</strong> re<strong>de</strong> móvel ad-hoc e têm um<br />
papel importante na computação ubíqüa. Em geral, as RSSFs são formadas por um gran<strong>de</strong><br />
número <strong>de</strong> dispositivos autônomos chamados nós sensores. RSSFs têm como objetivo monitorar<br />
e, eventualmente, controlar um ambiente, normalmente, sem intervenção humana direta.<br />
Os nós sensores coletam dados sobre fenômenos <strong>de</strong> interesse, realizam processamento local<br />
e disseminam os dados usando, por exemplo, comunicação multi-saltos. Uma RSSF ten<strong>de</strong> a<br />
ser <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte da aplicação a que se <strong>de</strong>stina, isto é, os requisitos <strong>de</strong> hardware e software e<br />
os mecanismos <strong>de</strong> operação variam <strong>de</strong> acordo com a aplicação. Este capítulo tem por objetivo<br />
introduzir os principais conceitos <strong>de</strong> RSSFs, apresentar um esquema <strong>de</strong> classificação <strong>para</strong><br />
essas re<strong>de</strong>s e <strong>de</strong>screver as funcionalida<strong>de</strong>s básicas dos principais protocolos <strong>de</strong> comunicação<br />
publicados na literatura <strong>para</strong> diferentes tipos <strong>de</strong> aplicação. Além disso, o capítulo apresenta<br />
as principais arquiteturas (plataformas) <strong>de</strong> nós sensores sem fio <strong>de</strong>senvolvidas por diferentes<br />
grupos <strong>de</strong> pesquisa dando ênfase à plataforma Mica Motes, que utiliza o ambiente operacional<br />
TinyOs. O capítulo também discute o processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> uma aplicação usando o<br />
nó Mica Mote, o ambiente TinyOs, o simulador TOSSIM e a interface <strong>de</strong> visualização TinyViz.<br />
4.1. Introdução<br />
<strong>Re<strong>de</strong>s</strong> <strong>de</strong> <strong>Sensores</strong> <strong>Sem</strong> <strong>Fio</strong> (RSSFs) têm sido viabilizadas pela rápida convergência <strong>de</strong> três tecnologias:<br />
microprocessadores, comunicação sem fio e micro sistemas eletro-mecânicos (MEMS<br />
– Micro Electro-Mechanical Systems) [Loureiro et al., 2002]. Uma RSSF po<strong>de</strong> ser usada <strong>para</strong><br />
monitorar e, eventualmente, controlar um ambiente. Este tipo <strong>de</strong> re<strong>de</strong> é formado geralmente<br />
por centenas ou milhares <strong>de</strong> dispositivos autônomos que ten<strong>de</strong>m a ser projetados com pequenas<br />
dimensões (cm 3 ou mm 3 ) chamados nós sensores. Os principais componentes <strong>de</strong> um nó<br />
sensor são transceptor <strong>para</strong> comunicação sem fio, fonte <strong>de</strong> energia, unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> sensoriamento,<br />
memória e processador. O componente lógico <strong>de</strong> um nó sensor é o software que executa no processador<br />
[Loureiro et al., 2003]. Existem casos em que uma RSSF também po<strong>de</strong> ser composta<br />
<strong>de</strong> dispositivos chamados atuadores que permitem ao sistema controlar parâmetros do ambiente<br />
monitorado.<br />
Os nós individualmente possuem pouca capacida<strong>de</strong> computacional e <strong>de</strong> energia,<br />
mas um esforço colaborativo entre os mesmos permite a realização <strong>de</strong> uma gran<strong>de</strong><br />
tarefa [Ruiz et al., 2004]. Os nós sensores po<strong>de</strong>m ser lançados sobre áreas remotas (reservas<br />
ambientais, oceanos, vulcões, rios, florestas, etc.) e, sem intervenção <strong>de</strong> técnicos ou operadores,<br />
formar uma re<strong>de</strong> sem fio ad hoc que coleta dados sobre os fenômenos <strong>de</strong> interesse, realiza processamento<br />
local, e dissemina as informações <strong>para</strong> um ponto <strong>de</strong> acesso em um esquema <strong>de</strong><br />
comunicação multi-saltos (multi-hop). O ponto <strong>de</strong> acesso é o elemento através do qual a re<strong>de</strong><br />
comunica-se com outras re<strong>de</strong>s ou com um ou mais observadores [Ruiz et al., 2003]. O ponto<br />
<strong>de</strong> acesso po<strong>de</strong> ser implementado em um nó sensor que será chamado <strong>de</strong> nó sorvedouro (sink<br />
no<strong>de</strong>) ou em uma estação base (BS - Base Station).<br />
RSSFs po<strong>de</strong>m ser vistas como um tipo especial <strong>de</strong> re<strong>de</strong> móvel ad hoc (MANET -<br />
Mobile Ad hoc Network) [Loureiro et al., 2003] e como uma das vertentes da computação