15.04.2013 Views

Maravilha - Sistema 103 de Rádios

Maravilha - Sistema 103 de Rádios

Maravilha - Sistema 103 de Rádios

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

- MARAVILHA - SC, 16 DE FEVEREIRO DE 2013<br />

.................................................................................................. A/05<br />

Vitor D'Agostini Contexto Político<br />

E-mail: contextopolitico@jornaloli<strong>de</strong>r.com.br<br />

(In) SEGURANÇA PÚBLICA I<br />

No passado longínquo, os seres humanos gastavam sua energia física para sobreviver,<br />

fugindo <strong>de</strong> predadores ou <strong>de</strong> animais peçonhentos. Hoje, vivemos em socieda<strong>de</strong>s<br />

sofisticadas. Aparentemente temos mais segurança e as necessida<strong>de</strong>s humanas<br />

são muito mais facilmente atendidas, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que se tenham recursos. Mas <strong>de</strong><br />

fato somos mais protegidos do que nossos antepassados? Não! Há predadores na<br />

atualida<strong>de</strong>? Sim, muito mais. Há “animais peçonhentos” nas socieda<strong>de</strong>s mo<strong>de</strong>rnas?<br />

Sim, muito mais.<br />

(In) SEGURANÇA PÚBLICA II<br />

Temos mais predadores que nos consomem e há mais venenos no ambiente em<br />

que transitamos. O ser humano atual se preocupa em tudo que faz, com a segurança,<br />

mas é falsamente seguro. Temos fechaduras nas portas, janelas, carros, cofres,<br />

senhas no cartão <strong>de</strong> crédito, mas não temos proteção contra todos os ataques a que<br />

estamos submetidos. Se pudéssemos voltar milhares <strong>de</strong> anos no tempo e analisar<br />

nossos ancestrais, encontraríamos homens sem vacinas, sem noção <strong>de</strong> higiene,<br />

sem garantias <strong>de</strong> que se alimentariam amanhã, sem cultura acadêmica, mas também<br />

homens que se preocupavam e se angustiavam muito menos.<br />

(In) SEGURANÇA PÚBLICA III<br />

Essa breve introdução serve para <strong>de</strong>monstrar o dissabor, <strong>de</strong>sconforto e sensação<br />

<strong>de</strong> insegurança que nos permeia dia a dia. Em Santa Catarina, a violência assumiu<br />

proporções insuportáveis, principalmente num Estado que sempre se orgulhou<br />

da qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida <strong>de</strong> seus habitantes. Os incêndios em ônibus, automóveis<br />

e estabelecimentos públicos e privados, é <strong>de</strong>monstração clara <strong>de</strong> impotência<br />

<strong>de</strong> alguns setores da Administração Pública em proteger os cidadãos que se encontram<br />

a cada dia mais encarcerados; encarcerados, também, pela excessiva carga<br />

tributária que nós é impingida, com o falso argumento <strong>de</strong> necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> recursos<br />

para investimentos em serviços públicos nas áreas da saú<strong>de</strong>, educação e<br />

segurança pública.<br />

(In) SEGURANÇA PÚBLICA IV<br />

As autorida<strong>de</strong>s públicas, atônitas e sem reação, diariamente preten<strong>de</strong>m nos alentar com evasivas <strong>de</strong> que<br />

“tudo está sob controle”, “daremos uma resposta à socieda<strong>de</strong>”, “estamos investigando”, “estamos preparados<br />

para proteger a população”, e por aí afora. Ledo engano! Estamos totalmente <strong>de</strong>sprotegidos e <strong>de</strong>samparados.<br />

As autorida<strong>de</strong>s públicas, com raras exceções, <strong>de</strong>monstram fraqueza, esta, inclusive, permeada<br />

pela inércia emotiva que preten<strong>de</strong>m dar para nos acalentar. Parafraseando o comentarista LUIS<br />

CARLOS PRATES, enquanto os bandidos tomam “todinho morno” nos presídios, a população amarga o<br />

“pão duro <strong>de</strong> cada dia”, não sabendo se po<strong>de</strong>rá voltar para sua casa ao anoitecer. Enquanto a bandidagem<br />

se <strong>de</strong>leita na inércia, negligência e, por vezes, incompetência das autorida<strong>de</strong>s públicas, a população<br />

sente-se usurpada em seus direitos e sem qualquer proteção.<br />

(In) SEGURANÇA PÚBLICA V<br />

O marginal, o bandido, o meliante, sabe quem atacar. Dificilmente ouvimos notícia <strong>de</strong> que pessoa ligada<br />

a “alta autorida<strong>de</strong> pública” ou as próprias “autorida<strong>de</strong>s públicas”, tenham sido vítimas <strong>de</strong> crimes, mormente<br />

daqueles que são cometidos diariamente, a cada minuto, a cada segundo. Isso só acontece junto<br />

a classe média e nas camadas hipossuficientes financeiramente. Sabemos que não é <strong>de</strong>scaso dos setores<br />

afetos à segurança pública; como dissemos, os bandidos é que escolhem suas vítimas, <strong>de</strong> forma criteriosa.<br />

Temos a impressão <strong>de</strong> que o bandido sabe quem atacar, pois, quando ataca uma “alta autorida<strong>de</strong>”,<br />

a legislação penal existente é mudada, e para pior, impondo maior rigor e penas mais elevadas aos<br />

marginais. Temos a impressão <strong>de</strong> que enquanto nenhum menor <strong>de</strong> ida<strong>de</strong> - vândalos envolvidos nos últimos<br />

ataques aos ônibus - atacar uma “alta autorida<strong>de</strong>”, continuar-se-á agasalhando-os e protegendo verda<strong>de</strong>iros<br />

criminosos, travestidos <strong>de</strong> crianças e adolescentes, albergados por uma legislação dita “Estatuto<br />

da Criança e do Adolescente” que impe<strong>de</strong>, inclusive, que menores <strong>de</strong> 18 anos trabalhem como adultos,<br />

<strong>de</strong>starte <strong>de</strong> cometerem crimes mais perversos que os cometidos por muitos, ditos, adultos. Mas não é necessário<br />

nenhum ataque, a quem quer que seja; bastaria vonta<strong>de</strong> política e “olhar legislativo” aos verda<strong>de</strong>iros<br />

anseios da população, e as coisas mudariam.<br />

(In) SEGURANÇA PÚBLICA VI<br />

Como dissemos anteriormente, “não estamos protegidos contra todos os ataques a que somos submetidos”.<br />

E o primeiro ataque é o eleitoral, quando outorgamos uma procuração para alguém nos representar,<br />

e, quando lá estão, alguns, não mais se submetem ao controle popular, passando a conduzir a<br />

vida dos cidadãos segundo seus próprios interesses e não dando qualquer satisfação pelo múnus público<br />

que <strong>de</strong>sempenham.<br />

(In) SEGURANÇA PÚBLICA VII<br />

Enquanto as famílias velavam seus filhos, amigos e parentes da tragédia ocorrida em Santa Maria, no<br />

Congresso Nacional, através <strong>de</strong> discursos entusiasmados, alguns parlamentares bradavam por modificação<br />

na legislação, impondo maior severida<strong>de</strong> à segurança <strong>de</strong> ambientes públicos. Incautos e traídos<br />

pelos microfones, o que se verificou, na verda<strong>de</strong>, não fora um momento <strong>de</strong> sensatez legislativa, mas sim,<br />

uma briga ferrenha para ver quem seria o relator da matéria. Como sempre alertamos: a maioria dos<br />

parlamentares mais se preocupa com a paternida<strong>de</strong> do que com a criatura.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!