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Na Rebimboca da Parafuseta Na Rebimboca da Parafuseta

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46 <strong>Na</strong> <strong>Rebimboca</strong> <strong>da</strong> <strong>Parafuseta</strong><br />

ximo estivesse bem perto do rendimento de potência máxima, portanto,<br />

um motor para se trabalhar acima de 3.000 giros e praticamente vazio no<br />

uso em ci<strong>da</strong>des.<br />

Muitos consumidores ficaram inicialmente desapontados, em grande<br />

parte, porque muitos profissionais de comunicação não entenderam a<br />

nova tecnologia e acabaram passando uma impressão incorreta <strong>da</strong> ver<strong>da</strong>deira<br />

utilização deste tipo de propulsor.<br />

De lá para cá, a tecnologia deu passos de gigante e hoje temos motores<br />

multiválvulas com uma curva de torque muito boa em baixa rotação.<br />

São utilizados dutos de dimensões variáveis, altera-se o ponto de ignição,<br />

enfim, há uma série de coisas que permitem alcançar este resultado. Mas,<br />

se você não tiver a menor idéia do que seja tudo isso, como vai transmitir<br />

ao seu leitor, se este tipo de motor é realmente eficiente, se é moderno, se<br />

atende ao que se propõe?<br />

Isso é muito sério. Para você ter uma idéia, pegue (sendo muito otimista)<br />

85% dos chamados jornalistas “especializados” e peça para ele lhe<br />

explicar como funciona o motor Hon<strong>da</strong> V-Tec. O cara não sabe. Simplesmente,<br />

porque ele jamais se deu ao trabalho de abrir o motor e ver ou, pelo<br />

menos, estu<strong>da</strong>r para saber como é.<br />

Contudo, não acho que seja necessário ser um técnico ou engenheiro<br />

mecânico, mas, dos companheiros de profissão que conheço, aqueles que<br />

têm, realmente, um bom preparo tecnológico se destacam dos demais e<br />

conseguem avaliar melhor o produto.<br />

Primeiro, porque não se deixam envolver pelos ‘press-releases’ <strong>da</strong>s<br />

fábricas ou pela conversa de um homem de marketing, que sempre vai<br />

mostrar os pontos que são mais favoráveis e deixar de lado os outros.<br />

Segundo, porque estão pouco arriscados a falar uma bobagem, fazer<br />

um papelão na frente de um entrevistado e até acabar virando objeto de<br />

riso e chacota junto a algum departamento de uma montadora.<br />

Terceiro, porque acabam ganhando o respeito do pessoal do meio.<br />

Veja, por exemplo, o piloto Nelson Piquet. Ele talvez seja até um pouco<br />

irreverente, mas se ele acha que você, realmente, entende <strong>da</strong>quilo que está<br />

falando, ele o atende, dá entrevista, dispensa to<strong>da</strong> a atenção, independente<br />

do veículo para o qual você trabalha. Ao contrário, se você mostrar falta<br />

de conhecimento do assunto, ele man<strong>da</strong> você “plantar batatas” ou então<br />

diz a primeira bobagem que vem à mente.<br />

Quarto, e mais importante, porque esses profissionais acabam<br />

minimizando a chance de transmitir uma opinião erra<strong>da</strong> aos leitores.<br />

Eu mesmo poderia <strong>da</strong>r centenas de exemplos desses erros, mas seria<br />

um pouco antiético. Mas, um que me ocorre e não poderia deixar de rela-

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