Manuel Francisco da Costa Vitor - Estudo Geral - Universidade de ...
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1.1.1. Fluorescência<br />
1. Introdução<br />
Uma <strong>da</strong>s principais razões do uso <strong>da</strong> fluorescência em aplicações<br />
médicas <strong>de</strong>ve-se ao facto <strong>de</strong> ser possível marcar com elevado grau <strong>de</strong><br />
sensibili<strong>da</strong><strong>de</strong> e selectivi<strong>da</strong><strong>de</strong> um <strong>de</strong>terminado analito com recurso a<br />
marcadores <strong>de</strong> fluorescência não-tóxicos. Noutros casos, utiliza-se a<br />
fluorescência, natural ou exógena, para a simples quantificação <strong>da</strong><br />
concentração <strong>de</strong> substâncias. Juntamente com estas possibili<strong>da</strong><strong>de</strong>s, o<br />
<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> instrumentação capaz <strong>de</strong> <strong>de</strong>tectar e quantificar a luz <strong>de</strong><br />
fluorescência, tornou a fluorometria uma po<strong>de</strong>rosa técnica <strong>de</strong> diagnóstico em<br />
oftalmologia. [9]<br />
A luminescência é a emissão <strong>de</strong> luz ultravioleta, visível ou infravermelha<br />
por espécies electronicamente excita<strong>da</strong>s. Existem vários tipos <strong>de</strong><br />
luminescência, classificados <strong>de</strong> acordo com o modo <strong>de</strong> excitação. A<br />
fotoluminescência é a forma <strong>de</strong> luminescência que engloba a fluorescência e o<br />
modo <strong>de</strong> excitação que a caracteriza é a absorção <strong>de</strong> luz [10].<br />
Uma molécula, ao absorver luz <strong>de</strong> um comprimento <strong>de</strong> on<strong>da</strong> na zona do<br />
visível, infravermelho ou ultravioleta, fica num estado <strong>de</strong> excitação, ou seja, os<br />
seus electrões são promovidos a orbitais mais externas, com mais energia.<br />
Posteriormente dá-se a <strong>de</strong>sexcitação <strong>da</strong> molécula, acompanha<strong>da</strong> <strong>da</strong> libertação<br />
<strong>de</strong> fotões. Este processo é a base <strong>da</strong> fotoluminescencia.<br />
Seguindo o famoso diagrama <strong>de</strong> Jablonski, o processo <strong>de</strong> fluorescência<br />
po<strong>de</strong> ser explicado tendo em conta os estados electrónicos <strong>de</strong> energia dos<br />
fluoróforos: S0, S1 e S2. Em ca<strong>da</strong> estado electrónico <strong>de</strong> energia do fluoróforo<br />
po<strong>de</strong>m existir vários estados vibracionais (0,1,2) [11].<br />
As transições entre os diferentes estados <strong>de</strong> energia, que caracterizam o<br />
processo <strong>de</strong> fluorescência, po<strong>de</strong>m ser classifica<strong>da</strong>s em três fases distintas:<br />
excitação (absorção <strong>de</strong> fotões), conversão interna e emissão (fluorescência)<br />
[10].<br />
De forma simplifica<strong>da</strong>, o modo como estas transições ocorrem é o<br />
seguinte [11]:<br />
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