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RESGATE HISTóRICO - Prefeitura Municipal de Campo Bom

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1982 - Darcy<br />

Constante<br />

Cambruzzi<br />

recebe a placa<br />

<strong>de</strong> distinção<br />

em vendas da<br />

Pepsi<br />

Alice Olívia Dietrich – 80 anos<br />

Sou natural aqui <strong>de</strong> <strong>Campo</strong> <strong>Bom</strong> e na minha infância havia poucas<br />

pessoas morando aqui. O Edifício Gerhardt é uma homenagem<br />

ao meu pai, Lodário Gerhardt que por mais <strong>de</strong> 80 anos morou on<strong>de</strong> hoje é<br />

o edifício. E foi nessas redon<strong>de</strong>zas do Centro que cresci. No lugar on<strong>de</strong> hoje<br />

moro, antes <strong>de</strong> construirmos a casa, era tudo plantação. Quando tinha<br />

13 anos comecei a trabalhar na calçados Reichert e fiquei lá por quase 10<br />

anos, saindo para trabalhar em casa, costurando. Depois tivemos por 10<br />

anos um mini mercado chamado RC Dietrich, na esquina da rua on<strong>de</strong> moramos<br />

hoje. Era uma época muito boa, tínhamos bons clientes, mas <strong>de</strong>pois<br />

com a chegada <strong>de</strong> mercados maiores, paramos com o nosso negócio. Meu esposo e eu resolvemos fazer<br />

parte <strong>de</strong>r grupos <strong>de</strong> dança e fundamos um grupo só para baile. Hoje integramos o Recordar é Viver e<br />

o Saber Viver. Sou fundadora do Grupo Oasis, que tem 60 anos e que, no início, se encontrava para chás e<br />

para cantar em casamentos.” (fundadora do grupo Oasis)<br />

Almerindo da Costa – 63 anos<br />

Sou natural <strong>de</strong> Roca Sales e moro em <strong>Campo</strong> <strong>Bom</strong> <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1975,<br />

quando vim trabalhar em fábrica <strong>de</strong> calçados. Nos finais <strong>de</strong> semana,<br />

durante cerca <strong>de</strong> seis meses, trabalhei em táxi. Gostei tanto que<br />

comprei uma placa pra mim. Já faz 30 anos e <strong>de</strong>s<strong>de</strong> então essa é minha<br />

profissão. Na época em que vim morar pra cá, <strong>Campo</strong> <strong>Bom</strong> era uma cida<strong>de</strong><br />

pequena e jogávamos futebol on<strong>de</strong> hoje é o bairro Celeste, na época<br />

era só mato <strong>de</strong> eucaliptos. Aqui na Cohab Sul on<strong>de</strong> eu moro, era tudo banhado.<br />

<strong>Campo</strong> <strong>Bom</strong> se <strong>de</strong>senvolveu muito rápido. Gosto <strong>de</strong> morar aqui, é<br />

bom. O trânsito <strong>de</strong> hoje é muito diferente daquela época, que era muito<br />

mais calmo. O primeiro táxi que dirigi foi um Corcel, e o primeiro que comprei foi um Fusca. Naquela época<br />

era preciso ter a carteira assinada como taxista, e como trabalhava durante a semana numa empresa,<br />

não podia assinar duas vezes. Resolvi fazer outra carteira e tudo se resolveu até o momento em que comprei<br />

meu táxi, quando não precisei mais <strong>de</strong> carteira assinada. Na época havia poucos táxis, mas logo que<br />

comecei mais placas foram liberadas, pois faltavam táxis em <strong>Campo</strong> <strong>Bom</strong>.“ (taxista)<br />

Alósios Edgar Schwarz – 73 anos<br />

Vim para <strong>Campo</strong> <strong>Bom</strong> em 1940 quando a cida<strong>de</strong> estava se <strong>de</strong>senvolvendo.<br />

Nesta época tinham aqui uns dois mil habitantes, um lugar pequeno<br />

e que estava evoluindo com o calçado. Trabalhei com esquadrias e <strong>de</strong>pois<br />

fui para o ramo <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>iras. A ma<strong>de</strong>ireira começou com seis sócios, cada tinha<br />

uma tarefa: parte administrativa, <strong>de</strong>pósito, entrega e para mim sobrou o transporte<br />

<strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira, que era um serviço pesado. A ma<strong>de</strong>ira daquela época mudou<br />

em relação a hoje, se usava ma<strong>de</strong>ira <strong>de</strong> pinho, <strong>de</strong>pois cedrinho e ma<strong>de</strong>ira <strong>de</strong><br />

lei, que agora é proibido o corte. Agora voltou a ma<strong>de</strong>ira eucalipto, <strong>de</strong> reposição,<br />

plantadas, que não são <strong>de</strong> matas virgens. Nossas ma<strong>de</strong>iras foram até<br />

exportadas na década 60 <strong>de</strong> tão boas que eram. Hoje, exceto a ma<strong>de</strong>ira nativa,<br />

é mais fácil conseguir esta matéria prima. Eu sempre digo que quem mantém as portas abertas, seja com<br />

comércio ou indústria, é um herói e nossa ma<strong>de</strong>ireira completa 51 neste ano.” (ma<strong>de</strong>ireira <strong>Campo</strong> <strong>Bom</strong>)<br />

Anete Martins Espíndula – 62 anos<br />

Nasci em <strong>Campo</strong> <strong>Bom</strong>, e em 1980 vim morar<br />

no bairro Cohab Leste. Minha mãe conta<br />

que <strong>de</strong>s<strong>de</strong> pequena eu andava com lápis e papel na<br />

mão para ser professora. Inicialmente achei que seria<br />

contadora, porque gostava <strong>de</strong> trabalhar com papéis<br />

e parte burocrática. Mas sempre tive vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

ser professora. Em março <strong>de</strong> 1964 meu pai chegou<br />

em casa e disse que no outro dia eu ia começar a trabalhar<br />

numa fábrica <strong>de</strong> calçado. Não acreditei, mas<br />

meu pai me levou lá e comecei a trabalhar no setor<br />

<strong>de</strong> almoxarifado no dia 1 o <strong>de</strong> abril. Em 1966 fiz concurso para professora e passei<br />

em primeiro lugar, então pu<strong>de</strong> escolher a escola que queria trabalhar. Optei pela<br />

então escola Isolada Santos Dumont, no bairro Imigrante, e comecei a lecionar<br />

em 1967, com 18 anos. Fiquei por cinco anos, <strong>de</strong>pois por oito anos na Borges <strong>de</strong><br />

Me<strong>de</strong>iros. Então ganhamos essa casa aqui na Cohab e fui trabalhar na agora Casa<br />

da Criança. Ser professora pra mim foi uma coisa muito boa porque gostava e<br />

fui cada vez mais me aperfeiçoando e tendo mais didática. ” (professora)<br />

Aparício Renner da Silva – 43 Anos<br />

Em março <strong>de</strong> 2010 assumi o comando da Brigada<br />

Militar em <strong>Campo</strong> <strong>Bom</strong>, uma cida<strong>de</strong> que me<br />

recebeu muito bem e on<strong>de</strong> o efetivo trabalha <strong>de</strong> forma<br />

diferenciada e veste <strong>de</strong> fato a camisa. Escolhi entrar na<br />

polícia por influência <strong>de</strong> um primo que ingressou na Brigada<br />

e me disse das possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> crescimento <strong>de</strong>ntro<br />

<strong>de</strong>sta profissão. Me inscrevi para soldado, me formei,<br />

fiz concurso para oficial, passei, fiquei quatro anos<br />

na aca<strong>de</strong>mia, e em 1996, quando me formei vim como<br />

aspirante para <strong>Campo</strong> <strong>Bom</strong>. A dificulda<strong>de</strong> na área<br />

é que cada ocorrência é peculiar, diferente uma da outra. O policial é o juiz no local<br />

do fato e respon<strong>de</strong>rá se tomar uma <strong>de</strong>cisão errada, por isso o policial tem que estar<br />

bem preparado. Os policiais <strong>de</strong> <strong>Campo</strong> <strong>Bom</strong> têm vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> trabalhar, se <strong>de</strong>sdobram<br />

a qualquer hora. De fato eles vestem a farda.” (capitão da Brigada Militar)<br />

Arlete Masiero – 51 anos<br />

Nasci em <strong>Campo</strong> <strong>Bom</strong> e nestes anos <strong>de</strong> vida,<br />

apenas dois estive fora da cida<strong>de</strong> on<strong>de</strong> comecei<br />

trabalhando na indústria calçadista, <strong>de</strong>pois em escritório<br />

<strong>de</strong> contabilida<strong>de</strong>, até que aos 21 anos fiz concurso<br />

público para a Caixa Fe<strong>de</strong>ral, passei, e assumi no banco<br />

<strong>de</strong> <strong>Campo</strong> <strong>Bom</strong>, on<strong>de</strong> fiquei por 27 anos. Quando me<br />

aposentei, tinha uma colega já aposentada que trabalhava<br />

na Liga, e fui ajudá-la em um trabalho e estou<br />

até hoje. Quem trabalhou a vida toda não quer ficar<br />

parado e precisa se sentir útil. Me encontrei na Liga<br />

que trabalha com prevenção da doença e ajudando aos pacientes que tem câncer. Adoro<br />

<strong>Campo</strong> <strong>Bom</strong>, nunca pensei em fazer minha vida longe daqui, pois minha turma, amigos<br />

e família são daqui. Até já briguei por <strong>Campo</strong> <strong>Bom</strong> que é a minha cida<strong>de</strong> e eu vou<br />

<strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r o que é meu.” (presi<strong>de</strong>nte Liga Feminina <strong>de</strong> Combate ao Câncer)<br />

Arthur Luiz Leuck – 78 anos<br />

Vim para <strong>Campo</strong> <strong>Bom</strong> por acaso, em 1955, para<br />

tentar trabalhar Uma semana <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> ter chegado,<br />

como não arranjava emprego, estava na estação<br />

para voltar para Taquara, minha terra natal, quando<br />

um homem apareceu e me ofereceu emprego. Comecei<br />

a trabalhar e logo vim <strong>de</strong> muda para <strong>Campo</strong> <strong>Bom</strong> on<strong>de</strong><br />

aprendi a ser cortador <strong>de</strong> couro. Fiquei numa fábrica<br />

por dois anos, e por ter ficado até o fechamento da empresa,<br />

os donos mesmo procuraram um novo emprego<br />

pra mim, na Vetter e pouco tempo <strong>de</strong>pois fui trabalhar<br />

no Reichert, quando a empresa não tinha nem 100 funcionários e os homens e as mulheres<br />

ficavam separados na produção, inclusive para bater o ponto. Fiquei no Reichert por 50 anos<br />

e cinco meses. Trabalhei em todos os setores. Cheguei ali, enraizei, e fiquei lá todo esse tempo<br />

porque sempre fui bem tratado, gostava <strong>de</strong> trabalhar, aprendi coisas diferentes e realizei<br />

lá um sonho antigo que tinha: ser motorista.” (funcionário Reichert Calçados)<br />

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