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RESGATE HISTóRICO - Prefeitura Municipal de Campo Bom

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Déc. 90 -<br />

Colocação<br />

da Pedra<br />

Fundamental<br />

para construção<br />

da se<strong>de</strong> da<br />

Associação <strong>de</strong><br />

Moradores do<br />

bairro Porto<br />

Blos<br />

1960 - Primeira<br />

se<strong>de</strong> da<br />

Farmácia<br />

<strong>Campo</strong> <strong>Bom</strong>,<br />

localizada na<br />

Rua Voluntários<br />

da Pátria<br />

João A<strong>de</strong>mar De Quadros – 53 anos<br />

Estou em <strong>Campo</strong> <strong>Bom</strong> <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1984, sou natural <strong>de</strong> São Francisco <strong>de</strong><br />

Paula. Já an<strong>de</strong>i por tantas cida<strong>de</strong>s e acho que vir para <strong>Campo</strong> <strong>Bom</strong><br />

foi uma vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> Deus, em busca <strong>de</strong> uma vida melhor. Acho que todo colono<br />

tinha essa vonta<strong>de</strong>, porque a vida na colônia era muito difícil, e as pessoas<br />

da cida<strong>de</strong> chegavam lá com a pele bonita, sempre bem vestidas, e esse foi<br />

o motivo que me trouxe pra cá. Comecei trabalhando em fábrica <strong>de</strong> calçado,<br />

<strong>de</strong>pois fábrica <strong>de</strong> vidro. Fui jogador e treinador <strong>de</strong> futebol durante um tempo<br />

e fiquei envolvido com este esporte por quatro anos, e <strong>de</strong>pois a vida foi<br />

me levando mais para o lado da igreja, e nesta época fui catequista e fundamos<br />

dois grupos <strong>de</strong> jovens, entre eles o Jovens Unidos Semeando Amor. Fui<br />

conselheiro tutelar por dois mandatos, uma função que ameniza, mas não resolve os problemas.<br />

Meu pai gostava muito <strong>de</strong> tocar violão e eu sou cantador <strong>de</strong> Terno <strong>de</strong> Reis, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> quando a gente<br />

morava na roça. On<strong>de</strong> posso levo alegria e vida para as pessoas” (morador bairro Celeste)<br />

João Alfredo Strottmann – 58 anos<br />

Meu pai foi o primeiro presi<strong>de</strong>nte do esporte Primavera e como acompanhava<br />

ele nos jogos, acabei querendo ser goleiro e com 16 anos comecei<br />

a jogar. Defendi também o 15 <strong>de</strong> Novembro, o Catléia e recebi proposta para<br />

jogar no Novo Hamburgo, mas não aceitei por receio <strong>de</strong> ir sozinho, <strong>de</strong>pois me<br />

arrependi. Minha família sempre me apoiou pra seguir carreira, mas além do<br />

jogo tinha o trabalho na fábrica, por isso joguei até os 26 anos. O campeonato<br />

mais disputado que participei foi do Sesi, quando jogava pelo Catléia. As torcidas<br />

das fábricas participavam e isso me <strong>de</strong>ixava nervoso, pois tinha um monte<br />

<strong>de</strong> gente olhando. O futebol nunca atrapalhou meu trabalho na fábrica, mesmo<br />

quando tinha que fazer hora extra aos sábados, me organizava, jogava, <strong>de</strong>scansava<br />

e ia trabalhar. Em todos os times que joguei fiz amigos. Até hoje, quando vejo uma turma<br />

jogando futebol me dá vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> jogar, mas agora já não dá mais.” (ex-goleiro)<br />

9<br />

João Batista Roveda – 85 anos<br />

Vim para <strong>Campo</strong> <strong>Bom</strong> em 1951 e trabalhei<br />

durante dois meses como servente <strong>de</strong> pedreiro<br />

lá no bairro Santa Lúcia. Naquele tempo não<br />

existiam máquinas para fazer o cimento, era tudo feito<br />

à mão, em caixas <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>iras. Fazia essa massa <strong>de</strong><br />

cimento para dois pedreiros e ainda sentava tijolos.<br />

Foi quando aprendi a ser pedreiro. O primeiro cordão<br />

(meio fio), na frente da Câmara <strong>de</strong> Vereadores<br />

<strong>de</strong> <strong>Campo</strong> <strong>Bom</strong> fui eu que fiz. Conheci <strong>Campo</strong> <strong>Bom</strong><br />

quando ainda era brejo e tudo que tenho é <strong>de</strong>vido<br />

ao meu trabalho nesta cida<strong>de</strong> que gosto muito e on<strong>de</strong> quero ficar para sempre, eu e<br />

minha família. Inclusive faz 23 anos que comprei quatro gavetas no cemitério daqui;<br />

fui um dos primeiros a comprar. Desejo que <strong>Campo</strong> <strong>Bom</strong> esteja cada vez melhor, porque<br />

aqui é sempre bom”. (pedreiro)<br />

José Carlos Breda – 57 anos<br />

Fiz concurso para o po<strong>de</strong>r judiciário e como<br />

me classifiquei em primeiro lugar, pu<strong>de</strong> escolher<br />

a cida<strong>de</strong> on<strong>de</strong> trabalhar e optei por <strong>Campo</strong> <strong>Bom</strong>,<br />

isso em 1983. Comecei trabalhando no fórum antigo.<br />

Em 1988 fui escrivão eleitoral e no ano seguinte recebi<br />

o convite do então prefeito para ser secretário da Fazenda.<br />

Foi um período da minha vida dos mais gratificantes,<br />

pelas transformações que ocorreram na cida<strong>de</strong><br />

e na gestão pública. Na administração seguinte<br />

fui também secretário da Fazenda, <strong>de</strong> Planejamento,<br />

<strong>de</strong> Indústria e Comércio. Esta última criada em 1995, sendo eu o primeiro secretário<br />

da pasta. Naquela época enfrentamos um problema que vinha afetando todo o Vale dos<br />

Sinos, e <strong>Campo</strong> <strong>Bom</strong> novamente foi pioneira criando esta secretaria e políticas <strong>de</strong> diversificação<br />

do parque econômico industrial da cida<strong>de</strong>. Sou um técnico que se tornou político.<br />

Foi uma honra ter sido vice-prefeito <strong>de</strong> <strong>Campo</strong> <strong>Bom</strong>. Guardo isso como uma das melhores<br />

coisas da minha vida.” (vice-prefeito <strong>de</strong> 2001 a 2004)<br />

José <strong>de</strong> Carvalho – 59 anos<br />

Nasci em <strong>Campo</strong> <strong>Bom</strong> que está bem diferente<br />

da época em que eu era pequeno, quando<br />

não havia empresas, metalúrgicas e os colégios eram<br />

poucos e formados por algumas salas <strong>de</strong> aula <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>iras.<br />

Sempre trabalhei com caminhão, e logo que<br />

comecei a trabalhar puxava lenha, com carreta <strong>de</strong><br />

boi, lá para a fábrica dos Vetter. Nesta época íamos<br />

para o centro da cida<strong>de</strong> por volta das 7 da manhã<br />

e esperávamos um frete chegar, eu tinha 25 anos e<br />

levava fretes em <strong>Campo</strong> <strong>Bom</strong> e cida<strong>de</strong>s vizinhas. A<br />

i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> ser caminhoneiro surgiu porque eu puxava muita lenha para as olarias, e nessa<br />

época usávamos carreta <strong>de</strong> boi. Chovendo, no frio e nós ali trabalhando. E foi pensando<br />

em melhorar um pouco <strong>de</strong> vida, que eu comecei no caminhão. Não lembro <strong>de</strong> quem<br />

eu comprei meu primeiro caminhão, mas lembro que era velho. Com o crescimento da<br />

cida<strong>de</strong> o trabalho melhorou e pu<strong>de</strong> ir trocando <strong>de</strong> caminhão.” (caminhoneiro)<br />

José Volmar Trescastro – 60 anos<br />

Meu apelido Zé Castro surgiu quando comecei<br />

a trabalhar na rádio Progresso, juntamente<br />

com o caboclão Murici e com o peão sertanejo<br />

Nelsinho. Fazíamos o programa Viola Sempre<br />

Viva, e por eu ter um nome muito extenso, ficou Zé<br />

Castro. Vim para <strong>Campo</strong> <strong>Bom</strong> em janeiro <strong>de</strong> 1968,<br />

juntamente com minha irmã e pais, pois tínhamos<br />

amigos aqui. Viemos trabalhar. Eu era do interior,<br />

da colônia, e me marcou muito chegar aqui e ver o<br />

número <strong>de</strong> pessoas que trabalhavam nas fábricas<br />

e quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> bicicletas na cida<strong>de</strong>. Depois que fiz carteira <strong>de</strong> habilitação, na época<br />

só se fazia com 21 anos, fui para a estrada. Viajei muitos anos com entregas e conheço<br />

boa parte do RS, Santa Catarina e Paraná. Nesta época <strong>Campo</strong> <strong>Bom</strong> era praticamente<br />

dormitório para mim. E através disso veio o gosto pela música sertaneja, <strong>de</strong> tanto ouvir<br />

rádio nas madrugadas. Foi assim que cheguei no rádio, aí para trabalhar, há 22 anos.<br />

Pra quem quer ser radialista um conselho: vá em frente sem per<strong>de</strong>r a humilda<strong>de</strong> e o<br />

respeito pelo semelhante.” (morador do bairro Genuíno Sampaio)

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