16.04.2013 Views

RESGATE HISTóRICO - Prefeitura Municipal de Campo Bom

RESGATE HISTóRICO - Prefeitura Municipal de Campo Bom

RESGATE HISTóRICO - Prefeitura Municipal de Campo Bom

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

4<br />

Astor Willy Blos – 67 anos<br />

Cresci bem no centro da cida<strong>de</strong>, quando <strong>Campo</strong><br />

<strong>Bom</strong> era uma vila, praticamente toda cida<strong>de</strong> era<br />

sem paralelepípedo. O tempo foi passando e as pessoas<br />

influentes alterando esse cenário, e nós temos que agra<strong>de</strong>cer<br />

as pessoas que contribuíram para o crescimento e a<br />

emancipação, que i<strong>de</strong>alizaram tudo isso. Em 1961 comecei<br />

a cursar Técnico Comercial Contábil, hoje o curso não<br />

existe mais e eu fui um dos últimos a ganhar este diploma,<br />

terminei o curso em 1965. Quando me formei fui<br />

trabalhar no escritório <strong>de</strong> contabilida<strong>de</strong> do meu sogro, que teve o primeiro escritório <strong>de</strong> contabilida<strong>de</strong><br />

da cida<strong>de</strong>. Em 1974 surgiu a empresa Organizações Contábeis Blos Ltda, na Avenida<br />

Brasil, que existe até hoje. Des<strong>de</strong> a minha formação muitas coisas mudaram na contabilida<strong>de</strong>,<br />

e hoje é gratificante olhar os sistemas que temos disponíveis em comparação àquela época.<br />

Quando comecei a trabalhar, fazíamos à mão os diários, as entradas e saídas, o que dava<br />

um trabalho muito gran<strong>de</strong>, só quem passou para saber. A vida a cada dia nos ensina coisas<br />

novas, a gente não po<strong>de</strong> parar nunca.” (Organizações Contábeis Blos)<br />

Aurélio Leandro Dall’on<strong>de</strong>r – 36 anos<br />

A nossa igreja existe a 107 anos no Brasil. No ano<br />

<strong>de</strong> 1936 um grupo <strong>de</strong> sete famílias fundou a Comunida<strong>de</strong><br />

da Paz aqui <strong>de</strong> <strong>Campo</strong> <strong>Bom</strong>, uma cida<strong>de</strong> que<br />

gosto muito. Era pastor em outra comunida<strong>de</strong> no interior<br />

do estado, mas numa assembléia meu nome foi escolhido<br />

para vir ser pastor da congregação <strong>de</strong> <strong>Campo</strong> <strong>Bom</strong>. Aceitei<br />

o chamado e estou há três anos aqui. Meus pais contam<br />

que quando eu era criança subia na mesa e fazia <strong>de</strong><br />

conta que era pastor. Mas <strong>de</strong>pois, conforme os estudos<br />

foram avançando, um pastor da minha congregação <strong>de</strong><br />

origem me incentivou, então no ano <strong>de</strong> 1992 ingressei no seminário, me formando em 1997<br />

e <strong>de</strong>s<strong>de</strong> então atuo como pastor na Igreja Luterana que tem como livro base a bíblia sagrada,<br />

<strong>de</strong> on<strong>de</strong> tiramos nossa doutrina. Acreditar em Jesus Cristo como salvador nos permite viver<br />

uma vida muito mais feliz. <strong>Bom</strong> é <strong>Campo</strong> <strong>Bom</strong>, bom é sempre on<strong>de</strong> nós estamos, chamados<br />

e colocados por Deus.” (pastor da igreja Luterana – Comunida<strong>de</strong> da Paz)<br />

Beti Maria Hoffmann – 66 anos<br />

Vim para <strong>Campo</strong> <strong>Bom</strong>, aqui no bairro Operária,<br />

quando fui trabalhar em fábrica <strong>de</strong> calçados, on<strong>de</strong><br />

fiquei por mais <strong>de</strong> 20 anos e me aposentei. Antes já tinha trabalhado<br />

como professora em Taquara, minha cida<strong>de</strong> natal.<br />

Quando vim para cá, era preciso sair <strong>de</strong> casa uma hora antes<br />

da hora do trabalho, pois se fazia tudo à pé e quando chovia<br />

tinha barro até os joelhos. Precisava até trocar <strong>de</strong> sapato <strong>de</strong>pois<br />

da caminhada. Foi com esse esforço, com o dinheiro do<br />

nosso trabalho, que conseguimos comprar o terreno e casa<br />

on<strong>de</strong> moramos. Sou muito envolvida com o bairro. Ajudo<br />

na creche e no colégio costurando capas <strong>de</strong> coberta e almofadas para as crianças. Quando estou<br />

com elas sento nas ca<strong>de</strong>irinhas para a hora do lanche e observo muito os pequenos. Já emprestei<br />

minha casa para um culto que aconteceu aqui no bairro, para encerramento do ano letivo do<br />

colégio, com amigo secreto e tudo. Mesmo não tendo mais filhos e nem netos na escola, gosto<br />

<strong>de</strong> conversar com as professoras e a diretora. As vezes os próprios pais não vão em reuniões do<br />

colégio e eu vou. Participo também da gincana <strong>de</strong> bairros” (moradora bairro Operária)<br />

Bianca Goe<strong>de</strong> Giesch – 32 anos<br />

Em 2005 fui enviada pela minha igreja para assumir<br />

o ministério pastoral nesta comunida<strong>de</strong>. Decidi<br />

ser pastora no final <strong>de</strong> 1997 porque gosto do contato humano<br />

e tinha uma vivência comunitária muito gran<strong>de</strong>. Em 1998 estu<strong>de</strong>i<br />

bacharelado em Teologia, mas a minha mãe conta que<br />

quando eu tinha em torno <strong>de</strong> seis anos, pegava um casaco<br />

gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>la e brincava com as minhas irmãs <strong>de</strong> fazer culto.<br />

Quando cheguei a <strong>Campo</strong> <strong>Bom</strong>, vim <strong>de</strong> ônibus juntamente<br />

com meu marido, para uma entrevista inicial, para um culto<br />

<strong>de</strong> apresentação pra ver se a comunida<strong>de</strong> iria gostar <strong>de</strong> mim.<br />

Chegando em frente a nossa igreja, me espantei com o tamanho, com o espaço físico da comunida<strong>de</strong>.<br />

A estética <strong>de</strong> <strong>Campo</strong> <strong>Bom</strong> me chamou muito atenção também, uma cida<strong>de</strong> limpa e agradável.<br />

Sou a primeira pastora da nossa comunida<strong>de</strong> Evangélica, foi um rompimento <strong>de</strong> padrões até<br />

ali, pois fui também a primeira pessoa a sair direto do período <strong>de</strong> formação acadêmica para o<br />

exercício do ministério, e eu tinha 25 anos. A nossa igreja é a mais antiga <strong>de</strong> <strong>Campo</strong> <strong>Bom</strong>, temos<br />

um jornal guardado que traz a data <strong>de</strong> 03 <strong>de</strong> fevereiro <strong>de</strong> 1828, o que significa que neste<br />

ano comemoramos 183 anos na cida<strong>de</strong>.” (pastora da IECLB em <strong>Campo</strong> <strong>Bom</strong>)<br />

Tem cola no pé<br />

Verda<strong>de</strong>iras <strong>de</strong>clarações <strong>de</strong><br />

amor a <strong>Campo</strong> <strong>Bom</strong> estão contidas<br />

nos <strong>de</strong>poimentos que compõem<br />

as páginas <strong>de</strong>sta edição do<br />

jornal Resgate Histórico. A exemplo<br />

<strong>de</strong> 2009 e 2010, quando os<br />

homenageados também externaram<br />

em seus <strong>de</strong>poimentos essa<br />

paixão à primeira vista pela cida<strong>de</strong>,<br />

os relatos <strong>de</strong> 2011 também<br />

são unânimes na forma como nar-<br />

ram o amor imediato por <strong>Campo</strong><br />

<strong>Bom</strong> e a forma como foram ‘fisgados’<br />

pela cida<strong>de</strong> diferente, on<strong>de</strong><br />

além <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> trabalho,<br />

encontraram bons amigos,<br />

vizinhança participativa e ‘algo <strong>de</strong><br />

mágico’ no ar. É como diz Danilo<br />

Benno Saft em seu <strong>de</strong>poimento<br />

(página 5): “É a pegada. Tem<br />

cola no rastro do pé que não me<br />

<strong>de</strong>ixa sair daqui”.<br />

Década <strong>de</strong> 80 - Reunião realizada na se<strong>de</strong> do clube Oriente, quando Teresinha<br />

<strong>de</strong> Oliveira estava iniciando como funcionária na <strong>Prefeitura</strong> <strong>de</strong> <strong>Campo</strong> <strong>Bom</strong><br />

Braulio Blos – 75 anos<br />

Trabalhei em uma cerâmica, que era <strong>de</strong> proprieda<strong>de</strong> do meu pai e mais tar<strong>de</strong><br />

me tornei sócio. Um dia, no antigo bar do cinema, vi gente trabalhando,<br />

consertando refrigeradores e então pensei em quão interessante era aquela ativida<strong>de</strong>.<br />

Então em 1959 aprendi e comecei a trabalhar em refrigeração, numa época em<br />

que esta área engatinhava no estado. Já trabalhei também em diferentes ramos<br />

como comércio e <strong>de</strong> vacas leiteiras. Depois <strong>de</strong> 16 anos sem estudar, aos 38 anos fui<br />

fazer faculda<strong>de</strong>, e resolvi cursar educação física e ali me achei. Não tive dificulda<strong>de</strong><br />

porque fui atleta e tive facilida<strong>de</strong> em apren<strong>de</strong>r esportes. Fui da primeira turma que<br />

se formou na Feevale e <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> formado, comecei a lecionar no colégio 25 <strong>de</strong><br />

Julho, em Novo Hamburgo, on<strong>de</strong> permaneci por 14 anos. A única escola em que<br />

<strong>de</strong>i aula aqui na cida<strong>de</strong> on<strong>de</strong> nasci foi a Fernando Ferrari, on<strong>de</strong> lecionei por 7 anos. O que eu mais gostava<br />

era <strong>de</strong> preparar equipes, tanto no futebol, quanto no vôlei, han<strong>de</strong>bol e basquete.” (professor)<br />

Celene Iris Adam Thoen – 67 anos<br />

Lembro <strong>de</strong> <strong>Campo</strong> <strong>Bom</strong> quando a Avenida Adriano Dias era só trilho <strong>de</strong><br />

trem e não existiam edifícios. Cheguei aqui e fui estudar, fiz o curso <strong>de</strong> técnico<br />

em contabilida<strong>de</strong> e trabalhei no INPS, on<strong>de</strong> me tornei conhecida. Em seguida<br />

o Hélio Martin assumiu a <strong>Prefeitura</strong> e me convidou para trabalhar no <strong>de</strong>partamento<br />

<strong>de</strong> assistência social. Na época éramos três funcionários e tinha uma Kombi<br />

que servia <strong>de</strong> ambulância. Nessa época também não existia postos <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> do<br />

município, só do Estado. Em 1983 assumiu o novo prefeito que me convidou para<br />

permanecer no cargo, sendo que nesta época o <strong>de</strong>partamento se transformou em<br />

uma secretaria, quando foi construído o primeiro posto <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, lá no bairro<br />

Rio Branco. O segundo posto foi no bairro Aurora, quando transformamos um<br />

bar em posto. Fui candidata a vereadora em 1988, e para minha surpresa, me elegi com 434 votos. Na<br />

época eu era bem inocente e ingênua, mas aprendi rápido”. (vereadora <strong>de</strong> 1989 a 1992)

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!