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As falas mostram os contrates existentes em uma mesma instituição, cada professor
tem uma visão de inclusão e de qual é o seu papel frente à inclusão dos alunos com
deficiências e/ou necessidades especiais.
Tanto os professores que realizaram as adaptações ou mudanças, quanto os que
não realizaram, nenhum dos entrevistados realizou algum tipo de formação ou capacitação
para trabalhar com os alunos com necessidades especiais. Cerca de 100% dos
entrevistados revelaram que nenhuma instancia proporcionou esta formação:
“ Não, nenhuma atividade, nenhum modo de formação.”
“Nunca fui preparado para trabalhar com esse tipo de aluno.”
Diálogo com a coordenação dos cursos
A maioria dos entrevistados (72%) revelou que não tiveram espaços nas
coordenações dos cursos para discutirem a questão da inclusão dos alunos na instituição,
em especial no que se refere ao apoio pedagógico ou adaptações do currículo.
“Não, em nenhum momento tivemos esse tipo de discussão. Agora não se teve nada sobre
isso. Eu não sei se a própria coordenação está preparada, ou se ela deveria solicitar uma
acessoria para auxiliar nestas reuniões.”
No caso do curso de Filosofia, obtivemos respostas positivas em relação à
coordenação.
Eu diria que sim, inclusive na ocasião em que eu fui professor desse aluno,
nós conversamos em mais de uma reunião sobre o caso. Por parte da
coordenação, dos colegas da época não houve nenhum empecilho, nenhum
bloqueio, todo mundo consciente da situação, e sabem que tem coisas que
tem que ser feitas.
Obstáculos e Facilidades na inclusão da UFSM.
Diante dos obstáculos verificados pelos professores está em sua maioria a falta de
diálogo entre todos os envolvidos no processo de inclusão (48,6%), 21,9% consideram que
o Currículo dos Cursos não está de acordo para receber esses alunos, tornado-se um
obstáculo, 15,6% citam a Infraestrutura da UFSM como obstáculo e 9,4% acreditam existir
uma defasagem entre a teoria e prática nesse processo.
Olha, eu acho que as dificuldades são aquelas mesmas encontradas na
vida de um modo geral... que é uma certa defasagem entre a teoria e a
prática. Eu acho que teoricamente nós temos um bom andamento, acho que
as coisas estão vindo à tona, as discussões estão sendo feitas. Mas o que
eu acho que falta mesmo é uma sensibilização das pessoas envolvidas, e
isso não é tão fácil, porque uma coisa é você ter teoricamente o problema
colocado, outra coisa é você tocar na sensibilidade das pessoas, isso hoje é
muito difícil.
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