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senar instituto - Canal do Produtor

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ROCINHA – UM NOVO LUGAR PARA PLANTAR<br />

O Centro Cultural na Estrada da Gávea teria si<strong>do</strong> o primeiro imóvel construí<strong>do</strong> na Rocinha, por volta de 1930. Nos anos 80, dizia-se que<br />

moravam na favela mais de 200 mil pessoas. Mas o censo realiza<strong>do</strong> em 2009 pela Secretaria de Esta<strong>do</strong> da Casa Civil, na maior favela da<br />

América Latina, mostra que a Rocinha tem 100.818 habitantes e 38.029 imóveis.<br />

A Rocinha foi elevada a condição de bairro em 1993, e tem a sua própria Região Administrativa. O nome <strong>do</strong> bairro viria das plantações de<br />

legumes e hortaliças, feitas pelos primeiros mora<strong>do</strong>res, que vendiam nas casas vizinhas, em São Conra<strong>do</strong> e Leblon. Com pequenos roça<strong>do</strong>s<br />

com terrenos de cultivo artesanal, a área ficou conhecida como Rocinha. Existe também uma versão de que o nome Rocinha seria uma<br />

referência à uma antiga mora<strong>do</strong>ra, muito branca, com cabelos quase louros, apelidada de "russinha". Por ser muito conhecida na região, as<br />

pessoas falavam: "vou lá onde mora a russinha".<br />

Segun<strong>do</strong> o site Favela tem Memória, o perío<strong>do</strong> de maior crescimento da Rocinha aconteceu durante o 'boom' imobiliário <strong>do</strong>s bairros de<br />

Ipanema, Leblon, Gávea e Jardim Botânico nos anos 50 e 60, quan<strong>do</strong> milhares de nordestinos se fixaram na favela, atraí<strong>do</strong>s pelas<br />

oportunidades na construção civil. Já na década de 40, com o crescimento de Copacabana, que empregava também mão de obra sem<br />

qualificação nas obras e em serviços, as favelas da Zona Sul experimentam um crescimento significativo, atrain<strong>do</strong> mora<strong>do</strong>res que precisam<br />

estar perto <strong>do</strong> seu local de trabalho. Hoje a favela continua atrain<strong>do</strong><br />

No que ser refere a infra-estrutura, segun<strong>do</strong> da<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Instituto Pereira Passos, 2000, a Rocinha dispunha de uma rede de esgoto que atingia<br />

60,50% <strong>do</strong>s <strong>do</strong>micílios; os serviços de limpeza chegavam a apenas 9,59% das residências, mas 96,20% tinham abastecimento de água.<br />

Segun<strong>do</strong> matéria publicada, em 2008, na Revista da Ação Social Padre Anchieta, ASPA, que desenvolve ações na comunidade, a Rocinha<br />

possuía, três Associações de Mora<strong>do</strong>res, três Centros Integra<strong>do</strong>s de Educação Pública, CIEPS, três jornais, duas rádios, <strong>do</strong>is postos de saúde,<br />

duas agências bancárias, duas linhas de ônibus, <strong>do</strong>is supermerca<strong>do</strong>s, Associação Comercial, Escola Estadual, Escola Municipal, Balcão de<br />

Direitos, rede de televisão exclusiva, Paróquia com 10 Capelas, Igreja Metodista, agência <strong>do</strong>s CORREIOS, escolas de esportes, escola de<br />

samba (Acadêmicos da Rocinha), Casa de Cultura, e diversas ONGs e instituições que oferecem cursos, serviços sociais e atividades diversas.<br />

O movimento comunitário da Rocinha viveu perío<strong>do</strong>s muito tensos, com a morte de duas lideranças importantes na história da favela, Maria<br />

Helena e Zé <strong>do</strong> Queijo. A primeira associações de mora<strong>do</strong>res da favela foi fundada em 1961 – a União Pró-Melhoramentos <strong>do</strong>s Mora<strong>do</strong>res da<br />

Rocinha, UPMMR.<br />

A União foi fechada no final da década, pelo regime militar. Nos anos 70, o movimento comunitário voltou a atuar, surgiram novas lideranças<br />

e novas associações, que lutavam por melhorias, como luta pela rede de água encanada, no final da década. Atualmente, a União Pró-<br />

Melhoramentos da Rocinha é uma das maiores associações da comunidade.<br />

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