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corrente contínua corrente contínua - Eletronorte

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<strong>corrente</strong> <strong>contínua</strong><br />

14<br />

jeito para melhorar o trabalho. Na <strong>Eletronorte</strong><br />

desde 1984, João Nilson (à direita) tem várias<br />

inovações registradas, como o dispositivo para<br />

a usinagem de eixos mecânicos em tornos de<br />

pequeno porte.<br />

“Os equipamentos disponíveis na Usina<br />

Hidrelétrica Tucuruí não suportavam o diâmetro<br />

do anel coletor das máquinas da primeira<br />

etapa, que era maior do que o torno que nós<br />

temos para manutenção. E sem o anel a máquina<br />

não gera energia. Nós estamos falando<br />

de uma unidade geradora de 350 MW de<br />

potência, com três anéis, cada, totalizando<br />

36”, detalha.<br />

Para fazer a retífica do anel coletor, a unidade<br />

geradora chegava a ficar parada por 30<br />

dias e uma verdadeira operação de guerra era<br />

montada para transportar a peça com mais de<br />

dois metros de diâmetro até São Paulo, por<br />

meio de balsas e caminhão, muitas vezes em<br />

estradas intransitáveis. O custo total evitado<br />

pela Empresa após a utilização do dispositivo<br />

para usinagem é estimado em mais de R$<br />

28 milhões. “Eu pensava: já fiz tanta coisa e<br />

para eu fazer isso não vai custar. Falei para<br />

as pessoas que ia fazer, algumas duvidaram,<br />

O futuro da inovação<br />

O engenheiro Luis Cláudio Silva Frade (foto), chefe<br />

do Departamento de Gestão Tecnológica da Eletrobrás,<br />

está participando de um projeto iniciado em 2008 (estilo<br />

wikipédia), coordenado pelas professoras Anna Trifilova e<br />

Bettina von Stamm, ligadas<br />

ao Innovation Leadership<br />

Forum (ILF), que resultará<br />

na publicação de um livro<br />

sobre ‘O Futuro da Inovação’.<br />

O projeto contou<br />

com a contribuição de 350<br />

profissionais de 60 países,<br />

sendo que cerca de 200<br />

foram escolhidos para a<br />

publicação do livro que será<br />

lançado em novembro.<br />

No mês passado, o site<br />

do livro foi lançado na 20th<br />

Conference of The International<br />

Society for Professional Innovation Management<br />

(ISPIM), em Viena, na Áustria, e contém um artigo escrito<br />

por Frade, que retrata o pensamento sobre o futuro da<br />

inovação no Brasil. O site traz artigos sobre inovação de<br />

diversas vertentes, países e pessoas e pode ser consultado<br />

no endereço http://thefutureofinnovation.org/.<br />

e eu disse, dá. Quando retifiquei o primeiro<br />

anel o pessoal disse, agora você concluiu a<br />

sua ideia. Eu tinha certeza que ia fazer e fiz”,<br />

diz o coautor de outras inovações.<br />

Após o dispositivo ser criado, o tempo máximo<br />

de manutenção dos anéis passou para três<br />

dias, tudo feito na própria Usina. “E o melhor<br />

é que, depois que nós começamos a fazer a<br />

retífica, a máquina parou de dar problema<br />

no anel coletor, aparece uma vez ou outra”,<br />

acrescenta Nilson.<br />

Escavadeira - O paraense Raimundo Nonato<br />

de Oliveira Guimarães (abaixo, ao centro)<br />

só foi registrado aos dois anos de idade. “Eu<br />

sou paraense, mas fui para o Amapá com dois<br />

anos e a minha mãe deixou para me registrar<br />

lá porque o meu avô era tabelião. Eu nasci<br />

em Belém, mas sou amapaense”, diz, num<br />

paradoxo compreensível para quem conhece<br />

o imenso ‘nortão’ do País.<br />

Ensaios garantem<br />

confiabilidade<br />

de equipamentos<br />

O Centro de Tecnologia da <strong>Eletronorte</strong>, em Belém (PA),<br />

montou um laboratório a céu aberto para ensaios com alta<br />

tensão em buchas de transformadores e reatores de até<br />

500 kV. O laboratório foi montado para propor soluções de<br />

modo a aumentar a confiabilidade das buchas de reatores<br />

e transformadores de potência de alta tensão, armazenados<br />

em almoxarifados da Empresa. E após a ocorrência<br />

de três sinistros no biênio 2008/2009 em reatores da<br />

Empresa, causados por avarias originadas nessas buchas.<br />

“Como resultado, foi emitido um relatório sugerindo maior<br />

eficiência e eficácia no armazenamento, padronização da<br />

especificação técnica e a realização de ensaios periódicos<br />

para avaliar o estado das buchas de reserva”, esclarece<br />

Francisco Roberto Reis França, superintendente do Centro<br />

de Tecnologia.<br />

Segundo Lídio Nascimento, gerente da Divisão de Tecnologia<br />

de Ensaios, a realização desses estudos pela equipe<br />

interna da <strong>Eletronorte</strong> evitará um gasto aproximado de R$<br />

1,4 milhão. “A <strong>Eletronorte</strong>, ao atuar dessa forma, reduz<br />

significativamente a possibilidade de ocorrência de novos<br />

sinistros e, portanto, de multas impostas pelo Operador<br />

Nacional do Sistema - ONS, de valor bastante elevado,<br />

conhecidas como parcela variável.”<br />

A opção por realizar os testes em laboratórios externos<br />

foi descartada em função do custo elevado, além da<br />

complexidade na logística de transporte das buchas, já<br />

que os principais laboratórios se situam nas regiões Sul e<br />

Sudeste do País. Frente a esse novo desafio, a equipe do<br />

processo de ensaios elétricos com alta tensão montou o<br />

Técnico industrial de engenharia, Guimarães<br />

está há 32 anos na <strong>Eletronorte</strong> e trabalha<br />

na Usina Hidrelétrica Coaracy Nunes, a<br />

primeira hidrelétrica da Amazônia, localizada<br />

no município de Ferreira Gomes (AP). Ele é<br />

outro dos inventores premiados da Empresa.<br />

E pensar que tudo pode ter começado com<br />

uma brincadeira de menino. “Quando eu era<br />

criança, via aquelas pás carregadeiras. Aí eu<br />

peguei uma lata de leite, enchi de terra, furei<br />

do lado, inseri um arame, peguei uma lata de<br />

óleo, daquelas retangulares, cortei de fora a<br />

fora, amarrei um fio e um arame e ela puxava<br />

e ‘basculhava’”, conta.<br />

Hoje, Guimarães é autor de projetos como<br />

o reservatório para uso em máquinas pesadas,<br />

com sistema de retrolavagem, que permite a<br />

laboratório para realizar os ensaios. Os técnicos já realizam<br />

diversas atividades, tais como ensaios de tensão suportável<br />

à frequência industrial, medição de capacitância e fator de<br />

dissipação, medição de descargas parciais e medição de<br />

radiointerferência, limitados ao nível de tensão de 800 mil<br />

Volts em <strong>corrente</strong> alternada.<br />

Após a entrega do novo laboratório, que está em construção,<br />

também serão realizados ensaios de impulso atmosférico<br />

(simulação de uma descarga atmosférica) e ensaios de impulso<br />

de manobra (simulação de um chaveamento), em até<br />

2.400.000 Volts. Além de reduzir as despesas operacionais,<br />

o laboratório possibilitará a prestação de serviços para outras<br />

empresas, o que já acontece, por exemplo, com a Alunorte.<br />

“Executar esses ensaios é motivo de orgulho para a equipe<br />

e serve de estímulo à determinação na superação de novas<br />

dificuldades para ajudar a <strong>Eletronorte</strong> a atingir as suas metas<br />

de ser uma Empresa lucrativa”, finaliza Lídio.<br />

limpeza dos radiadores sem a necessidade de<br />

parada da máquina, entre outros. O projeto<br />

diminuiu significativamente os custos relativos à<br />

perda de produção, com uma economia estimada<br />

para a Empresa em R$ 440 mil por ano.<br />

Mas, afinal, como surgem essas inovações?<br />

Guimarães responde: “A inovação cai como<br />

se fosse uma tela, um quadro na frente da<br />

gente. De acordo com os problemas, aquilo<br />

vem na hora. A gente visualiza a solução e<br />

coloca em prática essa percepção. É um dom<br />

e uma aptidão.” E que dependem também<br />

de muito trabalho e observação. O mérito<br />

pelas inovações e melhorias que mudam a<br />

Empresa é, principalmente, de vocês, Guimarães,<br />

João Nilson e tantos outros valorosos<br />

empregados.<br />

<strong>corrente</strong> <strong>contínua</strong><br />

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