corrente contínua corrente contínua - Eletronorte
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AmAZÔnIA E nÓs<br />
<strong>corrente</strong> <strong>contínua</strong><br />
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Foto: Isac Pinheiro<br />
Terezinha Félix de Brito<br />
Entre banzeiros e cachoeiras de inúmeros<br />
rios, ou pelos trilhos da lendária Estrada de<br />
Ferro Madeira-Mamoré, ou ainda pelas belezas<br />
tropicais do Vale do Guaporé, do Forte Príncipe<br />
da Beira, e de muitas outras riquezas culturais<br />
e históricas, Rondônia tornou-se conhecida de<br />
brasileiros e estrangeiros. É preciso se aventurar<br />
para entender sobre essa terra tão rica e de muitos<br />
mistérios, de mitos, folclores, lendas, fases,<br />
lutas, superação. Hoje, o Estado de Rondônia<br />
é visto como referencial de desenvolvimento,<br />
Rondônia:<br />
diversidade,<br />
superação e<br />
desenvolvimento<br />
principalmente pela construção das usinas<br />
do Complexo do Rio Madeira (Jirau e Santo<br />
Antônio), obras grandiosas do Setor Elétrico<br />
brasileiro.<br />
A história de Rondônia é marcada pela<br />
construção da Estrada de Ferro Madeira-<br />
Mamoré, que nasceu da necessidade de<br />
permitir o escoamento de produtos ao país<br />
vizinho, a Bolívia, até o Pacífico. Ao longo<br />
de 400 km de distância entre Porto Velho e<br />
Guajará-Mirim, a obra foi construída por meio<br />
do ‘Tratado de Petrópolis’, que colocou fim à<br />
questão do Acre (1899-1902), anexando-o<br />
ao território brasileiro. Com a construção da<br />
ferrovia, em apenas dois anos, a capital Porto<br />
Velho foi considerada uma cidade cosmopolita<br />
no meio da selva e em pleno início do século<br />
XX era comparada com cidades europeias.<br />
Por lá já havia serviço de esgoto e telefone.<br />
Geradores de eletricidade eram responsáveis<br />
pela iluminação pública e, no cais, lâmpadas<br />
de arco voltaico permitiam o trabalho<br />
noturno. Foram montadas também fábricas<br />
de biscoitos, de gelo, padarias, lanchonetes,<br />
lavanderias, cinemas, hospitais, banda de<br />
música e tipografia. Eram poucos os estados<br />
da Federação que possuíam empreendimentos<br />
semelhantes.<br />
Mesmo com toda tecnologia e conforto, a cidade<br />
que foi o berço da ‘Ferrovia do Diabo’, como foi<br />
intitulada pelo jornalista Manoel Rodrigues Ferreira,<br />
fascinou muita gente e, ao mesmo tempo,<br />
tornou-se motivo de decepção para aqueles que<br />
se aventuraram num lugar até então desconhecido.<br />
Há um mito de que cada dormente da obra<br />
equivale à morte de um trabalhador. Atualmente,<br />
o complexo ferroviário é um dos pontos turísticos<br />
mais visitados, atraindo a curiosidade de pesquisadores,<br />
estudantes e turistas.<br />
<strong>corrente</strong> <strong>contínua</strong><br />
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