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corrente contínua corrente contínua - Eletronorte

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<strong>corrente</strong> <strong>contínua</strong><br />

50<br />

Guaporé. A religiosidade e a devoção<br />

aos santos padroeiros movimentam<br />

os pequenos distritos, entre eles<br />

Nazaré, Demarcação, São Carlos,<br />

Calama, Prosperidade, Ilha<br />

Grande e Nova Esperança. Ao<br />

contrário das grandes cidades<br />

brasileiras, as procissões<br />

nesses lugares<br />

são realizadas<br />

à beira dos ‘barrancos’.<br />

Judith<br />

dos Santos, de<br />

86 anos (foto<br />

abaixo), participa<br />

até hoje dos festejos<br />

do distrito de São<br />

Carlos. Ela fala com<br />

entusiasmo sobre a<br />

devoção que os<br />

moradores desses<br />

pequenos<br />

lugarejos têm pelos santos<br />

padroeiros: “Desde que me<br />

entendo por gente estou envolvida<br />

nessas festas, que são<br />

extremamente sagradas para<br />

nós ribeirinhos.<br />

Tive dez filhos, e todos<br />

de parto normal, e tenho certeza<br />

que todos eles tiveram a proteção<br />

divina desde o nascimento”.<br />

Já no Vale do Guaporé, a Festa<br />

do Divino Espírito Santo é uma<br />

das maiores e mais importantes,<br />

pois aproxima famílias ribeirinhas<br />

bolivianas e brasileiras. A peregrinação<br />

das comunidades que<br />

moram às margens dos rios Mamoré<br />

e Guaporé - que fazem divisa<br />

com o Brasil e a Bolívia - mobiliza<br />

principalmente as cidades de Costa Marques,<br />

Pedras Negras, Rolim de Moura do Guaporé,<br />

Pimenteiras, Versalhes, Remanso e Piso Firme,<br />

sendo as três últimas na Bolívia.<br />

Jerico – Já ouviu falar da Fórmula 1 da<br />

Amazônia? Não? Então imagine um cenário<br />

com arquibancadas, camarotes, bandeirolas<br />

e, na pista, muita lama, pilotos cheios<br />

de adrenalina fazendo diversas curvas em<br />

‘supermáquinas’. Jericódromo, esse é o lugar<br />

onde se pratica a Corrida de Jericos Motorizados.<br />

Os ‘jericos’ são montados a partir de<br />

peças de modelos diversos. Cada jerico chega<br />

a até 60 km/h e possui força para puxar um<br />

Folharal, personagem exclusivo<br />

do boi-bumbá estadual Corrida maluca: jericos motorizados chegam a 60 km/h<br />

caminhão. O esporte inventado por produtores<br />

rurais tem público certo, já que a corrida<br />

é realizada todos os anos em comemoração<br />

ao aniversário da cidade de Alto Paraíso. Este<br />

ano a pequena cidade recebeu mais de 30<br />

mil pessoas.<br />

Na capital, a peça o ‘Homem de Nazaré’,<br />

com mais de 300 integrantes, é encenada na<br />

cidade cenográfica Jerusalém da Amazônia, o<br />

segundo maior teatro a céu aberto do mundo.<br />

A peça foi criação do Grupo Êxodo, formado por<br />

jovens religiosos que disseminam a arte e a fé<br />

num espaço no meio da floresta. Agora entre todas<br />

as manifestações culturais, a que não pode<br />

deixar de ser citada é o Flor do Maracujá.<br />

O mundo fascinante das lendas e mitos<br />

tradicionais da Amazônia são revelados em<br />

dez noites no maior arraial do Norte do Brasil,<br />

que acontece há 28 anos em Porto Velho.<br />

Botos que dançam e emprenham donzelas,<br />

iaras que seduzem os homens e os levam<br />

para seus reinos encantados, e o Folharal,<br />

personagem exclusivo do boi-bumbá estadual.<br />

Além de contar com personagens tradicionais<br />

de quadrilha como os doutores da vida e da<br />

cachaça, seringueiro, caçador, personagens<br />

que traduzem a cultura local.<br />

<strong>corrente</strong> <strong>contínua</strong><br />

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