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todos os refúgios, todos os aposentos tem valores oníricos consoantes.” (BACHELARD 2005,<br />
p. 25)<br />
Logicamente, é graças à casa que um gran<strong>de</strong> número <strong>de</strong> nossas lembranças estão<br />
guardadas; e quando a casa se complica um pouco, quando tem um porão e um sótão,<br />
cantos e corredores, nossas lembranças têm refúgios cada vez mais bem caracterizados.<br />
A eles regressamos durante toda a vida, em nossos <strong>de</strong>vaneios. (BACHE-<br />
LARD 2005, p. 28)<br />
Na terceira questão que se pe<strong>de</strong> para <strong>de</strong>screver um lugar em especial <strong>de</strong> lá, o Professor Assis e<br />
a Aluna Ane Karoline citam lugares em comum, são os refúgios caracterizados das lembranças<br />
dos dois. O professor Assis comenta que “ Tinham vários lugares especiais lá, que os dois<br />
lugares mais marcantes era a cantina e o Hall <strong>de</strong> entrada.” E logo <strong>de</strong>pois comenta que também<br />
tinha o “recanto, que foi chamado recanto Dona Zulmira, que ficava lá no fundo”. A Aluna<br />
Ane Karoline também fala que “um lugar bem especial era a cantina porque era on<strong>de</strong> todo<br />
mundo se encontrava, e também tinha um lugar on<strong>de</strong> as pessoas iam fumar que era legal porque<br />
às vezes rolava Chorinho, tinham umas coisas legais, era o lugar on<strong>de</strong> o pessoal <strong>de</strong> Música<br />
e <strong>de</strong> Artes Visuais podiam se encontrar e conversar.” (Esse ultimo local se refere ao recanto<br />
Dona Zulmira mencionado por Assis). O professor Assis dá ênfase ao sótão quando respon<strong>de</strong><br />
essa pergunta: “Algumas salas tinham um carisma, como aquela sala que ficava no<br />
sótão, lá em cima, contavam muita história, eu acho que era a sala mais carismática da escola.”<br />
O sótão segundo Bachelard são “andares elevados, o sonhador os edifica e os reedifica<br />
bem edificados. Com os sonhos na altitu<strong>de</strong> clara estamos, convém repetir, na zona racional<br />
dos projetos intelectualizados”. (BACHELARD 2005, p. 37)<br />
Na segunda pergunta, o professor Assis começa a resposta assim: “O prédio da Emiliano<br />
sempre teve um charme, um carisma muito gran<strong>de</strong> [...]”. Nota-se nesse trecho, uma valorização<br />
<strong>de</strong> imagem, que nesse caso é o Prédio da Emiliano (antiga se<strong>de</strong>), po<strong>de</strong> ser um valor aumentado<br />
pela imaginação, segundo Bachelard “[...] a imaginação aumenta os valores das imagens.”<br />
(BACHELARD 2005, P 23) Lembrando também, que ao abordarmos uma imagem, a<br />
memória sempre está ligada com a imaginação. (BACHELARD 2005, p. 26)<br />
Na quarta questão, que se pe<strong>de</strong> para contar alguma estória relacionada a EMBAP, as respostas<br />
contém muitas características oníricas. O gran<strong>de</strong> exemplo é a Dona Zulmira, zeladora que<br />
morava na se<strong>de</strong> e cuidava do local. As estórias da Dona Zulmira estão vivas até hoje e a ima-<br />
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