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No. 23/1979

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derao beneficiar-se de iniciativas conjuntas,<br />

destinadas a explorar o potencial da amplia-<br />

cao dos mercados.<br />

Por seu lado, a retomada do crescimento<br />

economico do Brasil, que fundamenta a<br />

principal opcao politica do governo, se des-<br />

tina a ter um efeito positivo no crescimento<br />

do ingercambio bilateral e no desenvolvi-<br />

mento de projetos, dentre os quais ressalto<br />

especialmente os da cooperacao naval e<br />

construcao civil e portuaria.<br />

Temos, juntamente com os paises africanos<br />

de Iingua portuguesa, uma responsabilidade<br />

comum no dominio da cultura, da coopera-<br />

cao tecnica e educacional, da promocao da<br />

nossa Iingua, da valorizacao conjunta do<br />

patrimonio artistico e intelectual de cada<br />

um de nos.<br />

Estara em curso, no Rio de Janeiro, como<br />

acentuou Vossa Excelencia, nestes dias que<br />

correm, uma reuniao dos paises de Iingua<br />

portuguesa com vistas a unificacao ortogra-<br />

fica do idioma, que e expressiva do alcance<br />

e da importancia desse aspecto das nossas<br />

relacoes.<br />

Senhor Primeiro-Ministro,<br />

A multiplicidade de eventos e contratos<br />

que esta visita enseja e um eloquente teste-<br />

munho da riqueza do campo de intu resse<br />

de nossas relacoes.<br />

Esta, tenha absoluta .certeza, e uma nova<br />

era para brasileiros e portugueses, um iempo<br />

de criacao, de fecundidade, para o qual es-<br />

pero esta visita trazer uma ponderavel con-<br />

tribuicao. E estou certo de que, a partir dos<br />

contatos proveitosos que venho tendo, es-<br />

tamos no caminho que melhor nos servira<br />

nessa aspiracao comum.<br />

A conversa, que hoje tivemos, causou-me<br />

uma profunda impressao pela sinceridade,<br />

pela transparencia com que foram tratados<br />

os assuntos que nos sao comuns.<br />

E firmemente empenhado nessa tarefa, e<br />

com o espirito aberto a luz dos novos tem-<br />

pos, que se abrem para nos, que eu convi-<br />

do todos os presentes a comigo brindarem<br />

pela prosperidade do povo portugues, pe-<br />

lo continuo aperfeicoamento de nossas re-<br />

lacoes de fraterna amizade, pela saude e<br />

ventura pessoais de Vossa Excelencia, Se-<br />

nhor Primeiro-Ministro, e da Senhora Ca-<br />

vaco Silva, e pelo exito de seu governo.<br />

Muito obrigado.<br />

o encontro do presidente brasileiro<br />

com escritores portugueses<br />

Sou-lhes muito grato por haverem aceito<br />

esta convocacao da amizade, que 00s per-<br />

mite estar aqui, ao redor destas mesas, es-<br />

critores portugueses e brasileiros, a conti-<br />

nuar a longa conversacao, que raras vezes<br />

se interrompeu ao longo desses duzentos<br />

anos em que as duas culturas de origem lu-<br />

sitana assumiram destinos diferentes. Pode<br />

Discurso do Presidente Jose Sarney, em Lisboa, em 06<br />

de maio de 1986, por ocasiao de almoco com<br />

escritores portugueses.<br />

dizer-se que, ate a geracao de Tomaz Anto-<br />

nio Gonzaga, as historias de Portugal e do<br />

Brasil eram uma so historia. E que foi a par-<br />

tir do romantismo, que coincide com a in-<br />

dependencia do Brasil, que os nossos dois<br />

povos bifurcaram os seus caminhos, ainda<br />

que assentados na unidade da Iingua e nu-<br />

ma heranca que a ambos igualmente perten-<br />

Documento digitalizado pela equipe de Mundorama - Divulgação Científica em Relações Internacionais (http://www.mundorama.net).

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