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No. 23/1979

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dos contactos permanentes entre os dois<br />

paises, confirmou o desejo mutuo de es-<br />

treitar, cada vez mais, as relacoes bilaterais<br />

entre o Brasil e Cabo Verde, e de situa-las<br />

a um nivel ainda mais alto.<br />

Nas conversacoes entre os dois Chefes de<br />

Estado, que decorreram num clima de cor-<br />

dialidade, foram analisados o desenvolvi-<br />

mento das relacoes brasileiro-caboverdia-<br />

nas e os principais problemas da atualida-<br />

de internacional, com enfase nas questoes<br />

africanas e latino-americanas, tendo-se ve-<br />

rificado uma grande convergencia de opi-<br />

nioes.<br />

<strong>No</strong> tocante as relacoes bilaterais, os dois<br />

Presidentes exprimiram a conviccao de que<br />

essas conversacoes abrirao novas perspecti-<br />

vas para o seu desenvolvimento e reafirma-<br />

ram a sua vontade e firme determinacao de<br />

envidar esforcos no sentido de as incremen-<br />

tar e diversificar, no espirito da amizade<br />

que une o Brasil e Cabo Verde e das justas<br />

aspiracoes dos povos brasileiro e cabover-<br />

diano a um mundo de paz, progresso e<br />

justica social.<br />

Ressaltaram a importancia do bom funcio-<br />

namento da Comissao Mista de Coopera-<br />

cao Brasileiro-Caboverdiana como instru-<br />

mento eficaz para a orientacao e o desen-<br />

volvimento de uma cooperacao mutua-<br />

mente vantajosa com vistas a consecucao<br />

dos respectivos objetivos nacionais. Consi-<br />

deraram que os varios Acordos e Atas as-<br />

sinados entre os dois Governos constituem<br />

um quadro juridico adequado para o apro-<br />

fundamento e diversificacao dessa coope-<br />

racao e sublinharam a necessidade da sua<br />

implementacao e dinamizacao.<br />

Na ocasiao, foi assinado um Acordo Comer-<br />

cial entre o Brasil e Cabo Verde, com o<br />

objetivo de intensificar as relacoes comer-<br />

ciais e economicas entre os dois paises. A<br />

exposicao de produtos brasileiros, a reali-<br />

zar-se em Sao Vicente, de 7 a 13 de julho<br />

de 1986, sob o patrocinio do Ministerio das<br />

Relacoes Exteriores da Republica Federa-<br />

tiva do Brasil e da Secretaria de Estado do<br />

Comercio e Turismo da Republica de Cabo<br />

Verde, contribuira para a consecucao desse<br />

objet ivo.<br />

Ao avaliar ainda os resultados da coopera-<br />

cao bilateral, reafirmaram a sua intencao de<br />

a estender a novas areas e expressaram a<br />

sua disposicao e o interesse comum de pro-<br />

curar canalizar, sempre que possivel, para a<br />

realizacao de projetos comuns, recursos de<br />

terceiras fontes de financiamento.<br />

Os dois Chefes de Estado sublinharam, em<br />

particular, a importancia da cooperacao<br />

horizontal com base na equidade, no respei-<br />

to mutuo e na estrita observancia do princi-<br />

pio de vantagens reciprocas. Acentuaram<br />

que tal cooperacao se deve inserir no qua-<br />

dro do esforco que os paises em desenvolvi-<br />

mento fazem para atingir metas de progres-<br />

so social e economico e ser orientada pelos<br />

autenticos interesses desses paises e pelos<br />

propositos e principios da Carta das Nacoes<br />

Unidas.<br />

Analisando a situacao internacional, os dois<br />

Presidentes manifestaram a sua inquietacao<br />

em face do recrudescimento do clima de<br />

confrontacao e dos focos localizados de<br />

tensao, ao crescente recurso ao uso da for-<br />

ca para solucao dos diferendos entre Esta-<br />

dos e ao aumento da corrida armamentista<br />

que tendem a agravar os riscos de perturba-<br />

cao da paz entre as nacoes e exprimiram a<br />

certeza de que somente a pratica conforme<br />

aos principios fundamentais do Direito In-<br />

ternacional, nomeadamente o respeito pela<br />

soberania e igualdade dos Estados e pelo di-<br />

reito a autodeterminacao e independencia<br />

dos povos, permitira prevenir e debelar as<br />

crises que ameacam a paz e a seguranca in-<br />

ternacionais. Reafirmaram a esse proposito<br />

a sua conviccao de que a defesa do dialogo<br />

e da negociacao, enquanto vias privilegiadas<br />

para a solucao de conflitos internacionais,<br />

constitui uma contribuicao positiva para o<br />

estabelecimento da paz e da concordia uni-<br />

versais.<br />

Ao examinar a situacao na Africa Austral,<br />

os dois Chefes de Estado expressaram a sua<br />

Documento digitalizado pela equipe de Mundorama - Divulgação Científica em Relações Internacionais (http://www.mundorama.net).

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