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No. 23/1979

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sil, ja apresenta grande dinamismo. As com-<br />

panhias de comercializacao internacional<br />

podem igualmente juntar esforcos e expe-<br />

riencias no sentido de multiplicar e expan-<br />

dir oportunidades de intercambio, inclusi-<br />

ve em terceiros mercados.<br />

O intercambio comercial bilateral carece<br />

ainda de maior expressividade, pois nao re-<br />

flete potencialidades que estejam a altura<br />

deste novo membro da comunidade e do<br />

Brasil, a oitava economia de mercado do<br />

mundo, em termos de producao interna.<br />

<strong>No</strong>s, brasileiros, sabemos ver que a adesao<br />

a CEE representa a coragem da capacidade<br />

de enfrentar desafios, sem sombra de duvi-<br />

da, a serem bem vencidos e que abrirao am-<br />

plas possibilidades de progresso e que refle-<br />

tirao de forma permanente na esfera do co-<br />

mercio bilateral.<br />

E bem verdade que o contexto economico<br />

internacional muitas vezes conspira contra<br />

nossas vontades nacionais. <strong>No</strong>s ultimos 10<br />

anos, o Brasil teve que arcar com uma sobrecarregada<br />

conta de petroleo e dispendeu<br />

valores crescentes para o pagamento de<br />

juros sobre a divida externa, a taxas exorbitantes.<br />

Esse e um problema generalizado, a espera<br />

de solucoes mais permanentes, mais equanimes,<br />

e, sobretudo, ajustadas ao principio<br />

indeclinavel do crescimento economico.<br />

Salta aos olhos que o Brasil nao pode continuar<br />

transferindo ao exterior renda equivalente<br />

a 5% do seu PIB. Temos, aqui, um<br />

constrangimento financeiro comum, na<br />

frente externa, a nos aconselhar uma reflexao<br />

conjunta.<br />

Senhoras e Senhores, compreender as im-<br />

plicacoes do Plano Brasileiro de Estabili-<br />

zacao Economica e avaliar o alcance da par-<br />

ticipacao de Portugal na CEE sao tarefas do<br />

momento presente. Desse entendimento re-<br />

ciproco, surgirao novas luzes para a coope-<br />

racao bilateral para enfrentarmos juntos<br />

nossos condicionamentos externos.<br />

Na qualidade de Presidente do Brasil e,<br />

agora, como socio honorario da Associa-<br />

cao Industrial Portuguesa, terei sempre<br />

presente a grandeza dessas tarefas e a elas<br />

votarei meu interesse pessoal e o decidido<br />

apoio do Governo brasileiro.<br />

Senhor Presidente, ouvi com grande atencao<br />

a frase de Vossa Excelencia de que estavamos<br />

no momento de sairmos da retorica<br />

para a acao. Esse e, sem duvida, o lema<br />

principal da nossa visita a esta terra. Queremos<br />

que as relacoes do Brasil com Portugal<br />

saiam do terreno somente frio dos acordos<br />

escritos para uma efetiva realizacao em todos<br />

os setores: no setor cultural, no setor<br />

politico e no setor empresarial.<br />

N6s nao podemos nos conformar, portugueses<br />

e brasileiros, que o Brasil, sendo a<br />

oitava economia mundial, tendo o terceiro<br />

saldo de exportacao, que o Brasil com as<br />

potencialidades que tem hoje, com a experiencia<br />

internacional de comercio que tem,<br />

vendendo em todos os lugares do mundo,<br />

dominando tecnologias de ponta, possa ter<br />

relacoes empresariais tao limitadas com este<br />

Pais onde e ilimitado o nosso sentimento<br />

humano. E esse o desejo que todos nos temos,<br />

de sairmos dessa situacao. Posso dizer<br />

ao Senhor Presidente da Republica e ao Sr.<br />

Presidente da Associacao Industrial que,<br />

pessoalmente, ao voltar ao Brasil terei com<br />

empresarios brasileiros uma conversa definitiva<br />

no sentido de incentiva-los, dando o<br />

respaldo necessario do Governo para que<br />

eles possam, junto com os empresarios portugueses,<br />

estabelecer uma nova era de relacionamento<br />

nesse setor, que mais que relacoes<br />

comerciais, essas relacoes empresariais<br />

trazem beneficios que serao democratizados.<br />

Democratizados no sentido de atingir<br />

todo povo brasileiro e todo povo portugues<br />

atraves da criacao de novos mercados, atraves<br />

da abertura de amplos espacos de<br />

cooperacao que virao, sem duvida. E, e, sob<br />

a egide desta visao, destes novos tempos<br />

que eu encerro este seminario, dizendo que<br />

espero que as nossas relacoes vao tomar um<br />

novo rumo. Para repetir o que foi dito por<br />

um Ministro que me acompanha e uma frase<br />

bem brasileira: <strong>No</strong>s temos seguranca de<br />

que agora vai dar certo.<br />

Muito obrigado.<br />

Documento digitalizado pela equipe de Mundorama - Divulgação Científica em Relações Internacionais (http://www.mundorama.net).

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