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Dezembro Site - Escola de Educação Especial Anne Sullivan

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Correio da Fraternida<strong>de</strong><br />

ANO 23 – nº 270 Distribuição Gratuita <strong>Dezembro</strong> <strong>de</strong> 2011 Grupo Espírita “Irmão Vicente”<br />

DIVERSIDADE<br />

Mais <strong>de</strong> 1.000 atendimentos realizados para<br />

mais <strong>de</strong> 300 usuários divididos entre empresas,<br />

órgãos governamentais, entida<strong>de</strong>s filantrópicas<br />

e pessoas da socieda<strong>de</strong> civil, <strong>de</strong> diferentes<br />

pontos do país.<br />

Até impressiona a diversificação a que a <strong>Escola</strong><br />

foi chamada para aten<strong>de</strong>r as dificulda<strong>de</strong>s da<br />

sur<strong>de</strong>z, visto que apesar da exigência legal, nem<br />

as autorida<strong>de</strong>s, as entida<strong>de</strong>s educacionais e<br />

assistenciais qualificaram-se para esse mister.<br />

Ressaltamos aqui alguns casos que po<strong>de</strong>m<br />

esclarecer o leitor sobre o que estamos falando:<br />

Juiz, <strong>de</strong>legado e aten<strong>de</strong>ntes do sistema<br />

judiciário contataram a <strong>Escola</strong> à procura <strong>de</strong><br />

intérprete <strong>de</strong> Libras 1 , pois seja o surdo, réu ou<br />

vítima, precisa ser “ouvido”.<br />

Médico e enfermeiros com pacientes surdos,<br />

que não conseguem se comunicar com os<br />

mesmos para orientá-los, procuraram esta<br />

<strong>Escola</strong> para apren<strong>de</strong>rem a Libras e em um dos<br />

casos a <strong>Escola</strong> foi até a mediadora,<br />

esclarecendo a surda e a sua família, sobre os<br />

procedimentos que precisariam adotar.<br />

MATRÍCULAS<br />

A ESCOLA “ANNE SULLIVAN” EM DESFILE<br />

Surdos que perguntam sobre emprego,<br />

psicólogos, escolas, etc., sempre são<br />

encaminhados.<br />

Recebemos até a visita <strong>de</strong> um analista <strong>de</strong><br />

sistemas que está <strong>de</strong>senvolvendo um<br />

software para ajudar na aprendizagem da<br />

fala e uma boleira que precisava confeitar o<br />

bolo <strong>de</strong> um jovem surdo com os dizeres<br />

“feliz aniversário” no alfabeto manual da<br />

Libras.<br />

Por que estes fatos são relevantes?<br />

Porque <strong>de</strong>monstram o acerto da orientação<br />

do Mentor Espiritual <strong>de</strong>sta Casa, passada<br />

para a sua comunida<strong>de</strong>. Um médico<br />

espiritual, <strong>de</strong>sencarnado, conhecido pelo<br />

nome <strong>de</strong> Dr. Vicente, que <strong>de</strong>s<strong>de</strong> os idos <strong>de</strong><br />

1960, quando da fundação <strong>de</strong>sta Casa,<br />

batalhou incansavelmente até conseguir<br />

chegar ao ponto a que se está chegando<br />

atualmente, <strong>de</strong> transformá-la não só numa<br />

escola, mas num Centro <strong>de</strong> Referência para<br />

sur<strong>de</strong>z.<br />

1 Língua Brasileira <strong>de</strong> Sinais<br />

Cibele – Diretora Pedagógica<br />

A <strong>Escola</strong> <strong>Anne</strong> <strong>Sullivan</strong> manterá aberto o período <strong>de</strong> matrículas nos meses <strong>de</strong> <strong>Dezembro</strong>/11 e<br />

Janeiro/12, para aten<strong>de</strong>r aos pais que procuram vagas para crianças surdas <strong>de</strong> 4 a 14 anos,<br />

resi<strong>de</strong>ntes em Campinas ou região. Seguem abaixo as datas <strong>de</strong> funcionamento da <strong>Escola</strong><br />

<strong>Anne</strong> <strong>Sullivan</strong>:<br />

Encerramento ano letivo 16/<strong>Dezembro</strong>/2011<br />

Retorno da Secretaria 16/Janeiro/2012<br />

Volta às Aulas 20/Janeiro/2012 (6 a Feira)<br />

Para maiores informações ligue: (19) 3579-9440 – período da manhã.<br />

INFORMAÇÕES DIGNAS DE NOTA<br />

Na última avaliação trimestral <strong>de</strong> trabalhadores <strong>de</strong>sta<br />

Casa, ocorrida em 30/11 p.p., a comunida<strong>de</strong> refletiu<br />

sobre elucidativa exortação ao trabalho <strong>de</strong> renovação<br />

moral intitulada “O Espiritismo Pergunta”, assinada<br />

pelo Espírito Militão Pacheco. Transcrita na obra O<br />

Espírito da Verda<strong>de</strong> 1 , publicada há exatos 50 anos, tal<br />

mensagem <strong>de</strong>spertou o interesse dos circunstantes pelo<br />

fato <strong>de</strong> <strong>de</strong>sconhecerem a personalida<strong>de</strong> que lhes havia<br />

proporcionado as reflexões da noite. E o amigo leitor,<br />

conhece Augusto Militão Pacheco?<br />

Aqui vão algumas informações dignas <strong>de</strong> nota sobre este eminente<br />

médico brasileiro. Apesar <strong>de</strong> suas respeitadíssimas habilida<strong>de</strong>s clínicas<br />

e prestimosos serviços prestados aos <strong>de</strong>partamentos sanitários <strong>de</strong><br />

diversos estados brasileiros, Militão Pacheco atendia a quem<br />

precisasse <strong>de</strong> seus cuidados, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente <strong>de</strong> seus recursos<br />

financeiros. Nasceu em 1866 e <strong>de</strong>sencarnou em 1954, no estado <strong>de</strong><br />

São Paulo, on<strong>de</strong> viveu a maior parte <strong>de</strong> sua vida. Tornou-se espírita<br />

após reunião em que sua filha <strong>de</strong>sencarnada aos 54 dias <strong>de</strong> ida<strong>de</strong> se fez<br />

presente. <strong>Especial</strong>izou-se, na nossa cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Campinas, em medicina<br />

homeopática, sendo um dos primeiros no país neste ofício. Auxiliou<br />

na fundação e no trabalho <strong>de</strong> algumas Casas Espíritas, <strong>de</strong>sencarnando<br />

na pobreza, por sempre auxiliar aos seus pacientes e pessoas<br />

<strong>de</strong>safortunadas. Não <strong>de</strong>ixou à família outro legado que não o exemplo<br />

<strong>de</strong> trabalho em favor do próximo. Quer saber mais sobre este Espírito<br />

que exemplificou o trabalho cristão e pontificou o Espiritismo no<br />

estado <strong>de</strong> São Paulo num difícil momento histórico? Então consulte a<br />

obra Gran<strong>de</strong>s Espíritas do Brasil 2 para maiores informações.<br />

1 psicografia <strong>de</strong> Francisco C. Xavier/Waldo Vieira - lição 18<br />

2 Zeus Wantuil.<br />

Débora/Susan<br />

(final)<br />

PACIÊNCIA E<br />

ESPERANÇA<br />

Se acalentas algum plano <strong>de</strong><br />

felicida<strong>de</strong>; se aspiras a conquistar o<br />

conhecimento superior; se anseias<br />

obter a compreensão <strong>de</strong> um ente<br />

amado ou se <strong>de</strong>sejas a recuperação<br />

<strong>de</strong> um ente querido, trabalha e serve<br />

sempre na direção do alvo por atingir,<br />

sem <strong>de</strong>sânimo e sem precipitação,<br />

contando com Deus, porque as Leis<br />

Divinas para te garantirem a<br />

concretização <strong>de</strong>sse ou daquele<br />

propósito, em matéria <strong>de</strong> execução<br />

do bem, apenas te solicitam saber<br />

esperar.<br />

Pronto Socorro – Emmanuel – psicografia <strong>de</strong> Francisco<br />

Cândido Xavier – Ed. CEU<br />

AJUDA DE MEMÓRIA<br />

O periódico O Clarim publicou na edição <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>zembro/2011 uma crônica que muito <strong>de</strong>ve<br />

interessar aos estudantes do Espiritismo. (…)<br />

Informações importantes sobre a biografia <strong>de</strong> Allan<br />

Kar<strong>de</strong>c atestam seu preparo para a tarefa <strong>de</strong> pesquisa,<br />

análise e organização da Doutrina Espírita<br />

Ver página 8<br />

FORA DA BOA VONTADE<br />

NÃO HÁ SOLUÇÃO<br />

Alerta-nos o mentor Emmanuel que a boa vonta<strong>de</strong> é o primeiro passo para<br />

a carida<strong>de</strong>.<br />

Realmente, a carida<strong>de</strong> é a chave do Céu, entretanto, não nos<br />

esqueçamos <strong>de</strong> que a boa vonta<strong>de</strong> é o começo da sublime virtu<strong>de</strong>,<br />

tanto quanto o alicerce é o início da construção.<br />

Se encontrarmos a cólera no espírito do companheiro e não temos<br />

a boa vonta<strong>de</strong> da paciência, indiscutivelmente, atingiremos<br />

lamentáveis conflitos.<br />

Se o <strong>de</strong>sânimo nos visita e não dispomos <strong>de</strong> boa vonta<strong>de</strong> na<br />

resistência, dormiremos <strong>de</strong>lituosamente na inutilida<strong>de</strong>.<br />

Se a malda<strong>de</strong> nos persegue e não exercitamos a boa vonta<strong>de</strong> da<br />

<strong>de</strong>sculpa compreensiva, <strong>de</strong>sceremos a <strong>de</strong>ploráveis movimentos <strong>de</strong><br />

reação com resultados imprevisíveis.<br />

Se o trabalho nos pe<strong>de</strong> sacrifício e não usamos a boa vonta<strong>de</strong> da<br />

renúncia, o atraso e a sombra dominarão a vida que <strong>de</strong>vemos<br />

iluminar e sublimar.<br />

Se o insulto nos surpreen<strong>de</strong> e não praticamos a boa vonta<strong>de</strong> do<br />

silêncio, cairemos na <strong>de</strong>sesperação.<br />

Se a prova nos procura, em favor <strong>de</strong> nossa regeneração e fugimos<br />

à boa vonta<strong>de</strong> da conformação e da diligência, <strong>de</strong>morar-nos-emos<br />

in<strong>de</strong>finidamente na brutalida<strong>de</strong>, adiando sempre a nossa elevação<br />

para a Vida Superior.<br />

De todos os males que escravizam as nossas almas, na Terra, os<br />

maiores, são a ignorância e a penúria.<br />

Para combatê-los e extingui-los, tenhamos a precisa coragem <strong>de</strong><br />

trabalhar e servir, auxiliando-nos reciprocamente, apren<strong>de</strong>ndo<br />

sempre e semeando o bem, cada vez mais, porque se a carida<strong>de</strong><br />

é o nosso anjo renovador <strong>de</strong>vemos reconhecer que, nos variados<br />

problemas da jornada na Terra, sem a boa vonta<strong>de</strong> não há<br />

solução.<br />

Visão Nova – Espíritos Diversos - psic. Francisco C. Xavier - lição 9 (Compilado por<br />

Cibele)<br />

BAZAR<br />

Havia produtos para todos os gostos; <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

panos <strong>de</strong> pratos, toalhas <strong>de</strong> mesa, até porta<br />

controle remoto e caixinhas para joias.<br />

Ver página 6<br />

VOCÊ SABIA?<br />

ESPIRITISMO: UM CASO<br />

DE POLÍCIA<br />

Poucos sabem, mas os espíritas foram<br />

perseguidos no Brasil. (…) O Artigo 157 do<br />

Código Penal confundia o Espiritismo com o<br />

uso <strong>de</strong> talismãs e cartomancia para <strong>de</strong>spertar<br />

sentimentos <strong>de</strong> ódio ou amor…<br />

Ver página 8<br />

80 ANOS DE PARNASO<br />

Em <strong>Dezembro</strong> <strong>de</strong> 1931, há exatos 80 anos, era<br />

publicado o primeiro livro a vir a lume pela<br />

psicografia <strong>de</strong> Francisco C. Xavier, o Parnaso<br />

<strong>de</strong> Além-Túmulo.<br />

Ver página 8<br />

MELHOR CIDADE DO MUNDO<br />

PARA SE MORAR<br />

Segundo notícia da Reuters, a excelente<br />

infraestrutura, ruas seguras e bom serviço<br />

público <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> fazem <strong>de</strong> Viena a melhor<br />

cida<strong>de</strong> do mundo para se morar…<br />

Ver página 5


“DEZEMBRO, MÊS DAS FESTAS”<br />

C<br />

om o aproximar-se das festas<br />

<strong>de</strong> fim <strong>de</strong> ano, as palavras <strong>de</strong><br />

Paulo, mencionadas no início<br />

<strong>de</strong>ste editorial, ganham <strong>de</strong>staque<br />

especial.<br />

É visível, não importa que credo<br />

professem, como os homens tentam<br />

mascarar seus atos e palavras <strong>de</strong> um<br />

quê místico, em <strong>de</strong>corrência das<br />

festivida<strong>de</strong>s natalinas.<br />

E, muito embora, tais palavras <strong>de</strong><br />

Paulo, “Confessam que conhecem<br />

a Deus, mas negam-no com as<br />

suas obras...”, tenham sido<br />

pronunciadas há mais <strong>de</strong> 2000 anos,<br />

elas retratam o quanto as socieda<strong>de</strong>s<br />

terrenas, ditas cristãs, estão longe <strong>de</strong><br />

agir <strong>de</strong> acordo com a fé que dizem<br />

professar.<br />

Em que pese o ambiente <strong>de</strong><br />

preocupação que paira pelos quatro<br />

cantos <strong>de</strong>ste Planeta, on<strong>de</strong> os<br />

<strong>de</strong>sarranjos financeiros,<br />

acompanhados <strong>de</strong> mudanças<br />

radicais <strong>de</strong> forma <strong>de</strong> governos,<br />

guerras <strong>de</strong> caráter religioso,<br />

movimentos terroristas, etc. são<br />

<strong>de</strong>ixados <strong>de</strong> lado, como se não<br />

existissem.<br />

E como se a vida na Terra não<br />

passasse <strong>de</strong> um conto <strong>de</strong> fadas, os<br />

rostos se cobrem <strong>de</strong> expressões <strong>de</strong><br />

serenida<strong>de</strong>, a revelar, como se fosse<br />

possível, a existência <strong>de</strong> amplo e<br />

recíproco entendimento entre os<br />

homens.<br />

Os exageros não param por aí e<br />

esten<strong>de</strong>m-se pela realização em<br />

logradouros públicos da<br />

apresentação <strong>de</strong> corais a entoarem<br />

suaves melodias que exaltam a<br />

Glória a Deus e a paz na Terra para<br />

com todos os homens.<br />

Quem procura explicações para que<br />

se pu<strong>de</strong>sse enten<strong>de</strong>r tal situação, ou<br />

seja, passar-se um ano explorandose<br />

financeiramente uns aos outros,<br />

<strong>de</strong>sviando recursos orçamentários<br />

das nações <strong>de</strong>stinados a beneficiar<br />

os seus cidadãos, sem importar-se<br />

que tais procedimentos atinjam<br />

impiedosamente crianças, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> as<br />

recém-nascidas, <strong>de</strong>ixando-as sem<br />

um mínimo <strong>de</strong> assistência médico-<br />

hospitalar, até aquelas maiores que<br />

acabam sendo arrastadas pelo<br />

mundo da criminalida<strong>de</strong>, além <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>ixarem pessoas idosas, por falta<br />

<strong>de</strong> instituições a<strong>de</strong>quadas, sem<br />

abrigo e etc.<br />

Acaba, inexoravelmente, se<br />

encontrando com o restante das<br />

palavras <strong>de</strong> Paulo, acima citadas –<br />

“sendo abomináveis e<br />

<strong>de</strong>sobedientes, e reprovados para<br />

toda boa obra”.<br />

Em outras palavras, pura hipocrisia!<br />

É oportuno para os meios espíritas<br />

que se resgate aqui a expressão <strong>de</strong><br />

Emmanuel, a este respeito: ... “O<br />

Espiritismo, em sua feição <strong>de</strong><br />

Cristianismo redivivo, tem papel<br />

muito mais alto que o <strong>de</strong> simples<br />

campo para novas observações<br />

técnicas da ciência instável do<br />

mundo”... 1<br />

Como mergulhar-se em tal<br />

ambiente <strong>de</strong> festas alusivas ao<br />

natalício <strong>de</strong> Jesus, ignorando os<br />

movimentos sociais <strong>de</strong> protestos<br />

que estão sendo realizados em<br />

vários países, que terminam em<br />

fatídicos banhos <strong>de</strong> sangue<br />

<strong>de</strong>correntes dos choques <strong>de</strong> civis<br />

com autorida<strong>de</strong>s policiais?<br />

No entanto, as gran<strong>de</strong>s lojas estão<br />

cada vez mais cheias!<br />

Sim, e as consequências não se<br />

farão tardar. Passadas as ilusões<br />

<strong>de</strong>ssas festivida<strong>de</strong>s vazias, sobra a<br />

dura constatação <strong>de</strong> que os<br />

problemas então <strong>de</strong>ixados<br />

trefegamente continuam os<br />

mesmos. As Obras a que Paulo se<br />

refere em seu versículo não estão<br />

em atitu<strong>de</strong>s falsas <strong>de</strong> comemorações<br />

do natalício do Mestre. Elas<br />

continuam esperando pela mudança<br />

“Confessam que conhecem a Deus, mas negam-no com<br />

as obras, sendo abomináveis e <strong>de</strong>sobedientes, e<br />

reprovados para toda boa obra.” – PAULO. (Tito, 1:16)<br />

do sentimento humano. Em lugar <strong>de</strong><br />

vaida<strong>de</strong>s, ostentação, luxo,<br />

brinquedos finos, etc. que se<br />

comece a <strong>de</strong>senvolver, no íntimo<br />

daqueles que se dizem cristãos, as<br />

obras <strong>de</strong> saneamento <strong>de</strong> seus<br />

sentimentos.<br />

Não esquecer que amanhã todos<br />

estarão <strong>de</strong> volta ao mundo dos<br />

espíritos.<br />

Pensar e refletir bastante, na lição<br />

que Jesus contou <strong>de</strong> um ju<strong>de</strong>u rico<br />

que tinha tudo que a vida material<br />

podia lhe dar. Enquanto o pobre<br />

Lázaro <strong>de</strong> riqueza tinha suas feridas<br />

e se alimentava das sobras da mesa<br />

que o ju<strong>de</strong>u abastado atirava para os<br />

cachorros. Um, concentrado na sua<br />

riqueza material, alimentava cada<br />

vez mais o seu egoísmo. O outro<br />

movido pela experiência dolorosa<br />

por que passava, aprendia a<br />

enten<strong>de</strong>r que a vida na Terra é<br />

<strong>Escola</strong> <strong>de</strong> recuperação para todos os<br />

homens. Aceitou os <strong>de</strong>sígnios do<br />

Pai. Despren<strong>de</strong>u-se da hipocrisia e<br />

do egoísmo. Desencarnados, o<br />

ju<strong>de</strong>u mal conseguia <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong><br />

sentir o cheiro que exalava <strong>de</strong> suas<br />

próprias vestes em <strong>de</strong>composição.<br />

Enquanto Lázaro <strong>de</strong>slocava-se<br />

suavemente na sua nova condição<br />

<strong>de</strong> espírito <strong>de</strong>sencarnado que havia<br />

aprendido, através das dores por<br />

que passou, a ser humil<strong>de</strong>, a<br />

esquecer em um canto sua vaida<strong>de</strong>,<br />

orgulho, etc.<br />

Em lugar <strong>de</strong> votos disto, ou daquilo,<br />

<strong>de</strong>seja este editorial que a sabedoria<br />

do Senhor Jesus ilumine o<br />

entendimento <strong>de</strong> cada um, através<br />

da profunda reflexão das palavras<br />

<strong>de</strong> Paulo ...“Confessam que<br />

conhecem a Deus, mas negam-no<br />

com as obras, sendo abomináveis<br />

e <strong>de</strong>sobedientes, e reprovados<br />

para toda boa obra.”<br />

1<br />

Caminho, Verda<strong>de</strong> e Vida – Emmanuel - psic. Francisco C. Xavier –<br />

lição 116 – 8 a ed. FEB<br />

2 CORREIO DA FRATERNIDADE, DEZEMBRO, 2011


FATOS PITORESCOS DE CHICO<br />

XAVIER<br />

PARAR POR QUÊ?<br />

N<br />

o dia 3 <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> 1987, escrevendo-me<br />

com certa indignação, Chico <strong>de</strong>sabafou com<br />

a firmeza que lhe sempre conhecemos nas<br />

atitu<strong>de</strong>s e opiniões.<br />

(…) Estou firme e com as melhores disposições para<br />

trabalhar. Consi<strong>de</strong>ro estranho é que amigos vêm<br />

aqui me aconselhar a encerrar as minhas ativida<strong>de</strong>s<br />

mediúnicas em vista <strong>de</strong> uma “pneumonia” simples,<br />

quando eu não teria coragem <strong>de</strong> aconselhá-los nesse<br />

sentido se estivessem num estado mais grave que o<br />

meu. Parar por quê? Será que uma gripe forte como<br />

ocorre a centenas <strong>de</strong> pessoas em Uberaba, com as<br />

alterações climáticas naturais, <strong>de</strong>veria reduzir-me à<br />

inércia e à inutilida<strong>de</strong>? Não me revolto, mas on<strong>de</strong><br />

essa gente coloca o i<strong>de</strong>al <strong>de</strong> servir ao amor do<br />

Cristo? Estar ligeiramente enfermo será motivo para<br />

a preguiça e para a fuga <strong>de</strong> obrigações que nos cabe<br />

honrar cada vez mais? Ainda mesmo que eu estivesse<br />

incapaz <strong>de</strong> agir na psicografia, não po<strong>de</strong>riam esses<br />

companheiros lembrar que existem outros setores em<br />

que a pessoa po<strong>de</strong> ajudar e ser útil? Em Pedro<br />

Leopoldo, <strong>de</strong> 28 a 1931, todos os dias no C.E. Luiz<br />

Gonzaga, tinha eu um horário <strong>de</strong> 2 a 3 horas (…)<br />

para lavar as feridas <strong>de</strong> mendigos abandonados.<br />

Será que eu teria esquecido esse <strong>de</strong>ver que sempre<br />

me serviu <strong>de</strong> reconforto? Na condição <strong>de</strong> médium<br />

psicográfico, sentiria eu qualquer espécie <strong>de</strong><br />

vergonha para retomar <strong>de</strong> público essa tarefa?<br />

Sinceramente, os alvitres <strong>de</strong> amigos querendo<br />

paralisar-me me chocaram profundamente. Deus os<br />

recompense pelo estímulo com que me fazem pensar<br />

no trabalho multiface <strong>de</strong> nossa Doutrina.<br />

Chico Xavier, o Médium dos Pés Descalços – Carlos A. Baccelli<br />

(Compilado por Sheila)<br />

CONCEITOS FILOSÓFICOS<br />

(final)<br />

O MOMENTO ATUAL<br />

É TEMPO DE RENOVAR<br />

arar por quê?<br />

A indagação do médium mineiro ecoa nas consciências espíritas cristãs…<br />

Parar é sinônimo <strong>de</strong> cessar movimento ou ação, permanecer, <strong>de</strong>scansar.<br />

Sendo a Terra um hospital-escola-oficina que faculta aos espíritos encarnados as oportunida<strong>de</strong>s que lhes são<br />

necessárias para a renovação <strong>de</strong> sentimentos, como parar? O que po<strong>de</strong>ria fazer o aprendiz do Evangelho <strong>de</strong> Jesus,<br />

interromper a sua marcha <strong>de</strong> progresso? Afinal, on<strong>de</strong> estará a lógica do espírito encarnado furtar-se do tratamento<br />

no hospital quando se encontra doente, do aprendizado na escola quando se pilha ignorante, e do trabalho<br />

disciplinativo quando ainda se é aprendiz rebel<strong>de</strong>?<br />

Na Terra o homem tem a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> cicatrizar as feridas do ódio e da vingança, usufruindo do esquecimento<br />

do passado; <strong>de</strong>ve apren<strong>de</strong>r a humilda<strong>de</strong> e a fraternida<strong>de</strong>, verificando-se ignorante perante as Leis da Vida as quais<br />

<strong>de</strong>monstram ainda que todos são irmãos em Deus; e também po<strong>de</strong> testar a cicatrização das feridas e o aprendizado<br />

das Leis Divinas através da convivência diária com inimigos e <strong>de</strong>safetos, tendo igualmente as mais diversas<br />

situações em que incitado à vaida<strong>de</strong> e ao egoísmo, ele se vê chamado ao trabalho renovador <strong>de</strong> seu íntimo.<br />

Logo, fugir das oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> trabalho, das responsabilida<strong>de</strong>s assumidas seja nas Casas Espíritas, seja na vida<br />

cotidiana, por qualquer “pneumonia” simples ou até mesmo estados mais graves – conforme palavras <strong>de</strong> Chico<br />

Xavier – mostram quão longe ainda se está <strong>de</strong> enten<strong>de</strong>r e viver o i<strong>de</strong>al cristão. Sequer enten<strong>de</strong>-se o porquê da vida.<br />

Assim, por vezes, as dores parecem lancinantes, as dificulda<strong>de</strong>s quais muralhas. Mas, haverá dor maior do que a<br />

dos cristãos que foram jogados às feras, e, que se escon<strong>de</strong>ndo nas sombras da noite, caminhavam longas jornadas<br />

até as catacumbas para ouvir elucidações do Evangelho <strong>de</strong> Jesus? E quantos outros exemplos não se têm <strong>de</strong> que a<br />

vida na Terra não é isenta <strong>de</strong> <strong>de</strong>safios? No entanto, todos prosseguiram na jornada <strong>de</strong> trabalho na Seara Cristã, cada<br />

qual carregando suas dores e dificulda<strong>de</strong>s – como o próprio Chico Xavier –, mas sem <strong>de</strong>ixar-se influenciar por<br />

elas, sem parar, sem <strong>de</strong>scansar.<br />

Portanto, sejam quais forem os percalços do caminho, cessar o movimento, permanecer on<strong>de</strong> se está, <strong>de</strong>ve ser<br />

motivo <strong>de</strong> preocupação e atenção do aprendiz sincero do Evangelho. O <strong>de</strong>sabafo <strong>de</strong> Chico tem tão amplo<br />

significado que chega a ser difícil <strong>de</strong> compreen<strong>de</strong>r todos os impactos <strong>de</strong>ste alerta na vida do aprendiz cristão; logo,<br />

a vivência <strong>de</strong> sua realida<strong>de</strong> será, a ele, <strong>de</strong>safiadora. Portanto, é necessário sondar-se intimamente sempre, vigiar-se<br />

em seus sentimentos, em seus <strong>de</strong>sejos e vonta<strong>de</strong>s, para que uma gripe e outros tantos “problemas” não sejam os<br />

motivos que escon<strong>de</strong>rão a preguiça, a inconsequência, a falta <strong>de</strong> consciência doutrinária perante os compromissos<br />

da própria encarnação. Afinal, possuindo-se o corpo físico, o aprendiz po<strong>de</strong>, ao esquecer-se do passado milenar do<br />

espírito, reconstruir laços <strong>de</strong> amiza<strong>de</strong>, combater as tendências instintivas e inferiores; renovar-se através do estudo<br />

do Evangelho e do trabalho na Seara Cristã, não olvidando ainda que existem ferramentas diversas para tais<br />

trabalhos; e caso alguma <strong>de</strong>las, com o tempo, <strong>de</strong>ixe <strong>de</strong> ser a<strong>de</strong>quada, esta <strong>de</strong>ve ser trocada, pois a Seara é gran<strong>de</strong> e<br />

para todos os trabalhadores <strong>de</strong> boa vonta<strong>de</strong> sempre haverá espaço para a contribuição fraterna.<br />

Assim, o aprendiz cristão <strong>de</strong>ve manter-se fiel ao compromisso assumido para consigo, na sua renovação, e para<br />

com a Obra na Seara <strong>de</strong> Jesus, se quiser honrar a oportunida<strong>de</strong> bendita da encarnação, jamais parando, pois que<br />

Jesus já houvera <strong>de</strong>clarado que Meu Pai até agora não cessa <strong>de</strong> trabalhar, e eu trabalho também incessantemente. 1<br />

P<br />

1 João, 5:17<br />

A MORTE – III: O ESPÍRITO EM SUA VIDA NOVA<br />

“S<br />

olene é o instante em que um <strong>de</strong>les (Espírito) vê cessar a sua escravização, pela<br />

ruptura dos laços que o prendiam ao corpo. Ao entrar no Mundo dos Espíritos<br />

é acolhido pelos amigos que o vêm receber, como se voltasse <strong>de</strong> penosa<br />

viagem. Se a travessia foi feliz, isto é, se o tempo <strong>de</strong> exílio foi empregado <strong>de</strong> maneira<br />

proveitosa para si e o elevou na hierarquia do Mundo dos Espíritos, eles o felicitam. Ali<br />

reencontra os conhecidos, mistura-se aos que o amam e com ele simpatizam, e então<br />

começa para ele, verda<strong>de</strong>iramente, a sua nova existência. (...)<br />

A princípio o Espírito não compreen<strong>de</strong> essa nova maneira <strong>de</strong> sentir, da qual só aos poucos<br />

se dá conta. Aqueles cuja inteligência é ainda muito atrasada não a compreen<strong>de</strong>m<br />

absolutamente e sentiriam muita dificulda<strong>de</strong> em exprimi-la: exatamente como entre nós os<br />

ignorantes veem e se movem, sem saber como nem por quê. (...)<br />

O estado do Espírito, como Espírito, varia extraordinariamente na razão <strong>de</strong> sua elevação e<br />

<strong>de</strong> seu grau <strong>de</strong> pureza. À medida que se eleva e se <strong>de</strong>pura, suas percepções e suas<br />

sensações se tornam menos grosseiras; adquirem mais acuida<strong>de</strong>, mais sutileza, mais<br />

<strong>de</strong>lica<strong>de</strong>za; vê, sente e compreen<strong>de</strong> que não po<strong>de</strong>ria ver, sentir ou compreen<strong>de</strong>r numa<br />

condição inferior. Ora, cada existência corpórea sendo para ele uma oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

progresso, lança-o a um novo meio, porque, se tiver progredido, encontra-se entre<br />

Espíritos <strong>de</strong> outra or<strong>de</strong>m. Acrescente-se que tal <strong>de</strong>puração lhe permite, sempre como<br />

Espírito, penetrar nesses mundos inacessíveis aos Espíritos inferiores, do mesmo modo<br />

que nos salões da alta socieda<strong>de</strong> não têm acesso as pessoas mal-educadas. Quanto menos<br />

esclarecido, tanto mais limitado é o seu horizonte; à medida que se eleva e se <strong>de</strong>pura, esse<br />

horizonte se amplia e, com este, o círculo <strong>de</strong> suas i<strong>de</strong>ias e percepções. (...)<br />

Entre os Espíritos inferiores muitos sentem sauda<strong>de</strong>s da vida terrena, porque sua situação<br />

como Espírito é cem vezes pior. Eis porque buscam distrair-se com a visão daquilo com<br />

que outrora se <strong>de</strong>liciavam; mas essa mesma visão lhes é um suplício, porque sentem<br />

<strong>de</strong>sejos, mas não os po<strong>de</strong>m satisfazer.<br />

Entre os espíritos é geral a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> progresso e isto os estimula ao trabalho por seu<br />

melhoramento, <strong>de</strong> vez que compreen<strong>de</strong>m que este é o preço <strong>de</strong> sua felicida<strong>de</strong>. Mas nem<br />

todos sentem essa necessida<strong>de</strong> no mesmo grau, principalmente no início. Alguns chegam<br />

mesmo a se comprazer numa espécie <strong>de</strong> vagabundagem, mas <strong>de</strong> pouca duração; logo a<br />

ativida<strong>de</strong> se torna para eles uma necessida<strong>de</strong> imperiosa, à qual, aliás, são arrastados por<br />

outros Espíritos que lhes instilam os sentimentos do bem.”<br />

Ver o artigo completo na Revista Espírita Abr/1859 – Quadro da Vida Espírita<br />

(Compilado por Pedro Abreu)<br />

EM PREPARAÇÃO<br />

3 CORREIO DA FRATERNIDADE, DEZEMBRO, 2011<br />

Sheila<br />

Muito mais importante do que a divulgação das verda<strong>de</strong>s do Evangelho aos quatro cantos<br />

do planeta é a vivência <strong>de</strong>las no cotidiano da vida <strong>de</strong> cada um <strong>de</strong> nós. Esta vivência por<br />

sua vez, é fruto do entendimento <strong>de</strong>stes ensinamentos traduzidos em atos. Meditemos<br />

nesta profunda e lógica mensagem <strong>de</strong>ixada por Emmanuel através da seguinte assertiva <strong>de</strong><br />

Paulo:<br />

Diz o Senhor: Porei as minhas leis no seu entendimento e em<br />

seu coração as escreverei; e eu lhes serei por Deus e eles<br />

me serão por povo. – PAULO. (Hebreus, 8:10.)<br />

Traduziremos o Evangelho<br />

Em todas as línguas,<br />

Em todas as culturas,<br />

Exaltando-lhe a gran<strong>de</strong>za,<br />

Destacando-lhe a sublimida<strong>de</strong>,<br />

Semeando-lhe a poesia,<br />

Comentando-lhe a verda<strong>de</strong>,<br />

Interpretando-lhe as lições,<br />

Impondo-nos ao raciocínio,<br />

Aprimorando o coração<br />

E reformando a inteligência,<br />

Renovando leis,<br />

Aperfeiçoando costumes<br />

E aclarando caminhos...<br />

Mas, virá o momento<br />

Em que a Boa Nova <strong>de</strong>ve ser impressa, em nós mesmos,<br />

Nos refolhos da mente,<br />

Nos recessos do peito,<br />

Através das palavras e das ações.<br />

Dos princípios e i<strong>de</strong>ais,<br />

Das aspirações e das esperanças,<br />

Dos gestos e pensamentos.<br />

Porque, em verda<strong>de</strong>,<br />

Se o Céu nos permite espalhar-lhe a Divina Mensagem no mundo,<br />

Um dia, exigirá nos convertamos<br />

Em traduções vivas do Evangelho na Terra.<br />

Pão Nosso – Emmanuel – psic. Francisco C. Xavier – lição 40 (Compilado por Susan)


ELUCIDAÇÕES DOUTRINÁRIAS<br />

COMPREENDE<br />

H<br />

á perturbações íntimas que vão muito além<br />

das causadas pelas picuinhas com que nos<br />

envolvemos levianamente em nosso<br />

cotidiano.<br />

Na Terra, po<strong>de</strong>mos afirmar que, com honradíssimas<br />

exceções, os espíritos aqui encarnados, em fase<br />

inicial <strong>de</strong> aprimoramento moral, trazem o íntimo<br />

perturbado por dissabores <strong>de</strong> variados matizes:<br />

familiares que traem a confiança, injustiças, amigos<br />

que se comportam com ingratidão, filhos rebel<strong>de</strong>s às<br />

orientações educativas, pais negligentes...<br />

Comumente, consi<strong>de</strong>ramos que se indignar diante <strong>de</strong><br />

tais situações, reclamando o acerto <strong>de</strong> contas por<br />

parte dos que nos injuriam, até para que voltemos a<br />

lhes dirigir a palavra, é uma postura necessária para<br />

que o outro reconheça ser inadmissível nos tratar com<br />

falta <strong>de</strong> respeito ou apreço. Essa conduta, porém,<br />

muito se assemelha à do “olho por olho, <strong>de</strong>nte por<br />

<strong>de</strong>nte”. Conduta essa imposta por Moisés, há cerca <strong>de</strong><br />

6 mil anos, ao povo hebreu, que, educado na pauta da<br />

incivilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ntro do regime escravocrata em que<br />

vivia no Egito, possuía parcos rudimentos do respeito<br />

ao próximo.<br />

Há dois mil anos, a<strong>de</strong>quando as leis mosaicas ao<br />

entendimento da época, Jesus resumiu toda a Lei em<br />

“Amar a Deus acima <strong>de</strong> todas as coisas e ao próximo<br />

como a si mesmo”. Essa lição hoje esclarecida pela<br />

Doutrina Espírita, ainda é muito difícil <strong>de</strong> se alcançar<br />

em toda a sua extensão. Mas existe já um esforço que<br />

se nos impõe pela razão e que, se não se a<strong>de</strong>qua às<br />

pessoas e soluções dos nossos problemas conforme<br />

as nossas expectativas, nos previne contra irritações,<br />

revolta e atitu<strong>de</strong>s infelizes que comprometeriam<br />

muito mais o relacionamento que temos com os<br />

nossos companheiros. Trata-se da compreensão.<br />

A Doutrina nos explica, em primeiro lugar, que<br />

somos espíritos eternos, criados simples, ignorantes,<br />

dotados <strong>de</strong> inteligência e que ingressamos sucessivas<br />

vezes na encarnação, a fim <strong>de</strong> efetuarmos o nosso<br />

progresso, através do burilamento moral e intelectual<br />

a que nos obrigam as experiências na matéria.<br />

Encarnados, somos inseridos nos cenários que<br />

melhor nos aten<strong>de</strong>rão às necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> renovação.<br />

Fazem parte da nossa escola, afetos e <strong>de</strong>safetos,<br />

aqueles com quem temos afinida<strong>de</strong> e aqueles com<br />

quem só temos problemas, aos quais nos ligamos ao<br />

longo das encarnações e com os quais nos<br />

comprometemos pela natureza <strong>de</strong> nossas escolhas.<br />

E qual a justificativa que a Doutrina nos apresenta<br />

para que nos submetamos a esses reajustes, para que<br />

passemos a compreen<strong>de</strong>r <strong>de</strong>terminadas pessoas, ao<br />

invés <strong>de</strong> <strong>de</strong>sprezá-las?<br />

Se todos encarnamos com o fim <strong>de</strong> nos aprimorarmos<br />

é porque, obviamente, ainda somos imperfeitos.<br />

MENSAGENS SEMPRE PRESENTES DO EVANGELHO<br />

NA VITÓRIA REAL<br />

Exigir, reprovar, cobrar comportamentos mais nobres<br />

daqueles com quem convivemos é uma gran<strong>de</strong> falta<br />

<strong>de</strong> lógica, já que ninguém po<strong>de</strong> oferecer a outrem o<br />

recurso que não conseguiu adquirir para si mesmo. É<br />

ainda uma gran<strong>de</strong> hipocrisia <strong>de</strong> nossa parte, posto<br />

que a maior parte, senão todas, as recriminações que<br />

dirigimos aos outros po<strong>de</strong>riam igualmente nos ser<br />

dirigidas.<br />

Além do que, se por vezes nos sentimos<br />

prejudicados, o mesmo <strong>de</strong>vem também sentir os que<br />

nos dão vazão a esse sentimento. A <strong>de</strong>sobediência<br />

filial <strong>de</strong>ve ser <strong>de</strong> fato gran<strong>de</strong> pesar para o coração <strong>de</strong><br />

um pai. Mas ao pai não seria mais preocupante a<br />

insegurança e a confusão que o filho traz no íntimo e<br />

das quais não po<strong>de</strong>rão advir boas consequências?<br />

Olhar os <strong>de</strong>sajustes alheios e se esforçar por <strong>de</strong> fato<br />

compreendê-los, não só nos poupa uma série <strong>de</strong><br />

dispensáveis irritações e laivos <strong>de</strong> vaida<strong>de</strong> como nos<br />

permite nos exercitarmos, ainda que muito<br />

superficialmente, no amor ao próximo, não<br />

perturbando ainda mais quem já se basta com as<br />

próprias dificulda<strong>de</strong>s que se impõe, e nos permitindo<br />

recuperar a simpatia e a confiança que talvez<br />

tenhamos sido nós a aniquilar em nosso passado.<br />

4 CORREIO DA FRATERNIDADE, DEZEMBRO, 2011<br />

Débora<br />

“Ten<strong>de</strong> bom ânimo; eu venci o<br />

mundo.” – JESUS. (João, 16:33)<br />

É importante enumerar algumas das circunstâncias difíceis em que se encontrava<br />

Jesus, quando asseverou perante os discípulos: “ten<strong>de</strong> bom ânimo; eu venci o mundo”.<br />

Ele era alguém que, na conceituação do mundo, não passava <strong>de</strong> vencido vulgar.<br />

Sabia-se no momento <strong>de</strong> entrar em amarga solidão.<br />

Confessava que fora incompreendido pelos homens aos quais se propusera servir.<br />

Não ignorava que os adversários lhe haviam assaltado a comunida<strong>de</strong> em formação,<br />

através <strong>de</strong> um amigo invigilante.<br />

Dirigia-se aos companheiros, anunciando que eles próprios seriam dispersos.<br />

Falava, sem rebuços, da flagelação <strong>de</strong> que seria vítima.<br />

Via-se malquisto pela maioria, perseguido, traído.<br />

Não <strong>de</strong>sconhecia que lhe envenenavam as intenções.<br />

Certificara-se <strong>de</strong> que as pessoas mais altamente colocadas eram as primeiras a<br />

examinar o melhor processo <strong>de</strong> confundi-lo.<br />

Percebera o ódio <strong>de</strong> que se tornara objeto, principalmente por parte daqueles que<br />

pretendiam açambarcar o nome <strong>de</strong> Deus, a serviço <strong>de</strong> interesses inferiores.<br />

Reconhecia-se a poucos passos da morte, a que se inclinaria, con<strong>de</strong>nado sem culpa.<br />

Entretanto, ele dizia: “ten<strong>de</strong> bom ânimo; eu venci o mundo”.<br />

Quando te encontres em crise, lembra-te do Mestre.<br />

Subjugado, seria o conquistador inesquecível.<br />

Batido, passaria à condição <strong>de</strong> senhor da vitória.<br />

Assim ocorre, porque os construtores do aperfeiçoamento espiritual não estão na Terra<br />

para vencer no mundo, mas notadamente para vencer o mundo, em si mesmos, <strong>de</strong><br />

modo a servirem ao mundo, sempre mais, e melhor.<br />

Palavras <strong>de</strong> Vida Eterna – Emmanuel, psicografia <strong>de</strong> Francisco C. Xavier – lição 136 (Compilado por Delcio)


A BIBLIOTECA ESPÍRITA EM DESFILE<br />

O ESPIRITISMO NA SUA EXPRESSÃO MAIS SIMPLES<br />

Jesus, há 2000 anos, disse: E eu<br />

rogarei ao Pai, e ele vos dará outro<br />

Consolador, a fim <strong>de</strong> que esteja<br />

convosco para sempre. 1<br />

E assim aconteceu. Na segunda<br />

meta<strong>de</strong> do século retrasado foi<br />

codificada a Doutrina Espírita.<br />

Assim nos expressamos com tanta<br />

convicção, pois o Espiritismo veio<br />

ao nosso socorro explicando-nos as<br />

lições consoladoras do Evangelho <strong>de</strong><br />

Jesus.<br />

ASSIM SE EXPRESSOU O LEITOR<br />

Mas divulgar ou enten<strong>de</strong>r a Doutrina<br />

não tem sido tarefa simples. Já à<br />

época <strong>de</strong> Kar<strong>de</strong>c, com o intuito <strong>de</strong><br />

popularizar o Espiritismo e tornar<br />

mais fácil e ágil a sua divulgação,<br />

ele, Kar<strong>de</strong>c, redigiu, com linguagem<br />

bem acessível, uma série <strong>de</strong><br />

pequenas obras e as distribuiu por<br />

toda a França.<br />

A FEB, em 2006, editou a obra O<br />

Espiritismo na sua Expressão mais<br />

Simples e outros Opúsculos <strong>de</strong><br />

Kar<strong>de</strong>c, on<strong>de</strong> traduziu quatro das<br />

MELHOR CIDADE DO MUNDO PARA SE MORAR<br />

COMO EXEMPLO<br />

ara os frequentadores <strong>de</strong> um Grupo Espírita, estudiosos dos<br />

ensinamentos <strong>de</strong> Jesus e explicações da Doutrina, não<br />

<strong>de</strong>veria haver dúvida quanto a alguns conceitos, por<br />

exemplo:<br />

“A encarnação, para todos os Espíritos, é apenas um estado<br />

transitório...” 1<br />

“Mediante as diversas existências corpóreas é que os Espíritos se<br />

vão expungindo, pouco a pouco, <strong>de</strong> suas imperfeições. As<br />

provações da vida os fazem adiantar-se, quando bem suportadas.<br />

Como expiações, elas apagam as faltas e purificam. São o remédio<br />

que limpa as chagas e cura o doente” 2 P<br />

.<br />

Mesmo assim, vezes por outras, o comportamento que se adota<br />

diante das adversida<strong>de</strong>s do dia a dia, evi<strong>de</strong>ncia que tais<br />

esclarecimentos não estão bem compreendidos.<br />

Muitos são os motivos para queixas, como problemas financeiros,<br />

familiares e principalmente os relacionados à saú<strong>de</strong>. Acreditando-se<br />

<strong>de</strong>safortunado, diante <strong>de</strong> problemas difíceis <strong>de</strong> serem superados,<br />

justifica-se o porquê <strong>de</strong> não se doar mais nas ativida<strong>de</strong>s cotidianas e<br />

não fazer o melhor <strong>de</strong> si.<br />

Por esse motivo, faz-se muito relevante o <strong>de</strong>staque ao artigo “O<br />

Gigante Deitado”, publicado na coluna Efeméri<strong>de</strong>s Espíritas, neste<br />

jornal no mês <strong>de</strong> novembro p.p..<br />

O referido artigo relatou a história <strong>de</strong> Jerônimo Mendonça que, em<br />

que pese todas as dificulda<strong>de</strong>s por que passou (e, diga-se <strong>de</strong><br />

passagem, não foram poucas), não <strong>de</strong>ixou <strong>de</strong> realizar inúmeras<br />

obras, trabalhando em favor do próximo e consequentemente em<br />

sua própria reeducação íntima.<br />

Tome este exemplo, cada aprendiz a praticante do Evangelho <strong>de</strong>ntro<br />

do seu cenário <strong>de</strong> vida, como um estímulo, um incentivo à<br />

perseverança nas provas, com resignação, trabalhando a fim <strong>de</strong> bem<br />

aproveitá-las.<br />

1<br />

O Evangelho Segundo o Espiritismo – Allan Kar<strong>de</strong>c; Cap. IV, p. 95<br />

2<br />

I<strong>de</strong>m Cap. V, p. 104<br />

Natália<br />

referidas obras <strong>de</strong> divulgação da<br />

Doutrina.<br />

Para aqueles que estão se iniciando<br />

na Doutrina, a obra é <strong>de</strong> inestimável<br />

valor, e para aqueles que já<br />

venceram as primeiras barreiras, não<br />

<strong>de</strong>ixem <strong>de</strong> ler a comunicação inédita<br />

<strong>de</strong> Kar<strong>de</strong>c, <strong>de</strong> 31 <strong>de</strong> Março <strong>de</strong> 1870,<br />

traduzida nas últimas páginas da<br />

referida obra.<br />

1 João, 14:16<br />

Daniel Lona<br />

Segundo notícia da Reuters, a excelente infraestrutura, ruas seguras e bom serviço público <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> fazem <strong>de</strong> Viena a melhor cida<strong>de</strong> do mundo para se morar,<br />

<strong>de</strong> acordo com a Consultoria Mercer em uma pesquisa mundial. A capital austríaca, com suas belas construções, parques públicos e re<strong>de</strong> extensa <strong>de</strong> ciclovias,<br />

reduziu significativamente o custo <strong>de</strong> sua passagem anual <strong>de</strong> transporte público. Crimes graves são raros e a cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 1,7 milhão <strong>de</strong> habitantes<br />

geralmente está entre as melhores nas pesquisas mundiais para qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida. 1<br />

Parece, para a equipe <strong>de</strong>ste jornal, que o responsável por tal pesquisa e o redator da Reuters ainda não enten<strong>de</strong>ram a lição 2 que Jesus <strong>de</strong>u para o povo ju<strong>de</strong>u,<br />

contando a história do ju<strong>de</strong>u rico que jogava os restos <strong>de</strong> sua mesa farta aos seus cachorros; migalhas estas que também eram disputadas por Lázaro 3 .<br />

Após a passagem <strong>de</strong> ambos pela Terra o ju<strong>de</strong>u ficou muito contrariado como espírito, e, <strong>de</strong>sesperado, procurou Jeová, indagando por que é que ele que tinha ido à<br />

igreja, que tinha respeitado todos os mandamentos, ainda exalava o cheiro dos seus restos mortais, enquanto Lázaro brilhava.<br />

É… Parece que a comodida<strong>de</strong> da vida material nunca foi passaporte para a felicida<strong>de</strong> da vida <strong>de</strong> ninguém.<br />

Sheila<br />

1<br />

Reuters, Vienna best place to live, Baghdad worst: survey – 29/11/11<br />

2<br />

Lucas, 16:19 a 31<br />

3<br />

Leproso ou homem com chagas no corpo<br />

A VOLTA DE JESUS<br />

Aos <strong>de</strong>screntes, semeou amor<br />

E o caminho <strong>de</strong> Sua luz<br />

Carregando o peso do mundo<br />

Sofrendo o peso da cruz.<br />

Sua missão foi interrompida<br />

Pelos homens <strong>de</strong>sprovidos <strong>de</strong> fé<br />

Mas ele voltará,<br />

Livre <strong>de</strong> Seu calvário e longe <strong>de</strong> Nazaré.<br />

Com tanto tempo passado<br />

O mundo se transformou<br />

Ele vem mostrar a Seu povo<br />

Quanto Ele os amou.<br />

Ele voltará um dia<br />

Longe <strong>de</strong> Sua cruz<br />

Não mais em forma <strong>de</strong> homem<br />

Mas sim em forma <strong>de</strong> luz.<br />

Sebastião<br />

o esforço e a obra, são flores e frutos na árvore da vida, todavia, o amor é a raiz<br />

eterna.<br />

Mas, como amaremos no serviço diário?<br />

Renovemo-nos no espírito do Senhor e compreendamos os nossos semelhantes.<br />

Auxiliemos em silêncio, enten<strong>de</strong>ndo a situação <strong>de</strong> cada um, temperando a bonda<strong>de</strong><br />

com a energia, e a fraternida<strong>de</strong> com a justiça.<br />

Ouçamos a sugestão do amor, a cada passo, na senda evolutiva.<br />

Quem ama, compreen<strong>de</strong>; e quem compreen<strong>de</strong>, trabalha pelo mundo melhor.<br />

Vinha <strong>de</strong> Luz– Emmanuel – psic. Francisco C. Xavier – lição 5 (Compilado por Débora)<br />

COM AMOR<br />

A quem esteja engajado no trabalho da própria renovação, eis a<br />

recomendação <strong>de</strong> Paulo esclarecida por Emmanuel.<br />

"E, sobre tudo isto, revesti-vos <strong>de</strong> carida<strong>de</strong>, que é o<br />

vínculo da perfeição." - PAULO. (Colossenses, 3:14.)<br />

Todo discípulo do Evangelho precisará<br />

coragem para atacar os serviços da re<strong>de</strong>nção<br />

<strong>de</strong> si mesmo.<br />

Nenhum dispensará as armaduras da fé, a fim<br />

<strong>de</strong> marchar com <strong>de</strong>sassombro sob<br />

tempesta<strong>de</strong>s.<br />

O caminho <strong>de</strong> resgate e elevação permanece<br />

cheio <strong>de</strong> espinhos.<br />

O trabalho constituir-se-á <strong>de</strong> lutas, <strong>de</strong><br />

sofrimentos, <strong>de</strong> sacrifícios, <strong>de</strong> suor, <strong>de</strong><br />

testemunhos.<br />

Toda a preparação é necessária, no capítulo da<br />

resistência; entretanto, sobre tudo isto é<br />

indispensável revestir-se nossa alma <strong>de</strong><br />

carida<strong>de</strong>, que é amor sublime.<br />

A nobreza <strong>de</strong> caráter, a confiança, a<br />

benevolência, a fé, a ciência, a penetração, os<br />

dons e as possibilida<strong>de</strong>s são fios preciosos,<br />

mas o amor é o tear divino que os entrelaçará,<br />

tecendo a túnica da perfeição espiritual.<br />

A disciplina e a educação, a escola e a cultura,<br />

5 CORREIO DA FRATERNIDADE, DEZEMBRO, 2011


ASSIM SE EXPRESSOU O LEITOR<br />

QUEM SERVE,<br />

PROSSEGUE<br />

No aprendizado cristão, essencial é, ao homem,<br />

apren<strong>de</strong>r a servir.<br />

Nas mais diversas situações o homem é compelido<br />

ao <strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> querer ser servido, ao invés da renúncia<br />

<strong>de</strong> servir. No entanto, já nos exemplificara o Mestre<br />

há 2000 anos que o caminho a ser trilhado pelo<br />

cristão sincero é <strong>de</strong> servir, <strong>de</strong> amar, <strong>de</strong> perdoar, sem<br />

exigir do próximo qualquer retribuição.<br />

"O Filho do Homem não veio para ser servido,<br />

mas para servir". - JESUS. (Marcos, 10:45)<br />

A Natureza, em toda parte, é um laboratório<br />

divino que elege o espírito <strong>de</strong> serviço por<br />

processo normal <strong>de</strong> evolução.<br />

Os olhos atilados observam a cooperação e o<br />

auxílio nas mais comezinhas manifestações<br />

dos reinos inferiores.<br />

A cova serve à semente. A semente<br />

enriquecerá o homem.<br />

O vento ajuda as flores, permutando-lhes os<br />

princípios <strong>de</strong> vida. As flores produzirão frutos<br />

abençoados.<br />

Os rios confiam-se ao mar. O mar faz a<br />

nuvem fecundante.<br />

Por manter a vida humana, no estágio em<br />

que se encontra, milhares <strong>de</strong> animais morrem<br />

na Terra, <strong>de</strong> hora a hora, dando carne e<br />

sangue a benefício dos homens.<br />

Infere-se <strong>de</strong> semelhante luta que o serviço é<br />

o preço da caminhada libertadora ou<br />

santificante.<br />

A pessoa que se habitua a ser<br />

invariavelmente servida em todas as<br />

situações, não sabe agir sozinha em situação<br />

alguma.<br />

A criatura que serve pelo prazer <strong>de</strong> ser útil<br />

progri<strong>de</strong> sempre e encontra mil recursos<br />

<strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> si mesma, na solução <strong>de</strong> todos os<br />

problemas.<br />

A primeira cristaliza-se.<br />

A segunda <strong>de</strong>senvolve-se.<br />

Quem reclama excessivamente dos outros,<br />

por não estimar a movimentação própria na<br />

satisfação <strong>de</strong> necessida<strong>de</strong>s comuns, acaba<br />

por escravizar-se aos servidores, estragando<br />

o dia quando não encontra alguém que lhe<br />

ponha a mesa. Quem apren<strong>de</strong> a servir,<br />

contudo, sabe reduzir todos os embaraços da<br />

senda, <strong>de</strong>scobrindo trilhos novos.<br />

Aprendiz do Evangelho que não improvisa a<br />

alegria <strong>de</strong> auxiliar os semelhantes permanece<br />

muito longe do verda<strong>de</strong>iro discipulado,<br />

porquanto companheiro fiel da Boa Nova está<br />

informado <strong>de</strong> que Jesus veio para servir, e<br />

<strong>de</strong>svela-se, a benefício <strong>de</strong> todos, até ao fim<br />

da luta.<br />

Se há mais alegria em dar que em receber,<br />

há mais felicida<strong>de</strong> em servir que em ser<br />

servido.<br />

Quem serve, prossegue...<br />

Fonte Viva – Emmanuel - psic. Francisco C. Xavier - lição 82<br />

(Compilado por Sheila)<br />

BAZAR BENEFICENTE<br />

No dia 26 p.p. foi realizada a sexta edição do<br />

Bazar, uma das ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>sta Casa,<br />

responsável pela obtenção <strong>de</strong> recursos para<br />

suprir as <strong>de</strong>spesas da E.E.E. <strong>Anne</strong> <strong>Sullivan</strong>.<br />

Nesse dia, foi apresentada a produção <strong>de</strong><br />

praticamente um ano <strong>de</strong> trabalho, estruturado<br />

segundo programação elaborada entre a<br />

Diretoria <strong>de</strong> Assistência Social e a<br />

Presidência: mais <strong>de</strong> 1.000 itens distribuídos<br />

entre panos <strong>de</strong> prato, toalhas <strong>de</strong> mesa, toalhas<br />

<strong>de</strong> lavabo, artesanato em ma<strong>de</strong>ira e artesanato<br />

em tecidos. Os convidados que aqui<br />

estiveram, além <strong>de</strong> nos surpreen<strong>de</strong>rem pela gran<strong>de</strong> quantida<strong>de</strong>,<br />

somaram-se em elogios no que se refere ao ambiente agradável, à<br />

forma como foram recebidos, à beleza e à qualida<strong>de</strong> dos materiais<br />

colocados à venda. Muitos disseram que se sentiram tão bem, que<br />

não tinham vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> ir embora.<br />

Este trabalho envolve uma dúzia <strong>de</strong> senhoras comunitárias, algumas<br />

frequentadoras das Reuniões Públicas <strong>de</strong> quintas-feiras à noite e<br />

outras que não frequentam esta Casa, mas simpatizam com a obra,<br />

executando, em suas casas, bordados, trabalhos em crochê, pinturas,<br />

etc. As comunitárias aqui se reúnem às terças-feiras à tar<strong>de</strong> e aos<br />

sábados pela manhã e divi<strong>de</strong>m-se em diversas ativida<strong>de</strong>s.<br />

Artesanato: pintura em ma<strong>de</strong>ira, aplicações em tecido, etc. Costura:<br />

confecção <strong>de</strong> artigos para o Bazar, enxovais para bebês, mantas e<br />

cobertores; ajustes em roupas usadas; organização dos itens que<br />

recebemos em doação para posterior realização do bazar das mães<br />

dos alunos surdos, em que são oferecidos roupas, calçados,<br />

brinquedos, eletrodomésticos, entre outros.<br />

Temos percebido que todas as senhoras, comunitárias ou não, se<br />

têm esforçado por colocar seus melhores sentimentos em cada etapa<br />

do trabalho: uma pincelada, uma costura, o “simples” pregar <strong>de</strong> um<br />

botão.<br />

O que nós, comunitários, pu<strong>de</strong>mos concluir <strong>de</strong> tal experiência é que<br />

estamos apenas começando a adquirir consciência cristã <strong>de</strong> que o<br />

sucesso <strong>de</strong> qualquer ativida<strong>de</strong> em uma Casa Espírita está baseado<br />

na disciplina, no respeito, no trabalho em equipe e principalmente<br />

no sentimento fraterno, sendo indispensável o estudo da Doutrina<br />

Espírita e a prática <strong>de</strong> seus ensinamentos.<br />

A necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se a<strong>de</strong>quar ao trabalho é nossa.<br />

A coor<strong>de</strong>nação <strong>de</strong>ssa ativida<strong>de</strong> não é tarefa fácil, porém tem sido<br />

uma escola viva <strong>de</strong> renovação <strong>de</strong> sentimentos.<br />

Prendas do bazar<br />

BAZAR<br />

6 CORREIO DA FRATERNIDADE, DEZEMBRO, 2011<br />

Lenira<br />

POESIA<br />

A EXPERIÊNCIA DO BAZAR<br />

As palavras aqui alinhavadas,<br />

Quais rendas sobre o papel costuradas,<br />

Exaltam a beleza d’uma ativida<strong>de</strong><br />

Realizada por esta comunida<strong>de</strong>.<br />

A ensolarada tar<strong>de</strong> <strong>de</strong> sábado<br />

Do dia vinte e seis próximo passado<br />

Esteve recheada <strong>de</strong> singelos utilitários,<br />

De belas prendas e acessórios culinários.<br />

Não foi qual festa<br />

Voltada ao público feminino,<br />

Em que sobra conversa<br />

E cochichos ao pé d’ouvido.<br />

Mas foi proveitoso bazar<br />

Em que se pô<strong>de</strong> angariar fundos<br />

Que esta escola para surdos<br />

Haverá <strong>de</strong> os bem empregar.<br />

Porém, muito além do aspecto financeiro,<br />

Tal evento esteve a coroar<br />

O trabalho <strong>de</strong> um ano inteiro,<br />

De senhoras que se dispuseram a trabalhar,<br />

Numa ativida<strong>de</strong> semanal,<br />

Em que <strong>de</strong>ixavam seus lares<br />

Para ombrearem-se, sem pesares,<br />

Às companheiras <strong>de</strong> pincel, agulha e <strong>de</strong>dal.<br />

Outras ainda haviam,<br />

Que, tocadas pela mensagem<br />

De ternura e fraternida<strong>de</strong>,<br />

Seus trabalhos em casa faziam.<br />

Destas mãos, por vezes cansadas,<br />

Saíram, durante o ano, ternos enxovaizinhos<br />

Que acalentaram as noites frias e úmidas,<br />

Agasalhando a muitos bebezinhos,<br />

Mãos que fizeram os consertos necessários<br />

Às roupas, pela comunida<strong>de</strong>, doadas,<br />

E que, por preço simbólico, foram compradas<br />

Por famílias mais necessitadas.<br />

Foram <strong>de</strong>stas mãos valorosas e prestas<br />

Que saíram prendas <strong>de</strong> utilida<strong>de</strong>s domésticas<br />

Repletas <strong>de</strong> carinho e cuidado,<br />

No trabalho bem confeccionado,<br />

Sem que houvesse, porém, espaço,<br />

Para pinturas quais <strong>de</strong> Picasso,<br />

Ou costuras <strong>de</strong> famosos estilistas<br />

A alimentar atitu<strong>de</strong>s elitistas.<br />

Mas sim num trabalho feito com o coração<br />

Disposto e voltado à doação,<br />

Sem qualquer exigência<br />

De aplauso ou retribuição.<br />

Numa ativida<strong>de</strong> renovadora<br />

Aos rotos panos da alma eterna,<br />

Através da tarefa disciplinadora,<br />

Pequenina e fraterna.<br />

A qual foi coroada<br />

Naquela tar<strong>de</strong> <strong>de</strong> sábado ensolarada,<br />

Que, pela paz, se fez nimbada,<br />

Por uma ativida<strong>de</strong> bem costurada.<br />

No dia 26 <strong>de</strong> novembro p.p. realizou-se nesta Casa mais<br />

um Bazar, que trouxe através <strong>de</strong> suas peças<br />

confeccionadas, o resultado do trabalho do ano <strong>de</strong> 2011 <strong>de</strong><br />

um grupo <strong>de</strong> senhoras da própria comunida<strong>de</strong> e também <strong>de</strong><br />

companheiras <strong>de</strong> fora (ligadas a algum frequentador da<br />

Casa) que se ofereceram para colaborar.<br />

Havia produtos para todos os gostos, feitos todos com<br />

muito capricho, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> panos <strong>de</strong> pratos, toalhas <strong>de</strong> mesa, até<br />

porta controle remoto e caixinhas para joias.<br />

Foram recebidas pessoas <strong>de</strong> fora da comunida<strong>de</strong>,<br />

previamente convidadas pelos participantes <strong>de</strong>sta, que<br />

chegaram e sentiram-se “em casa”. Muitos foram os<br />

elogios, não só à quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> itens, mas principalmente<br />

pela qualida<strong>de</strong> dos mesmos.<br />

Quem olhou <strong>de</strong> fora, não <strong>de</strong>ixou <strong>de</strong> notar o sorriso no rosto<br />

<strong>de</strong> todos, <strong>de</strong> sentir a gran<strong>de</strong> harmonia com que<br />

transcorreram as compras, e a satisfação com que saíram<br />

daqui os compradores.<br />

Por trás <strong>de</strong>sta ativida<strong>de</strong>, está o trabalho do <strong>de</strong>partamento <strong>de</strong> assistência social <strong>de</strong>sta Casa, apoiado pelos outros <strong>de</strong>partamentos e<br />

que por um ano pôs-se ao trabalho aos sábados e às terças-feiras, tendo como objetivo arrecadar fundos para a <strong>Escola</strong> <strong>de</strong> Surdos<br />

que esta comunida<strong>de</strong> espírita mantém.<br />

Susan<br />

Natália


EFEMÉRIDES ESPÍRITAS<br />

O DEVOTADO AMIGO<br />

Há exatos 145 anos, mais<br />

precisamente em 2 <strong>de</strong> <strong>Dezembro</strong> <strong>de</strong><br />

1866, nasceu, no interior da Bahia,<br />

um expoente do Espiritismo, neste<br />

Estado. Seu nome é José Florentino<br />

Sena, mais conhecido como José<br />

Petitinga. Dizemos expoente, pois foi<br />

responsável por unificar os Grupos<br />

Espíritas da Bahia, uma vez que tais<br />

comunida<strong>de</strong>s já enfrentavam<br />

problemas quanto à fiel observância<br />

dos seus conceitos fundamentais. Isto<br />

acontecia, mesmo poucos anos após a<br />

mudança <strong>de</strong> Olímpio Teles <strong>de</strong><br />

Menezes, outra gran<strong>de</strong> personalida<strong>de</strong><br />

espírita, para a cida<strong>de</strong> do Rio <strong>de</strong><br />

Janeiro.<br />

Petitinga nasceu em numerosa família<br />

e, como todos aqueles que nasciam<br />

em lares menos abastados, precisou<br />

trabalhar <strong>de</strong>s<strong>de</strong> muito cedo, mal<br />

completando o ensino fundamental.<br />

No entanto, <strong>de</strong>tentor <strong>de</strong> uma mente<br />

brilhante e ávida por aprendizado<br />

passou a ler e estudar por conta<br />

própria. Como uma inteligência<br />

proeminente, não foi <strong>de</strong> se admirar<br />

que tenha galgado elevada posição<br />

junto à empresa em que começou<br />

como guarda-livros (atual técnico em<br />

contabilida<strong>de</strong>). Mas, não acumulou<br />

qualquer fortuna. Conta seu filho que<br />

era comum ver o pai voltar a pé para<br />

casa, por ter dado, ao longo <strong>de</strong> seu<br />

trajeto, todo o dinheiro que possuía.<br />

Interessante lembrar que Petitinga<br />

sofria <strong>de</strong> enfermida<strong>de</strong> crônica nos<br />

pés, o que lhe dificultava a marcha.<br />

Além do serviço do qual retirava seu<br />

sustento, <strong>de</strong>stacou-se no campo<br />

jornalístico e poético. Aos 20 anos<br />

lançou seu primeiro livro, um gran<strong>de</strong><br />

sucesso <strong>de</strong> vendas e crítica. Também<br />

se <strong>de</strong>stacou nos artigos sobre política<br />

que escrevia para importantes jornais<br />

da época. Para evitar contendas<br />

<strong>de</strong>vido à sua baixa escolarida<strong>de</strong>, foi<br />

que adotou o pseudônimo <strong>de</strong> Petitinga<br />

para assinar seus trabalhos. No<br />

entanto, seus artigos eram tão bem<br />

embasados que se tornaram muito<br />

populares. Assim, passou a adotar o<br />

referido pseudônimo como seu<br />

sobrenome.<br />

José Petitinga conheceu a Doutrina<br />

Espírita através da leitura <strong>de</strong> O Livro<br />

dos Espíritos, quando <strong>de</strong> seus 21<br />

anos. Fundou então, em Juazeiro,<br />

cida<strong>de</strong> em que morava na época, o<br />

Grupo Espírita Carida<strong>de</strong>, lá<br />

trabalhando como médium e<br />

responsável pelos estudos<br />

doutrinários. Logo após sua<br />

conversão ao Espiritismo, recebeu <strong>de</strong><br />

seu mentor espiritual uma belíssima<br />

mensagem <strong>de</strong>nominada Amigo, em<br />

que já era alertado quanto às batalhas<br />

futuras: Se não encontrares amigos,<br />

sê o <strong>de</strong>votado companheiro <strong>de</strong> outro<br />

que <strong>de</strong>pares no teu caminho 1 . Tal<br />

qual previu o mentor espiritual,<br />

Petitinga lutou, muitas vezes,<br />

solitário. A título <strong>de</strong> exemplificação,<br />

o Espírito Hilário Silva narra que,<br />

certa feita, Petitinga ouvia os intentos<br />

<strong>de</strong> um jovem aprendiz da Doutrina<br />

dos Espíritos, quanto à fundação <strong>de</strong><br />

creches, orfanatos, asilos... O<br />

médium, muito contente com a<br />

conversação do rapaz convidou-o<br />

para auxiliar no passe fluídico <strong>de</strong> dois<br />

irmãos tuberculosos que ali<br />

chegaram... Petitinga ficou sozinho.<br />

Solitariamente também foi instado a<br />

auxiliar um Centro Espírita que<br />

estava prestes a fechar as portas.<br />

Inevitavelmente, o Grupo encerrou<br />

suas ativida<strong>de</strong>s e foi assim que<br />

Petitinga, compreen<strong>de</strong>ndo a<br />

gravida<strong>de</strong> da situação, resolveu<br />

resgatar a unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vistas da<br />

Doutrina nas Casas Espíritas através<br />

da fundação da União Espírita<br />

Baiana, quando se mudou para<br />

Salvador. Com sua “austerida<strong>de</strong><br />

cristã” conseguiu unificar tais<br />

comunida<strong>de</strong>s em torno das<br />

orientações doutrinárias. Trabalhou<br />

junto a esta instituição até o findar <strong>de</strong><br />

sua encarnação, em Março <strong>de</strong> 1939.<br />

Foi mestre <strong>de</strong> Leopoldo Machado,<br />

quando este lá trabalhava na<br />

secretaria. Apesar do intenso trabalho<br />

diretivo, Petitinga jamais <strong>de</strong>ixou <strong>de</strong><br />

atuar como médium, cuja disciplinada<br />

tarefa po<strong>de</strong> ser conferida na obra Nos<br />

Bastidores da Obsessão. Além disso,<br />

sempre permaneceu como palestrante<br />

e estudioso consciente. A propósito,<br />

conta-se que, durante uma reunião <strong>de</strong><br />

estudos do Evangelho Segundo o<br />

Espiritismo, cujo tema era “Perdoar<br />

as Ofensas”, um homem, sob visível<br />

influência <strong>de</strong> espírito obsessor,<br />

invadiu a sala insultando-o<br />

austeramente. Afirmava que o orador<br />

não teria gabarito moral para levar<br />

adiante os trabalhos na Seara <strong>de</strong><br />

Jesus. Serenamente, Petitinga<br />

respon<strong>de</strong>u: Tens toda a razão e eu o<br />

reconheço, enumerando publicamente<br />

todas aquelas que, a seu ver, seriam<br />

suas fraquezas. Finalizando, enunciou<br />

uma prece dizendo: Perdoa-me,<br />

Senhor, na imperfeição em que me<br />

<strong>de</strong>moro e ajuda-me na re<strong>de</strong>nção que<br />

persigo... Ao findar suas palavras o<br />

invasor atirou-se no chão e começou<br />

a pedir-lhe perdão, vencido pela<br />

humilda<strong>de</strong> cristã <strong>de</strong> Petitinga. Logo, o<br />

obsessor retirou-se e Petitinga<br />

auxiliou o obsedado a recobrar a<br />

consciência, continuando sua<br />

exposição como se nada tivesse<br />

acontecido... Através <strong>de</strong>ste exemplo,<br />

po<strong>de</strong>-se aquilatar que não foram as<br />

faculda<strong>de</strong>s mediúnicas que fizeram<br />

José Petitinga <strong>de</strong>stacar-se nos meios<br />

espíritas, mas sim sua fi<strong>de</strong>lida<strong>de</strong> aos<br />

ensinos do Mestre Jesus traduzida em<br />

atos. Esta fi<strong>de</strong>lida<strong>de</strong> po<strong>de</strong> ser<br />

conferida em suas comunicações,<br />

muitas <strong>de</strong>las pela psicografia <strong>de</strong><br />

Chico Xavier, as quais <strong>de</strong>monstram<br />

que Petitinga continuou sendo o<br />

<strong>de</strong>votado amigo dos que lhe<br />

margeiam o caminho.<br />

1 Página eletrônica da Socieda<strong>de</strong> Espírita José Petitinga:<br />

http://www.josepetitingasaj.kit.net/petitinga.htm<br />

Débora/Susan<br />

Leia mais em:<br />

Gran<strong>de</strong>s Espíritas do Brasil – Zeus Wantuil;<br />

A Vida Escreve – Hilário Silva, psic. Francisco C. Xavier/Waldo Vieira<br />

- lição 5, segunda parte;<br />

Nos Bastidores da Obsessão – Manoel P. <strong>de</strong> Miranda, psic. Divaldo P.<br />

Franco;<br />

Reencarnação e Imortalida<strong>de</strong> – Hermínio C. Miranda - p. 220–222<br />

2ª ed. FEB<br />

7 CORREIO DA FRATERNIDADE, DEZEMBRO, 2011


LIVRO ESPÍRITA – AMIGO SUBLIME<br />

LEITURA PARA ADULTOS<br />

“As entida<strong>de</strong>s espirituais realizam reuniões específicas, em ocasiões <strong>de</strong>terminadas, a fim <strong>de</strong> adotarem serviços ou <strong>de</strong>cisões?”<br />

Talvez esta pergunta direcionada a Emmanuel, também passe pela mente do amigo leitor. O referido mentor espiritual, a título <strong>de</strong><br />

exemplificação, narrou um encontro <strong>de</strong> poetas <strong>de</strong>sencarnados para a composição da obra que <strong>de</strong>stacamos este mês. Conta<br />

Emmanuel que tal encontro se <strong>de</strong>u em vasto salão <strong>de</strong> instituto cultural no mundo espiritual e que cada autor traria suas produções<br />

para que fossem lidas e comentadas. As emanações mentais produzidas por cada autor que lia suas poesias, bem como o impacto<br />

causado por elas nos expectantes, produziram um verda<strong>de</strong>iro festival <strong>de</strong> luzes. Em cada momento uma cor distinta se fazia<br />

presente, ao que Emmanuel chamou <strong>de</strong> “festa <strong>de</strong> kirliangrafias 1 ”. Recolhidas as composições para a confecção do livro,<br />

psicografado por Chico Xavier, Emmanuel resolveu homenagear tal encontro, em que foi possível observar o “valor das mentes<br />

unidas com objetivos <strong>de</strong> elevação”, intitulando esta magnífica obra com o nome <strong>de</strong> ASSEMBLEIA DE LUZ. Junte-se aos autores<br />

<strong>de</strong>stas poesias promovendo em si um verda<strong>de</strong>iro banquete das luzes proporcionadas pelo entendimento do Evangelho <strong>de</strong> Jesus.<br />

PALAVRAS FINAIS<br />

TRABALHAR SEMPRE<br />

1 ou foto Kirlian – fotografia obtida através da máquina <strong>de</strong> Kirlian, que captura emanações sutis do perispírito.<br />

LIVRO INFANTIL<br />

A Biblioteca Espírita Irmão Clarêncio tem um convite<br />

muito especial para lhes fazer neste mês. É chegada a<br />

época <strong>de</strong> férias e, quem sabe, o pessoal da sua casa po<strong>de</strong>rá<br />

se juntar à Dona Clara e sua netinha Isabel. Elas se<br />

reúnem todas as noites para conversar, sabem sobre o<br />

quê? Sobre a história do Senhor Jesus. E elas mandaram<br />

convidar todos os que quiserem ouvir.<br />

Você não tem curiosida<strong>de</strong> <strong>de</strong> saber por on<strong>de</strong> Ele passou, o<br />

que fez e o que ensinou? Afinal <strong>de</strong> contas, o que o Senhor<br />

Jesus fez <strong>de</strong> tão importante para ser tão respeitado? Quem<br />

estiver interessado, passe na biblioteca para pegar o seu<br />

convite, que é um livro chamado “Escuta, meu Filho...”,<br />

ditado pelo Espírito Aura Celeste a Corina Novelino.<br />

Dona Clara e Isabel estão nos aguardando para iniciarem<br />

a sessão <strong>de</strong> histórias.<br />

Nos encontramos lá?<br />

Débora<br />

Eis que <strong>Dezembro</strong> chegou! Mais um ano vai chegando ao fim.<br />

E aqui está, amigo leitor, o nosso Correio da Fraternida<strong>de</strong>. Foram 12 meses em que ele marcou<br />

presença, chegando às suas mãos como mo<strong>de</strong>sto veículo da divulgação Espírita-Cristã <strong>de</strong>sta comunida<strong>de</strong>.<br />

Por isso, muito contentes, agra<strong>de</strong>cemos a Jesus e aos Mentores Espirituais pelo amparo, para que se<br />

pu<strong>de</strong>sse alcançar esta realização.<br />

E, como o trabalho na Seara Cristã não para, rogamos ao Mestre que sustente em todos nós, a confiança e a esperança, para continuarmos trabalhando sempre sob<br />

as luzes dos esclarecimentos das lições do Seu Evangelho.<br />

A Equipe <strong>de</strong> Redação<br />

VOCÊ SABIA?<br />

ESPIRITISMO: UM CASO DE POLÍCIA<br />

Poucos sabem, mas os espíritas foram perseguidos no Brasil. Isso <strong>de</strong> fato aconteceu em 1890,<br />

quando o Decreto nº 847, <strong>de</strong> 11 <strong>de</strong> outubro <strong>de</strong> 1890, promulgou o novo Código Penal.<br />

Os Espíritas, que já tinham enfrentado a proibição das sessões na Socieda<strong>de</strong> Acadêmica Deus,<br />

Cristo e Carida<strong>de</strong> e dos Centros filiados, em 1881, agora tinham o Artigo 157 do referido Código<br />

Penal a lhes causar problemas. Tal artigo proibia a prática do Espiritismo, com pena <strong>de</strong> prisão <strong>de</strong><br />

um a seis meses e multa para os que transgredissem a Lei.<br />

O referido Artigo 157 confundia o Espiritismo com o uso <strong>de</strong> talismãs e cartomancia para <strong>de</strong>spertar<br />

sentimentos <strong>de</strong> ódio ou amor, inculcar cura <strong>de</strong> moléstias curáveis ou incuráveis, enfim, para fascinar<br />

e subjugar a credulida<strong>de</strong> pública.<br />

Com isso, a revista Reformador, editada pela FEB, começou a publicar em 1 <strong>de</strong> novembro <strong>de</strong> 1890<br />

a <strong>de</strong>fesa dos Espíritas e da prática do Espiritismo. A <strong>de</strong>fesa foi composta pela simples exposição dos<br />

fundamentos da Doutrina, que <strong>de</strong>monstraram que o Espiritismo é a mais completa negação <strong>de</strong> todas<br />

as superstições, tendo-as como o maior atraso do espírito humano.<br />

Se quiser saber mais, procure por este artigo no Reformador, na nossa Biblioteca Espírita Irmão<br />

Clarêncio.<br />

Daniel Lona<br />

8 CORREIO DA FRATERNIDADE, DEZEMBRO, 2011<br />

Susan<br />

80 ANOS DE PARNASO<br />

Em <strong>Dezembro</strong> <strong>de</strong> 1931, há exatos 80 anos, era publicado<br />

o primeiro livro a vir a lume pela psicografia <strong>de</strong> Francisco<br />

C. Xavier, o Parnaso <strong>de</strong> Além Túmulo. Aqui relembramos<br />

esta magnífica obra com alguns <strong>de</strong>spretensiosos versos.<br />

Há 80 anos luzia<br />

Na pequena Pedro Leopoldo,<br />

On<strong>de</strong> então Chico Xavier vivia<br />

O primeiro volume por ele psicografado.<br />

Ilustres nomes eram então grafados<br />

De Portugal e do Brasil<br />

Personagens jamais evocados<br />

De estilos e procedências mil.<br />

O jovem Chico contando 21 anos<br />

Grafava linhas jamais imaginadas<br />

Estilos Literários e i<strong>de</strong>ias <strong>de</strong> um plano<br />

Que surpreendiam a equipe formada.<br />

Não só pela presteza<br />

Mas também pela moralida<strong>de</strong><br />

Dos versos escritos com firmeza<br />

A realçar sua espiritualida<strong>de</strong>.<br />

Iniciava-se naquele volume<br />

Uma jornada que se expandiria<br />

Por outras mais <strong>de</strong> 400 obras que viriam a lume<br />

Trazendo a luz do Evangelho ao mundo <strong>de</strong> nossos dias.<br />

Sheila<br />

AJUDA DE MEMÓRIA<br />

O periódico O Clarim publicou na edição <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>zembro/2011 uma crônica que muito <strong>de</strong>ve interessar<br />

aos estudantes do Espiritismo. Trata-se do artigo “O<br />

<strong>de</strong>stino do Profº Rivail”. O autor Paulo Henrique Bueno<br />

construiu uma narrativa dos momentos que prece<strong>de</strong>ram<br />

a ida <strong>de</strong> Hyppolyte León Denizard Rivail, mais<br />

conhecido como Allan Kar<strong>de</strong>c, à casa da Sra.<br />

Plainemaison, on<strong>de</strong> ele observaria pela primeira vez o<br />

fenômeno das mesas girantes.<br />

No <strong>de</strong>correr do texto, são ressaltadas algumas<br />

informações importantes sobre a sua biografia, que<br />

atestam seu preparo para a tarefa <strong>de</strong> pesquisa, análise e<br />

organização da Doutrina Espírita.<br />

O jornal está à disposição na Biblioteca Espírita Irmão<br />

Clarêncio, além <strong>de</strong> outras biografias <strong>de</strong> Allan Kar<strong>de</strong>c,<br />

mais completas e objetivas, para quem interessar-se em<br />

saber o que gabaritava o Professor Rivail a ser o<br />

responsável pela organização das obras que utilizamos<br />

para compreen<strong>de</strong>r o Evangelho.<br />

Débora

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