Dezembro Site - Escola de Educação Especial Anne Sullivan
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ASSIM SE EXPRESSOU O LEITOR<br />
QUEM SERVE,<br />
PROSSEGUE<br />
No aprendizado cristão, essencial é, ao homem,<br />
apren<strong>de</strong>r a servir.<br />
Nas mais diversas situações o homem é compelido<br />
ao <strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> querer ser servido, ao invés da renúncia<br />
<strong>de</strong> servir. No entanto, já nos exemplificara o Mestre<br />
há 2000 anos que o caminho a ser trilhado pelo<br />
cristão sincero é <strong>de</strong> servir, <strong>de</strong> amar, <strong>de</strong> perdoar, sem<br />
exigir do próximo qualquer retribuição.<br />
"O Filho do Homem não veio para ser servido,<br />
mas para servir". - JESUS. (Marcos, 10:45)<br />
A Natureza, em toda parte, é um laboratório<br />
divino que elege o espírito <strong>de</strong> serviço por<br />
processo normal <strong>de</strong> evolução.<br />
Os olhos atilados observam a cooperação e o<br />
auxílio nas mais comezinhas manifestações<br />
dos reinos inferiores.<br />
A cova serve à semente. A semente<br />
enriquecerá o homem.<br />
O vento ajuda as flores, permutando-lhes os<br />
princípios <strong>de</strong> vida. As flores produzirão frutos<br />
abençoados.<br />
Os rios confiam-se ao mar. O mar faz a<br />
nuvem fecundante.<br />
Por manter a vida humana, no estágio em<br />
que se encontra, milhares <strong>de</strong> animais morrem<br />
na Terra, <strong>de</strong> hora a hora, dando carne e<br />
sangue a benefício dos homens.<br />
Infere-se <strong>de</strong> semelhante luta que o serviço é<br />
o preço da caminhada libertadora ou<br />
santificante.<br />
A pessoa que se habitua a ser<br />
invariavelmente servida em todas as<br />
situações, não sabe agir sozinha em situação<br />
alguma.<br />
A criatura que serve pelo prazer <strong>de</strong> ser útil<br />
progri<strong>de</strong> sempre e encontra mil recursos<br />
<strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> si mesma, na solução <strong>de</strong> todos os<br />
problemas.<br />
A primeira cristaliza-se.<br />
A segunda <strong>de</strong>senvolve-se.<br />
Quem reclama excessivamente dos outros,<br />
por não estimar a movimentação própria na<br />
satisfação <strong>de</strong> necessida<strong>de</strong>s comuns, acaba<br />
por escravizar-se aos servidores, estragando<br />
o dia quando não encontra alguém que lhe<br />
ponha a mesa. Quem apren<strong>de</strong> a servir,<br />
contudo, sabe reduzir todos os embaraços da<br />
senda, <strong>de</strong>scobrindo trilhos novos.<br />
Aprendiz do Evangelho que não improvisa a<br />
alegria <strong>de</strong> auxiliar os semelhantes permanece<br />
muito longe do verda<strong>de</strong>iro discipulado,<br />
porquanto companheiro fiel da Boa Nova está<br />
informado <strong>de</strong> que Jesus veio para servir, e<br />
<strong>de</strong>svela-se, a benefício <strong>de</strong> todos, até ao fim<br />
da luta.<br />
Se há mais alegria em dar que em receber,<br />
há mais felicida<strong>de</strong> em servir que em ser<br />
servido.<br />
Quem serve, prossegue...<br />
Fonte Viva – Emmanuel - psic. Francisco C. Xavier - lição 82<br />
(Compilado por Sheila)<br />
BAZAR BENEFICENTE<br />
No dia 26 p.p. foi realizada a sexta edição do<br />
Bazar, uma das ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>sta Casa,<br />
responsável pela obtenção <strong>de</strong> recursos para<br />
suprir as <strong>de</strong>spesas da E.E.E. <strong>Anne</strong> <strong>Sullivan</strong>.<br />
Nesse dia, foi apresentada a produção <strong>de</strong><br />
praticamente um ano <strong>de</strong> trabalho, estruturado<br />
segundo programação elaborada entre a<br />
Diretoria <strong>de</strong> Assistência Social e a<br />
Presidência: mais <strong>de</strong> 1.000 itens distribuídos<br />
entre panos <strong>de</strong> prato, toalhas <strong>de</strong> mesa, toalhas<br />
<strong>de</strong> lavabo, artesanato em ma<strong>de</strong>ira e artesanato<br />
em tecidos. Os convidados que aqui<br />
estiveram, além <strong>de</strong> nos surpreen<strong>de</strong>rem pela gran<strong>de</strong> quantida<strong>de</strong>,<br />
somaram-se em elogios no que se refere ao ambiente agradável, à<br />
forma como foram recebidos, à beleza e à qualida<strong>de</strong> dos materiais<br />
colocados à venda. Muitos disseram que se sentiram tão bem, que<br />
não tinham vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> ir embora.<br />
Este trabalho envolve uma dúzia <strong>de</strong> senhoras comunitárias, algumas<br />
frequentadoras das Reuniões Públicas <strong>de</strong> quintas-feiras à noite e<br />
outras que não frequentam esta Casa, mas simpatizam com a obra,<br />
executando, em suas casas, bordados, trabalhos em crochê, pinturas,<br />
etc. As comunitárias aqui se reúnem às terças-feiras à tar<strong>de</strong> e aos<br />
sábados pela manhã e divi<strong>de</strong>m-se em diversas ativida<strong>de</strong>s.<br />
Artesanato: pintura em ma<strong>de</strong>ira, aplicações em tecido, etc. Costura:<br />
confecção <strong>de</strong> artigos para o Bazar, enxovais para bebês, mantas e<br />
cobertores; ajustes em roupas usadas; organização dos itens que<br />
recebemos em doação para posterior realização do bazar das mães<br />
dos alunos surdos, em que são oferecidos roupas, calçados,<br />
brinquedos, eletrodomésticos, entre outros.<br />
Temos percebido que todas as senhoras, comunitárias ou não, se<br />
têm esforçado por colocar seus melhores sentimentos em cada etapa<br />
do trabalho: uma pincelada, uma costura, o “simples” pregar <strong>de</strong> um<br />
botão.<br />
O que nós, comunitários, pu<strong>de</strong>mos concluir <strong>de</strong> tal experiência é que<br />
estamos apenas começando a adquirir consciência cristã <strong>de</strong> que o<br />
sucesso <strong>de</strong> qualquer ativida<strong>de</strong> em uma Casa Espírita está baseado<br />
na disciplina, no respeito, no trabalho em equipe e principalmente<br />
no sentimento fraterno, sendo indispensável o estudo da Doutrina<br />
Espírita e a prática <strong>de</strong> seus ensinamentos.<br />
A necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se a<strong>de</strong>quar ao trabalho é nossa.<br />
A coor<strong>de</strong>nação <strong>de</strong>ssa ativida<strong>de</strong> não é tarefa fácil, porém tem sido<br />
uma escola viva <strong>de</strong> renovação <strong>de</strong> sentimentos.<br />
Prendas do bazar<br />
BAZAR<br />
6 CORREIO DA FRATERNIDADE, DEZEMBRO, 2011<br />
Lenira<br />
POESIA<br />
A EXPERIÊNCIA DO BAZAR<br />
As palavras aqui alinhavadas,<br />
Quais rendas sobre o papel costuradas,<br />
Exaltam a beleza d’uma ativida<strong>de</strong><br />
Realizada por esta comunida<strong>de</strong>.<br />
A ensolarada tar<strong>de</strong> <strong>de</strong> sábado<br />
Do dia vinte e seis próximo passado<br />
Esteve recheada <strong>de</strong> singelos utilitários,<br />
De belas prendas e acessórios culinários.<br />
Não foi qual festa<br />
Voltada ao público feminino,<br />
Em que sobra conversa<br />
E cochichos ao pé d’ouvido.<br />
Mas foi proveitoso bazar<br />
Em que se pô<strong>de</strong> angariar fundos<br />
Que esta escola para surdos<br />
Haverá <strong>de</strong> os bem empregar.<br />
Porém, muito além do aspecto financeiro,<br />
Tal evento esteve a coroar<br />
O trabalho <strong>de</strong> um ano inteiro,<br />
De senhoras que se dispuseram a trabalhar,<br />
Numa ativida<strong>de</strong> semanal,<br />
Em que <strong>de</strong>ixavam seus lares<br />
Para ombrearem-se, sem pesares,<br />
Às companheiras <strong>de</strong> pincel, agulha e <strong>de</strong>dal.<br />
Outras ainda haviam,<br />
Que, tocadas pela mensagem<br />
De ternura e fraternida<strong>de</strong>,<br />
Seus trabalhos em casa faziam.<br />
Destas mãos, por vezes cansadas,<br />
Saíram, durante o ano, ternos enxovaizinhos<br />
Que acalentaram as noites frias e úmidas,<br />
Agasalhando a muitos bebezinhos,<br />
Mãos que fizeram os consertos necessários<br />
Às roupas, pela comunida<strong>de</strong>, doadas,<br />
E que, por preço simbólico, foram compradas<br />
Por famílias mais necessitadas.<br />
Foram <strong>de</strong>stas mãos valorosas e prestas<br />
Que saíram prendas <strong>de</strong> utilida<strong>de</strong>s domésticas<br />
Repletas <strong>de</strong> carinho e cuidado,<br />
No trabalho bem confeccionado,<br />
Sem que houvesse, porém, espaço,<br />
Para pinturas quais <strong>de</strong> Picasso,<br />
Ou costuras <strong>de</strong> famosos estilistas<br />
A alimentar atitu<strong>de</strong>s elitistas.<br />
Mas sim num trabalho feito com o coração<br />
Disposto e voltado à doação,<br />
Sem qualquer exigência<br />
De aplauso ou retribuição.<br />
Numa ativida<strong>de</strong> renovadora<br />
Aos rotos panos da alma eterna,<br />
Através da tarefa disciplinadora,<br />
Pequenina e fraterna.<br />
A qual foi coroada<br />
Naquela tar<strong>de</strong> <strong>de</strong> sábado ensolarada,<br />
Que, pela paz, se fez nimbada,<br />
Por uma ativida<strong>de</strong> bem costurada.<br />
No dia 26 <strong>de</strong> novembro p.p. realizou-se nesta Casa mais<br />
um Bazar, que trouxe através <strong>de</strong> suas peças<br />
confeccionadas, o resultado do trabalho do ano <strong>de</strong> 2011 <strong>de</strong><br />
um grupo <strong>de</strong> senhoras da própria comunida<strong>de</strong> e também <strong>de</strong><br />
companheiras <strong>de</strong> fora (ligadas a algum frequentador da<br />
Casa) que se ofereceram para colaborar.<br />
Havia produtos para todos os gostos, feitos todos com<br />
muito capricho, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> panos <strong>de</strong> pratos, toalhas <strong>de</strong> mesa, até<br />
porta controle remoto e caixinhas para joias.<br />
Foram recebidas pessoas <strong>de</strong> fora da comunida<strong>de</strong>,<br />
previamente convidadas pelos participantes <strong>de</strong>sta, que<br />
chegaram e sentiram-se “em casa”. Muitos foram os<br />
elogios, não só à quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> itens, mas principalmente<br />
pela qualida<strong>de</strong> dos mesmos.<br />
Quem olhou <strong>de</strong> fora, não <strong>de</strong>ixou <strong>de</strong> notar o sorriso no rosto<br />
<strong>de</strong> todos, <strong>de</strong> sentir a gran<strong>de</strong> harmonia com que<br />
transcorreram as compras, e a satisfação com que saíram<br />
daqui os compradores.<br />
Por trás <strong>de</strong>sta ativida<strong>de</strong>, está o trabalho do <strong>de</strong>partamento <strong>de</strong> assistência social <strong>de</strong>sta Casa, apoiado pelos outros <strong>de</strong>partamentos e<br />
que por um ano pôs-se ao trabalho aos sábados e às terças-feiras, tendo como objetivo arrecadar fundos para a <strong>Escola</strong> <strong>de</strong> Surdos<br />
que esta comunida<strong>de</strong> espírita mantém.<br />
Susan<br />
Natália