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ANAUNIInforma<br />
selado o apoio do Presidente da República<br />
ao projeto constitucional de<br />
remuneração por subsídio.<br />
13/02/2006<br />
O Ministro Alvaro Augusto Ribeiro<br />
Costa divulgou nota oficial relatando a<br />
1. Que avaliação você faz do movimento<br />
Subsídio Já!? Quais foram os<br />
erros e os acertos?<br />
Diagnósticos retrospectivos são sempre<br />
mais fáceis de realizar do que definir<br />
estratégias; achar culpados também é<br />
fácil, mas não é o caso. Acreditamos que,<br />
ante o grau de mobilização alcançado,<br />
fizemos o que foi possível e acertamos<br />
mais que erramos. Penso que acertamos<br />
ao buscar a implementação do regime<br />
remuneratório previsto na Constituição<br />
Federal para a Advocacia Pública, projeto<br />
no qual estamos trabalhando desde<br />
a gestão passada, com idas e vindas ao<br />
MPOG e à Casa Civil, e em que muitos<br />
não acreditavam. Agora, os valores em<br />
que fixados foram realmente frustrantes.<br />
O próprio processo de “negociação”, que<br />
não houve, foi um grande erro, para o<br />
qual pode ter contribuído a confiança demonstrada<br />
pelo Chefe da Instituição no<br />
acordo firmado com o MPOG e na palavra<br />
do Presidente da República.<br />
2. O tão esperado subsídio não saiu<br />
como o esperado. O movimento fracassou?<br />
Ou é possível ver avanços conquistados<br />
pela categoria?<br />
Não, o movimento não fracassou,<br />
mas também não pode ser considerado<br />
vitorioso, haja vista que a dignidade da<br />
Advocacia Pública, enquanto “Função<br />
Essencial à Justiça”, ficou longe de ser<br />
resgatada. Todo movimento tem sua<br />
intensificação dos contatos técnicos<br />
entre a AGU e o MPOG no sentido do<br />
detalhamento da decisão Presidencial e<br />
diz que a medida “será capaz de operar<br />
significativa transformação na política remuneratória<br />
dos integrantes da Advocacia<br />
e da Defensoria Pública, que exercem<br />
funções essenciais à Justiça, conforme<br />
define a Constituição Federal”.<br />
22/03/2006<br />
No meio de uma semana muito<br />
movimentada, representantes da<br />
ANAUNI tiveram audiência com o<br />
Presidente do Senado, Renan Calheiros,<br />
que reafirmou seu apoio ao<br />
projeto de subsídio.<br />
dinâmica específica. No nosso caso, tivemos<br />
momentos de mobilização forte<br />
e crescente, mas também enfrentamos<br />
revezes e situações de apatia, o que é<br />
normal em face do longo percurso envolvido.<br />
Há avanços, sim, a exemplo da<br />
percepção que muitos tiveram de que<br />
nós é que somos os artífices do nosso<br />
futuro, enquanto carreira e enquanto<br />
instituição. Nossas representações têm<br />
como dever principal apontar caminhos<br />
e estratégias, canalizar e coordenar a<br />
energia e as possibilidades que surgem<br />
dessa percepção.<br />
3. Quem falhou? A direção do movimento?<br />
Os associados? A AGU? O Governo<br />
Federal? Ou ninguém? Afinal, a<br />
Advocacia Pública Federal ainda está<br />
em construção.<br />
Acho que todos falhamos. Diz-se<br />
por aí que quando um projeto não se<br />
realiza, ou ele era irrealizável ou foi mal<br />
planejado/executado. Não acho que a<br />
primeira hipótese seja a correta, mas<br />
também é difícil falar em planejamento<br />
equivocado, em especial pela existência<br />
de muitas variáveis e situações<br />
de contorno. Sem querer distribuir culpas,<br />
penso que a falha maior decorreu<br />
do nebuloso processo de informação<br />
havido entre as associações e os interlocutores<br />
da AGU, estes pessoas<br />
estranhas às carreiras envolvidas.<br />
Neste contexto, também falharam as<br />
22/05/2006<br />
Greve Nacional por tempo indeterminado:<br />
o movimento se intensifica.<br />
Advogados da União entram em greve<br />
nacional e fazem manifestação em<br />
praticamente todos os Estados.<br />
ENTREVISTA - ENTREVISTA Entrevista - ENTREVISTA com - ENTREVISTA José Wanderley - ENTREVISTA Kozima<br />
- ENTREVISTA - ENTREVISTA<br />
representações que não quiseram ou<br />
puderam se impor com vistas a abrir<br />
um canal direto de negociação com<br />
o MPOG e Casa Civil. Nossa carreira<br />
continua em construção, como tantas<br />
outras, e os associados devem acreditar<br />
que, construí-la adequadamente<br />
depende do engajamento e compromisso<br />
dos que a integram. Eu diria que<br />
a nossa categoria tem lá suas peculiaridades,<br />
pois há muita capacidade de<br />
reflexão e de análise crítica, mas às<br />
vezes falta um pouco de participação<br />
concreta, efetiva e duradoura através<br />
de ações, sem esmorecimento ante<br />
eventuais reveses. Em alguns momentos<br />
essa participação, surgida da<br />
indignação, explode em grandes atos;<br />
noutros não vai muito longe. Acho que<br />
a categoria se comprometeu na medida<br />
de suas possibilidades concretas<br />
– não a que sonhamos, mas a possível.<br />
Não foi suficiente.<br />
4. Qual a sua avaliação da greve e da<br />
entrega de cargos de chefia e assessoramento?<br />
Isso causou impacto realmente?<br />
Valeu a pena?<br />
A entrega dos DAS, em que muitos<br />
não acreditavam como possibilidade ou<br />
como ação de efeito concreto, causou o<br />
impacto esperado. Foi um ato registrado<br />
pela imprensa, inclusive em entrevista<br />
coletiva, e demonstrou claramente que<br />
ao menos cerca de cento e vinte colegas