FLICTS , LIVRO DE ARTISTA - Unesp
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Flicts – 1969<br />
A partir de Flicts o livro infantil brasileiro avança em termos de<br />
experimentação; redimensionase a concepção gráfica desse objeto e também a<br />
leitura. Tornase necessário atualizaremse os instrumentos de recepção do<br />
leitor, que deve passar da percepção fragmentária (que separa texto verbal e<br />
imagens em leituras independentes, justapostas), linear (que lê apenas em linha<br />
reta horizontal, em andamento sucessivo) e predominantemente linguística<br />
(supremacia da palavra para a construção dos significados) a um olhar semiótico<br />
(aberto à interposição de códigos, ao acasalamento de signos, geradores da<br />
leitura em mais de uma direção).<br />
A linguagem da arte é comprometida com a renovação, sendo que na<br />
dianteira daqueles que assumem mudanças estão os criadores de formas<br />
estéticas, escritores, pintores, desenhistas, artistas gráficos, músicos, entre<br />
outros, que tem alcance muitas vezes visionário. Antecipandose ao censo<br />
comum, introduzem a inovação, subvertendo regras desgastadas, detonando<br />
modelos envelhecidos. O objeto de nossa pesquisa está inserido no campo<br />
literário contemporâneo, este, revoluciona ao exercer a criatividade, e ganha<br />
potência, isto é, densidade estética pelos caminhos de experimentação<br />
renovadora.<br />
As interpretações que Flicts suscita entre jornalistas, articulistas,<br />
escritores – Carlos Drummond de Andrade, Millôr Fernandes, Raquel de<br />
Queiroz, Dom Marcos Barbosa, Jayme Maurício, Lago Burnett, Norma Pereira<br />
Rego, entre outros é muito interessante, pois proporciona uma abertura do<br />
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