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FLICTS , LIVRO DE ARTISTA - Unesp

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Enfim a sociedade brasileira sentiu­se presenteada como mostra este<br />

comentário: “seria pecar por omissão não dizer nada sobre este livro que nos faz<br />

esquecer que ainda somos um país subdesenvolvido. (…) Editando Flicts, a<br />

expressão e cultura deram um presente à intelectualidade brasileira.”<br />

(VERGNIAUD, 1969).<br />

A seguir citarei o conteúdo que encontrei nas páginas introdutórias de Flicts,<br />

2ª edição, 1ª reimpressão, 1970. É importante salientar que compõe esta edição<br />

o maravilhoso artigo “Flicts: o coração da cor”, que Drummond publicou no<br />

Jornal Correio da Manhã, Rio de Janeiro no dia 22 de agosto de 1969, localizado<br />

logo após as palavras do editor Fernando de Castro Ferro.<br />

Década de 70<br />

“Poucas vezes terá um autor conseguido entusiasmar um editor com tanta<br />

rapidez e a intensidade de que fui “vitima, quando Ziraldo acabou de me contar<br />

a história de Flicts. A sessão de leitura durou talvez meia hora. Não foram<br />

precisos quaisquer comentários. As palavras se tornaram inúteis. A<br />

comunicação que se estabeleceu entre nós foi imediata. Ziraldo sabia que eu<br />

tinha “sentido” totalmente esta extraordinária obra. Na verdade, não tive a<br />

menor dúvida de que me estava sendo confiado algo de muito importante: uma<br />

nova dimensão do livro, aquela obra que todo e qualquer editor aguarda e que<br />

só muito raramente lhe chega às mãos. No mesmo dia, os nossos serviços<br />

técnicos iniciaram a montagem de Flicts.<br />

Passaram­se apenas seis semanas e, agora, ao apresentar esta edição ao<br />

público de língua portuguesa, enquanto também já preparamos a sua difusão<br />

pelos quatro cantos do mundo, sinto com grande humildade uma das maiores<br />

alegrias dos meus muitos anos de editor. Confesso que até então não tivera a<br />

sorte de publicar outra obra que possuísse esta grandeza e, de resto, elas são<br />

raras, em todo o mundo: poucos são os paralelos que posso encontrar, e todos<br />

eles de motivações bem diferentes. Assim, Ziraldo, que já gozava de reputação<br />

mundial como humorista e especialista em artes gráficas, adquire uma posição<br />

de destaque na literatura do nosso tempo e, sem qualquer espécie de exagero,<br />

abre novas perspectivas para aquela aliança, que se torna essencial, entre as<br />

letras e a comunicação visual, aliança em que todo editor consciente buscava<br />

há muitos anos. “Obrigado Ziraldo” (FERRO, 1969).<br />

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