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usina cor set 2010.p65 - Usina do Porto

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Por Marcelo Oliveira da Silva Coordena<strong>do</strong>r de Comunicação da Secretaria Municipal da Cultura<br />

Um terceiro <strong>cor</strong>te de Chanel<br />

Coco Chanel & Igor Stravinsky<br />

chega aos cinemas como terceira<br />

tentativa em um curto espaço de tempo<br />

a retratar a mais famosa de to<strong>do</strong>s<br />

os estilistas de moda. Ao contrário<br />

<strong>do</strong> que se diz das histórias, que na<br />

primeira vez (Coco Chanel, 2008, de<br />

Christian Duguay) são engraçadas,<br />

na segunda nem tanto (Coco antes<br />

de Chanel, 2009, de Anne Fontaine)<br />

e na terceira chateiam, o filme de Jan<br />

Kounen dá uma idéia bastante<br />

razoável da época e <strong>do</strong> espírito de<br />

mais uma grande pioneira das mulheres<br />

emancipadas, independentes<br />

e poderosas. Mais que isso, o último<br />

é <strong>do</strong>s três o mais flui<strong>do</strong> e certamente<br />

o menos preocupa<strong>do</strong> em nos<br />

“ensinar” a biografia daquela musa.<br />

O filme de Kounen começa a traçar<br />

o perfil da estilista aten<strong>do</strong>-se ao<br />

que o diretor (que também é um <strong>do</strong>s<br />

roteiristas, junto com o autor <strong>do</strong> livro<br />

homônimo, Chris Greenhalg) considera<br />

a pedra angular da trajetória dela:<br />

o romance com o compositor russo<br />

Igor Stravinsky. O filme começa com<br />

a mais bem feita recriação da peça<br />

mais famosa dele, A Sagração da Primavera,<br />

cuja estréia na Paris de 1913<br />

foi intensamente vaiada. Sabe<strong>do</strong>ra<br />

das dificuldades financeiras <strong>do</strong> autor,<br />

que vivia com toda a família em um<br />

apartamento de único quarto em Paris,<br />

Coco o convida para morar com<br />

sua mulher e filhos numa de suas<br />

residências no interior. Ali ele teria<br />

espaço para acomodar decentemente<br />

a prole, além de silêncio – condição<br />

sine qua non para compositores<br />

– e um bom piano. De tempos em<br />

tempos, ela também passaria algumas<br />

noites na casa e dessas visitas<br />

surge um romance de início tolera<strong>do</strong><br />

pela mulher compositor.<br />

O <strong>cor</strong>te temporal é bastante curto<br />

na vida de ambos. A ação toda não<br />

se passa em mais que quatro outonos,<br />

até que a mulher de Stravinsky,<br />

sob pretexto de tratar uma tuberculose,<br />

se muda para uma clínica na<br />

Suíça. Isso no entanto não facilitou o<br />

affair entre ele e Chanel. O início da<br />

ruptura é discreta e efetivamente encena<strong>do</strong><br />

numa discussão boba entre<br />

os <strong>do</strong>is, quan<strong>do</strong> ele desdenha as<br />

preocupações da parceira e afirma<br />

que Chanel não é uma artista, mas<br />

uma “comerciante de panos”. Não é<br />

preciso mais que um registro <strong>do</strong> rosto<br />

de Anna Mouglalis, uma atriz certamente<br />

<strong>do</strong>tada de beleza, mas ainda<br />

melhor aquinhoada com charme<br />

e voz marcante, para revelar ao especta<strong>do</strong>r<br />

que dali em adiante o romance<br />

minguaria.<br />

Ainda haveria tempo para que<br />

Chanel financiasse – sem que<br />

Stravinsky soubesse – a encenação<br />

de Les Noces, escrita em sua casa. A<br />

atitude certamente disse muito mais<br />

sobre a “comerciante de panos” <strong>do</strong> que<br />

qualquer outro enfrentamento com o<br />

talentosíssimo, mas certamente menos<br />

moderno, artista durango. Outro<br />

grande acerto da produção foi a escolha<br />

de Mads Mikkelsen, que além de<br />

se parecer com o mestre russo, captura<br />

com grande sensibilidade sua mistura<br />

de fragilidade e violenta inquietação.<br />

O filme não tem exatamente um<br />

fim, mas une os <strong>do</strong>is destinos ao mostrar<br />

duas cenas curtas (quase<br />

polaroids em movimento) de ambos<br />

em adiantada velhice. Ele em Nova<br />

York, onde faleceria, e Coco naquela<br />

mesma casa, ambos em devaneios<br />

sau<strong>do</strong>sistas com sobre o tempo que<br />

compartilharam.<br />

Desnecessário dizer que o apuro<br />

visual de figurinos, móveis e objetos<br />

é irrepreensível. Qualquer projeto<br />

sobre essa mestra <strong>do</strong> design, cujo<br />

bom gosto se expressava não apenas<br />

em <strong>cor</strong>es, padrões, teci<strong>do</strong>s e<br />

madeiras como também em perfumes,<br />

não decolaria sem resolver<br />

essa parte. Já os créditos de abertura<br />

mostram uma elegante evolução<br />

de padronagens típicas de teci<strong>do</strong>s<br />

finos em preto-e-branco, cujo efeito<br />

calei<strong>do</strong>scópico evolui para uma ilusão<br />

de tridimensionalidade, produzin<strong>do</strong><br />

um resulta<strong>do</strong> hipnótico.<br />

Talvez a melhor qualidade <strong>do</strong> perfil<br />

de Kounen desse ícone da mulher<br />

modernista que é Chanel esteja na<br />

opção por um único <strong>cor</strong>te de tempo e<br />

na decisão de nada explicar sobre o<br />

que tenha se passa<strong>do</strong> antes na vida<br />

dela ou de seu igualmente famoso<br />

amante. A receita segue de certa forma<br />

os preceitos que J. D. Salinger<br />

imortalizou no primeiro parágrafo <strong>do</strong><br />

romance O Apanha<strong>do</strong>r nos Campos<br />

de Centeio. Nele o protagonista define<br />

com um palavrão o que acha das<br />

histórias que começam contan<strong>do</strong><br />

quem foram os avós e os pais <strong>do</strong><br />

narra<strong>do</strong>r, antes de entrar na ação em<br />

si. O diretor usa o mesmo atalho daquele<br />

marco literário para contar o que<br />

lhe interessa, sem didatismos. E consegue<br />

dar vida ao monumento<br />

Chanel. Sobre quem foram os avós e<br />

os pais dela, e como foi sua infância<br />

e essa droga toda à moda de Charles<br />

Dickens, você pode ler na Wikipédia,<br />

ou ver nos outros <strong>do</strong>is filmes.<br />

DICIONÁRIO POLÍTICO<br />

DO RIO GRANDE DO SUL<br />

1821/1937<br />

No dia 19 de agosto, na Livraria Nova Roma, aconteceu<br />

o lançamento e sessão de autógrafos <strong>do</strong> inédito<br />

DICIONÁRIO POLÍTICO DO RIO GRANDE DO SUL, de autoria<br />

<strong>do</strong> historia<strong>do</strong>r Sérgio da Costa Franco. Fruto de uma<br />

minuciosa investigação, este dicionário biográfico reúne<br />

mais de quinhentos verbetes, compreenden<strong>do</strong> políticos,<br />

pensa<strong>do</strong>res, caudilhos, instituições peculiares, parti<strong>do</strong>s<br />

de bandeiras, programas característicos e a imprensa alinhada<br />

com a política partidária no perío<strong>do</strong> de 1821 a 1937<br />

no RS.<br />

Com organização de Mário Rozano, a obra tem prefácio<br />

de Raphael Copstein e projeto gráfico de Alex Medeiros.<br />

O projeto recebeu patrocínio das empresas BRDE, Celulose<br />

Riograndense, Grupo CEEE, Marquardt Scherer,<br />

Ran<strong>do</strong>n e Sulgás, através da Lei Federal de Incentivo à<br />

Cultura.<br />

É só chamar o<br />

HOMEM PIZZA<br />

e ele leva<br />

o mais<br />

delicioso<br />

rodízio na sua<br />

festa ou evento!<br />

<strong>Usina</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> <strong>Usina</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> <strong>Usina</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> <strong>Usina</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> <strong>Usina</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> <strong>Usina</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> <strong>Usina</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> <strong>Usina</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> <strong>Usina</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> <strong>Usina</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> <strong>Usina</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> <strong>Usina</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong><br />

9<br />

Autor: Sérgio da Costa Franco<br />

Organiza<strong>do</strong>r: Mário Rozano<br />

Editora: Suliani Letra & Vida<br />

Formato: 20,5 cm x 25 cm<br />

240 páginas, 2010<br />

ABERTO EDITAL PARA OCUPAÇÃO DOS TEATROS DA CCMQ EM 2011<br />

São oito temporadas em teatro adulto e infantil e cinco de dança e música. Deverão ser<br />

entregues sinopse/roteiro <strong>do</strong> espetáculo, concepção, ficha técnica, currículo <strong>do</strong>s participantes,<br />

inclusive da equipe técnica, informações sobre cenários, figurinos, sonoplastia<br />

e iluminação, repertório e cópia <strong>do</strong> texto, fita ou CD. Serão avalia<strong>do</strong>s os critérios de<br />

clareza e coerência; criatividade e abrangência; histórico <strong>do</strong> grupo; currículo <strong>do</strong>s participantes;<br />

adequação da proposta ao espaço pretendi<strong>do</strong> e significa<strong>do</strong> da proposta<br />

dentro <strong>do</strong> contexto cultural da cidade. O Teatros Carlos Carvalho (2º andar) tem a taxa<br />

diária de R$ 65,00 e o Bruno Kiefer (6º andar), <strong>cor</strong>respondente a R$ 95,00 ou 10% da<br />

bilheteria (caso a arrecadação for maior).<br />

O QUE: Ocupação <strong>do</strong>s Teatros Bruno Kiefer e Carlos Carvalho<br />

PERÍODO: 4 de março a 11 de dezembro de 2011<br />

PRAZO: Até 05 de novembro de 2010<br />

INSCRIÇÕES: Núcleo de Artes Cênicas da CCMQ – Andradas, 736<br />

Alunos da Oficina de Criação<br />

Literária da PUC/RS lançaram<br />

a antologia de contos 40<br />

Em 2010, a Oficina de Criação Literária da PUC/<br />

RS, ministrada pelo escritor e Doutor em Letras<br />

Luiz Antonio de Assis Brasil, comemora 25 anos<br />

de atuação ininterrupta e lançou o livro 40, que<br />

reúne a produção de nove jovens autores, oriun<strong>do</strong>s<br />

da 40ª turma. Editada pela Libretos, a obra<br />

tem organização <strong>do</strong> professor Assis Brasil.<br />

Os artistas interessa<strong>do</strong>s em ocupar as<br />

salas de espetáculos da Casa de Cultura<br />

Mario Quintana (Andradas, 736),<br />

de 4 de março a 11 de dezembro de 2011,<br />

podem entregar seus projetos no Núcleo<br />

de Artes Cênicas (4º andar), até o dia 5<br />

de novembro. O regulamento está à disposição<br />

no site www.ccmq.com.br,<br />

no e-mail artescenicas@ccmq.rs.gov.br<br />

ou no local, das 13h às 19h.<br />

A pizza vai até você!<br />

Informe-se 3338.4299<br />

www.homempizza.com.br

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