Carreiras, redes e internacionalização.pdf - Faculdade de Educação ...
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COLÓQUIO SABER E PODER<br />
Focus, Unicamp, 10/2008<br />
mais, a romper o seu isolamento, <strong>de</strong>ixando <strong>de</strong> ser um setor autônomo da economia, para se<br />
integrar <strong>de</strong> forma crescente aos <strong>de</strong>mais, o que também significava criar crescentes laços <strong>de</strong><br />
inter<strong>de</strong>pendência com eles.<br />
A realida<strong>de</strong> da agricultura mo<strong>de</strong>rna, afirmavam, era inseparável tanto das empresas<br />
que produziam seus suprimentos, como sementes, fertilizantes, máquinas, quanto daquelas<br />
que comercializavam seus produtos. Esse era o conjunto da ca<strong>de</strong>ia do agribusiness, que<br />
englobava operações realizadas antes, durante e após a produção nas unida<strong>de</strong>s agrícolas. Ele<br />
recobria <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a produção e a distribuição <strong>de</strong> máquinas e outros suprimentos agrícolas,<br />
passando pela produção nas unida<strong>de</strong>s agrícolas, indo até o armazenamento, o processamento e<br />
a distribuição <strong>de</strong> produtos agrícolas e dos itens com eles produzidos. Envolvendo, portanto,<br />
uma diversa gama <strong>de</strong> operações e ativida<strong>de</strong>s, as ca<strong>de</strong>ias do agribusiness integravam também<br />
um amplo conjunto <strong>de</strong> agentes, <strong>de</strong> diferentes setores da economia. Sendo assim, acentuavam<br />
Davis e Goldberg, qualquer problema, em qualquer ponto da ca<strong>de</strong>ia, só po<strong>de</strong>ria ser pensado,<br />
avaliado, pesquisado, resolvido, levando em conta o sistema <strong>de</strong> agribusiness como um todo,<br />
local e internacionalmente.<br />
A conversão <strong>de</strong> Ney Bittencourt <strong>de</strong> Araújo às idéias <strong>de</strong> Davis e Goldberg se <strong>de</strong>u,<br />
sobretudo, a partir dos anos 1970, em passagens pelos Estados Unidos. Foi em 1958 que ele se<br />
formou pela Escola Superior <strong>de</strong> Agricultura da então Universida<strong>de</strong> Rural do Estado <strong>de</strong> Minas<br />
Gerais (UREMG), que originou a Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Viçosa. 3 Seu pai, Antônio<br />
Secundino <strong>de</strong> São José, foi o primeiro engenheiro-agrônomo a se formar naquela mesma<br />
Escola, on<strong>de</strong> também se tornou professor, <strong>de</strong>senvolvendo pesquisas na área <strong>de</strong> genética<br />
vegetal, sobretudo com milho híbrido, pelo qual se interessou durante um período <strong>de</strong> estudos<br />
nos Estados Unidos, no Mississipi e em Iowa, na década <strong>de</strong> 1930. Em 1945, Antônio Secundino<br />
criou a Agroceres, on<strong>de</strong> pesquisas eram <strong>de</strong>senvolvidas com fins comerciais. A Agroceres foi a<br />
primeira empresa a <strong>de</strong>senvolver, produzir e comercializar semente <strong>de</strong> milho híbrido no país.<br />
Ney Bittencourt <strong>de</strong> Araújo foi o sucessor <strong>de</strong> seu pai na direção da empresa. 4<br />
Em 1970, Ney Bittencourt <strong>de</strong> Araújo fez um curso <strong>de</strong> administração na American<br />
Management Association, em Nova York. Dessa década em diante, participou <strong>de</strong> diferentes<br />
3<br />
A UREMG transformou-se na Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Viçosa em 1969.<br />
4<br />
http://www.vicosa.com.br/Vicosa/Secundino.htm, consultado em 30/03/2009.<br />
<strong>Carreiras</strong>, <strong>re<strong>de</strong>s</strong> e <strong>internacionalização</strong> 3