A Vida Improvisada: Narrativa de um Viajante ... - UniverCidade

Corri, corri mesmo. Subi as escadas. O sol estava baixando. Corri, corri. Passei
pelo teatro de Dionísio, Parthenon. Corri corri. Quem olhasse para mim
pensava que era um ladrão. Corri corri.
segui correndo morro acima...
Quando eu cheguei lá em cima o Sol tinha acabado de morrer,
Na direita estava a acrópole.
E o céu.
Eu tirei o Ipod do ouvido e fiquei ouvindo o vento,
que soprava.
Naquele instante eu entendi que cada instante é um instante.
Aos poucos comecei a ouvir mais longe. mais longe.
Foi quando de repente comecei a ouvir um som
era uma música dedilhada trazida pelo vento.
Decidi buscar de onde vinha aquele som.
Comecei a caminhar pelo Monte sagrado deixando o vento me guiar,
Caminhei até que eu vi um homem tocando um violão.
Me aproximei.
Ele esticou o braço com o violão para mim!
Eu disse:
“- NÃO! Eu vim por conta da sua música, você toca...”
E ele tocou...
Naquele entardecer ele tocou sem eu pedir as minhas músicas favoritas!!!
Ele estava com mais 3 amigos todos artistas naturais de lá.
Contei a eles um pouco da viagem que eu estava fazendo e o meu plano de ir
para as ilhas no dia seguinte.
Eles me deram um porção de dicas sobre onde ir, como ir, o que levar.
Passamos a noite inteira conversando, bebendo, comendo, cantando.
Discussões filosóficas, artísticas e pessoais...
Era uma sensação de estar fazendo parte de alguma coisa.
Naquele instante eu entendi que por mais sozinho que eu esteja eu nunca
estou só.
Agente ficou lá até umas 5h da manhã.
Parei e pensei, vou pagar ∋ 15,00 para dormir só 3 horas ?!?!
Então eu encontrei um lugarzinho, deitei, me cobri com uma canga e dormi
debaixo do céu estrelado.
Na manhã seguinte fui acordado com um sol estonteante no céu.
Levantei.
Desci a montanha.
Fui ao mercado de Rua mercado de Monastiraki,
cuidar das dicas que os atenienses tinham me dado.
Comprei uma barraca. Um cadeado. 2 blusas regatas.
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