Livro Completo - Ramacrisna
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Enfrentando mudanças<br />
Quando a obra da <strong>Ramacrisna</strong> conquistou maior reconhecimento,<br />
foi chegada a hora de pensar na comunidade onde a Instituição<br />
estava inserida. Percebeu-se a necessidade de ampliar o campo de<br />
atuação da <strong>Ramacrisna</strong>. A mudança ficou registrada, inclusive no<br />
Cartório de Registro Civil, que certifica no livro A das Pessoas Jurídicas,<br />
sob o número 54.247, de 07 de julho de 1993, a alteração de<br />
Estatuto da Missão <strong>Ramacrisna</strong>.<br />
A decisão de educar as crianças e apoiar a comunidade fez com<br />
que a <strong>Ramacrisna</strong> tivesse uma postura mais profissional. Só assim<br />
eles poderiam aprovar os projetos que estavam sendo desenvolvidos<br />
junto a empresas respeitadas como a Petrobras, a Localiza e a<br />
Cemig. E foi o que aconteceu.<br />
A psicóloga Sandra Helena Lopes Nogueira, professora universitária,<br />
com carreira voltada para o treinamento e desenvolvimento dos<br />
funcionários de empresas e uma voluntária da <strong>Ramacrisna</strong>, traduz<br />
exatamente o pensamento comum entre os integrantes da equipe<br />
de transição:<br />
“Mesmo numa ONG você tem que ter posturas empresariais para<br />
garantir o bom funcionamento. Tem que atuar de uma forma profissional.<br />
Tudo isso requer planejamento, projeto. Inclusive os parceiros<br />
vêm observar como estão sendo aplicadas as verbas. Eles<br />
querem saber se, de fato, o projeto está levando à comunidade o<br />
Missão <strong>Ramacrisna</strong> . 50 ANOS<br />
que foi proposto. Hoje há uma discussão muito grande sobre responsabilidade<br />
social das instituições. Muitas empresas, infelizmente,<br />
fazem isso mais pelo Marketing, pela imagem junto ao público. Mas<br />
existem pessoas, empresários e voluntários, que enxergam além disso.<br />
É necessário ter uma responsabilidade não só com o crescimento<br />
pessoal, mas responsabilidade com o crescimento do planeta, da<br />
sociedade. Eu percebo o trabalho voluntário dessa maneira.”<br />
Outro integrante do Conselho, José Augusto Fonseca deixa sua<br />
grande contribuição para a <strong>Ramacrisna</strong> neste sentido. “Eu vim para<br />
a <strong>Ramacrisna</strong> em 1987 e ajudei na questão de organização econômica<br />
da Instituição. Começamos então o trabalho de gestão financeira<br />
e administrativa no final de 1993. A <strong>Ramacrisna</strong> já era grande.<br />
Então, começamos a fazer controles mínimos. Tudo o que era pago<br />
era anotado num boletim de caixa para fazer uma classificação de<br />
custos, criar setores, departamentos, conferência de dados, etc. Se<br />
for faltar dinheiro daqui a quinze dias, é preciso saber disso agora<br />
para planejar o que vai ser feito. Essa nova medida de gestão ajudou<br />
para que esses projetos fossem aprovados. Foram essenciais<br />
para que os parceiros soubessem como seria a prestação de contas,<br />
clareza no destino dos recursos e gestão adequada.”<br />
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