manual do aluno do curso de casamento eterno - Recuperações do ...

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A MOR
o necessitado não pode sair de uma bolsa vazia. O
apoio e a compreensão não pode sair de uma alma
emocionalmente faminta. A instrução não pode sair
de uma pessoa iletrada. E mais importante de tudo, a
orientação espiritual não pode sair de alguém
espiritualmente fraco”. (Ensign, nov. 1982, p. 93.)
Pouco amor pode sair de alguém que não esteja em paz
consigo mesmo e com Deus. Conforme
Enos aprendeu, ninguém pode
preocupar-se com o bem-estar de outro
e dar amor a outra pessoa a menos que
tenha cuidado primeiro de sua própria
alma. Portanto, nossa preparação para
um casamento eterno precisa incluir o
arrependimento, o aprendizado, a
aquisição da fé e o desenvolvimento da
segurança que advém de uma visão de nosso potencial
como filhos de um Pai Celestial. Somente quando
amarmos a Deus acima de todas as coisas, conforme
ensinou o Salvador (ver Mateus 22:34–40), poderemos
oferecer o puro amor de Cristo a nosso cônjuge por
toda a eternidade.
A Virtude Ama a Virtude
A própria conseqüência natural e maravilhosa de
tornar-nos uma pessoa capaz de sentir grande amor é
descrita nesta passagem: “Pois a inteligência apega-se à
inteligência; a sabedoria recebe a sabedoria; a verdade
abraça a verdade; a virtude ama a virtude; a luz se
apega à luz”. (D&C 88:40)
Se buscarmos a meta de um casamento eterno com
pureza e com nosso coração e mente, creio que na
maioria dos casos acabaremos sendo recompensados
com um companheiro que será pelo menos nosso igual
e que se apegará à inteligência e luz como o fazemos,
que receberá sabedoria como nós a recebemos, que
abraçará a verdade como nós a abraçamos e que amará
a virtude como nós a amamos. Passar a eternidade com
um cônjuge que compartilhe os valores fundamentais
mais importantes conosco e que converse sobre eles,
que os cumpra e que os ensine aos filhos conosco é
uma das experiências mais aprazíveis para nossa alma
que pode haver no verdadeiro amor romântico.
Sabermos que estaremos com alguém que trilhe a nosso
lado o caminho da virtude e do crescimento e anseie
pelos mesmos valores eternos e a mesma felicidade é
um grande conforto.
Testemunhei um forte exemplo desse princípio
recentemente ao selar um jovem casal no Templo de
Salt Lake. Depois que realizei a cerimônia de selamento
e o casal trocou as alianças e abraçou-se, pedi-lhe que
Pouco amor pode
sair de alguém que
não esteja em paz
consigo mesmo e
com Deus.
M ANUAL DO A LUNO DO C URSO DE C ASAMENTO E TERNO
dissessem o que sentiam um pelo outro e pelo Senhor.
A jovem recém-casada falou primeiro. Expressou
brevemente sua gratidão e emoção, dizendo que desde
a infância desejou manter-se virtuosa, esperando
encontrar um companheiro que compartilhasse seus
valores e aspirações justas. Confirmou as virtudes de
seu marido testemunhando que ele era tudo que ela
tinha esperado e ainda mais.
Depois, o jovem marido falou. Ele também
estava com lágrimas no rosto ao contar
que aos quatorze anos começou a orar ao
Senhor para que sua futura esposa, fosse
quem fosse, pudesse ser protegida e se
mantivesse virtuosa enquanto se preparava
para um casamento eterno. Ele também
disse que se tinha comprometido consigo
mesmo, diversas vezes ao longo dos anos, a seguir esse
mesmo caminho. Depois, expressou sua grande alegria
por ter encontrado a esposa pela qual tinha orado, e
mencionou a grande esperança que tinha de ter um
casamento verdadeiramente excepcional.
Esse é o tipo de relacionamento que nosso Pai Celestial
deseja para todos os seus filhos. Nenhum de Seus filhos
fiéis deixará de ter a oportunidade de conseguir um
casamento eterno com alguém que esteja igualmente
preparado para a vida eterna. A Virtude Ama a Virtude!
A verdade abraça a verdade!
Refrear as Paixões
As sementes do amor romântico que satisfaz
plenamente são plantadas durante o namoro. Nessa
época, devemos estar cônscios e gratos à verdade e ao
nível de compreensão expressos no conselho sempre
atual de Alma a seu filho Siblon: “Faze também com
que todas as tuas paixões sejam dominadas, para que te
enchas de amor”. (Alma 38:12)
Aqueles de vocês que cresceram entre cavalos, selas e
rédeas entenderão que Alma não estava sugerindo que
Siblon eliminasse suas paixões, mas que as controlasse
ou canalizasse para o propósito verdadeiramente digno
de tornar-se pleno de amor. Durante o namoro, esse
controle significa abster-se de relações físicas até que
elas possam florescer devidamente no casamento. Mas
a contenção e a moderação são necessárias até no
casamento, pois o evangelho ensina que “a todo reino
é dada uma lei; e toda lei também tem certos limites e
condições”. (D&C 88:38)
Os santos dos últimos dias, casados, precisam lembrarse
de que nem tudo que o mundo tolera e incentiva na
expressão do amor romântico é condizente com um