Nuctemeron de Apolônio de Tiana - Sua Alteza o Gato
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Por que se fala <strong>de</strong> "subconsciente"?<br />
Porque existe uma outra consciência, a eu-consciência comum.<br />
III<br />
Essa eu-conscência <strong>de</strong>senvolve-se como soma <strong>de</strong> todos os núcleos <strong>de</strong> consciência <strong>de</strong><br />
todos os átomos que formam o nosso sistema e ela é alimentada por radiações diretas<br />
<strong>de</strong> natureza astral, que nos atingem vindo do cosmos circundante.<br />
Mas reparai, as nuvens <strong>de</strong>moníacas das tensões magnéticas supra-citadas não só<br />
permanecem em nosso campo <strong>de</strong> respiração, como também nos compenetram, elas<br />
pertencem aos cinco fluídos anímicos naturais e pertencem, por conseguinte, a cada<br />
átomo <strong>de</strong> nossa natureza.<br />
IV<br />
Po<strong>de</strong>-se dizer, portanto, que não só existe um princípio <strong>de</strong> vida positivo em nós,<br />
princípio que nos <strong>de</strong>ixa dizer "eu", mas também existe em nós uma pressão<br />
subconsciente, um arrastar para o abismo do passado, pressão das muitas vozes <strong>de</strong> um<br />
princípio <strong>de</strong> vida negativo do subconsciente.<br />
V<br />
Daí o fato <strong>de</strong> muitos investigadores da psique humana terem, em todos os tempos,<br />
contatado dois "eus" no homem: o "eu" da consciência comum e o "eu" da natureza<br />
<strong>de</strong>sarmoniosa e diabólica. E é evi<strong>de</strong>nte que todos nós vivemos e existimos <strong>de</strong>sses dois<br />
"eus". Num certo momento, vivemos do eu comum e tem-se isto como normal; no<br />
momento seguinte, vivemos do eu subconsciente e somos, como se diz, anormais. E<br />
neste caso somos arrastados pelas forças primitivas do passado às ações, pensamentos<br />
e sentimentos que penalizam o "eu" normal. Existem pessoas, muitas pessoas, que são<br />
<strong>de</strong>masiadamente governadas pelas tensões magnéticas <strong>de</strong>sarmoniosas, tendo uma vida<br />
que mostra mais o aspecto anormal do que o normal.<br />
Elas são então possuídas pelo diabo, elas <strong>de</strong>scem freqüentemente abaixo das normas<br />
sociais, e seu sistema nervoso nada po<strong>de</strong> fazer em contrário. Essas pessoas são vistas<br />
como criminosas.<br />
VI<br />
E aqueles que as julgam e con<strong>de</strong>nam, e aqueles que participam disso como<br />
espectadores, ainda não estão sob o governo, não estão subjugadas pelo próprio<br />
subconsciente, ainda não. A natureza subconsciente <strong>de</strong>les ainda não se patenteia, mas<br />
na intimida<strong>de</strong> <strong>de</strong> suas moradias, atrás das pare<strong>de</strong>s <strong>de</strong> seus quartos, <strong>de</strong>ixam que seus<br />
impulsos tenham livre curso.<br />
VII<br />
E assim, ainda po<strong>de</strong>is conservar um equilíbrio pequenino, enquanto que publicamente<br />
representais o homem justo, o homem reto. Vosso estado, porém, é tão sinuoso e tão<br />
complicado como o dos outros. Esta é a condição da inteira onda <strong>de</strong> vida humana em