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DOS ESTREITAMENTOS DA URETHRA
Thompson diz que além de inúteis, podem dar lugar
a accidentes, em razão de se poderem quebrar deixando
pedaços no interior do canal. Cita mesmo quatro casos,
em que, em conseqüência deste accidente, foram praticadas
operações.
Amussat (*) inventou também um explorador, que
é constituído por duas partes essenciaes : 1.° uma
canula de prata* cuja cavidade se acha collocada de
um lado, para o que é necessário que a sua parede
do lado opposto seja muito mais espessa ; 2.°, um
mandarim que se colloca no interior da canula e que
está unido a um dos pontos da circumferencia de uma
lentilha, cujo diâmetro é igual ao da canula, a cuja
extremidade se applica exactamente ; mas basta fazer
rodar de leve o mandarim, para que elle exceda um
dos lados da canula, formando uma espécie de unha.
Comprehende-se perfeitamante o mechanismo deste
instrumento. Introduz-se na urethra com a lentilha
applicada sobre a extremida da canula.—Communica-se
então movimentos de rotação ao mandarim e a
lentilha sae.—Feito isto, retira-se o instrumento, e
nesse trajecto retrogado, a bride por menor que seja
é enganchada.—Como se vê, este instrumento, nao
deve ser inoffensivo, porque pôde ferir a urethra ;
não preenche os fins porque difficilmente atravessará
os estreitamentos, e mesmo quando os atravesse não
conseguirá reconhecer-lhes a extensão. Além de que,
segundo o assegura Voillemier, elle pôde encontrar
estreitamentos em urethras, que os não tenham, bastando
para isso a menor prega da mucosa, o que
succederá principalmente na parte profunda do canal.
(*) Léçons sur les rétentions d'urine. Pariz 1872.
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